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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Primeiro ela surge como imagem. Com câmera na mão, Róisín Murphy começa a cantar dos bastidores, seu rosto espelhado no telão. O público, em número considerável, mas sem lotar a Audio, em São Paulo, vibra. Quando ela surge no palco, a excitação vira catarse, porque sua presença é presente demais.

Com um chapéu peludo que contorna a cabeça e uma capa roxa por cima de um terno verde, a cantora irlandesa iniciava ali não só o show desta sexta-feira (1º), a dois dias de sua participação na versão paulistana do festival espanhol Primavera Sound, mas também uma espécie de striptease contínuo.

Durante uma hora e meia, Róisín, 50, troca de figurino muitas vezes, e um blazer risca de giz um tanto folgado –a la David Byrne em “Stop Making Sense”– dá lugar a uma serpente de plumas, a um capacete que mais parece uma luminária japonesa e a outras peças que desafiam a capacidade de descrevê-las.

O que se mantém, durante quase toda a apresentação, é um traje preto colado ao corpo, só mãos e rosto à mostra, com um tico de tinta branca para representar uma calcinha fio-dental, o umbigo e os seios, ao fim um espetáculo visual para acompanhar as canções disco, electropop e house tão celebradas por seus fãs.

As mudanças de roupa muitas vezes acontecem no palco, aos olhos do público e sem muita cerimônia, como se ela estivesse fazendo troça dos artistas pop famosos pelos shows ultraproduzidos e, justamente por isso, sem espaço para espontaneidade. A irlandesa, porém, está longe de fazer um show tosco ou sem preparação. Ao contrário, tudo é coreografado, mas de maneira natural, sem parecer engessado.

Além de músicas da carreira solo, como “CooCool” e “Something More”, a cantora também incluiu no repertório “The Time Is Now”, do duo pelo qual ficou conhecida nos anos 1990, o Moloko. Considerada um ícone gay, já que grande parte de seu público faz parte da comunidade LGBTQIA+, Róisín foi recebida calorosamente em São Paulo, como se não tivesse enfrentado um cancelamento há poucos meses.

Em agosto, a irlandesa postou um comentário em que criticava o uso de bloqueadores de puberdade por crianças e adolescentes em busca da transição de gênero, para ela uma forma de a indústria farmacêutica lucrar às custas de vulneráveis. O post, visto como um ataque a pessoas trans, foi massacrado.

No show paulistano, recebeu flores, distribuiu autógrafos enquanto cantava, citou o fato de que sua assistente é brasileira e foi ovacionada por cada gesto, seja ao usar o pedestal do microfone para simular o movimento de masturbação ou ao jogar de um lado para o outro um boneco de visual alienígena.

Os fãs também ficaram em polvorosa com a câmera que transmitia as imagens para o telão em tempo real, principalmente quando o público era enquadrado. Em dado momento, a cantora ficou de costas no palco, a câmera fechada em seu rosto. Era possível ver só a silhueta da banda, toda no contraluz, e os olhos de Róisín no telão, em preto e branco, hipnotizantes. Perdão pelo clichê: eis a lei de Murphy.

DAIGO OLIVA / Folhapress

Róisín Murphy hipnotiza público em celebração disco com striptease contínuo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Primeiro ela surge como imagem. Com câmera na mão, Róisín Murphy começa a cantar dos bastidores, seu rosto espelhado no telão. O público, em número considerável, mas sem lotar a Audio, em São Paulo, vibra. Quando ela surge no palco, a excitação vira catarse, porque sua presença é presente demais.

Com um chapéu peludo que contorna a cabeça e uma capa roxa por cima de um terno verde, a cantora irlandesa iniciava ali não só o show desta sexta-feira (1º), a dois dias de sua participação na versão paulistana do festival espanhol Primavera Sound, mas também uma espécie de striptease contínuo.

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Durante uma hora e meia, Róisín, 50, troca de figurino muitas vezes, e um blazer risca de giz um tanto folgado –a la David Byrne em “Stop Making Sense”– dá lugar a uma serpente de plumas, a um capacete que mais parece uma luminária japonesa e a outras peças que desafiam a capacidade de descrevê-las.

O que se mantém, durante quase toda a apresentação, é um traje preto colado ao corpo, só mãos e rosto à mostra, com um tico de tinta branca para representar uma calcinha fio-dental, o umbigo e os seios, ao fim um espetáculo visual para acompanhar as canções disco, electropop e house tão celebradas por seus fãs.

As mudanças de roupa muitas vezes acontecem no palco, aos olhos do público e sem muita cerimônia, como se ela estivesse fazendo troça dos artistas pop famosos pelos shows ultraproduzidos e, justamente por isso, sem espaço para espontaneidade. A irlandesa, porém, está longe de fazer um show tosco ou sem preparação. Ao contrário, tudo é coreografado, mas de maneira natural, sem parecer engessado.

Além de músicas da carreira solo, como “CooCool” e “Something More”, a cantora também incluiu no repertório “The Time Is Now”, do duo pelo qual ficou conhecida nos anos 1990, o Moloko. Considerada um ícone gay, já que grande parte de seu público faz parte da comunidade LGBTQIA+, Róisín foi recebida calorosamente em São Paulo, como se não tivesse enfrentado um cancelamento há poucos meses.

Em agosto, a irlandesa postou um comentário em que criticava o uso de bloqueadores de puberdade por crianças e adolescentes em busca da transição de gênero, para ela uma forma de a indústria farmacêutica lucrar às custas de vulneráveis. O post, visto como um ataque a pessoas trans, foi massacrado.

No show paulistano, recebeu flores, distribuiu autógrafos enquanto cantava, citou o fato de que sua assistente é brasileira e foi ovacionada por cada gesto, seja ao usar o pedestal do microfone para simular o movimento de masturbação ou ao jogar de um lado para o outro um boneco de visual alienígena.

Os fãs também ficaram em polvorosa com a câmera que transmitia as imagens para o telão em tempo real, principalmente quando o público era enquadrado. Em dado momento, a cantora ficou de costas no palco, a câmera fechada em seu rosto. Era possível ver só a silhueta da banda, toda no contraluz, e os olhos de Róisín no telão, em preto e branco, hipnotizantes. Perdão pelo clichê: eis a lei de Murphy.

DAIGO OLIVA / Folhapress

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