Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

FORTALEZA, PE (FOLHAPRESS) – O governador do Ceará, Elmano Freitas (PT), decidiu retirar o mausoléu do primeiro presidente da ditadura militar da sede do governo do estado.

O complexo atualmente abriga os restos mortais de Humberto de Alencar Castello Branco, que governou o país de 1964 a 1967, e é tombado pelo patrimônio histórico e cultural do estado.

A estrutura está localizada ao lado do Palácio da Abolição, sede do Poder Executivo.

Na última quinta-feira (31), Elmano de Freitas disse que “no Palácio da Abolição não ficará o mausoléu de quem apoiou a ditadura”.

“De um momento tão importante em nossa história, a nossa proposta é instalar, no Palácio da Abolição, um monumento em homenagem ao movimento abolicionista, dando destaque ao principal líder desse movimento no Ceará, o jangadeiro Dragão do Mar”, disse o governador.

O jangadeiro foi líder de mobilização contra a escravidão no século 19 no estado, ao comandar uma greve.

A gestão estadual não informou para onde serão levados os restos mortais de Castello Branco. O tema está sendo tratado com familiares e o Exército. Também estão no local os restos mortais da esposa, a ex-primeira-dama Argentina Castello Branco.

O novo destino do espaço será alvo de projeto na Secretaria de Cultura do estado.

“Para que fique claro, o tombamento da estrutura arquitetônica será mantido e respeitado. Vamos abrir diálogo na elaboração do projeto, respeitando a repercussão pública, além do cuidado e respeito com as tratativas entre os familiares do ex-presidente”, disse a secretária Luísa Cela.

Para ela, é contraditório que o Palácio da Abolição seja abrigo dos restos mortais de um representante da ditadura.

Em março, uma carta assinada por representantes de 55 entidades latino-americanas ligadas aos Reslac (órgão que reúne entidades de direitos humanos de 13 países) manifestava apoio pelo fim do mausoléu abrigado na sede do governo cearense.

Os objetos do acervo e pertences particulares de Castello Branco já haviam sido removidos do espaço por familiares. O presidente, nascido em Fortaleza, morreu meses após deixar o cargo, em 1967, em um acidente aéreo.

O nome do novo memorial ainda será divulgado. A remoção deve acontecer entre dezembro e março do ano que vem.

A escolha de dezembro faria referência ao dia 10, Dia Internacional dos Direitos Humanos, enquanto março aos 60 anos do golpe que deu início à ditadura.

Na Assembleia Legislativa, opositores de Elmano de Freitas criticaram a iniciativa.

O deputado Sargento Reginauro (União Brasil) disse nesta terça (5) que a medida é uma “cortina de fumaça” para esconder os problemas no estado e que Elmano de Freitas “governa para a militância”.

Para Reginauro, a decisão “desrespeita o patrimônio histórico-cultural” e deveria haver um debate com a população. Deputados do PL concordaram com a fala e elogiaram a trajetória do presidente militar.

O deputado Queiroz Filho (PDT) afirmou que o estado está passando por problemas maiores do que a necessidade de mudar nomes.

PATRICIA CALDERÓN / Folhapress

Governador do Ceará manda tirar mausoléu de Castello Branco do palácio do estado

FORTALEZA, PE (FOLHAPRESS) – O governador do Ceará, Elmano Freitas (PT), decidiu retirar o mausoléu do primeiro presidente da ditadura militar da sede do governo do estado.

O complexo atualmente abriga os restos mortais de Humberto de Alencar Castello Branco, que governou o país de 1964 a 1967, e é tombado pelo patrimônio histórico e cultural do estado.

- Advertisement -anuncio

A estrutura está localizada ao lado do Palácio da Abolição, sede do Poder Executivo.

Na última quinta-feira (31), Elmano de Freitas disse que “no Palácio da Abolição não ficará o mausoléu de quem apoiou a ditadura”.

“De um momento tão importante em nossa história, a nossa proposta é instalar, no Palácio da Abolição, um monumento em homenagem ao movimento abolicionista, dando destaque ao principal líder desse movimento no Ceará, o jangadeiro Dragão do Mar”, disse o governador.

O jangadeiro foi líder de mobilização contra a escravidão no século 19 no estado, ao comandar uma greve.

A gestão estadual não informou para onde serão levados os restos mortais de Castello Branco. O tema está sendo tratado com familiares e o Exército. Também estão no local os restos mortais da esposa, a ex-primeira-dama Argentina Castello Branco.

O novo destino do espaço será alvo de projeto na Secretaria de Cultura do estado.

“Para que fique claro, o tombamento da estrutura arquitetônica será mantido e respeitado. Vamos abrir diálogo na elaboração do projeto, respeitando a repercussão pública, além do cuidado e respeito com as tratativas entre os familiares do ex-presidente”, disse a secretária Luísa Cela.

Para ela, é contraditório que o Palácio da Abolição seja abrigo dos restos mortais de um representante da ditadura.

Em março, uma carta assinada por representantes de 55 entidades latino-americanas ligadas aos Reslac (órgão que reúne entidades de direitos humanos de 13 países) manifestava apoio pelo fim do mausoléu abrigado na sede do governo cearense.

Os objetos do acervo e pertences particulares de Castello Branco já haviam sido removidos do espaço por familiares. O presidente, nascido em Fortaleza, morreu meses após deixar o cargo, em 1967, em um acidente aéreo.

O nome do novo memorial ainda será divulgado. A remoção deve acontecer entre dezembro e março do ano que vem.

A escolha de dezembro faria referência ao dia 10, Dia Internacional dos Direitos Humanos, enquanto março aos 60 anos do golpe que deu início à ditadura.

Na Assembleia Legislativa, opositores de Elmano de Freitas criticaram a iniciativa.

O deputado Sargento Reginauro (União Brasil) disse nesta terça (5) que a medida é uma “cortina de fumaça” para esconder os problemas no estado e que Elmano de Freitas “governa para a militância”.

Para Reginauro, a decisão “desrespeita o patrimônio histórico-cultural” e deveria haver um debate com a população. Deputados do PL concordaram com a fala e elogiaram a trajetória do presidente militar.

O deputado Queiroz Filho (PDT) afirmou que o estado está passando por problemas maiores do que a necessidade de mudar nomes.

PATRICIA CALDERÓN / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.