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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quando a taxa de juros cai e o financiamento melhora, o governo tem que aumentar os investimentos, afirma Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

“O investimento também precisa subir, o Brasil tem investimento baixo, e parte das vezes é porque o governo deve tanto que ele pega o dinheiro que seria para investir para financiar a dívida”, disse em evento da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) de Mato Grosso nesta quinta-feira (19).

A dívida pública federal equivalia a 74,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em julho deste ano.

“É muito difícil cortar gastos, entendemos isso, mas precisamos endereçar esse problema com credibilidade. Mesmo que ele [arcabouço] não tenha o resultado de curto prazo, se os agentes financeiros não entenderem que existe um plano bom de convergir a dívida para um nível mais razoável na frente, teremos problema de juros altos”, disse Campos Neto.

O economista acenou para as iniciativas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de cortar gastos, apesar da dificuldade do avanço nesta pauta.

“O governo tem feito um esforço grande com o arcabouço. É super difícil, eu estou lá vendo como é que as coisas são feitas. Há medidas que precisam passar no Congresso e as coisas nem sempre são muito rápidas do ponto de vista de quem quer fazer o programa andar. Isso faz parte da democracia e é assim que tem que ser”, disse o presidente do BC.

“Não é um tema desse governo e nem do outro, é um tema estrutural do Brasil. Temos dificuldade em cortar gastos, com um Orçamento muito engessado. Várias medidas que deveriam ser temporárias se tornam permanentes”, complementou.

Ao analisar a diferença entre expectativa do mercado financeiro para o resultado fiscal brasileiro em comparação à meta do governo federal, o presidente do Banco Central destacou a importância de se aumentar a arrecadação e deixar o novo arcabouço fiscal crível. “No final das contas, se a gente não conseguir equilibrar o fiscal, a gente pode desequilibrar todo o resto.”

A expectativa do mercado é de um déficit primário negativo de 1,1% do PIB neste ano, diante de um compromisso do governo de -0,5%. Para 2024, quando o governo pretende zerar o déficit, a projeção de economistas é de um buraco de 0,8%.

“O Brasil tem uma desancoragem gêmea. O BC diz que a meta de inflação é de 3%, mas a expectativa [do mercado] é de 3,5%. O governo está falando, ‘não, eu vou botar as contas em dia’, e os agentes da economia também não acreditam”, disse Campos Neto.

Segundo a pesquisa Focus do BC, economistas esperam um IPCA de 3,88% em 2024 e de 3,50% em 2025. A meta para estes anos, porém, é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

De acordo com o economista, com a piora do cenário externo, o Brasil precisa de um esforço fiscal ainda maior. “É como se você tivesse que ser um melhor aluno do que você pensava que teria que ser no passado. Mesmo com o arcabouço, a despesa primária do governo vai crescer 9,2% em 2023 e 3,3% em 2024, bem acima dos nossos pares da América Latina.”

Em termos de despesas gerais, o mercado prevê um crescimento anual real (descontando a inflação) de 27,5% no caso do Brasil e 1% na média da América Latina neste ano. Para 2024, há previsão de queda de 1% na despesa brasileira de de 2,7% na média latina.

JÚLIA MOURA / Folhapress

Governo deve tanto que pega dinheiro de investimentos para financiar a dívida, diz Campos Neto

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Quando a taxa de juros cai e o financiamento melhora, o governo tem que aumentar os investimentos, afirma Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.

“O investimento também precisa subir, o Brasil tem investimento baixo, e parte das vezes é porque o governo deve tanto que ele pega o dinheiro que seria para investir para financiar a dívida”, disse em evento da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) de Mato Grosso nesta quinta-feira (19).

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A dívida pública federal equivalia a 74,1% do PIB (Produto Interno Bruto) em julho deste ano.

“É muito difícil cortar gastos, entendemos isso, mas precisamos endereçar esse problema com credibilidade. Mesmo que ele [arcabouço] não tenha o resultado de curto prazo, se os agentes financeiros não entenderem que existe um plano bom de convergir a dívida para um nível mais razoável na frente, teremos problema de juros altos”, disse Campos Neto.

O economista acenou para as iniciativas do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de cortar gastos, apesar da dificuldade do avanço nesta pauta.

“O governo tem feito um esforço grande com o arcabouço. É super difícil, eu estou lá vendo como é que as coisas são feitas. Há medidas que precisam passar no Congresso e as coisas nem sempre são muito rápidas do ponto de vista de quem quer fazer o programa andar. Isso faz parte da democracia e é assim que tem que ser”, disse o presidente do BC.

“Não é um tema desse governo e nem do outro, é um tema estrutural do Brasil. Temos dificuldade em cortar gastos, com um Orçamento muito engessado. Várias medidas que deveriam ser temporárias se tornam permanentes”, complementou.

Ao analisar a diferença entre expectativa do mercado financeiro para o resultado fiscal brasileiro em comparação à meta do governo federal, o presidente do Banco Central destacou a importância de se aumentar a arrecadação e deixar o novo arcabouço fiscal crível. “No final das contas, se a gente não conseguir equilibrar o fiscal, a gente pode desequilibrar todo o resto.”

A expectativa do mercado é de um déficit primário negativo de 1,1% do PIB neste ano, diante de um compromisso do governo de -0,5%. Para 2024, quando o governo pretende zerar o déficit, a projeção de economistas é de um buraco de 0,8%.

“O Brasil tem uma desancoragem gêmea. O BC diz que a meta de inflação é de 3%, mas a expectativa [do mercado] é de 3,5%. O governo está falando, ‘não, eu vou botar as contas em dia’, e os agentes da economia também não acreditam”, disse Campos Neto.

Segundo a pesquisa Focus do BC, economistas esperam um IPCA de 3,88% em 2024 e de 3,50% em 2025. A meta para estes anos, porém, é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.

De acordo com o economista, com a piora do cenário externo, o Brasil precisa de um esforço fiscal ainda maior. “É como se você tivesse que ser um melhor aluno do que você pensava que teria que ser no passado. Mesmo com o arcabouço, a despesa primária do governo vai crescer 9,2% em 2023 e 3,3% em 2024, bem acima dos nossos pares da América Latina.”

Em termos de despesas gerais, o mercado prevê um crescimento anual real (descontando a inflação) de 27,5% no caso do Brasil e 1% na média da América Latina neste ano. Para 2024, há previsão de queda de 1% na despesa brasileira de de 2,7% na média latina.

JÚLIA MOURA / Folhapress

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