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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – “O Mundo Sem Fim” é, acima de tudo, um quadrinho sobre energia. A HQ constrói, através de uma arte simples e carismática, um diálogo entre os franceses Christophe Blain, quadrinista vencedor de dois prêmios Angoulême, e Jean-Marc Jancovici, engenheiro, professor universitário e fundador da Carbone 4, consultoria especializada em estratégias de baixo carbono e mudanças climáticas.

Blain conheceu Jancovici por meio do irmão. “Depois de um verão muito quente na França, percebi que o aquecimento global estava aqui. Fiquei ansioso por um ano, até que meu irmão me disse: ‘Escreva um livro com Jancovici'”, conta o quadrinista.

Os dois trabalharam juntos por dois anos para criar o gibi, que foi o livro mais vendido da França em 2022. Blain até foi atrás de outros pontos de vista, mas não encontrou nenhum tão convincente quanto o do parceiro.

“Jean-Marc e eu trabalhamos muito para manter as coisas claras, fluidas e divertidas. Ele adora usar imagens poderosas para explicar fenômenos complexos, e eu também. Tivemos que inventar muito, mantendo-nos cientificamente precisos. É uma forma lúdica de popularizar a ciência.”

Para entender como a discussão sobre fontes de energia se tornou eixo da conversa sobre crise ambiental, o quadrinho familiariza o leitor com alguns fatos básicos sobre energia.

O primeiro é que ela é a base da forma como o ser humano se organiza hoje. Comunicação, saúde, tecnologia e transporte só são possíveis porque temos energia abundante. A energia do trabalho humano é ínfima e insuficiente para manter o que hoje consideramos o mínimo de qualidade de vida.

Também é básico entender a Lei da Conservação. Energia não se cria nem destrói, apenas se realoca ou converte. E foi convertendo energias fósseis, do carvão ao petróleo, que a humanidade se fez a civilização que é hoje.

Seguindo a metáfora do quadrinho, as pessoas são “homens de ferro” hoje, um traje desmembrado em eletrodomésticos, celulares e incontáveis aparelhos para ter comodidade, segurança e tempo. E os homens de ferro ainda bebem principalmente petróleo, um emissor de poluição.

O efeito estufa produzido por sua queima, diz a ciência, pode ser a grande pá a cavar a vala comum da humanidade. Já em 2014, segundo o livro, cada terráqueo emitia em média cinco toneladas de gás carbônico por ano.

E as fontes renováveis? As energias eólica, solar, hidrelétrica, não seriam a solução? Para Jancovici, não sozinhas. Ele, inclusive, rejeita o termo, e prefere chamá-las de energias não carbônicas. “Para que a energia da França fosse eólica, seria preciso uma turbina a cada quilômetro, sem levar em conta o relevo ou lugares onde não há vento”, diz no livro.

Jancovici então faz sua proposta mais polêmica ao dizer que parte da solução dos nossos problemas energéticos e ambientais passam pela energia atômica. Ele argumenta, em quase trinta páginas, que os riscos são hoje controláveis, os erros do passado já foram mapeados e são evitáveis e, quando não acontece nenhuma catástrofe, esta é a energia que melhor equilibra limpeza e eficiência.

A proposta feita pelo quadrinho é uma combinação de energia nuclear com as hidrelétricas, eólicas e solares, somadas a um esforço de readaptação da organização humana, que passa por replanejamento de transporte e urbanismo.

“Eu não voo mais, viajo de trem, a pé, de bicicleta, no meu carro o mínimo possível, tenho um aquecedor elétrico… Estes são apenas detalhes”, afirma o quadrinista. “Acima de tudo, sei que o mundo em que vivemos vai mudar. Não me vejo no futuro da mesma maneira. Sei que tudo é frágil. Estou mais modesto.”

Blain não nega que os temas do quadrinho são angustiantes, foi esse o sentimento que o levou a se interessar pelo tema, afinal. Mas ele é assertivo ao aconselhar quem quer ajudar a evitar o fim do mundo. “Comece tentando entender como funciona.”

O MUNDO SEM FIM

Preço R$ 124,90 (196 págs.); R$ 87,90 (ebook)

Autoria Jean-Marc Jancovici e Christophe Blain

Editora Nemo

Tradução Fernando Scheibe e Bruno Ferreira Castro

DIOGO BACHEGA / Folhapress

HQ best-seller na França defende energia atômica contra catástrofe climática

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – “O Mundo Sem Fim” é, acima de tudo, um quadrinho sobre energia. A HQ constrói, através de uma arte simples e carismática, um diálogo entre os franceses Christophe Blain, quadrinista vencedor de dois prêmios Angoulême, e Jean-Marc Jancovici, engenheiro, professor universitário e fundador da Carbone 4, consultoria especializada em estratégias de baixo carbono e mudanças climáticas.

Blain conheceu Jancovici por meio do irmão. “Depois de um verão muito quente na França, percebi que o aquecimento global estava aqui. Fiquei ansioso por um ano, até que meu irmão me disse: ‘Escreva um livro com Jancovici'”, conta o quadrinista.

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Os dois trabalharam juntos por dois anos para criar o gibi, que foi o livro mais vendido da França em 2022. Blain até foi atrás de outros pontos de vista, mas não encontrou nenhum tão convincente quanto o do parceiro.

“Jean-Marc e eu trabalhamos muito para manter as coisas claras, fluidas e divertidas. Ele adora usar imagens poderosas para explicar fenômenos complexos, e eu também. Tivemos que inventar muito, mantendo-nos cientificamente precisos. É uma forma lúdica de popularizar a ciência.”

Para entender como a discussão sobre fontes de energia se tornou eixo da conversa sobre crise ambiental, o quadrinho familiariza o leitor com alguns fatos básicos sobre energia.

O primeiro é que ela é a base da forma como o ser humano se organiza hoje. Comunicação, saúde, tecnologia e transporte só são possíveis porque temos energia abundante. A energia do trabalho humano é ínfima e insuficiente para manter o que hoje consideramos o mínimo de qualidade de vida.

Também é básico entender a Lei da Conservação. Energia não se cria nem destrói, apenas se realoca ou converte. E foi convertendo energias fósseis, do carvão ao petróleo, que a humanidade se fez a civilização que é hoje.

Seguindo a metáfora do quadrinho, as pessoas são “homens de ferro” hoje, um traje desmembrado em eletrodomésticos, celulares e incontáveis aparelhos para ter comodidade, segurança e tempo. E os homens de ferro ainda bebem principalmente petróleo, um emissor de poluição.

O efeito estufa produzido por sua queima, diz a ciência, pode ser a grande pá a cavar a vala comum da humanidade. Já em 2014, segundo o livro, cada terráqueo emitia em média cinco toneladas de gás carbônico por ano.

E as fontes renováveis? As energias eólica, solar, hidrelétrica, não seriam a solução? Para Jancovici, não sozinhas. Ele, inclusive, rejeita o termo, e prefere chamá-las de energias não carbônicas. “Para que a energia da França fosse eólica, seria preciso uma turbina a cada quilômetro, sem levar em conta o relevo ou lugares onde não há vento”, diz no livro.

Jancovici então faz sua proposta mais polêmica ao dizer que parte da solução dos nossos problemas energéticos e ambientais passam pela energia atômica. Ele argumenta, em quase trinta páginas, que os riscos são hoje controláveis, os erros do passado já foram mapeados e são evitáveis e, quando não acontece nenhuma catástrofe, esta é a energia que melhor equilibra limpeza e eficiência.

A proposta feita pelo quadrinho é uma combinação de energia nuclear com as hidrelétricas, eólicas e solares, somadas a um esforço de readaptação da organização humana, que passa por replanejamento de transporte e urbanismo.

“Eu não voo mais, viajo de trem, a pé, de bicicleta, no meu carro o mínimo possível, tenho um aquecedor elétrico… Estes são apenas detalhes”, afirma o quadrinista. “Acima de tudo, sei que o mundo em que vivemos vai mudar. Não me vejo no futuro da mesma maneira. Sei que tudo é frágil. Estou mais modesto.”

Blain não nega que os temas do quadrinho são angustiantes, foi esse o sentimento que o levou a se interessar pelo tema, afinal. Mas ele é assertivo ao aconselhar quem quer ajudar a evitar o fim do mundo. “Comece tentando entender como funciona.”

O MUNDO SEM FIM

Preço R$ 124,90 (196 págs.); R$ 87,90 (ebook)

Autoria Jean-Marc Jancovici e Christophe Blain

Editora Nemo

Tradução Fernando Scheibe e Bruno Ferreira Castro

DIOGO BACHEGA / Folhapress

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