Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil perdeu força no terceiro trimestre deste ano, mas ainda apresentou leve variação positiva de 0,1% em relação aos três meses imediatamente anteriores. É o que indicam dados divulgados nesta terça-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado ficou acima da mediana das estimativas do mercado financeiro, que esperava contração de 0,3%, segundo a agência Bloomberg.

Pelo lado da demanda por bens e serviços, o PIB do terceiro trimestre contou com a contribuição positiva do consumo das famílias, que subiu 1,1% após avançar 0,9% no segundo trimestre.

O desempenho do consumo, conforme o IBGE, foi puxado pela retomada do mercado de trabalho e pelas transferências de programas sociais. Neste ano, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recriou o Bolsa Família, que substituiu o Auxílio Brasil.

“O consumo veio um pouco mais forte do que o esperado. A gente esperava um crescimento, mas com alguma desaceleração em relação ao segundo trimestre. Acabou surpreendendo para cima”, diz a economista Natalia Cotarelli, do Itaú Unibanco.

Ainda pelo lado da demanda, os investimentos produtivos na economia brasileira, medidos pela FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), caíram 2,5% no terceiro trimestre. Foi a quarta baixa consecutiva desse componente. O IBGE associou o resultado aos juros em patamar ainda elevado.

“É um reflexo da política monetária contracionista, com queda na construção e também na produção e importação de bens de capital. Todos os componentes que mais pesam nos investimentos caíram neste trimestre”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

PREOCUPAÇÃO PARA 2024

A desaceleração do PIB de julho a setembro vem após a atividade econômica registrar desempenho mais robusto e acima do esperado na primeira metade de 2023. A perda de ímpeto preocupa parte dos analistas.

“Isso mostra o problema que a economia terá para crescer no próximo ano. A FBCF, por exemplo, está negativa, foi muito ruim”, afirma o economista Claudio Considera, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Segundo o pesquisador, além dos juros elevados, a incerteza sobre projetos como a Reforma Tributária também contribuiu para travar os investimentos.

“O que é preocupante é essa questão do investimento. Tem muito a ver com uma certa incerteza do empresário para investir. Não está muito claro o que pode acontecer com a Reforma Tributária, que pode ser descaracterizada. O empresário não sabe ainda o que vai pagar de imposto”, diz Considera.

DESACELERAÇÃO APÓS IMPULSO DA SAFRA

O PIB havia sido impulsionado pela agropecuária no primeiro trimestre, quando o crescimento chegou a 1,4%, e por parte dos serviços e da indústria no segundo, quando a alta foi de 1%. Houve revisões nos dados desses trimestres.

Inicialmente, os resultados sinalizavam um avanço maior de janeiro a março (1,8%) e uma alta menor de abril a junho (0,9%). O IBGE relacionou as duas revisões à agropecuária, já que o instituto incorporou novas estimativas do setor.

A variação de 0,1% no terceiro trimestre marca a terceira taxa positiva do PIB em sequência. Com o resultado, o indicador renovou o maior patamar da série histórica, com dados desde 1996. Também opera 7,2% acima do nível pré-pandemia, do quarto trimestre de 2019.

Pelo lado da oferta, 2 dos 3 grandes setores econômicos avançaram de julho a setembro. Tanto a indústria quanto os serviços registraram alta de 0,6%. A agropecuária, por outro lado, caiu 3,3%, sob impacto do fim da safra de soja.

A queda no campo, segundo Palis, era esperada com o fim da colheita. A pesquisadora do IBGE avaliou que 2023 está sendo um bom ano para a agropecuária, que acumula alta de 18,1% até o terceiro trimestre.

Nos serviços, o instituto destacou os avanços de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%) e imobiliárias (1,3%). O comércio desacelerou para 0,3%.

“O crescimento de serviços dialoga bastante com o aumento no consumo das famílias. Ambas as séries se encontram nas máximas históricas”, disse a economista Claudia Moreno, do C6 Bank.

Na indústria, o IBGE ponderou que o único crescimento mais acentuado foi registrado pelo setor de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos (3,6%). Houve influência do crescimento do consumo de energia.

“Está sendo um ano bom para o setor, sem problemas hídricos e com bandeira verde. Também foi muito quente, o que favoreceu o consumo de eletricidade e de água”, apontou Palis.

Por outro lado, a construção, ainda na indústria, caiu 3,8% no terceiro trimestre. “Este ano não está sendo muito bom para a construção, que está sendo muito afetada por crédito e juros”, afirmou Palis.

De julho a setembro de 2023, o Brasil ainda registrou sinais positivos no mercado de trabalho, de acordo com dados do próprio IBGE.

A geração de vagas de emprego formal e o aumento da renda média e da massa salarial foram vistos como fatores de estímulo para o consumo de bens e serviços.

O BC (Banco Central) até iniciou em agosto o ciclo de cortes da taxa básica de juros (Selic), mas analistas alertam que o reflexo dessa medida tende a aparecer com algum atraso na atividade econômica.

Com o aperto da política monetária e o fim do impulso da safra agrícola, instituições financeiras passaram a prever perda de fôlego para o PIB no terceiro trimestre. O que não aparecia na maioria das previsões era a variação positiva.

ALTA PRÓXIMA DE 3% EM 2023

Natalia Cotarelli, do Itaú Unibanco, diz que o PIB deve ficar na faixa de 0% a -0,1% no quarto trimestre. A projeção do banco para o acumulado de 2023 segue em 2,9%.

O C6 Bank, por sua vez, prevê alta de 3% neste ano –a estimativa tem leve viés de baixa. Já o BNP Paribas continua enxergando crescimento de 3,1% para a atividade econômica em 2023.

Nesta terça, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reafirmou que a economia brasileira vai crescer 3% no acumulado do ano.

Carla Argenta e Matheus Pizzani, da CM Capital, afirmam que o consumo das famílias foi o grande destaque positivo do trimestre. A balança comercial brasileira também trouxe contribuições positivas, ratificando a importância do país na produção de commodities.

Já o recuo do investimento por quatro trimestres consecutivos acende um “sinal amarelo” sobre a capacidade produtiva nacional e torna o Brasil mais dependente do exterior para atender a própria demanda doméstica.

“A indústria local deve enfrentar um último trimestre e, especialmente, um 2024 difícil, com seus motores de crescimento doméstico e externo aparentemente comprometidos.”

Em nota, a Fiesp (federação das indústrias de São Paulo) afirma que o “respiro” da indústria de transformação no penúltimo trimestre do ano, um crescimento de 0,1%, provavelmente não será suficiente para reverter o cenário de fraco dinamismo do setor no ano. No acumulado em 12 meses, o setor recua 0,2%. Para o ano, a entidade continua esperando crescimento do PIB de 3,1%.

David Becker e Natacha Perez, do Bank of America, afirmam que o resultado do trimestre passado reforçou as chances de um crescimento de 3% neste ano. Para 2024, a projeção é um avanço de 2,2%.

“A redução das taxas de juros e melhores condições do mercado de crédito deverão trazer resultados positivos para o próximo ano. O consenso [projeção da pesquisa Focus] deve subir dos atuais 1,5% nas próximas semanas.”

Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora G5 Partners, revisou a projeção do ano de 2,8% para 3,0%, com expectativa de crescimento de 0,1% no quarto trimestre e de 1,9% em 2024.

“Continuamos com a expectativa de que o resultado para o 4° trimestre será positivo e que poderá ser favorecido pelo programa Desenrola de renegociação de dívidas, pelas festas de final de ano, pelos grandes festivais de música que ocorreram em novembro e pelo pagamento do 13°.”

CÁLCULO DO PIB

Produtos, serviços, aluguéis, serviços públicos, impostos e até contrabando. Esses são alguns dos componentes do PIB, calculado pelo IBGE, de acordo com padrões internacionais. O objetivo é medir a produção de bens e serviços no país em determinado período.

O levantamento é apresentado pela ótica da oferta (o que é produzido) e da demanda (como os produtos e os serviços são consumidos). O PIB trimestral é divulgado cerca de 60 dias após o fim do período em questão, trazendo dados preliminares.

LEONARDO VIECELI E EDUARDO CUCOLO / Folhapress

PIB do terceiro trimestre perde força, mas consumo ainda garante taxa positiva

RIO DE JANEIRO, RJ, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil perdeu força no terceiro trimestre deste ano, mas ainda apresentou leve variação positiva de 0,1% em relação aos três meses imediatamente anteriores. É o que indicam dados divulgados nesta terça-feira (5) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O resultado ficou acima da mediana das estimativas do mercado financeiro, que esperava contração de 0,3%, segundo a agência Bloomberg.

- Advertisement -anuncio

Pelo lado da demanda por bens e serviços, o PIB do terceiro trimestre contou com a contribuição positiva do consumo das famílias, que subiu 1,1% após avançar 0,9% no segundo trimestre.

O desempenho do consumo, conforme o IBGE, foi puxado pela retomada do mercado de trabalho e pelas transferências de programas sociais. Neste ano, o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recriou o Bolsa Família, que substituiu o Auxílio Brasil.

“O consumo veio um pouco mais forte do que o esperado. A gente esperava um crescimento, mas com alguma desaceleração em relação ao segundo trimestre. Acabou surpreendendo para cima”, diz a economista Natalia Cotarelli, do Itaú Unibanco.

Ainda pelo lado da demanda, os investimentos produtivos na economia brasileira, medidos pela FBCF (Formação Bruta de Capital Fixo), caíram 2,5% no terceiro trimestre. Foi a quarta baixa consecutiva desse componente. O IBGE associou o resultado aos juros em patamar ainda elevado.

“É um reflexo da política monetária contracionista, com queda na construção e também na produção e importação de bens de capital. Todos os componentes que mais pesam nos investimentos caíram neste trimestre”, disse a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

PREOCUPAÇÃO PARA 2024

A desaceleração do PIB de julho a setembro vem após a atividade econômica registrar desempenho mais robusto e acima do esperado na primeira metade de 2023. A perda de ímpeto preocupa parte dos analistas.

“Isso mostra o problema que a economia terá para crescer no próximo ano. A FBCF, por exemplo, está negativa, foi muito ruim”, afirma o economista Claudio Considera, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Segundo o pesquisador, além dos juros elevados, a incerteza sobre projetos como a Reforma Tributária também contribuiu para travar os investimentos.

“O que é preocupante é essa questão do investimento. Tem muito a ver com uma certa incerteza do empresário para investir. Não está muito claro o que pode acontecer com a Reforma Tributária, que pode ser descaracterizada. O empresário não sabe ainda o que vai pagar de imposto”, diz Considera.

DESACELERAÇÃO APÓS IMPULSO DA SAFRA

O PIB havia sido impulsionado pela agropecuária no primeiro trimestre, quando o crescimento chegou a 1,4%, e por parte dos serviços e da indústria no segundo, quando a alta foi de 1%. Houve revisões nos dados desses trimestres.

Inicialmente, os resultados sinalizavam um avanço maior de janeiro a março (1,8%) e uma alta menor de abril a junho (0,9%). O IBGE relacionou as duas revisões à agropecuária, já que o instituto incorporou novas estimativas do setor.

A variação de 0,1% no terceiro trimestre marca a terceira taxa positiva do PIB em sequência. Com o resultado, o indicador renovou o maior patamar da série histórica, com dados desde 1996. Também opera 7,2% acima do nível pré-pandemia, do quarto trimestre de 2019.

Pelo lado da oferta, 2 dos 3 grandes setores econômicos avançaram de julho a setembro. Tanto a indústria quanto os serviços registraram alta de 0,6%. A agropecuária, por outro lado, caiu 3,3%, sob impacto do fim da safra de soja.

A queda no campo, segundo Palis, era esperada com o fim da colheita. A pesquisadora do IBGE avaliou que 2023 está sendo um bom ano para a agropecuária, que acumula alta de 18,1% até o terceiro trimestre.

Nos serviços, o instituto destacou os avanços de atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%) e imobiliárias (1,3%). O comércio desacelerou para 0,3%.

“O crescimento de serviços dialoga bastante com o aumento no consumo das famílias. Ambas as séries se encontram nas máximas históricas”, disse a economista Claudia Moreno, do C6 Bank.

Na indústria, o IBGE ponderou que o único crescimento mais acentuado foi registrado pelo setor de eletricidade e gás, água, esgoto e atividades de gestão de resíduos (3,6%). Houve influência do crescimento do consumo de energia.

“Está sendo um ano bom para o setor, sem problemas hídricos e com bandeira verde. Também foi muito quente, o que favoreceu o consumo de eletricidade e de água”, apontou Palis.

Por outro lado, a construção, ainda na indústria, caiu 3,8% no terceiro trimestre. “Este ano não está sendo muito bom para a construção, que está sendo muito afetada por crédito e juros”, afirmou Palis.

De julho a setembro de 2023, o Brasil ainda registrou sinais positivos no mercado de trabalho, de acordo com dados do próprio IBGE.

A geração de vagas de emprego formal e o aumento da renda média e da massa salarial foram vistos como fatores de estímulo para o consumo de bens e serviços.

O BC (Banco Central) até iniciou em agosto o ciclo de cortes da taxa básica de juros (Selic), mas analistas alertam que o reflexo dessa medida tende a aparecer com algum atraso na atividade econômica.

Com o aperto da política monetária e o fim do impulso da safra agrícola, instituições financeiras passaram a prever perda de fôlego para o PIB no terceiro trimestre. O que não aparecia na maioria das previsões era a variação positiva.

ALTA PRÓXIMA DE 3% EM 2023

Natalia Cotarelli, do Itaú Unibanco, diz que o PIB deve ficar na faixa de 0% a -0,1% no quarto trimestre. A projeção do banco para o acumulado de 2023 segue em 2,9%.

O C6 Bank, por sua vez, prevê alta de 3% neste ano –a estimativa tem leve viés de baixa. Já o BNP Paribas continua enxergando crescimento de 3,1% para a atividade econômica em 2023.

Nesta terça, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), reafirmou que a economia brasileira vai crescer 3% no acumulado do ano.

Carla Argenta e Matheus Pizzani, da CM Capital, afirmam que o consumo das famílias foi o grande destaque positivo do trimestre. A balança comercial brasileira também trouxe contribuições positivas, ratificando a importância do país na produção de commodities.

Já o recuo do investimento por quatro trimestres consecutivos acende um “sinal amarelo” sobre a capacidade produtiva nacional e torna o Brasil mais dependente do exterior para atender a própria demanda doméstica.

“A indústria local deve enfrentar um último trimestre e, especialmente, um 2024 difícil, com seus motores de crescimento doméstico e externo aparentemente comprometidos.”

Em nota, a Fiesp (federação das indústrias de São Paulo) afirma que o “respiro” da indústria de transformação no penúltimo trimestre do ano, um crescimento de 0,1%, provavelmente não será suficiente para reverter o cenário de fraco dinamismo do setor no ano. No acumulado em 12 meses, o setor recua 0,2%. Para o ano, a entidade continua esperando crescimento do PIB de 3,1%.

David Becker e Natacha Perez, do Bank of America, afirmam que o resultado do trimestre passado reforçou as chances de um crescimento de 3% neste ano. Para 2024, a projeção é um avanço de 2,2%.

“A redução das taxas de juros e melhores condições do mercado de crédito deverão trazer resultados positivos para o próximo ano. O consenso [projeção da pesquisa Focus] deve subir dos atuais 1,5% nas próximas semanas.”

Luis Otávio Leal, economista-chefe da gestora G5 Partners, revisou a projeção do ano de 2,8% para 3,0%, com expectativa de crescimento de 0,1% no quarto trimestre e de 1,9% em 2024.

“Continuamos com a expectativa de que o resultado para o 4° trimestre será positivo e que poderá ser favorecido pelo programa Desenrola de renegociação de dívidas, pelas festas de final de ano, pelos grandes festivais de música que ocorreram em novembro e pelo pagamento do 13°.”

CÁLCULO DO PIB

Produtos, serviços, aluguéis, serviços públicos, impostos e até contrabando. Esses são alguns dos componentes do PIB, calculado pelo IBGE, de acordo com padrões internacionais. O objetivo é medir a produção de bens e serviços no país em determinado período.

O levantamento é apresentado pela ótica da oferta (o que é produzido) e da demanda (como os produtos e os serviços são consumidos). O PIB trimestral é divulgado cerca de 60 dias após o fim do período em questão, trazendo dados preliminares.

LEONARDO VIECELI E EDUARDO CUCOLO / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.