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Moradores de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, protestaram neste domingo (3) contra o plano do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para esvaziar e demolir quase 900 casas na Vila Sahy, bairro onde 64 pessoas morreram em deslizamentos de encostas em fevereiro deste ano. Eles são contrários à remoção das famílias, questionam a capacidade do poder público de fornecer alojamento a todos os afetados e pedem mais transparência no processo.

Uma passeata teve início às 8h na praça principal da vila, fechou parcialmente um trecho da rodovia BR-101 e foi até a praia da Barra do Sahy. Ao menos 500 pessoas participaram da manifestação, segundo organizadores –de acordo com a Polícia Militar, foram cerca de 100 manifestantes. O ato se encerrou por volta das 10h, de forma tranquila.

Os moradores dizem que foram surpreendidos pelo pedido de ampliação das remoções no bairro, que foi o epicentro da tragédia do domingo de Carnaval. O plano inicial para a Vila Sahy era destruir 393 imóveis que estavam condenados. As demolições tiveram início em setembro.

Agora, a gestão estadual pede autorização à Justiça para demolir um total de 893 imóveis, o que representa quase todo o bairro. Em nota, o governo Tarcísio afirmou que “um amplo mapeamento do solo concluiu que parte da área é considerada de alto risco, por isso é preciso realizar a remoção e demolição de residências nesses locais, que podem ser atingidos em caso de novos deslizamentos”.

Em ao menos 701 imóveis que estão na área onde o governo prevê demolições, as famílias ainda estão ali. A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) prevê que as remoções comecem já no mês de dezembro e sejam finalizadas até março.

O líder comunitário Moisés Bispo, associado da Amovila (Associação dos Moradores da Vila Sahy), questiona o plano do governo e afirma que não há imóveis disponíveis para abrigar os desalojados. Ele afirma, ainda, que a construção de um muro de contenção e de obras de drenagem nos morros ao redor da Vila Sahy deveriam evitar uma remoção tão grande de famílias.

“Não tem para onde ir”, diz Bispo. “A população está em polvorosa e não está disposta a negociar sua casa, sua propriedade legítima, onde lutaram 30 anos, 40 anos para construí-la. Não querem ser empurrados para um lugar onde não tiver saneamento básico, escola, creche, uma travessia de pista segura. ”

Ele ainda questiona a qualidade das moradias provisórias oferecidas pelo governo e o dinheiro gasto nas obras feitas na Vila Sahy. “Como assim gastaram milhões em obras de drenagem e contenção, para agora só ficar 20% da população no bairro? Tem alguma coisa errada aí”, diz o líder comunitário. As obras no bairro, contratadas pela prefeitura de São Sebastião, custaram R$ 123 milhões.

Já o governo afirma que o plano de remoção das famílias será suficiente para atender a todas as famílias nas áreas previstas, mesmo que isso inclua moradias provisórias, e que os estudos de solo levaram em conta as obras de contenção e drenagem –sem essas obras, seria necessário remover ainda mais pessoas, segundo a gestão Tarcísio.

A CDHU afirma que o plano inclui novas obras a serem feitas a médio prazo. A companhia diz que novas reuniões serão realizadas à medida que ações sejam realizadas na comunidade.

“A retirada dessas estruturas é essencial para que haja a urbanização da Vila Sahy, por isso o Governo de SP protocolou uma ação na Justiça para retomar a demolição desses imóveis, possibilitando também a execução de obras de contenção de encostas e drenagem”, disse o governo, em nota. “O tema já foi abordado com a comunidade em reuniões que ocorreram ao longo dos últimos meses e também está mencionado em cartilhas distribuídas aos moradores detalhando os fatores de risco e as ações que estão sendo desenvolvidas.”

Redação / Folhapress

Moradores de São Sebastião protestam contra plano para demolir quase 900 casas

Moradores de São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, protestaram neste domingo (3) contra o plano do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para esvaziar e demolir quase 900 casas na Vila Sahy, bairro onde 64 pessoas morreram em deslizamentos de encostas em fevereiro deste ano. Eles são contrários à remoção das famílias, questionam a capacidade do poder público de fornecer alojamento a todos os afetados e pedem mais transparência no processo.

Uma passeata teve início às 8h na praça principal da vila, fechou parcialmente um trecho da rodovia BR-101 e foi até a praia da Barra do Sahy. Ao menos 500 pessoas participaram da manifestação, segundo organizadores –de acordo com a Polícia Militar, foram cerca de 100 manifestantes. O ato se encerrou por volta das 10h, de forma tranquila.

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Os moradores dizem que foram surpreendidos pelo pedido de ampliação das remoções no bairro, que foi o epicentro da tragédia do domingo de Carnaval. O plano inicial para a Vila Sahy era destruir 393 imóveis que estavam condenados. As demolições tiveram início em setembro.

Agora, a gestão estadual pede autorização à Justiça para demolir um total de 893 imóveis, o que representa quase todo o bairro. Em nota, o governo Tarcísio afirmou que “um amplo mapeamento do solo concluiu que parte da área é considerada de alto risco, por isso é preciso realizar a remoção e demolição de residências nesses locais, que podem ser atingidos em caso de novos deslizamentos”.

Em ao menos 701 imóveis que estão na área onde o governo prevê demolições, as famílias ainda estão ali. A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) prevê que as remoções comecem já no mês de dezembro e sejam finalizadas até março.

O líder comunitário Moisés Bispo, associado da Amovila (Associação dos Moradores da Vila Sahy), questiona o plano do governo e afirma que não há imóveis disponíveis para abrigar os desalojados. Ele afirma, ainda, que a construção de um muro de contenção e de obras de drenagem nos morros ao redor da Vila Sahy deveriam evitar uma remoção tão grande de famílias.

“Não tem para onde ir”, diz Bispo. “A população está em polvorosa e não está disposta a negociar sua casa, sua propriedade legítima, onde lutaram 30 anos, 40 anos para construí-la. Não querem ser empurrados para um lugar onde não tiver saneamento básico, escola, creche, uma travessia de pista segura. ”

Ele ainda questiona a qualidade das moradias provisórias oferecidas pelo governo e o dinheiro gasto nas obras feitas na Vila Sahy. “Como assim gastaram milhões em obras de drenagem e contenção, para agora só ficar 20% da população no bairro? Tem alguma coisa errada aí”, diz o líder comunitário. As obras no bairro, contratadas pela prefeitura de São Sebastião, custaram R$ 123 milhões.

Já o governo afirma que o plano de remoção das famílias será suficiente para atender a todas as famílias nas áreas previstas, mesmo que isso inclua moradias provisórias, e que os estudos de solo levaram em conta as obras de contenção e drenagem –sem essas obras, seria necessário remover ainda mais pessoas, segundo a gestão Tarcísio.

A CDHU afirma que o plano inclui novas obras a serem feitas a médio prazo. A companhia diz que novas reuniões serão realizadas à medida que ações sejam realizadas na comunidade.

“A retirada dessas estruturas é essencial para que haja a urbanização da Vila Sahy, por isso o Governo de SP protocolou uma ação na Justiça para retomar a demolição desses imóveis, possibilitando também a execução de obras de contenção de encostas e drenagem”, disse o governo, em nota. “O tema já foi abordado com a comunidade em reuniões que ocorreram ao longo dos últimos meses e também está mencionado em cartilhas distribuídas aos moradores detalhando os fatores de risco e as ações que estão sendo desenvolvidas.”

Redação / Folhapress

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