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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Banhada pela baía de Guanabara, a praia do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, tinha um contraste na paisagem: a orla e a faixa de areia eram movimentadas, mas a água estava quase sempre vazia.

A fama de imprópria para banho fez a praia do Flamengo ser apelidada de ‘brejão’, pela falta de ondas e a sujeira na água. Mas a praia mudou e está há três semanas apta para mergulho, segundo o índice de balneabilidade do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), que mede de quatro em quatro dias o índice de coliformes na água. A praia está invicta há cinco medições, nos dois trechos avaliados pelos técnicos.

A última vez em que a praia do Flamengo ficou mais de duas semanas própria para banho foi entre julho e agosto de 2021. Em 2023, recebeu sinal verde três vezes, mas em períodos separados: uma vez em janeiro, uma em fevereiro e outra em março.

“Para ser honesta, sempre mergulhei”, admite a funcionária pública Aloma Siqueira, 33, que aproveitou o sábado de sol na praia do Flamengo ao lado da irmã, Krisna. “Não vamos para as outras praias da zona sul. São muito cheias. Aqui o ambiente é familiar, parece que todo mundo se conhece”.

Krisna aceitou o convite da irmã e saiu de Niterói (a cerca de 15 km da capital) para mergulhar no Flamengo. Ela soube que a praia estava própria para banho depois que já havia combinado. “Fiquei surpresa. É perceptível que está mais limpa do que antes. A água está cristalina”, diz.

Flamengo é a praia mais próxima do centro da cidade, facilidade para quem sai de outros municípios, como os da Baixada Fluminense. Também é opção para quem prefere fugir da agitação de outras praias mais famosas, como Copacabana e Ipanema.

“Minha família é grande. São dois filhos, uma sobrinha, a mãe e a irmã. Tivemos que nos dividir em dois carros de aplicativo. Em qualquer outra praia da zona sul isso seria bem caótico”, diz a cantora Raquel Santos, 40.

“Gosto daqui porque a praia não tem onda, tem parque, as pistas para carros fecham aos domingos, as crianças podem circular. É tão calmo que nem parece o Rio. Só falta permanecer limpa.”

A praia do Flamengo é a foz do rio Carioca. O rio de 4,3 km de extensão e nasce cristalino na floresta da Tijuca, mas atravessa bairros populosos, como Laranjeiras e Flamengo, e chega à baía já poluído.

Secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade do Rio, Thiago Pampolha diz que as tentativas de evitar despejo de lixo e esgoto na baía de Guanabara têm resultado na mudança da qualidade.

“Não é só limpeza, mas aprimoramos algumas situações também. A captação de parte do esgoto que drena a praia do Flamengo pelo rio Carioca, a universalização do esgoto na zona sul, a reforma de elevatórias. Tudo isso conta. De 2018 até agora houve uma redução de coliformes na água da praia de 97%. Isso é uma grande novidade e enfrenta a tese de que a balneabilidade é obra do acaso. Há anos a população carioca espera por essa notícia”, diz Pampolha.

A falta de chuvas também colabora para que a água da praia fique mais limpa, segundo Abílio Soares Gomes, professor de biologia marinha da UFF (Universidade Federal Fluminense).

“Quando chove muito, a água do continente vai para os oceanos e a descarga de rios tem um volume maior. Essas águas levam poluentes e partículas que ficam em suspensão. São partículas de minerais e materiais sólidos. Em período de falta de chuva, a tendência é que as águas fiquem mais limpas, mais claras. No Rio, quando estamos no inverno, temos águas mais limpas”, afirma Gomes.

YURI EIRAS / Folhapress

Praia do Flamengo, no Rio, volta a ficar própria para banho e surpreende frequentadores

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Banhada pela baía de Guanabara, a praia do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, tinha um contraste na paisagem: a orla e a faixa de areia eram movimentadas, mas a água estava quase sempre vazia.

A fama de imprópria para banho fez a praia do Flamengo ser apelidada de ‘brejão’, pela falta de ondas e a sujeira na água. Mas a praia mudou e está há três semanas apta para mergulho, segundo o índice de balneabilidade do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), que mede de quatro em quatro dias o índice de coliformes na água. A praia está invicta há cinco medições, nos dois trechos avaliados pelos técnicos.

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A última vez em que a praia do Flamengo ficou mais de duas semanas própria para banho foi entre julho e agosto de 2021. Em 2023, recebeu sinal verde três vezes, mas em períodos separados: uma vez em janeiro, uma em fevereiro e outra em março.

“Para ser honesta, sempre mergulhei”, admite a funcionária pública Aloma Siqueira, 33, que aproveitou o sábado de sol na praia do Flamengo ao lado da irmã, Krisna. “Não vamos para as outras praias da zona sul. São muito cheias. Aqui o ambiente é familiar, parece que todo mundo se conhece”.

Krisna aceitou o convite da irmã e saiu de Niterói (a cerca de 15 km da capital) para mergulhar no Flamengo. Ela soube que a praia estava própria para banho depois que já havia combinado. “Fiquei surpresa. É perceptível que está mais limpa do que antes. A água está cristalina”, diz.

Flamengo é a praia mais próxima do centro da cidade, facilidade para quem sai de outros municípios, como os da Baixada Fluminense. Também é opção para quem prefere fugir da agitação de outras praias mais famosas, como Copacabana e Ipanema.

“Minha família é grande. São dois filhos, uma sobrinha, a mãe e a irmã. Tivemos que nos dividir em dois carros de aplicativo. Em qualquer outra praia da zona sul isso seria bem caótico”, diz a cantora Raquel Santos, 40.

“Gosto daqui porque a praia não tem onda, tem parque, as pistas para carros fecham aos domingos, as crianças podem circular. É tão calmo que nem parece o Rio. Só falta permanecer limpa.”

A praia do Flamengo é a foz do rio Carioca. O rio de 4,3 km de extensão e nasce cristalino na floresta da Tijuca, mas atravessa bairros populosos, como Laranjeiras e Flamengo, e chega à baía já poluído.

Secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade do Rio, Thiago Pampolha diz que as tentativas de evitar despejo de lixo e esgoto na baía de Guanabara têm resultado na mudança da qualidade.

“Não é só limpeza, mas aprimoramos algumas situações também. A captação de parte do esgoto que drena a praia do Flamengo pelo rio Carioca, a universalização do esgoto na zona sul, a reforma de elevatórias. Tudo isso conta. De 2018 até agora houve uma redução de coliformes na água da praia de 97%. Isso é uma grande novidade e enfrenta a tese de que a balneabilidade é obra do acaso. Há anos a população carioca espera por essa notícia”, diz Pampolha.

A falta de chuvas também colabora para que a água da praia fique mais limpa, segundo Abílio Soares Gomes, professor de biologia marinha da UFF (Universidade Federal Fluminense).

“Quando chove muito, a água do continente vai para os oceanos e a descarga de rios tem um volume maior. Essas águas levam poluentes e partículas que ficam em suspensão. São partículas de minerais e materiais sólidos. Em período de falta de chuva, a tendência é que as águas fiquem mais limpas, mais claras. No Rio, quando estamos no inverno, temos águas mais limpas”, afirma Gomes.

YURI EIRAS / Folhapress

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