Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), anunciou nesta quinta-feira (7) a rejeição da emenda apresentada pelo líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que buscava travar em R$ 23 bilhões o valor máximo de contingenciamento de despesas em 2024.

A medida buscava dar segurança jurídica à tese do Ministério da Fazenda de que o bloqueio de verbas seria limitado a esse valor. O argumento foi essencial para o ministro Fernando Haddad convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a manter a meta fiscal de déficit zero em 2024.

Segundo Forte, a emenda “trazia uma fragilidade do ponto de vista jurídico”, uma vez que não poderia ser tratada na LDO, uma lei hierarquicamente inferior ao novo arcabouço fiscal e à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Em seu texto, disse ele, a regra do bloqueio vai apenas remeter aos dispositivos já previstos nas regras fiscais.

Com isso, a decisão de efetuar ou não o bloqueio em caso de frustração de receitas caberá ao Executivo. “Ele [Executivo] vai ter que arbitrar o contingenciamento e a mudança ou não da meta”, afirmou Forte.

Instantes após a entrevista de Forte, Randolfe falou a jornalistas e insistiu que o “espírito” da tese do Ministério da Fazenda foi “preservado” pelo relator. “Não interpreto que a emenda foi rejeitada. Ela foi recebida de outra forma”, disse o líder do governo no Congresso.

A reportagem procurou o relator da LDO novamente, que reiterou que a emenda foi, sim, rejeitada.

Na visão de Randolfe, ao remeter as regras de contingenciamento para a LRF e o novo arcabouço fiscal, o relator da LDO deixa a porta aberta para a interpretação que consta em pareceres jurídicos da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e da AGU (Advocacia-Geral da União). “A regra está contemplada no arcabouço fiscal”, afirmou.

A Fazenda faz uma interpretação jurídica de duas regras do novo arcabouço fiscal: a que trava o contingenciamento em até 25% das despesas discricionárias (que incluem custeio e investimentos e podem ser alvo de bloqueio) e a que disciplina a expansão real do limite de despesas, com variação entre 0,6% e 2,5% ao ano acima da inflação.

Enquanto a primeira regra poderia sugerir uma trava superior R$ 50 bilhões, a leitura da Fazenda para a segunda regra limitaria o risco a menos da metade do valor inicial. Segundo Haddad, em qualquer situação, a necessidade de contingenciar recursos não pode se sobrepor à garantia de expansão mínima de 0,6% acima da inflação.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, porém, essa tese enfrenta resistências dentro do próprio governo. As áreas jurídicas do Planejamento e da Casa Civil são contra essa interpretação.

O líder do governo disse que “nada vai ser feito por qualquer técnico com insegurança” e acrescentou que, após a aprovação da LDO, o governo pode fazer uma consulta formal ao TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o tema. “Creio que será inevitável.”

Ao apresentar seu parecer, Danilo disse que ouviu técnicos do Congresso e do próprio TCU, que demonstraram entendimento diverso daquele defendido pela equipe de Haddad.

Parecer da consultoria de Orçamento da Câmara apontou que o bloqueio máximo sob as regras do novo arcabouço e da LRF pode ir a R$ 56,5 bilhões.

Uma trava desse tamanho pode ser um complicador para Haddad e reforçar a pressão por uma mudança na meta fiscal de 2024. Com um objetivo mais frouxo, a necessidade de conter despesas para compensar a arrecadação frustrada seria menor.

O próprio presidente Lula já disse publicamente que não pretende travar os investimentos públicos no Orçamento de 2024 —tipo de despesa que costuma ser o alvo preferencial de bloqueios, dado que as demais rubricas são obrigatórias ou protegidas por regras legais.

Em seu parecer, Forte também estabeleceu um cronograma para a execução de emendas parlamentares, que devem alcançar R$ 37,65 bilhões no Orçamento de 2024. Pelo calendário, todas as emendas da saúde terão de ser empenhadas ainda no 1º semestre do ano.

O empenho é a primeira fase do gasto, quando o governo assume o compromisso de contratar um bem ou serviço para pagamento posterior.

O relator também autorizou a destinação de emendas para obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), caso seja o desejo do parlamentar.

Forte ainda introduziu um dispositivo para reforçar um princípio já existente na LRF de que eventuais contingenciamentos incidirão de forma proporcional entre os recursos do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Havia o temor de que, ao bloquear investimentos, o governo concentrasse os cortes temporários sobre as emendas dos congressistas.

IDIANA TOMAZELLI / Folhapress

Relator da LDO descarta limitar bloqueio a R$ 23 bi, e líder do governo defende consulta ao TCU

BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – O relator da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias), deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), anunciou nesta quinta-feira (7) a rejeição da emenda apresentada pelo líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), que buscava travar em R$ 23 bilhões o valor máximo de contingenciamento de despesas em 2024.

A medida buscava dar segurança jurídica à tese do Ministério da Fazenda de que o bloqueio de verbas seria limitado a esse valor. O argumento foi essencial para o ministro Fernando Haddad convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a manter a meta fiscal de déficit zero em 2024.

- Advertisement -anuncio

Segundo Forte, a emenda “trazia uma fragilidade do ponto de vista jurídico”, uma vez que não poderia ser tratada na LDO, uma lei hierarquicamente inferior ao novo arcabouço fiscal e à LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Em seu texto, disse ele, a regra do bloqueio vai apenas remeter aos dispositivos já previstos nas regras fiscais.

Com isso, a decisão de efetuar ou não o bloqueio em caso de frustração de receitas caberá ao Executivo. “Ele [Executivo] vai ter que arbitrar o contingenciamento e a mudança ou não da meta”, afirmou Forte.

Instantes após a entrevista de Forte, Randolfe falou a jornalistas e insistiu que o “espírito” da tese do Ministério da Fazenda foi “preservado” pelo relator. “Não interpreto que a emenda foi rejeitada. Ela foi recebida de outra forma”, disse o líder do governo no Congresso.

A reportagem procurou o relator da LDO novamente, que reiterou que a emenda foi, sim, rejeitada.

Na visão de Randolfe, ao remeter as regras de contingenciamento para a LRF e o novo arcabouço fiscal, o relator da LDO deixa a porta aberta para a interpretação que consta em pareceres jurídicos da PGFN (Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional) e da AGU (Advocacia-Geral da União). “A regra está contemplada no arcabouço fiscal”, afirmou.

A Fazenda faz uma interpretação jurídica de duas regras do novo arcabouço fiscal: a que trava o contingenciamento em até 25% das despesas discricionárias (que incluem custeio e investimentos e podem ser alvo de bloqueio) e a que disciplina a expansão real do limite de despesas, com variação entre 0,6% e 2,5% ao ano acima da inflação.

Enquanto a primeira regra poderia sugerir uma trava superior R$ 50 bilhões, a leitura da Fazenda para a segunda regra limitaria o risco a menos da metade do valor inicial. Segundo Haddad, em qualquer situação, a necessidade de contingenciar recursos não pode se sobrepor à garantia de expansão mínima de 0,6% acima da inflação.

Como mostrou a Folha de S.Paulo, porém, essa tese enfrenta resistências dentro do próprio governo. As áreas jurídicas do Planejamento e da Casa Civil são contra essa interpretação.

O líder do governo disse que “nada vai ser feito por qualquer técnico com insegurança” e acrescentou que, após a aprovação da LDO, o governo pode fazer uma consulta formal ao TCU (Tribunal de Contas da União) sobre o tema. “Creio que será inevitável.”

Ao apresentar seu parecer, Danilo disse que ouviu técnicos do Congresso e do próprio TCU, que demonstraram entendimento diverso daquele defendido pela equipe de Haddad.

Parecer da consultoria de Orçamento da Câmara apontou que o bloqueio máximo sob as regras do novo arcabouço e da LRF pode ir a R$ 56,5 bilhões.

Uma trava desse tamanho pode ser um complicador para Haddad e reforçar a pressão por uma mudança na meta fiscal de 2024. Com um objetivo mais frouxo, a necessidade de conter despesas para compensar a arrecadação frustrada seria menor.

O próprio presidente Lula já disse publicamente que não pretende travar os investimentos públicos no Orçamento de 2024 —tipo de despesa que costuma ser o alvo preferencial de bloqueios, dado que as demais rubricas são obrigatórias ou protegidas por regras legais.

Em seu parecer, Forte também estabeleceu um cronograma para a execução de emendas parlamentares, que devem alcançar R$ 37,65 bilhões no Orçamento de 2024. Pelo calendário, todas as emendas da saúde terão de ser empenhadas ainda no 1º semestre do ano.

O empenho é a primeira fase do gasto, quando o governo assume o compromisso de contratar um bem ou serviço para pagamento posterior.

O relator também autorizou a destinação de emendas para obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), caso seja o desejo do parlamentar.

Forte ainda introduziu um dispositivo para reforçar um princípio já existente na LRF de que eventuais contingenciamentos incidirão de forma proporcional entre os recursos do Poder Executivo e do Poder Legislativo. Havia o temor de que, ao bloquear investimentos, o governo concentrasse os cortes temporários sobre as emendas dos congressistas.

IDIANA TOMAZELLI / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.