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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma operação da PF (Polícia Federal) que investiga mineração na terra indígena yanomami envolveu o nome do cantor Alexandre Pires, cujo apartamento em Itapema (SC) foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Não se trata, porém, de ouro, como vem à mente quando se fala em mineração em áreas protegidas, mas, sim, de cassiterita.

A cassiterita é um minério central para produção de estanho. Interessam-se pela cassiterita as indústrias siderúrgica, de soldas e química, objetos de pewter e bronze.

Segundo Luiz Jardim Wanderley, pesquisador do departamento de geografia da UFF (Universidade Federal Fluminense) e membro do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, o Brasil possui a quinta maior reserva de cassiterita do mundo.

No Brasil, segundo a ANM (Agência Nacional de Mineração), ficam na amazônia as mais importantes concentrações de cassiterita. Rondônia é tipo como um dos pontos principais do minério no país. Dados da ANM mostram que o estado lidera em valor da produção mineral.

Assim como para extração de ouro, os garimpos de cassiterita também trazem impactos ambientais, segundo Wanderley. “Usa grandes máquinas, altera a dinâmica dos rios, produz desmatamento. Mas não usa mercúrio”, afirma o pesquisador. “Ao mesmo tempo os impactos sociais de ambos os garimpos [ouro e cassiterita] são similares.”

Wanderley aponta que os garimpeiros de cassiterita também fazem a extração com bombas e mangueiras nos leitos dos rios.

O pesquisador diz que não se trata de um metal raro, com elevado valor de mercado. Dessa forma, o volume de produção é importante.

Segundo dados da ANM, os valores da produção mineral relacionados a estanho -e, consequentemente, à cassiterita- tiveram alta desde 2020, em relação aos anos anteriores.

O preço por tonelada de casserita cresceu consideravelmente durante a pandemia e, no momento, ainda está acima de anos anteriores. Wanderley aponta que, apesar de estar acima dos valores observados no começo do século, o preço está perto do que foi visto no período próximo a 2012.

A operação da PF que liga o cantor Alexandre Pires ao garimpo de cassiterita recebeu o nome de Disco de Ouro. Segundo a PF, o cantor teria recebido R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. Um empresário musical seria o responsável pelo núcleo financeiro das atividades ilegais. A polícia buscou no imóvel do cantor documentos relacionados a possíveis pagamentos da mineradora.

A Opus Entretenimento, que cuida da carreira do carreira do cantor, disse que “desconhece qualquer atividade ilegal supostamente relacionada a colaboradores e parceiros da empresa”. A defesa de Pires informou que ele “não tem e nunca teve qualquer envolvimento com garimpo ou extração de minério, muito menos em área indígena”.

A PF afirma que havia um esquema para lavar a cassiterita que foi retirada da terra indígena yanomami -a exploração é proibida nessas áreas protegidas. O minério era classificado como originário de mineração regular em Itaituba, no Pará, com o tratamento sendo realizado em Roraima, onde está localizada a terra dos yanomamis.

A terra indígena yanomami tem um grande e histórico problema com garimpo ilegal, situação que, além dos claros problemas ambientais trazidos, tem também impactos sociais na população da área protegida.

Em janeiro do ano passado, a PF encontrou 30 toneladas de cassiterita retirada da terra indígena yanomami. A operação Disco de Ouro foi um desdobramento desse fato inicial.

Recentemente, apreensões de cassiterita derivada dessa terra indígena têm sido observadas. No início do ano, na Operação Libertação, a PF disse que foram inutilizadas ou apreendidas 27 toneladas do minério. Em junho deste ano, a PF prendeu um suspeito que tentava sair do local com cerca de duas toneladas do minério.

PHILLIPPE WATANABE / Folhapress

Entenda o que é cassiterita, ponto central de operação da PF que chegou a Alexandre Pires

Foto: Governo do Estado de Rondônia

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Uma operação da PF (Polícia Federal) que investiga mineração na terra indígena yanomami envolveu o nome do cantor Alexandre Pires, cujo apartamento em Itapema (SC) foi alvo de um mandado de busca e apreensão. Não se trata, porém, de ouro, como vem à mente quando se fala em mineração em áreas protegidas, mas, sim, de cassiterita.

A cassiterita é um minério central para produção de estanho. Interessam-se pela cassiterita as indústrias siderúrgica, de soldas e química, objetos de pewter e bronze.

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Segundo Luiz Jardim Wanderley, pesquisador do departamento de geografia da UFF (Universidade Federal Fluminense) e membro do Comitê Nacional em Defesa dos Territórios Frente à Mineração, o Brasil possui a quinta maior reserva de cassiterita do mundo.

No Brasil, segundo a ANM (Agência Nacional de Mineração), ficam na amazônia as mais importantes concentrações de cassiterita. Rondônia é tipo como um dos pontos principais do minério no país. Dados da ANM mostram que o estado lidera em valor da produção mineral.

Assim como para extração de ouro, os garimpos de cassiterita também trazem impactos ambientais, segundo Wanderley. “Usa grandes máquinas, altera a dinâmica dos rios, produz desmatamento. Mas não usa mercúrio”, afirma o pesquisador. “Ao mesmo tempo os impactos sociais de ambos os garimpos [ouro e cassiterita] são similares.”

Wanderley aponta que os garimpeiros de cassiterita também fazem a extração com bombas e mangueiras nos leitos dos rios.

O pesquisador diz que não se trata de um metal raro, com elevado valor de mercado. Dessa forma, o volume de produção é importante.

Segundo dados da ANM, os valores da produção mineral relacionados a estanho -e, consequentemente, à cassiterita- tiveram alta desde 2020, em relação aos anos anteriores.

O preço por tonelada de casserita cresceu consideravelmente durante a pandemia e, no momento, ainda está acima de anos anteriores. Wanderley aponta que, apesar de estar acima dos valores observados no começo do século, o preço está perto do que foi visto no período próximo a 2012.

A operação da PF que liga o cantor Alexandre Pires ao garimpo de cassiterita recebeu o nome de Disco de Ouro. Segundo a PF, o cantor teria recebido R$ 1 milhão de uma mineradora investigada. Um empresário musical seria o responsável pelo núcleo financeiro das atividades ilegais. A polícia buscou no imóvel do cantor documentos relacionados a possíveis pagamentos da mineradora.

A Opus Entretenimento, que cuida da carreira do carreira do cantor, disse que “desconhece qualquer atividade ilegal supostamente relacionada a colaboradores e parceiros da empresa”. A defesa de Pires informou que ele “não tem e nunca teve qualquer envolvimento com garimpo ou extração de minério, muito menos em área indígena”.

A PF afirma que havia um esquema para lavar a cassiterita que foi retirada da terra indígena yanomami -a exploração é proibida nessas áreas protegidas. O minério era classificado como originário de mineração regular em Itaituba, no Pará, com o tratamento sendo realizado em Roraima, onde está localizada a terra dos yanomamis.

A terra indígena yanomami tem um grande e histórico problema com garimpo ilegal, situação que, além dos claros problemas ambientais trazidos, tem também impactos sociais na população da área protegida.

Em janeiro do ano passado, a PF encontrou 30 toneladas de cassiterita retirada da terra indígena yanomami. A operação Disco de Ouro foi um desdobramento desse fato inicial.

Recentemente, apreensões de cassiterita derivada dessa terra indígena têm sido observadas. No início do ano, na Operação Libertação, a PF disse que foram inutilizadas ou apreendidas 27 toneladas do minério. Em junho deste ano, a PF prendeu um suspeito que tentava sair do local com cerca de duas toneladas do minério.

PHILLIPPE WATANABE / Folhapress

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