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ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) – Fora do ar desde 10 de maio de 1999, a extinta Rede Manchete tem uma dívida cada vez mais fora de controle. Em apenas cinco meses, por causa de fatores monetários e ações judiciais, a dívida cresceu em quase R$ 200 milhões.

Os dados, obtidos pela Folha de S.Paulo, são do PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional). O órgão é responsável por cobranças fiscais e regulariza débitos de empresas que devem em todo o Brasil. Ao todo, são oito CNPJs registrados ou ligados à TV Manchete Ltda., antiga razão social da emissora de Adolpho Bloch (1908-1995).

Em dezembro de 2018, a dívida da Manchete era de R$ 560,1 milhões. No último mês de maio, as antigas empresas do Grupo Bloch deviam R$ 1,040 bilhão. Já no último dia 3 de outubro, segundo a PGFN, os valores chegaram a R$ 1,201 bilhão.

Atualmente, o único CNPJ ativo da empresa é da Bloch Som e Imagem, empresa usada para vender tramas produzidas pela Manchete a partir de 1995 ao exterior. Dela, saíram novelas como “Tocaia Grande” (1995), “Xica da Silva” (1996), “Mandacaru” (1997) e “Brida” (1998). Hoje, só sua dívida é de R$ 111,7 milhões.

O grosso da dívida da Manchete é de compromissos trabalhistas: do total do débito, R$ 593,7 milhões são de pagamentos de salários, 13º e férias que não foram depositados à época. Os chamados “outros débitos”, que contabilizam fornecedores não pagos e empréstimos realizados com instituições bancárias, como o Banco do Brasil, somam R$ 457,3 milhões. Os R$ 122 milhões restantes são dívidas consideradas menores, como contas de energia e impostos estaduais e municipais.

Foram dois os motivos que fizeram a dívida da Manchete ter um crescimento tão alto. O primeiro é que a Justiça mandou executar algumas questões trabalhistas da empresa. Mesmo que não tenha como pagar, a empresa pode, por exemplo, fazer leilões e, assim que tiver como cumprir o débito, ele é descontado em conta judicial.

Antigos artistas da Manchete só têm conseguido receber o que lhes é de direito porque conseguiram obrigar a RedeTV!, que ficou com as concessões da empresa, a pagar os débitos por meio de liminares. É o caso da atriz Carolina Kasting, que protagonizou “Brida” (1998), e só recebeu até o último centavo a que tinha direito no ano passado.

O segundo motivo do crescimento da dívida é o dólar alto, em patamares acima dos R$ 5, e os juros bancários, que batem recordes nos últimos meses, devido à atual política do Banco Central.

Para tentar angariar fundos, alguns materiais da Manchete foram a leilão. Em 2021, um lote de fitas antigas de novelas como “Pantanal” (1990), “A História de Ana Raio e Zé Trovão” (1991) e até a censurada “O Marajá” (1993) foi arrematado por R$ 5,6 milhões.

Quem comprou as fitas no leilão não ganhou os direitos de exibição. Em caso de novelas e séries, é preciso negociar com seus autores, produtores e com o próprio representante da massa falida da Manchete -atualmente, o advogado Miguel Antônio Lopez.

A Folha de S.Paulo procurou o advogado para falar sobre o crescimento da dívida da Manchete, mas não obteve resposta até a última atualização de texto.

GABRIEL VAQUER / Folhapress

Dólar alto e novas ações fazem dívida da extinta Manchete ter crescimento recorde em 2023

ARACAJU, SE (FOLHAPRESS) – Fora do ar desde 10 de maio de 1999, a extinta Rede Manchete tem uma dívida cada vez mais fora de controle. Em apenas cinco meses, por causa de fatores monetários e ações judiciais, a dívida cresceu em quase R$ 200 milhões.

Os dados, obtidos pela Folha de S.Paulo, são do PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional). O órgão é responsável por cobranças fiscais e regulariza débitos de empresas que devem em todo o Brasil. Ao todo, são oito CNPJs registrados ou ligados à TV Manchete Ltda., antiga razão social da emissora de Adolpho Bloch (1908-1995).

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Em dezembro de 2018, a dívida da Manchete era de R$ 560,1 milhões. No último mês de maio, as antigas empresas do Grupo Bloch deviam R$ 1,040 bilhão. Já no último dia 3 de outubro, segundo a PGFN, os valores chegaram a R$ 1,201 bilhão.

Atualmente, o único CNPJ ativo da empresa é da Bloch Som e Imagem, empresa usada para vender tramas produzidas pela Manchete a partir de 1995 ao exterior. Dela, saíram novelas como “Tocaia Grande” (1995), “Xica da Silva” (1996), “Mandacaru” (1997) e “Brida” (1998). Hoje, só sua dívida é de R$ 111,7 milhões.

O grosso da dívida da Manchete é de compromissos trabalhistas: do total do débito, R$ 593,7 milhões são de pagamentos de salários, 13º e férias que não foram depositados à época. Os chamados “outros débitos”, que contabilizam fornecedores não pagos e empréstimos realizados com instituições bancárias, como o Banco do Brasil, somam R$ 457,3 milhões. Os R$ 122 milhões restantes são dívidas consideradas menores, como contas de energia e impostos estaduais e municipais.

Foram dois os motivos que fizeram a dívida da Manchete ter um crescimento tão alto. O primeiro é que a Justiça mandou executar algumas questões trabalhistas da empresa. Mesmo que não tenha como pagar, a empresa pode, por exemplo, fazer leilões e, assim que tiver como cumprir o débito, ele é descontado em conta judicial.

Antigos artistas da Manchete só têm conseguido receber o que lhes é de direito porque conseguiram obrigar a RedeTV!, que ficou com as concessões da empresa, a pagar os débitos por meio de liminares. É o caso da atriz Carolina Kasting, que protagonizou “Brida” (1998), e só recebeu até o último centavo a que tinha direito no ano passado.

O segundo motivo do crescimento da dívida é o dólar alto, em patamares acima dos R$ 5, e os juros bancários, que batem recordes nos últimos meses, devido à atual política do Banco Central.

Para tentar angariar fundos, alguns materiais da Manchete foram a leilão. Em 2021, um lote de fitas antigas de novelas como “Pantanal” (1990), “A História de Ana Raio e Zé Trovão” (1991) e até a censurada “O Marajá” (1993) foi arrematado por R$ 5,6 milhões.

Quem comprou as fitas no leilão não ganhou os direitos de exibição. Em caso de novelas e séries, é preciso negociar com seus autores, produtores e com o próprio representante da massa falida da Manchete -atualmente, o advogado Miguel Antônio Lopez.

A Folha de S.Paulo procurou o advogado para falar sobre o crescimento da dívida da Manchete, mas não obteve resposta até a última atualização de texto.

GABRIEL VAQUER / Folhapress

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