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BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Um torcedor argentino que teve que ser retirado em uma maca do Maracanã nesta terça (21), ensanguentado após a briga que atrasou o jogo entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo, afirmou que policiais tiraram selfies com feridos e fotos da radiografia do braço quebrado de um homem “como troféus de guerra”.

Ele diz que cerca de oito argentinos presenciaram a cena e que um dos agentes vestia a camiseta azul e branca do Bepe (batalhão especializado em estádios). Questionada se a conduta dos policiais estava sendo investigada internamente, a Polícia Militar do RJ reenviou uma nota geral sobre a confusão dizendo que o destacamento “cumpriu rigorosamente sua missão”.

Em entrevista ao canal argentino TyC Sports nesta quarta (22), o homem identificado apenas como Eugenio, que vive no Rio, disse que não participou da confusão e que bateu a cabeça ao cair contra um ferro que separa as escadas do estádio. Ele acordou algemado na maca e teve que pagar uma fiança de R$ 200 para deixar o local, às 4h da madrugada.

“Entramos tranquilos, até que começou um tumulto e de repente entrou um cordão policial que, em vez de separar para os dois lados e ficar no meio, começou a bater com cassetetes”, narrou ele com um curativo na cabeça. “No meu caso eu não briguei, não bati nem nada. Eu caí e bati a cabeça contra uma barra.”

A partir daí, ele diz não se lembrar de nada. “Quando acordo na maca dentro do hospital do Maracanã, tenho as mãos algemadas, cheias de sangue, e a cabeça cheia de sangue”. Ele se lembra da enfermeira dizendo ao policial de azul e branco que teria que lhe dar pontos, e menciona que este agente “estava totalmente desequilibrado” no estádio e que “foi o único que foi para bater mesmo”.

Eugenio então continuou detido junto a um grupo de argentinos. “Éramos oito, e havia esse cara com a camisa [azul e amarela] do Atlanta que teve dois ossos do braço e o dedinho quebrados. Os mesmos policiais que estavam [na briga], que reconhecemos nos vídeos, tiravam fotos com a radiografia dele, selfies com a gente, como troféu de guerra”, afirmou.

Questionado pelo repórter se ele viu essa cena, ele confirmou: “Todos vimos. Os oito que estávamos ali vimos. Eles estavam felizes e sentiam que eram heróis”, respondeu. “Doentes”, comentou o jornalista da TV argentina.

O torcedor disse ainda que foi julgado indiscriminadamente junto com o grupo pelo Jecrim, o juizado do torcedor do Tribunal de Justiça do RJ. “Nos julgaram juntos, como se fôssemos parte de uma multidão que causou o tumulto, e todos éramos responsáveis pelo mesmo, por enfrentar a polícia, por criar uma guerra. Tivemos que pagar R$ 200 de fiança, não tínhamos outra opção”, relatou.

Procurado sobre essa crítica específica, o TJ fluminense também enviou apenas uma nota geral sobre a ocorrência. O comunicado afirma que, no total, 18 torcedores foram encaminhados ao posto do órgão por provocarem crimes como tumulto, desacato, resistência e furto, sendo a maioria liberada após pagamento de multa.

Entre eles estava a argentina Maria Belen Mautecci, que teve prisão preventiva decretada por injúria racial após ser ouvida por uma testemunha dizendo “escuta aqui pedaço de macaca, é a minha vez” a uma vendedora ambulante. Outro foi o brasileiro Roberto Jefferson Gomes Peixoto, que foi proibido de se aproximar de estádios por medida cautelar.

O número difere do informado pela PM, que diz que ao todo 13 pessoas foram conduzidas ao Jecrim, sendo 9 argentinos e 4 brasileiros.

Na entrevista, o torcedor Eugenio agradeceu ao Consulado da Argentina no Rio de Janeiro: “Se não fossem as pessoas do consulado, eu acredito que teríamos sido agredidos lá dentro também”, disse. A Folha procurou o órgão para esclarecer o que ocorreu no Jecrim, mas não teve resposta até o momento.

Na entrevista, Eugenio destacou que fora do Maracanã brasileiros e argentinos estavam em harmonia. “Brasileiros e argentinos estavam juntos cantando a favor de Messi. Havia meninos que queriam trocar a camisa com a gente, ou seja, estava tudo bem. […] Não sei se precisava chegar a esse ponto num jogo como esse”, afirmou.

O Ministério Público do RJ informou que pediu a apuração “de eventuais excessos dos agentes de segurança, tendo em vista que houve torcedores argentinos apresentados com lesões corporais sérias”. Também solicitou que o Jecrim desmembrasse o processo para apurar a conduta de outros torcedores que não foram presos pela PM, mas que foram filmados envolvidos no tumulto.

JÚLIA BARBON / Folhapress

Policiais tiraram selfies com feridos, diz argentino ensanguentado no Maracanã

BUENOS AIRES, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Um torcedor argentino que teve que ser retirado em uma maca do Maracanã nesta terça (21), ensanguentado após a briga que atrasou o jogo entre Brasil e Argentina pelas eliminatórias da Copa do Mundo, afirmou que policiais tiraram selfies com feridos e fotos da radiografia do braço quebrado de um homem “como troféus de guerra”.

Ele diz que cerca de oito argentinos presenciaram a cena e que um dos agentes vestia a camiseta azul e branca do Bepe (batalhão especializado em estádios). Questionada se a conduta dos policiais estava sendo investigada internamente, a Polícia Militar do RJ reenviou uma nota geral sobre a confusão dizendo que o destacamento “cumpriu rigorosamente sua missão”.

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Em entrevista ao canal argentino TyC Sports nesta quarta (22), o homem identificado apenas como Eugenio, que vive no Rio, disse que não participou da confusão e que bateu a cabeça ao cair contra um ferro que separa as escadas do estádio. Ele acordou algemado na maca e teve que pagar uma fiança de R$ 200 para deixar o local, às 4h da madrugada.

“Entramos tranquilos, até que começou um tumulto e de repente entrou um cordão policial que, em vez de separar para os dois lados e ficar no meio, começou a bater com cassetetes”, narrou ele com um curativo na cabeça. “No meu caso eu não briguei, não bati nem nada. Eu caí e bati a cabeça contra uma barra.”

A partir daí, ele diz não se lembrar de nada. “Quando acordo na maca dentro do hospital do Maracanã, tenho as mãos algemadas, cheias de sangue, e a cabeça cheia de sangue”. Ele se lembra da enfermeira dizendo ao policial de azul e branco que teria que lhe dar pontos, e menciona que este agente “estava totalmente desequilibrado” no estádio e que “foi o único que foi para bater mesmo”.

Eugenio então continuou detido junto a um grupo de argentinos. “Éramos oito, e havia esse cara com a camisa [azul e amarela] do Atlanta que teve dois ossos do braço e o dedinho quebrados. Os mesmos policiais que estavam [na briga], que reconhecemos nos vídeos, tiravam fotos com a radiografia dele, selfies com a gente, como troféu de guerra”, afirmou.

Questionado pelo repórter se ele viu essa cena, ele confirmou: “Todos vimos. Os oito que estávamos ali vimos. Eles estavam felizes e sentiam que eram heróis”, respondeu. “Doentes”, comentou o jornalista da TV argentina.

O torcedor disse ainda que foi julgado indiscriminadamente junto com o grupo pelo Jecrim, o juizado do torcedor do Tribunal de Justiça do RJ. “Nos julgaram juntos, como se fôssemos parte de uma multidão que causou o tumulto, e todos éramos responsáveis pelo mesmo, por enfrentar a polícia, por criar uma guerra. Tivemos que pagar R$ 200 de fiança, não tínhamos outra opção”, relatou.

Procurado sobre essa crítica específica, o TJ fluminense também enviou apenas uma nota geral sobre a ocorrência. O comunicado afirma que, no total, 18 torcedores foram encaminhados ao posto do órgão por provocarem crimes como tumulto, desacato, resistência e furto, sendo a maioria liberada após pagamento de multa.

Entre eles estava a argentina Maria Belen Mautecci, que teve prisão preventiva decretada por injúria racial após ser ouvida por uma testemunha dizendo “escuta aqui pedaço de macaca, é a minha vez” a uma vendedora ambulante. Outro foi o brasileiro Roberto Jefferson Gomes Peixoto, que foi proibido de se aproximar de estádios por medida cautelar.

O número difere do informado pela PM, que diz que ao todo 13 pessoas foram conduzidas ao Jecrim, sendo 9 argentinos e 4 brasileiros.

Na entrevista, o torcedor Eugenio agradeceu ao Consulado da Argentina no Rio de Janeiro: “Se não fossem as pessoas do consulado, eu acredito que teríamos sido agredidos lá dentro também”, disse. A Folha procurou o órgão para esclarecer o que ocorreu no Jecrim, mas não teve resposta até o momento.

Na entrevista, Eugenio destacou que fora do Maracanã brasileiros e argentinos estavam em harmonia. “Brasileiros e argentinos estavam juntos cantando a favor de Messi. Havia meninos que queriam trocar a camisa com a gente, ou seja, estava tudo bem. […] Não sei se precisava chegar a esse ponto num jogo como esse”, afirmou.

O Ministério Público do RJ informou que pediu a apuração “de eventuais excessos dos agentes de segurança, tendo em vista que houve torcedores argentinos apresentados com lesões corporais sérias”. Também solicitou que o Jecrim desmembrasse o processo para apurar a conduta de outros torcedores que não foram presos pela PM, mas que foram filmados envolvidos no tumulto.

JÚLIA BARBON / Folhapress

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