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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito de Lisboa, Carlos Moedas, está sendo acusado de boicotar o primeiro memorial de Portugal às vítimas da escravatura. O monumento, que consistiria em fileiras de 540 canas-de-açúcar pintadas de preto, foi proposto há mais de cinco anos, mas até hoje não está erguido.

O projeto prevê a construção do monumento no Campo das Cebolas, uma praça central perto do rio Tejo, na capital portuguesa. Escravizados passavam pelo local quando estavam prestes a ser vendidos -dali, muitos eram colocados à força em um navio para o Brasil, onde trabalhariam em plantações de cana-de-açúcar, por exemplo. Do século 15 ao 19, 6 milhões de africanos foram sequestrados e transportados por navios portugueses, já como escravizados.

O memorial, financiado pelo conselho da cidade, foi aprovado como parte do orçamento da cidade no ano fiscal 2017/2018. Em seguida, a Associação dos Afrodescendentes de Portugal (Djass), autora do projeto, lançou um concurso para selecionar os artistas responsáveis pela obra. O resultado foi divulgado em Março de 2020, mas desde então o projeto não andou.

Na sexta (30), a Djass emitiu um comunicado apontando que a administração de Lisboa criou obstáculos para a construção do monumento, incluindo a solicitação de menos canas-de-açúcar, mudanças nos materiais de construção e alteração no orçamento.

O projeto inicial prevê um custo de EUR 150 mil euros (R$ 785 mil), mais impostos, segundo o jornal português Público.

O gabinete do prefeito não respondeu aos pedidos de comentário da agência de notícias Reuters, mas em março Moedas, de centro-direita, afirmou ser “totalmente a favor do memorial”. Na ocasião, ponderou que projetos do tipo levam tempo para serem erguidos.

Em setembro do ano passado, seu gabinete disse que o início das obras dependiam do aval da Direção-Geral do Patrimônio Cultural (DGCP), ligado à administração federal, e da Empresa de Estacionamentos de Lisboa (EMEL), à municipal. Em abril deste ano, porém, os dois órgãos teriam desaprovado a construção do monumento naquele local, segundo a Djass.

O gabinete de Moedas, portanto, propôs um novo local, que segundo a associação é uma estrada estreita que dá acesso a um cais e a um parque de estacionamento perto do terminal de cruzeiros de Lisboa. A Djass acusou a prefeitura de lidar com o memorial de “forma negligente e desrespeitosa” e a acusou de adotar uma estratégia de boicote ao projeto.

Apesar do papel central de Portugal no comércio de pessoas escravizadas, o país ainda discute pouco o tema. Pesquisas com livros didáticos lusos, por exemplo, indicam que a colonização aparece retratada quase sempre de forma positiva.

Redação / Folhapress

Prefeitura de Lisboa é acusada de boicotar memorial da escravatura aprovado há 5 anos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O prefeito de Lisboa, Carlos Moedas, está sendo acusado de boicotar o primeiro memorial de Portugal às vítimas da escravatura. O monumento, que consistiria em fileiras de 540 canas-de-açúcar pintadas de preto, foi proposto há mais de cinco anos, mas até hoje não está erguido.

O projeto prevê a construção do monumento no Campo das Cebolas, uma praça central perto do rio Tejo, na capital portuguesa. Escravizados passavam pelo local quando estavam prestes a ser vendidos -dali, muitos eram colocados à força em um navio para o Brasil, onde trabalhariam em plantações de cana-de-açúcar, por exemplo. Do século 15 ao 19, 6 milhões de africanos foram sequestrados e transportados por navios portugueses, já como escravizados.

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O memorial, financiado pelo conselho da cidade, foi aprovado como parte do orçamento da cidade no ano fiscal 2017/2018. Em seguida, a Associação dos Afrodescendentes de Portugal (Djass), autora do projeto, lançou um concurso para selecionar os artistas responsáveis pela obra. O resultado foi divulgado em Março de 2020, mas desde então o projeto não andou.

Na sexta (30), a Djass emitiu um comunicado apontando que a administração de Lisboa criou obstáculos para a construção do monumento, incluindo a solicitação de menos canas-de-açúcar, mudanças nos materiais de construção e alteração no orçamento.

O projeto inicial prevê um custo de EUR 150 mil euros (R$ 785 mil), mais impostos, segundo o jornal português Público.

O gabinete do prefeito não respondeu aos pedidos de comentário da agência de notícias Reuters, mas em março Moedas, de centro-direita, afirmou ser “totalmente a favor do memorial”. Na ocasião, ponderou que projetos do tipo levam tempo para serem erguidos.

Em setembro do ano passado, seu gabinete disse que o início das obras dependiam do aval da Direção-Geral do Patrimônio Cultural (DGCP), ligado à administração federal, e da Empresa de Estacionamentos de Lisboa (EMEL), à municipal. Em abril deste ano, porém, os dois órgãos teriam desaprovado a construção do monumento naquele local, segundo a Djass.

O gabinete de Moedas, portanto, propôs um novo local, que segundo a associação é uma estrada estreita que dá acesso a um cais e a um parque de estacionamento perto do terminal de cruzeiros de Lisboa. A Djass acusou a prefeitura de lidar com o memorial de “forma negligente e desrespeitosa” e a acusou de adotar uma estratégia de boicote ao projeto.

Apesar do papel central de Portugal no comércio de pessoas escravizadas, o país ainda discute pouco o tema. Pesquisas com livros didáticos lusos, por exemplo, indicam que a colonização aparece retratada quase sempre de forma positiva.

Redação / Folhapress

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