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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O êxodo dos moradores Nagorno-Karabakh, região armênia étnica no Azerbaijão, já atingiu quase toda a população do local após Baku ter conquistado o controle do local em uma ofensiva surpresa na semana passada.

Segundo o governo da Armênia, 93 mil pessoas já fugiram para o país pelo tortuoso caminho montanhoso que o liga ao território separatista, que registrava uma população aproximada de 120 mil habitantes. Com isso, é provável que no fim de semana só haja alguns poucos remanescentes na área, ocupada por armênios desde o século 2º a.C.

A autoproclamada República de Artsakh, como os locais chamam Nagorno-Karabakh, vai deixar de existir de vez na virada do ano. Seu governo anunciou a dissolução, impotente ante a nova realidade militar e o temor de uma limpeza étnica violenta.

Trata-se de um rápido e surpreendente desfecho para 32 anos de conflitos, que geraram uma guerra nos anos 1990 e outra, em 2020. Na primeira, foram azeris que tiveram de deixar suas casas em torno de Nagorno-Karabakh, expulsos por forças da Armênia que apoiavam os separatistas e procuravam criar um cordão de segurança na região.

Na segunda, Baku reconquistou essas áreas praticamente desabitadas em 44 dias, aceitou um cessar-fogo precário mediado pelos russos e preparou a ofensiva final. Ela veio na semana passada, em 24 horas de bombardeios com anuência da força de paz de Vladimir Putin.

Com isso, a Turquia, verdadeiro poder por trás do governo de Ilham Aliyev no Azerbaijão, voltou a dar as cartas de vez numa região que disputa com russos e iranianos há séculos. Desde a década de 1820, Moscou era a potência dominante, e a colcha de retalhos étnica deixada para trás pelo fim da União Soviética proporcionou a crise de Nagorno-Karabakh.

A acomodação entre Putin e o turco Recep Tayyip Erdogan, rivais e parceiros em diversas empreitadas, selou o destino da região. Ao governo de Ierevan sobraram as queixas, já que o premiê Nikol Pashinyan é desafeto do líder russo e o país nem tem relações com a Turquia, e os refugiados —que vão elevar em 4,3% a população armênia, se ficarem por lá.

O torniquete de Baku segue firme na região. Depois do ex-presidente local, os azeris prenderam nesta sexta (29) Levon Mnatsakanyan, que foi o líder militar de Nagorno-Karabakh de 2015 a 2018. Na Armênia, as atenções se voltam para as ideias ventiladas por Erdogan e Aliyev de ligar o Azerbaijão a outro remanescente da partilha soviética, o exclave azeri de Nakhchivan.

O escritório de Aliyev respondeu aos pedidos dos Estados Unidos por monitoramento internacional da situação também nesta sexta com uma mensagem nada sutil, de que inspetores terão acesso à região “nos próximos dias”. Ou seja, quando não houver mais armênios por lá.

Aliyev prometeu proteger quem quisesse ficar, mas por óbvio os locais não quiseram pagar para ver, dado o histórico de massacres de lado a lado na região. O Alto Comissariado de Refugiados das Nações Unidas está trabalhando para ajudar a receber os refugiados, assim como entidades como a Cruz Vermelha.

IGOR GIELOW / Folhapress

Êxodo esvazia região armênia conquistada pelo Azerbaijão

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O êxodo dos moradores Nagorno-Karabakh, região armênia étnica no Azerbaijão, já atingiu quase toda a população do local após Baku ter conquistado o controle do local em uma ofensiva surpresa na semana passada.

Segundo o governo da Armênia, 93 mil pessoas já fugiram para o país pelo tortuoso caminho montanhoso que o liga ao território separatista, que registrava uma população aproximada de 120 mil habitantes. Com isso, é provável que no fim de semana só haja alguns poucos remanescentes na área, ocupada por armênios desde o século 2º a.C.

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A autoproclamada República de Artsakh, como os locais chamam Nagorno-Karabakh, vai deixar de existir de vez na virada do ano. Seu governo anunciou a dissolução, impotente ante a nova realidade militar e o temor de uma limpeza étnica violenta.

Trata-se de um rápido e surpreendente desfecho para 32 anos de conflitos, que geraram uma guerra nos anos 1990 e outra, em 2020. Na primeira, foram azeris que tiveram de deixar suas casas em torno de Nagorno-Karabakh, expulsos por forças da Armênia que apoiavam os separatistas e procuravam criar um cordão de segurança na região.

Na segunda, Baku reconquistou essas áreas praticamente desabitadas em 44 dias, aceitou um cessar-fogo precário mediado pelos russos e preparou a ofensiva final. Ela veio na semana passada, em 24 horas de bombardeios com anuência da força de paz de Vladimir Putin.

Com isso, a Turquia, verdadeiro poder por trás do governo de Ilham Aliyev no Azerbaijão, voltou a dar as cartas de vez numa região que disputa com russos e iranianos há séculos. Desde a década de 1820, Moscou era a potência dominante, e a colcha de retalhos étnica deixada para trás pelo fim da União Soviética proporcionou a crise de Nagorno-Karabakh.

A acomodação entre Putin e o turco Recep Tayyip Erdogan, rivais e parceiros em diversas empreitadas, selou o destino da região. Ao governo de Ierevan sobraram as queixas, já que o premiê Nikol Pashinyan é desafeto do líder russo e o país nem tem relações com a Turquia, e os refugiados —que vão elevar em 4,3% a população armênia, se ficarem por lá.

O torniquete de Baku segue firme na região. Depois do ex-presidente local, os azeris prenderam nesta sexta (29) Levon Mnatsakanyan, que foi o líder militar de Nagorno-Karabakh de 2015 a 2018. Na Armênia, as atenções se voltam para as ideias ventiladas por Erdogan e Aliyev de ligar o Azerbaijão a outro remanescente da partilha soviética, o exclave azeri de Nakhchivan.

O escritório de Aliyev respondeu aos pedidos dos Estados Unidos por monitoramento internacional da situação também nesta sexta com uma mensagem nada sutil, de que inspetores terão acesso à região “nos próximos dias”. Ou seja, quando não houver mais armênios por lá.

Aliyev prometeu proteger quem quisesse ficar, mas por óbvio os locais não quiseram pagar para ver, dado o histórico de massacres de lado a lado na região. O Alto Comissariado de Refugiados das Nações Unidas está trabalhando para ajudar a receber os refugiados, assim como entidades como a Cruz Vermelha.

IGOR GIELOW / Folhapress

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