Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No Brasil, casos de homotransfobia enquadrados na lei do racismo cresceram 54% em 2022, mostram os dados do 17º Anuário de Brasileiro da Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20).

Em 2022, foram 488 ocorrências, ante 316 no ano anterior. Agressões contra a população LGBTQIA+ são penalizadas como crimes raciais desde junho de 2019, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu ter havido omissão inconstitucional do Congresso Nacional ao não editar lei que criminalize atos do tipo.

Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Goiás lideram o aumento. O estado sulista, por exemplo, registrou 119 casos em 2022, ante os 67 do ano anterior —uma alta de 77%.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, realizador do anuário, computou também os crimes contra a comunidade LGBT+ não inseridos como racismo. No cenário, lesão corporal é o mais recorrente, com 2.324 casos somente no último ano. Depois, há homicídio doloso (163 relatos) e estupro (199 ocorrências).

Pernambuco é o estado com mais registros de lesão corporal. No último ano, foram 540. Este valor, no entanto, é menor em relação aos atentados lá registrados em 2021, quando houve 655 casos.

O estado nordestino também liderou no total de estupros. Foram 55 em 2022, apenas três a menos se observados os apurados no segundo ano desta década.

Já homicídios dolosos com LGBTQIA+s vitimados também tiverem seu ápice no Nordeste. O Ceará teve 32 casos em 2022. Isso não é novidade naquela região, já que houve 31 assassinatos nos 12 meses anteriores.

Dennis Pacheco, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, diz continuar preocupante a quantidade de atentados e que ainda há muita subnotificação. “Como de costume, o Estado demonstra-se não incapaz, porque possui capacidade administrativa e recursos humanos para tanto, mas desinteressado em endereçar e solucionar.”

O Fórum não conseguiu levantar dados sobre o tema junto às secretarias da segurança pública de Acre, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo.

Foi na capital paulista que o cabeleireiro Nilton, 45, e seu marido, Felipe, 38, foram agredidos e, segundo relatam, quase mortos. Por medo, eles preferem omitir seus sobrenomes.

A investida contra o casal aconteceu na noite de 30 de agosto do último ano. Naquele dia, Felipe acompanhara Nilton ao trabalho, na rua Augusta. Ficaram lá até as 23h.

Foi um dia movimentado, e chamar um carro por aplicativo para voltar para casa estava caro. Resolveram, então, caminhar em direção ao metrô. Seguiam de mãos dadas quando ouviram de um carro que passava: “Bichas!”.

O veículo parou e, quando eles perceberam, estavam cercados. O primeiro soco foi desferido em Nilton. Caído, ele acompanhou Felipe ser atingido por enxurrada de chutes. Atordoados, ficaram na calçada até a chegada de uma viatura. Registrado o boletim de ocorrência, ouviram do delegado ser impossível encontrar os agressores.

Como a Folha mostrou, nos últimos anos, a violência contra a população LGBTQIA+ no estado de São Paulo sofreu mudança significativa: deixou de ser predominantemente doméstica, entre quatro paredes, e tornou-se escancarada, nas ruas.

A inversão é ainda mais evidente em 2022. Os crimes em áreas públicas passaram a ser 53% do total. Nas residências, as ocorrências foram a 20%.

BRUNO LUCCA / Folhapress

Crimes contra LGBTQIA+ enquadrados na lei do racismo crescem 54% em 2022

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – No Brasil, casos de homotransfobia enquadrados na lei do racismo cresceram 54% em 2022, mostram os dados do 17º Anuário de Brasileiro da Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (20).

Em 2022, foram 488 ocorrências, ante 316 no ano anterior. Agressões contra a população LGBTQIA+ são penalizadas como crimes raciais desde junho de 2019, quando o STF (Supremo Tribunal Federal) entendeu ter havido omissão inconstitucional do Congresso Nacional ao não editar lei que criminalize atos do tipo.

- Advertisement -anuncio

Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Goiás lideram o aumento. O estado sulista, por exemplo, registrou 119 casos em 2022, ante os 67 do ano anterior —uma alta de 77%.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública, realizador do anuário, computou também os crimes contra a comunidade LGBT+ não inseridos como racismo. No cenário, lesão corporal é o mais recorrente, com 2.324 casos somente no último ano. Depois, há homicídio doloso (163 relatos) e estupro (199 ocorrências).

Pernambuco é o estado com mais registros de lesão corporal. No último ano, foram 540. Este valor, no entanto, é menor em relação aos atentados lá registrados em 2021, quando houve 655 casos.

O estado nordestino também liderou no total de estupros. Foram 55 em 2022, apenas três a menos se observados os apurados no segundo ano desta década.

Já homicídios dolosos com LGBTQIA+s vitimados também tiverem seu ápice no Nordeste. O Ceará teve 32 casos em 2022. Isso não é novidade naquela região, já que houve 31 assassinatos nos 12 meses anteriores.

Dennis Pacheco, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, diz continuar preocupante a quantidade de atentados e que ainda há muita subnotificação. “Como de costume, o Estado demonstra-se não incapaz, porque possui capacidade administrativa e recursos humanos para tanto, mas desinteressado em endereçar e solucionar.”

O Fórum não conseguiu levantar dados sobre o tema junto às secretarias da segurança pública de Acre, Bahia, Maranhão, Rio de Janeiro e São Paulo.

Foi na capital paulista que o cabeleireiro Nilton, 45, e seu marido, Felipe, 38, foram agredidos e, segundo relatam, quase mortos. Por medo, eles preferem omitir seus sobrenomes.

A investida contra o casal aconteceu na noite de 30 de agosto do último ano. Naquele dia, Felipe acompanhara Nilton ao trabalho, na rua Augusta. Ficaram lá até as 23h.

Foi um dia movimentado, e chamar um carro por aplicativo para voltar para casa estava caro. Resolveram, então, caminhar em direção ao metrô. Seguiam de mãos dadas quando ouviram de um carro que passava: “Bichas!”.

O veículo parou e, quando eles perceberam, estavam cercados. O primeiro soco foi desferido em Nilton. Caído, ele acompanhou Felipe ser atingido por enxurrada de chutes. Atordoados, ficaram na calçada até a chegada de uma viatura. Registrado o boletim de ocorrência, ouviram do delegado ser impossível encontrar os agressores.

Como a Folha mostrou, nos últimos anos, a violência contra a população LGBTQIA+ no estado de São Paulo sofreu mudança significativa: deixou de ser predominantemente doméstica, entre quatro paredes, e tornou-se escancarada, nas ruas.

A inversão é ainda mais evidente em 2022. Os crimes em áreas públicas passaram a ser 53% do total. Nas residências, as ocorrências foram a 20%.

BRUNO LUCCA / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.