Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Metrô de São Paulo entrou com uma ação na Justiça em que pede o pagamento de R$ 7,1 milhões por prejuízos com a greve do último dia 3, além de indenização por danos morais por prejuízos à imagem da companhia. Nesta terça (17), a 3ª Vara de Fazenda Pública da capital deu um prazo de 30 dias para que o sindicato dos metroviários apresente sua defesa.

A companhia pede o ressarcimento completo das receitas que deixou de arrecadar com a paralisação. O Metrô argumenta que a greve foi ilegal por dois motivos: por descumprir uma decisão judicial que determinava efetivo de 100% dos trabalhadores nos horários de pico; e por se tratar de uma paralisação contra políticas do governo estadual, com reivindicações que a companhia não tinha como atender.

O pedido se soma à multa de R$ 2 milhões aplicada pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) após o descumprimento da decisão. Os metroviários contestam a determinação de manter o efetivo total de funcionários por entender que a decisão contraria o direito de greve e recorrem da multa.

Na ocasião, funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) fizeram uma greve conjunta para protestar contra o plano de privatizações apresentado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O plano está em estágios diferentes em cada companhia —nesta terça, por exemplo, o governo estadual apresentou o projeto de lei para privatizar a Sabesp. Na CPTM, há estudos em andamento para conceder todas as linhas que hoje são administradas pelo poder público. No Metrô há licitações para privatizar alguns serviços, e a concessão de todas as linhas é uma intenção manifestada nos bastidores, como já mostrou o Painel.

Mais de 90% dos funcionários que operam as linhas do Metrô aderiram à greve. A informação consta em um documento entregue pela companhia à Justiça. No turno da manhã, 15 de 198 servidores que trabalham nas estações compareceram ao trabalho, o que não chega a 8% —foi o período com o maior comparecimento da categoria.

“Não se está discutindo aspectos inerentes à relação de trabalho, até porque a demandante, como empresa pública, não pode, em tese, interferir nos projetos e estratégias de seu acionista majoritário, cuja escolha também não lhe é facultada e que, in casu, decorre de escolha eleitoral partidária em processo democrático garantido pelo Direito”, argumentou o Metrô na petição. “O objetivo em si da paralisação não possuía margem para ações efetivas ou que permitisse negociações no âmbito da relação de trabalho.”

O cálculo que chegou ao valor de R$ 7.129.589,31 para o prejuízo com a greve foi feito pela Gerência de Planejamento Financeiro da companhia.

Sobre a indenização por danos morais, o Metrô pede que o cálculo seja feito pelo próprio tribunal. A justificativa é um suposto descrédito da população em relação aos serviços da empresa causado pela greve.

A companhia cita uma pesquisa Datafolha que apontou o Metrô como melhor serviço público de São Paulo —empatado com Poupatempo e SUS. “A interrupção desse modal inevitavelmente acarretou o total descrédito da população, mormente se essa for forçada a utilizar de meios mais custosos e menos adequados”, disse a empresa.

A presidente do sindicato dos metroviários, Camila Lisboa, disse que a entidade ainda não foi notificada e que ficou sabendo da ação judicial pela imprensa. Ela afirmou que, com base no que leu sobre as alegações da companhia, o pedido do Metrô é “um ato antissindical, que atenta contra o direito democrático de greve”.

Camila citou o artigo 9º da Constituição, que institui o direito de greve dos trabalhadores “pelos motivos que julgarem necessário”. “Não existe no artigo 9º uma delimitação de que a gente só pode fazer greve por salário, além disso a luta contra a privatização também tem uma motivação trabalhista porque os empregos são extremamente ameaçados”, disse.

Ela lembrou que o sindicato propôs que, em vez de fechar as estações, a greve fosse convertida em um protesto com catracas livres, o que foi recusado pelo governo. Disse, ainda, que os funcionários entendem que os contratos do Metrô com as concessionárias causam prejuízo aos cofres públicos.

“Não topar o desafio da catraca livre é afirmar que os trabalhadores não têm o direito de lutar. Achamos que essa é uma visão antidemocrática e inconstitucional.”

TULIO KRUSE / Folhapress

Metrô pede que sindicato pague R$ 7 milhões por greve do dia 3

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Metrô de São Paulo entrou com uma ação na Justiça em que pede o pagamento de R$ 7,1 milhões por prejuízos com a greve do último dia 3, além de indenização por danos morais por prejuízos à imagem da companhia. Nesta terça (17), a 3ª Vara de Fazenda Pública da capital deu um prazo de 30 dias para que o sindicato dos metroviários apresente sua defesa.

A companhia pede o ressarcimento completo das receitas que deixou de arrecadar com a paralisação. O Metrô argumenta que a greve foi ilegal por dois motivos: por descumprir uma decisão judicial que determinava efetivo de 100% dos trabalhadores nos horários de pico; e por se tratar de uma paralisação contra políticas do governo estadual, com reivindicações que a companhia não tinha como atender.

- Advertisement -anuncio

O pedido se soma à multa de R$ 2 milhões aplicada pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) após o descumprimento da decisão. Os metroviários contestam a determinação de manter o efetivo total de funcionários por entender que a decisão contraria o direito de greve e recorrem da multa.

Na ocasião, funcionários do Metrô, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) fizeram uma greve conjunta para protestar contra o plano de privatizações apresentado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).

O plano está em estágios diferentes em cada companhia —nesta terça, por exemplo, o governo estadual apresentou o projeto de lei para privatizar a Sabesp. Na CPTM, há estudos em andamento para conceder todas as linhas que hoje são administradas pelo poder público. No Metrô há licitações para privatizar alguns serviços, e a concessão de todas as linhas é uma intenção manifestada nos bastidores, como já mostrou o Painel.

Mais de 90% dos funcionários que operam as linhas do Metrô aderiram à greve. A informação consta em um documento entregue pela companhia à Justiça. No turno da manhã, 15 de 198 servidores que trabalham nas estações compareceram ao trabalho, o que não chega a 8% —foi o período com o maior comparecimento da categoria.

“Não se está discutindo aspectos inerentes à relação de trabalho, até porque a demandante, como empresa pública, não pode, em tese, interferir nos projetos e estratégias de seu acionista majoritário, cuja escolha também não lhe é facultada e que, in casu, decorre de escolha eleitoral partidária em processo democrático garantido pelo Direito”, argumentou o Metrô na petição. “O objetivo em si da paralisação não possuía margem para ações efetivas ou que permitisse negociações no âmbito da relação de trabalho.”

O cálculo que chegou ao valor de R$ 7.129.589,31 para o prejuízo com a greve foi feito pela Gerência de Planejamento Financeiro da companhia.

Sobre a indenização por danos morais, o Metrô pede que o cálculo seja feito pelo próprio tribunal. A justificativa é um suposto descrédito da população em relação aos serviços da empresa causado pela greve.

A companhia cita uma pesquisa Datafolha que apontou o Metrô como melhor serviço público de São Paulo —empatado com Poupatempo e SUS. “A interrupção desse modal inevitavelmente acarretou o total descrédito da população, mormente se essa for forçada a utilizar de meios mais custosos e menos adequados”, disse a empresa.

A presidente do sindicato dos metroviários, Camila Lisboa, disse que a entidade ainda não foi notificada e que ficou sabendo da ação judicial pela imprensa. Ela afirmou que, com base no que leu sobre as alegações da companhia, o pedido do Metrô é “um ato antissindical, que atenta contra o direito democrático de greve”.

Camila citou o artigo 9º da Constituição, que institui o direito de greve dos trabalhadores “pelos motivos que julgarem necessário”. “Não existe no artigo 9º uma delimitação de que a gente só pode fazer greve por salário, além disso a luta contra a privatização também tem uma motivação trabalhista porque os empregos são extremamente ameaçados”, disse.

Ela lembrou que o sindicato propôs que, em vez de fechar as estações, a greve fosse convertida em um protesto com catracas livres, o que foi recusado pelo governo. Disse, ainda, que os funcionários entendem que os contratos do Metrô com as concessionárias causam prejuízo aos cofres públicos.

“Não topar o desafio da catraca livre é afirmar que os trabalhadores não têm o direito de lutar. Achamos que essa é uma visão antidemocrática e inconstitucional.”

TULIO KRUSE / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.