Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Câmara aprovou, nesta terça-feira (3), o chamado Marco das Garantias, que facilita a execução de dívidas por bancos e permite que um mesmo imóvel seja usado como garantia em mais de um empréstimo.

A proposta original é do governo de Jair Bolsonaro (PL), enviada ao Congresso em 2021, mas ganhou endosso da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela expectativa de que o conjunto de medidas vai gerar efeitos positivos no mercado.

O texto foi aprovado inicialmente na Câmara em junho de 2022, mas foi modificado pelo Senado em julho deste ano e teve de voltar à Casa inicial. Apreciado novamente pelos deputados, segue agora para a sanção da Presidência.

A votação foi feita mesmo sob protestos da oposição e da bancada ruralista, que desde a última semana tentam obstruir a pauta do Congresso -em uma reação a movimentos recentes feitos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que, na visão desses parlamentares, tem interferido indevidamente na competência do Legislativo.

A votação do Marco das Garantias, no entanto, entrou como parte de um acordo entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o governo após uma reunião na última semana.

Há ainda a expectativa que, nesta quarta-feira (4), seja apreciado o projeto que trata da taxação das offshores, conhecidas como paraísos fiscais, e dos fundos exclusivos.

Atualmente, um imóvel só pode ser usado como garantia de um empréstimo. Com o texto aprovado, será possível fracionar o valor de uma propriedade em mais de um financiamento, até esgotar seu valor total.

O modelo já existe em outros países. Apoiadores afirmam que ela amplia o acesso dos brasileiros a diferentes tipos de financiamento, enquanto críticos dizem que pode ampliar o endividamento.

A proposta também facilita a cobrança, por parte de instituições financeiras, de credores inadimplentes –ampliando as possibilidades de execução da dívida de forma extrajudicial.

O projeto permite também que a execução de dívidas relativas a automóveis seja feita sem necessidade de acionamento da Justiça -atualmente, o dispositivo é restrito a imóveis.

Críticos da proposta entendem que a aceleração em cobranças tende a prejudicar pessoas mais humildes, fazendo com que famílias em dificuldade para quitar dívidas percam seus bens.

A expectativa do governo é que a facilitação da execução reduza a inadimplência, um dos principais componentes do chamado spread bancário -diferença entre o custo de captação das instituições financeiras e os juros cobrados nos empréstimos. Por isso, a visão no Executivo é de que ele vai contribuir para baixar o custo do crédito e, assim, ampliar o acesso a capital.

Outro argumento é desafogar o Judiciário, que hoje tem nas ações de execução o seu maior gargalo. Levantamentos usados pelo governo indicam que casos do tipo representam 43% dos processos judiciais no Brasil.

Há uma avaliação no governo, ainda, de que a cobrança extrajudicial não vai afetar pequenos devedores, uma vez que os bancos costumam se empenhar na cobrança de débitos acima de R$ 100 mil. Abaixo disso, os custos não compensariam o esforço de recuperação dos valores.

Durante a tramitação no Senado, os parlamentares excluíram o dispositivo, aprovado inicialmente por deputados, que visava quebrar o monopólio da Caixa Econômica Federal sobre a penhora.

Assim, o banco público seguirá como único apto a aceitar, por exemplo, joias, relógios ou obras de arte como garantia de empréstimos -sob argumento de evitar que a maior exploração desse nicho abra espaço para práticas abusivas e agiotagem.

Na segunda passagem pela Câmara, no entanto, os deputados decidiram acatar a alteração feita pelos senadores no texto, e mantiveram o monopólio.

Outra mudança feita pelo Senado com relação ao texto aprovado inicialmente por deputados foi a retomada da impenhorabilidade do chamado bem família. Pela lei atual, não pode ser penhorado, por exemplo, o único imóvel que sirva de moradia e proteção para pessoas e suas posses.

Os deputados incluíram no projeto um dispositivo para flexibilizar tal proteção, mas os senadores rejeitaram e, agora, a Câmara concordou com esse entendimento.

Também foi aceita a exclusão, proposta pelo Senado, do dispositivo que criava a chamada IGG (Instituição Garantidora de Garantias), prevista no projeto original enviado por Bolsonaro. Ela seria responsável por gerir as garantias de interessados em empréstimos, com o objetivo de facilitar o uso delas em múltiplas operações.

De acordo com envolvidos na discussão, a existência dessa figura legal incomodava instituições financeiras, que preferem fazer gestão própria das garantias ligadas às dívidas. Sua criação era comparada a uma espécie de “novo cartório” entre credores e devedores.

JOÃO GABRIEL / Folhapress

Projeto que facilita execução de dívidas é aprovado, e Marco das Garantias vai para sanção

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – A Câmara aprovou, nesta terça-feira (3), o chamado Marco das Garantias, que facilita a execução de dívidas por bancos e permite que um mesmo imóvel seja usado como garantia em mais de um empréstimo.

A proposta original é do governo de Jair Bolsonaro (PL), enviada ao Congresso em 2021, mas ganhou endosso da gestão Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela expectativa de que o conjunto de medidas vai gerar efeitos positivos no mercado.

- Advertisement -anuncio

O texto foi aprovado inicialmente na Câmara em junho de 2022, mas foi modificado pelo Senado em julho deste ano e teve de voltar à Casa inicial. Apreciado novamente pelos deputados, segue agora para a sanção da Presidência.

A votação foi feita mesmo sob protestos da oposição e da bancada ruralista, que desde a última semana tentam obstruir a pauta do Congresso -em uma reação a movimentos recentes feitos pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que, na visão desses parlamentares, tem interferido indevidamente na competência do Legislativo.

A votação do Marco das Garantias, no entanto, entrou como parte de um acordo entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o governo após uma reunião na última semana.

Há ainda a expectativa que, nesta quarta-feira (4), seja apreciado o projeto que trata da taxação das offshores, conhecidas como paraísos fiscais, e dos fundos exclusivos.

Atualmente, um imóvel só pode ser usado como garantia de um empréstimo. Com o texto aprovado, será possível fracionar o valor de uma propriedade em mais de um financiamento, até esgotar seu valor total.

O modelo já existe em outros países. Apoiadores afirmam que ela amplia o acesso dos brasileiros a diferentes tipos de financiamento, enquanto críticos dizem que pode ampliar o endividamento.

A proposta também facilita a cobrança, por parte de instituições financeiras, de credores inadimplentes –ampliando as possibilidades de execução da dívida de forma extrajudicial.

O projeto permite também que a execução de dívidas relativas a automóveis seja feita sem necessidade de acionamento da Justiça -atualmente, o dispositivo é restrito a imóveis.

Críticos da proposta entendem que a aceleração em cobranças tende a prejudicar pessoas mais humildes, fazendo com que famílias em dificuldade para quitar dívidas percam seus bens.

A expectativa do governo é que a facilitação da execução reduza a inadimplência, um dos principais componentes do chamado spread bancário -diferença entre o custo de captação das instituições financeiras e os juros cobrados nos empréstimos. Por isso, a visão no Executivo é de que ele vai contribuir para baixar o custo do crédito e, assim, ampliar o acesso a capital.

Outro argumento é desafogar o Judiciário, que hoje tem nas ações de execução o seu maior gargalo. Levantamentos usados pelo governo indicam que casos do tipo representam 43% dos processos judiciais no Brasil.

Há uma avaliação no governo, ainda, de que a cobrança extrajudicial não vai afetar pequenos devedores, uma vez que os bancos costumam se empenhar na cobrança de débitos acima de R$ 100 mil. Abaixo disso, os custos não compensariam o esforço de recuperação dos valores.

Durante a tramitação no Senado, os parlamentares excluíram o dispositivo, aprovado inicialmente por deputados, que visava quebrar o monopólio da Caixa Econômica Federal sobre a penhora.

Assim, o banco público seguirá como único apto a aceitar, por exemplo, joias, relógios ou obras de arte como garantia de empréstimos -sob argumento de evitar que a maior exploração desse nicho abra espaço para práticas abusivas e agiotagem.

Na segunda passagem pela Câmara, no entanto, os deputados decidiram acatar a alteração feita pelos senadores no texto, e mantiveram o monopólio.

Outra mudança feita pelo Senado com relação ao texto aprovado inicialmente por deputados foi a retomada da impenhorabilidade do chamado bem família. Pela lei atual, não pode ser penhorado, por exemplo, o único imóvel que sirva de moradia e proteção para pessoas e suas posses.

Os deputados incluíram no projeto um dispositivo para flexibilizar tal proteção, mas os senadores rejeitaram e, agora, a Câmara concordou com esse entendimento.

Também foi aceita a exclusão, proposta pelo Senado, do dispositivo que criava a chamada IGG (Instituição Garantidora de Garantias), prevista no projeto original enviado por Bolsonaro. Ela seria responsável por gerir as garantias de interessados em empréstimos, com o objetivo de facilitar o uso delas em múltiplas operações.

De acordo com envolvidos na discussão, a existência dessa figura legal incomodava instituições financeiras, que preferem fazer gestão própria das garantias ligadas às dívidas. Sua criação era comparada a uma espécie de “novo cartório” entre credores e devedores.

JOÃO GABRIEL / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.