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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A chegada à Ilha Fiscal, na baía de Guanabara, se dá apenas por duas maneiras: de barco ou por uma pequena ponte que passa por dentro do complexo da Marinha, no centro do Rio de Janeiro. Em dias de ressaca, é normal que ondas de quatro metros engulam o chão da ilhota e todo o espaço seja interditado.

Mas quando o céu está claro e há sol, como nesta quinta-feira (6), a vista do palacete do século 19 alcança desde a entrada da baía até o Pico do Dedo de Deus, na Serra dos Órgãos —além do Pão de Açúcar e do Cristo Redentor.

Na Ilha Fiscal, a paisagem é o maior atrativo.

Palco de um dos episódios mais marcantes do fim da monarquia brasileira, o palacete é usado como edifício administrativo, espaço de exposições históricas e, eventualmente, para festas privadas.

A ilha, tombada e transformada em museu na década de 1990, ficou fechada para reformas estruturais e de restauração por um ano e meio. Ela reabre neste sábado (8) ao público.

Foi a primeira grande reforma do espaço em 30 anos. A última foi feita justamente quando ele se tornou um equipamento cultural e abriu suas portas a cariocas e turistas —antes disso, era usada como escritório administrativo pela Marinha.

Até mesmo na época que sediou o último baile do Império, grande festa da monarquia feita dias antes da proclamação da República, a Ilha Fiscal também tinha funções administrativas. Era um posto alfandegário para as embarcações que chegavam à capital do país.

“A escolha da ilha [para sediar o baile] se deu pelo espaço em si, por seu um prédio bonito, elegante. Mas era, na época, um edifício administrativo e aduaneiro”, conta a capitão de fragatas e museóloga da Marinha Miriam Benevenute.

“Para fazer a festa, retirou-se todo o mobiliário. Quando o baile acabou, os móveis foram colocados de volta e as pessoas trabalharam normalmente”, diz Miriam.

Quase dois séculos depois, o palacete mantém parte de seus vitrais originais, com destaque para as duas grandes janelas na sala do almirante, localizada no piso superior do edifício. Em uma delas está a imagem de dom Pedro 2º e, na outra, a da princesa Isabel.

O baile da Ilha Fiscal aconteceu em 9 de novembro de 1889, seis dias antes da proclamação da República. Sua opulência e luxuosidade eram dissonantes aos anseios da sociedade brasileira à época, insatisfeitos com a monarquia.

Apesar da sincronia nos dois eventos históricos, Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do país e quem proclamou a República, decidiu deixar símbolos do Império na Ilha Fiscal. Com a reabertura do museu, será possível voltar a ver, por exemplo, os dragões da monarquia na entrada do palacete.

As reformas atuais custaram R$ 3,4 milhões, com recursos captados por meio de leis de incentivo e de emendas parlamentares. Foram reparados vigas, lajes e telhados que apresentavam infiltrações, trincas e rachaduras. As janelas, originais da época do Império, também foram restauradas.

O palacete também foi pintado com a cor original da época de seu tombamento, em 1990. Para chegar ao tom exato de verde jade, a Marinha precisou mandar fazer uma tinta própria que resista à maresia da baía.

A reinauguração da Ilha Fiscal também trará como novidade a volta da exposição da Galeota D. João 6º, embarcação a remo com um pequeno camarim. Fechada ao público desde 2014, ela ficará como uma atração permanente no museu.

De 1808, é a embarcação mais antiga preservada no Brasil, segundo a Marinha. Na época em que era usada, 60 marinheiros remavam enquanto a família real e seus convidados ficavam confortavelmente no recinto na popa da galeota.

Os passeios à Ilha Fiscal vão acontecer de quarta a domingo, nos horários de 12h45, 14h15 e 15h30. O valor dos ingressos é de R$ 25, a meia entrada, a R$ 50, a inteira.

CAMILA ZARUR / Folhapress

Palco do último baile do Império, Ilha Fiscal reabre no Rio

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – A chegada à Ilha Fiscal, na baía de Guanabara, se dá apenas por duas maneiras: de barco ou por uma pequena ponte que passa por dentro do complexo da Marinha, no centro do Rio de Janeiro. Em dias de ressaca, é normal que ondas de quatro metros engulam o chão da ilhota e todo o espaço seja interditado.

Mas quando o céu está claro e há sol, como nesta quinta-feira (6), a vista do palacete do século 19 alcança desde a entrada da baía até o Pico do Dedo de Deus, na Serra dos Órgãos —além do Pão de Açúcar e do Cristo Redentor.

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Na Ilha Fiscal, a paisagem é o maior atrativo.

Palco de um dos episódios mais marcantes do fim da monarquia brasileira, o palacete é usado como edifício administrativo, espaço de exposições históricas e, eventualmente, para festas privadas.

A ilha, tombada e transformada em museu na década de 1990, ficou fechada para reformas estruturais e de restauração por um ano e meio. Ela reabre neste sábado (8) ao público.

Foi a primeira grande reforma do espaço em 30 anos. A última foi feita justamente quando ele se tornou um equipamento cultural e abriu suas portas a cariocas e turistas —antes disso, era usada como escritório administrativo pela Marinha.

Até mesmo na época que sediou o último baile do Império, grande festa da monarquia feita dias antes da proclamação da República, a Ilha Fiscal também tinha funções administrativas. Era um posto alfandegário para as embarcações que chegavam à capital do país.

“A escolha da ilha [para sediar o baile] se deu pelo espaço em si, por seu um prédio bonito, elegante. Mas era, na época, um edifício administrativo e aduaneiro”, conta a capitão de fragatas e museóloga da Marinha Miriam Benevenute.

“Para fazer a festa, retirou-se todo o mobiliário. Quando o baile acabou, os móveis foram colocados de volta e as pessoas trabalharam normalmente”, diz Miriam.

Quase dois séculos depois, o palacete mantém parte de seus vitrais originais, com destaque para as duas grandes janelas na sala do almirante, localizada no piso superior do edifício. Em uma delas está a imagem de dom Pedro 2º e, na outra, a da princesa Isabel.

O baile da Ilha Fiscal aconteceu em 9 de novembro de 1889, seis dias antes da proclamação da República. Sua opulência e luxuosidade eram dissonantes aos anseios da sociedade brasileira à época, insatisfeitos com a monarquia.

Apesar da sincronia nos dois eventos históricos, Deodoro da Fonseca, primeiro presidente do país e quem proclamou a República, decidiu deixar símbolos do Império na Ilha Fiscal. Com a reabertura do museu, será possível voltar a ver, por exemplo, os dragões da monarquia na entrada do palacete.

As reformas atuais custaram R$ 3,4 milhões, com recursos captados por meio de leis de incentivo e de emendas parlamentares. Foram reparados vigas, lajes e telhados que apresentavam infiltrações, trincas e rachaduras. As janelas, originais da época do Império, também foram restauradas.

O palacete também foi pintado com a cor original da época de seu tombamento, em 1990. Para chegar ao tom exato de verde jade, a Marinha precisou mandar fazer uma tinta própria que resista à maresia da baía.

A reinauguração da Ilha Fiscal também trará como novidade a volta da exposição da Galeota D. João 6º, embarcação a remo com um pequeno camarim. Fechada ao público desde 2014, ela ficará como uma atração permanente no museu.

De 1808, é a embarcação mais antiga preservada no Brasil, segundo a Marinha. Na época em que era usada, 60 marinheiros remavam enquanto a família real e seus convidados ficavam confortavelmente no recinto na popa da galeota.

Os passeios à Ilha Fiscal vão acontecer de quarta a domingo, nos horários de 12h45, 14h15 e 15h30. O valor dos ingressos é de R$ 25, a meia entrada, a R$ 50, a inteira.

CAMILA ZARUR / Folhapress

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