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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O mundo quer saber: após elevar os juros nos Estados Unidos para o maior patamar em 22 anos, qual o próximo passo do presidente do banco central americano, Jerome Powell?

A resposta para essa pergunta vai além de preocupações com investimentos de curto prazo. Também está no radar entender se o responsável pela política monetária da maior economia do mundo avalia que a inflação e o aumento das taxas do pós-pandemia pelo mundo vieram para ficar.

A expectativa é que esse caminho fique mais claro na manhã desta sexta (25), quando o chefe do Federal Reserve fará seu discurso em Jackson Hole, simpósio anual que reúne autoridades financeiras, economistas e acadêmicos de todo o mundo em Wyoming, estado na região oeste dos EUA.

Em todo o governo Biden, a economia nunca esteve tão bem. Após seguidos recordes de inflação no ano passado, a alta de preços está desacelerando. Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho segue aquecido, e a renda do trabalho dos americanos finalmente tem finalmente registrado ganhos reais.

A conjunção dos dois fatores tem feito muitos analistas acreditarem que o Fed vai conseguir fazer o tão almejado “pouso suave”, quando o efeito da alta dos juros pelo banco central é suficiente para segurar a inflação, mas sem gerar alta do desemprego e recessão.

Esse cenário é bastante novo -até há pouco tempo, era praticamente consenso que a economia americana entraria em recessão, divergindo-se apenas de quando isso ocorreria. O próprio Fed projetava uma retração ainda neste ano, descartada na última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, o equivalente ao Copom brasileiro), no final de julho.

Na ocasião, o BC americano elevou os juros em 0,25 ponto percentual, para uma faixa de 5,25% a 5,50%, e deixou a porta aberta para novas altas. Desde março de 2022, quando a taxa estava próxima de zero, o Fed vem encarecendo o crédito na tentativa de desaquecer a economia e, assim, levar a inflação para dentro da meta, atualmente em 2%.

Agora, diante da melhora dos indicadores da economia, o mercado se questiona se haverá de fato uma nova alta da taxa neste ano, em 0,25 p.p., ou se Powell vai indicar que deve mantê-la no nível atual.

Ainda mais importante, busca-se captar qual a visão do chefe do BC americano sobre a dinâmica da inflação e a efetividade da política monetária. Ou, em outras palavras, se Powell avalia que a taxa de juros atual deverá ser mantida no elevado nível atual por um longo período, ou se vê margem para um corte no ano que vem.

Não à toa, o tema de Jackson Hole neste ano são as mudanças estruturais na economia global -nas entrelinhas, estão a disparada da inflação na pandemia e a reação dos bancos centrais globais de elevar os juros em resposta, como ocorreu também no Brasil.

A premissa, segundo os organizadores, é que apesar do impacto imediato da Covid estar se dissipando, há efeitos duradouros da crise sanitária sobre os fluxos comerciais e financeiros globais.

“Da mesma forma, a resposta política à pandemia e suas consequências podem ter efeitos persistentes, à medida que as economias se ajustam às mudanças rápidas na postura da política monetária e a um aumento substancial na dívida soberana”, diz o Fed de Kansas City, responsável pelo encontro.

Quando e em quanto baixar os juros é uma das principais dúvidas de economistas no mundo hoje. O principal temor é que um afrouxamento precoce da política monetária leve a inflação a disparar novamente -parte dos analistas acredita que voltar ao patamar das taxas pré-pandemia vai ser impossível, porque a alta de preços veio para ficar.

No Brasil, o Banco Central iniciou o ciclo de corte da Selic na última reunião, no início de agosto, com um corte de 0,5 p.p., para 13,25%.

Jackson Hole costuma ser palco de mensagens importantes do Fed. Nos anos 1980, o simpósio antecipou por exemplo uma alta histórica dos juros e, em 2007, alertou para problemas no setor imobiliário, que desembocariam em uma crise financeira mundial no ano seguinte.

A primeira edição do evento ocorreu em 1978. Apesar de hoje ser conhecido como Jackson Hole, o Jackson Lake Lodge, localizado no Parque Nacional Grand Teton, começou a receber o simpósio somente quatro anos depois.

A tradição de transmitir discursos oficiais de um presidente do Fed começou em 1989, com Alan Greenspan. Segundo o Fed, cerca de 120 pessoas participam do simpósio, selecionadas segundo sua relevância não só para o tópico em debate, como também atendendo a critérios de diversidade regional, setorial e de formação.

Os participantes são convidados a escreverem artigos, para serem debatidos em Jackson Hole (o material produzido em anos anteriores pode ser acessado aqui).

A discussão neste ano ocorre entre os dias 24 e 26 de agosto. Pelo Brasil, vai participar o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen.

A próxima reunião do banco central americano ocorre em 19 e 20 de setembro.

FERNANDA PERRIN / Folhapress

Entenda o encontro de Jackson Hole, que atrai os olhares do mundo nesta semana

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – O mundo quer saber: após elevar os juros nos Estados Unidos para o maior patamar em 22 anos, qual o próximo passo do presidente do banco central americano, Jerome Powell?

A resposta para essa pergunta vai além de preocupações com investimentos de curto prazo. Também está no radar entender se o responsável pela política monetária da maior economia do mundo avalia que a inflação e o aumento das taxas do pós-pandemia pelo mundo vieram para ficar.

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A expectativa é que esse caminho fique mais claro na manhã desta sexta (25), quando o chefe do Federal Reserve fará seu discurso em Jackson Hole, simpósio anual que reúne autoridades financeiras, economistas e acadêmicos de todo o mundo em Wyoming, estado na região oeste dos EUA.

Em todo o governo Biden, a economia nunca esteve tão bem. Após seguidos recordes de inflação no ano passado, a alta de preços está desacelerando. Ao mesmo tempo, o mercado de trabalho segue aquecido, e a renda do trabalho dos americanos finalmente tem finalmente registrado ganhos reais.

A conjunção dos dois fatores tem feito muitos analistas acreditarem que o Fed vai conseguir fazer o tão almejado “pouso suave”, quando o efeito da alta dos juros pelo banco central é suficiente para segurar a inflação, mas sem gerar alta do desemprego e recessão.

Esse cenário é bastante novo -até há pouco tempo, era praticamente consenso que a economia americana entraria em recessão, divergindo-se apenas de quando isso ocorreria. O próprio Fed projetava uma retração ainda neste ano, descartada na última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, o equivalente ao Copom brasileiro), no final de julho.

Na ocasião, o BC americano elevou os juros em 0,25 ponto percentual, para uma faixa de 5,25% a 5,50%, e deixou a porta aberta para novas altas. Desde março de 2022, quando a taxa estava próxima de zero, o Fed vem encarecendo o crédito na tentativa de desaquecer a economia e, assim, levar a inflação para dentro da meta, atualmente em 2%.

Agora, diante da melhora dos indicadores da economia, o mercado se questiona se haverá de fato uma nova alta da taxa neste ano, em 0,25 p.p., ou se Powell vai indicar que deve mantê-la no nível atual.

Ainda mais importante, busca-se captar qual a visão do chefe do BC americano sobre a dinâmica da inflação e a efetividade da política monetária. Ou, em outras palavras, se Powell avalia que a taxa de juros atual deverá ser mantida no elevado nível atual por um longo período, ou se vê margem para um corte no ano que vem.

Não à toa, o tema de Jackson Hole neste ano são as mudanças estruturais na economia global -nas entrelinhas, estão a disparada da inflação na pandemia e a reação dos bancos centrais globais de elevar os juros em resposta, como ocorreu também no Brasil.

A premissa, segundo os organizadores, é que apesar do impacto imediato da Covid estar se dissipando, há efeitos duradouros da crise sanitária sobre os fluxos comerciais e financeiros globais.

“Da mesma forma, a resposta política à pandemia e suas consequências podem ter efeitos persistentes, à medida que as economias se ajustam às mudanças rápidas na postura da política monetária e a um aumento substancial na dívida soberana”, diz o Fed de Kansas City, responsável pelo encontro.

Quando e em quanto baixar os juros é uma das principais dúvidas de economistas no mundo hoje. O principal temor é que um afrouxamento precoce da política monetária leve a inflação a disparar novamente -parte dos analistas acredita que voltar ao patamar das taxas pré-pandemia vai ser impossível, porque a alta de preços veio para ficar.

No Brasil, o Banco Central iniciou o ciclo de corte da Selic na última reunião, no início de agosto, com um corte de 0,5 p.p., para 13,25%.

Jackson Hole costuma ser palco de mensagens importantes do Fed. Nos anos 1980, o simpósio antecipou por exemplo uma alta histórica dos juros e, em 2007, alertou para problemas no setor imobiliário, que desembocariam em uma crise financeira mundial no ano seguinte.

A primeira edição do evento ocorreu em 1978. Apesar de hoje ser conhecido como Jackson Hole, o Jackson Lake Lodge, localizado no Parque Nacional Grand Teton, começou a receber o simpósio somente quatro anos depois.

A tradição de transmitir discursos oficiais de um presidente do Fed começou em 1989, com Alan Greenspan. Segundo o Fed, cerca de 120 pessoas participam do simpósio, selecionadas segundo sua relevância não só para o tópico em debate, como também atendendo a critérios de diversidade regional, setorial e de formação.

Os participantes são convidados a escreverem artigos, para serem debatidos em Jackson Hole (o material produzido em anos anteriores pode ser acessado aqui).

A discussão neste ano ocorre entre os dias 24 e 26 de agosto. Pelo Brasil, vai participar o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Abry Guillen.

A próxima reunião do banco central americano ocorre em 19 e 20 de setembro.

FERNANDA PERRIN / Folhapress

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