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WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – A Rússia e a China vetaram nesta quarta-feira (25) uma resolução proposta pelos americanos sobre o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O voto contrário de Moscou já era esperado, e ocorre após os EUA terem derrubado na semana passada um texto formulado pelo Brasil. Uma segunda resolução russa, por sua vez, também foi derrotada.

O placar da votação do texto americano foi 10 votos a favor (Albânia, França, Equador, Gabão, Ghana, Japão, Malta, Reino Unido e EUA), 3 contrários (Rússia, China e Emirados Árabes Unidos) e 2 abstenções (Brasil e Moçambique).

O documento russo teve 4 votos favoráveis, 2 contrários e 9 abstenções. Para ser aprovada, uma resolução precisa de apoio de 9 dos 15 membros do conselho, e não ser vetada por um membro permanente.

É mais um fracasso na tentativa de adoção de uma resolução desde 7 de outubro. A primeira proposta, russa, não atingiu o mínimo de votos, enquanto a segunda, elaborada pelo Brasil e com apoio de 12 países, foi vetada pelos EUA.

O representante de Moscou nas Nações Unidas, Vassili Nebenzia, acusou os americanos de apresentarem a resolução apenas como uma resposta às críticas sofridas após o veto ao texto brasileira na semana passada. “Não vemos por que apoiar um documento cujo único propósito é servir aos interesses políticos de um membro do conselho”, disse.

Ele também criticou o texto por não conter menção a um cessar-fogo humanitário, e disse ser inadmissível a afirmação de um direito de defesa de Israel, dado que essa prerrogativa não se aplicaria à situação uma vez que Tel Aviv é um poder ocupante nos territórios palestinos. Para os russos, a resolução seria um sinal verde para a ofensiva israelense em Gaza.

O embaixador chinês, Zhang Jun, disse que o problema do texto americano é que ele “tenta estabelecer uma nova narrativa sobre a questão Israel-Palestina, ignorando o fato de que o território palestino vem sendo ocupado há muito tempo”.

A embaixadora americana, Linda Thomas-Greenfield, por sua vez, afirmou que seu documento foi construído a partir de consultas com diversos membros, incluindo organizações humanitárias, em contraste com a proposta “de má-fé” russa, elaborada unilateralmente, segundo ela.

A situação mostra a inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas diante da escalada de violência no Oriente Médio. Instância máxima da ONU, o órgão vive um impasse: de um lado, Washington protege os interesses de Tel Aviv, seu maior aliado na região; de outro, um amplo bloco de países, liderado pelos árabes, quer uma resposta mais dura à reação israelense, estabelecendo um cessar-fogo humanitários e corredores para a passagem de suprimentos e retirada de civis.

Diante da paralisia do conselho, a Assembleia-Geral, que abrange os 193 membros da ONU, se reunirá nesta quinta (26) para discutir a situação. Embora o foro também tenha poder para aprovar uma resolução —e já há uma proposta de texto pela Jordânia–, ela tem caráter apenas recomendatório, não mandatório.

A questão Palestina é historicamente o principal alvo de vetos no Conselho de Segurança. Desde 2016, nenhuma resolução sobre o tema é aprovada pelo grupo.

A principal barreira são os EUA, que blindam Israel. Desde 1970, quando o país usou o poder de veto pela primeira vez, até a semana passada, foram 33 votos contrários em propostas relacionados ao tema de um total de 80, de acordo com dados do think tank Security Council Report e da ONU.

Para comparação, o segundo tema mais vetado pelos EUA, o apartheid na África do Sul, foi alvo de 10 votos contrários, empatado com resoluções relacionadas às tensões entre Israel e Líbano.

O texto de autoria americana votado nesta quarta afirmava o direito de Estados se defenderem de ataques –em alusão a Israel, mas sem nomear o aliado, diante de resistências de demais membros do conselho.

Após pressão de outros países, incluindo o Brasil, os EUA também alteraram o documento para incluir um apelo direto para o estabelecimento de pausas humanitárias, na mesma linha do que constava na resolução brasileira.

No entanto, a resolução de Washington não fazia nenhum apelo para que o ultimato imposto por Israel para a saída de civis palestinos do norte de Gaza seja revogado.

Na reunião do Conselho de Segurança de terça, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que o documento “se baseia em muitos elementos da resolução proposta pelo Brasil”, somados às considerações de outros membros do conselho.

Diante das críticas à reação de Israel, a resolução americana “reafirma que, ao responder a ataques terroristas, os Estados-Membros devem cumprir integralmente todas as suas obrigações nos termos do direito internacional”, embora não cite Tel Aviv explicitamente.

O documento também enfatizava as ameaças a um maior envolvimento do Irã no conflito, citando explicitamente a exigência para que o Hizbullah –apoiado por Teerã, como o Hamas– pare seus ataques.

FERNANDA PERRIN / Folhapress

Rússia e China vetam resolução dos EUA no Conselho de Segurança da ONU

WASHINGTON, EUA (FOLHAPRESS) – A Rússia e a China vetaram nesta quarta-feira (25) uma resolução proposta pelos americanos sobre o conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas. O voto contrário de Moscou já era esperado, e ocorre após os EUA terem derrubado na semana passada um texto formulado pelo Brasil. Uma segunda resolução russa, por sua vez, também foi derrotada.

O placar da votação do texto americano foi 10 votos a favor (Albânia, França, Equador, Gabão, Ghana, Japão, Malta, Reino Unido e EUA), 3 contrários (Rússia, China e Emirados Árabes Unidos) e 2 abstenções (Brasil e Moçambique).

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O documento russo teve 4 votos favoráveis, 2 contrários e 9 abstenções. Para ser aprovada, uma resolução precisa de apoio de 9 dos 15 membros do conselho, e não ser vetada por um membro permanente.

É mais um fracasso na tentativa de adoção de uma resolução desde 7 de outubro. A primeira proposta, russa, não atingiu o mínimo de votos, enquanto a segunda, elaborada pelo Brasil e com apoio de 12 países, foi vetada pelos EUA.

O representante de Moscou nas Nações Unidas, Vassili Nebenzia, acusou os americanos de apresentarem a resolução apenas como uma resposta às críticas sofridas após o veto ao texto brasileira na semana passada. “Não vemos por que apoiar um documento cujo único propósito é servir aos interesses políticos de um membro do conselho”, disse.

Ele também criticou o texto por não conter menção a um cessar-fogo humanitário, e disse ser inadmissível a afirmação de um direito de defesa de Israel, dado que essa prerrogativa não se aplicaria à situação uma vez que Tel Aviv é um poder ocupante nos territórios palestinos. Para os russos, a resolução seria um sinal verde para a ofensiva israelense em Gaza.

O embaixador chinês, Zhang Jun, disse que o problema do texto americano é que ele “tenta estabelecer uma nova narrativa sobre a questão Israel-Palestina, ignorando o fato de que o território palestino vem sendo ocupado há muito tempo”.

A embaixadora americana, Linda Thomas-Greenfield, por sua vez, afirmou que seu documento foi construído a partir de consultas com diversos membros, incluindo organizações humanitárias, em contraste com a proposta “de má-fé” russa, elaborada unilateralmente, segundo ela.

A situação mostra a inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas diante da escalada de violência no Oriente Médio. Instância máxima da ONU, o órgão vive um impasse: de um lado, Washington protege os interesses de Tel Aviv, seu maior aliado na região; de outro, um amplo bloco de países, liderado pelos árabes, quer uma resposta mais dura à reação israelense, estabelecendo um cessar-fogo humanitários e corredores para a passagem de suprimentos e retirada de civis.

Diante da paralisia do conselho, a Assembleia-Geral, que abrange os 193 membros da ONU, se reunirá nesta quinta (26) para discutir a situação. Embora o foro também tenha poder para aprovar uma resolução —e já há uma proposta de texto pela Jordânia–, ela tem caráter apenas recomendatório, não mandatório.

A questão Palestina é historicamente o principal alvo de vetos no Conselho de Segurança. Desde 2016, nenhuma resolução sobre o tema é aprovada pelo grupo.

A principal barreira são os EUA, que blindam Israel. Desde 1970, quando o país usou o poder de veto pela primeira vez, até a semana passada, foram 33 votos contrários em propostas relacionados ao tema de um total de 80, de acordo com dados do think tank Security Council Report e da ONU.

Para comparação, o segundo tema mais vetado pelos EUA, o apartheid na África do Sul, foi alvo de 10 votos contrários, empatado com resoluções relacionadas às tensões entre Israel e Líbano.

O texto de autoria americana votado nesta quarta afirmava o direito de Estados se defenderem de ataques –em alusão a Israel, mas sem nomear o aliado, diante de resistências de demais membros do conselho.

Após pressão de outros países, incluindo o Brasil, os EUA também alteraram o documento para incluir um apelo direto para o estabelecimento de pausas humanitárias, na mesma linha do que constava na resolução brasileira.

No entanto, a resolução de Washington não fazia nenhum apelo para que o ultimato imposto por Israel para a saída de civis palestinos do norte de Gaza seja revogado.

Na reunião do Conselho de Segurança de terça, o secretário de Estado americano, Antony Blinken, afirmou que o documento “se baseia em muitos elementos da resolução proposta pelo Brasil”, somados às considerações de outros membros do conselho.

Diante das críticas à reação de Israel, a resolução americana “reafirma que, ao responder a ataques terroristas, os Estados-Membros devem cumprir integralmente todas as suas obrigações nos termos do direito internacional”, embora não cite Tel Aviv explicitamente.

O documento também enfatizava as ameaças a um maior envolvimento do Irã no conflito, citando explicitamente a exigência para que o Hizbullah –apoiado por Teerã, como o Hamas– pare seus ataques.

FERNANDA PERRIN / Folhapress

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