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BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (17) que a solução dos problemas da Venezuela tem que partir da própria população ao participar de uma reunião para discutir as eleições do país em 2024. A declaração, reportada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha, foi feita em Bruxelas, durante uma reunião com nomes do governo e da oposição da Venezuela —a primeira do tipo de que o Brasil participa.

Além deles, estavam presentes ainda no encontro os líderes da França, Colômbia e Argentina —respectivamente, Emmanuel Macron, Gustavo Petro e Alberto Fernández—, além do chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell. Já representando a Venezuela estavam a vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, e o ex-deputado Gerardo Blyde, o principal negociador da oposição. O ditador Nicolás Maduro não viajou para a Bélgica.

O encontro aconteceu durante a cúpula Celac-UE, que acontece nesta segunda e terça na capital belga. O evento reúne líderes dos 33 países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e os 25 da União Europeia (UE).

A reunião durou uma hora e meia —tempo superior aos encontros bilaterais realizados na cúpula, que não costumam ultrapassar meia hora. Foram discutidas a situação política na Venezuela, as sanções impostas ao país e o processo eleitoral para 2024.

Uma pessoa próxima de Lula afirmou à Folha que os participantes da discussão argumentaram que as relações com o país só poderiam ser normalizadas depois que os dois lados da política venezuelana alcançassem um acordo acerca das eleições.

Na reunião, Borrel ainda reconheceu que, com a eleição de líderes da esquerda no Brasil e na Colômbia após anos sob a direita, o diálogo com a Venezuela começou a avançar.

Petro, aliás, já vinha discutindo as próximas eleições em Caracas com Fernandéz e representantes da situação e da oposição venezuelanas, mas os dois não haviam estendido o convite ao governo brasileiro —o hoje ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu os laços diplomáticos entre Brasília e Caracas em 2020, tendo reconhecido Juan Guaidó como líder legítimo interino do país.

O objetivo dos encontros era abrir diálogo entre Maduro e a oposição, que disputarão as eleições em 2024. As primárias da oposição serão geridas por um grupo de partidos oposicionistas, já que não contarão com a estrutura do Conselho Nacional Eleitoral —os diretores do órgão renunciaram a seus cargos em junho, no que adversários interpretaram como uma tentativa de esvaziar a votação prévia.

O autoritarismo de Maduro segue forte no país, que recentemente tornou seus opositores inelegíveis, ameaçando, com isso, a possibilidade de que as eleições do ano que vem sejam livres. A principal representante da oposição, a ex-deputada María Corina Machado, por exemplo, foi declarada inelegível por 15 anos, acusada de irregularidades administrativas ocorridas oito anos atrás.

“Maduro fará todo o possível para sabotar e impedir que essas primárias ocorram. Antes de inabilitar María Corina Machado, já fizeram essa manobra importante que foi implodir a autoridade eleitoral, barrando o uso dos centros eleitorais e do sistema automatizado de eleição”, afirmou o social-democrata Andrés Caleca, que concorrerá nas primárias em 22 de outubro.

Quanto à imprensa, “há censura e autocensura”, afirmou o jornalista Omar Lugo, editor do site “El Estímulo”. “Não existem meios de imprensa tradicionais e programas de rádio e TV dedicados a informação e opinião. Os meios digitais são os que permanecem de pé no jornalismo independente, mas o acesso à internet é um dos piores do mundo.”

A isso tudo se unem as falas de Lula e de seus auxiliares sobre a Venezuela e seu ditador. No início deste mês, por exemplo, o petista voltou a relativizar o conceito em entrevista ao SBT: “Cada um de nós compreende a democracia do jeito que a gente quer. Aqui no Brasil eu vejo a democracia de um jeito, e eu a exerço. Eu duvido que alguém exerça democracia com mais plenitude do que eu”, afirmou ele.

IVAN FINOTTI / Folhapress

Lula diz em Bruxelas que solução para Venezuela tem que partir do próprio povo

BRUXELAS, BÉLGICA (FOLHAPRESS) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (17) que a solução dos problemas da Venezuela tem que partir da própria população ao participar de uma reunião para discutir as eleições do país em 2024. A declaração, reportada inicialmente pelo jornal O Globo e confirmada pela Folha, foi feita em Bruxelas, durante uma reunião com nomes do governo e da oposição da Venezuela —a primeira do tipo de que o Brasil participa.

Além deles, estavam presentes ainda no encontro os líderes da França, Colômbia e Argentina —respectivamente, Emmanuel Macron, Gustavo Petro e Alberto Fernández—, além do chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell. Já representando a Venezuela estavam a vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, e o ex-deputado Gerardo Blyde, o principal negociador da oposição. O ditador Nicolás Maduro não viajou para a Bélgica.

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O encontro aconteceu durante a cúpula Celac-UE, que acontece nesta segunda e terça na capital belga. O evento reúne líderes dos 33 países da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e os 25 da União Europeia (UE).

A reunião durou uma hora e meia —tempo superior aos encontros bilaterais realizados na cúpula, que não costumam ultrapassar meia hora. Foram discutidas a situação política na Venezuela, as sanções impostas ao país e o processo eleitoral para 2024.

Uma pessoa próxima de Lula afirmou à Folha que os participantes da discussão argumentaram que as relações com o país só poderiam ser normalizadas depois que os dois lados da política venezuelana alcançassem um acordo acerca das eleições.

Na reunião, Borrel ainda reconheceu que, com a eleição de líderes da esquerda no Brasil e na Colômbia após anos sob a direita, o diálogo com a Venezuela começou a avançar.

Petro, aliás, já vinha discutindo as próximas eleições em Caracas com Fernandéz e representantes da situação e da oposição venezuelanas, mas os dois não haviam estendido o convite ao governo brasileiro —o hoje ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rompeu os laços diplomáticos entre Brasília e Caracas em 2020, tendo reconhecido Juan Guaidó como líder legítimo interino do país.

O objetivo dos encontros era abrir diálogo entre Maduro e a oposição, que disputarão as eleições em 2024. As primárias da oposição serão geridas por um grupo de partidos oposicionistas, já que não contarão com a estrutura do Conselho Nacional Eleitoral —os diretores do órgão renunciaram a seus cargos em junho, no que adversários interpretaram como uma tentativa de esvaziar a votação prévia.

O autoritarismo de Maduro segue forte no país, que recentemente tornou seus opositores inelegíveis, ameaçando, com isso, a possibilidade de que as eleições do ano que vem sejam livres. A principal representante da oposição, a ex-deputada María Corina Machado, por exemplo, foi declarada inelegível por 15 anos, acusada de irregularidades administrativas ocorridas oito anos atrás.

“Maduro fará todo o possível para sabotar e impedir que essas primárias ocorram. Antes de inabilitar María Corina Machado, já fizeram essa manobra importante que foi implodir a autoridade eleitoral, barrando o uso dos centros eleitorais e do sistema automatizado de eleição”, afirmou o social-democrata Andrés Caleca, que concorrerá nas primárias em 22 de outubro.

Quanto à imprensa, “há censura e autocensura”, afirmou o jornalista Omar Lugo, editor do site “El Estímulo”. “Não existem meios de imprensa tradicionais e programas de rádio e TV dedicados a informação e opinião. Os meios digitais são os que permanecem de pé no jornalismo independente, mas o acesso à internet é um dos piores do mundo.”

A isso tudo se unem as falas de Lula e de seus auxiliares sobre a Venezuela e seu ditador. No início deste mês, por exemplo, o petista voltou a relativizar o conceito em entrevista ao SBT: “Cada um de nós compreende a democracia do jeito que a gente quer. Aqui no Brasil eu vejo a democracia de um jeito, e eu a exerço. Eu duvido que alguém exerça democracia com mais plenitude do que eu”, afirmou ele.

IVAN FINOTTI / Folhapress

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