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WASHINGOTN, EUA (FOLHAPRESS) – Cerca de 80% dos investimentos necessários em países emergentes e em desenvolvimento para a mitigação da mudança climática precisarão vir do setor privado, estima o FMI (Fundo Monetário Internacional) em relatório divulgado nesta segunda (2).

Atualmente, esse percentual está em 45%. Caso a China seja excluída da conta, dado o amplo peso de estatais e disponibilidade de capital doméstico, a participação atual do setor privado cai para 40%, e o alvo sobe para 90%.

Os percentuais foram calculados em cima da projeção da Agência Internacional de Energia, que estima em US$ 5 trilhões ao ano o montante necessário de investimentos a ser alcançado até 2030 para que o objetivo de zerar as emissões de gases do efeito estufa até 2050 seja cumprido.

Desse valor, US$ 2 trilhões precisam ser direcionados a economias emergentes. Segundo o FMI, isso significa que a participação desses investimentos precisa subir dos atuais 3% para 12% do total.

Por isso, o FMI vê como fundamental o setor privado, uma vez que se a responsabilidade recair apenas sobre o público, haverá uma pressão fiscal ainda maior sobre países que já enfrentam problemas para equilibrar as contas públicas, especialmente após a pandemia.

Segundo estimativas do fundo, se o setor público absorver a tarefa sozinho, o endividamento pode disparar para percentuais entre 45% e 50% do PIB, considerando uma grande economia com alto volume de emissões.

No entanto, para atrair o capital privado, há uma série de desafios, que vão desde notas de crédito ruins a insegurança jurídica. O FMI também aponta problemas no alinhamento das políticas de bancos e seguradoras com os objetivos de redução de emissões.

Uma das saídas apontadas para o nó econômico é a precificação de carbono, como forma de incentivar investimentos em setores de baixa emissão. O fundo critica ainda agências de avaliação de crédito por não recompensarem países de renda média e baixa que aprimoram suas políticas climáticas.

De acordo com o FMI, 60% das economias emergentes e 8% das em desenvolvimento possuem grau de investimento –espécie de “selo” de recomendação dado pelas agências de rating.

O fundo também cobra os países para que fortaleçam seus mercados financeiros e estruturas de governança. Segundo o relatório, é necessário coletar e divulgar com transparência dados, melhorar a segurança jurídica e a previsibilidade econômica, de modo a permitir uma avaliação de riscos mais precisa por investidores.

Como forma de intermediar a parceria entre os setores público e privado, o FMI destaca o papel de bancos multilaterais, como o Banco Mundial, que compartilham os riscos com investidores. Para isso, no entanto, é necessário que esses organismos sejam capitalizados e melhor operacionalizados, diz o fundo.

Uma preocupação ressaltada pelo relatório é com o carvão –a produção de energia a partir do combustível é responsável por 20% das emissões de gases do efeito estufa, o que a coloca como a maior fonte de geração desses poluentes do mundo.

Segundo o FMI, mais de três quartos das 9.000 usinas a carvão estão em economias emergentes e em desenvolvimento. Os custos para desativá-las são altos, como reconhece o próprio fundo, e o investimento inicial é perdido se as atividades forem encerradas antes que a vida útil da planta seja alcançada.

Há ainda impactos sociais e econômicos na troca dessa fonte de energia por renováveis, uma vez que há um custo alto de investimento inicial para fazer a mudança –na compra de painéis solares, por exemplo. Por isso, o FMI recomenda a construção de políticas customizadas, específicas para cada país, para promover a transição com eficiência.

As finanças climáticas devem ser um dos principais assuntos da reunião anual do fundo, no Marrocos, na próxima semana.

FERNANDA PERRIN / Folhapress

Setor privado precisa bancar de 80% a 90% dos investimentos verdes, diz FMI

WASHINGOTN, EUA (FOLHAPRESS) – Cerca de 80% dos investimentos necessários em países emergentes e em desenvolvimento para a mitigação da mudança climática precisarão vir do setor privado, estima o FMI (Fundo Monetário Internacional) em relatório divulgado nesta segunda (2).

Atualmente, esse percentual está em 45%. Caso a China seja excluída da conta, dado o amplo peso de estatais e disponibilidade de capital doméstico, a participação atual do setor privado cai para 40%, e o alvo sobe para 90%.

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Os percentuais foram calculados em cima da projeção da Agência Internacional de Energia, que estima em US$ 5 trilhões ao ano o montante necessário de investimentos a ser alcançado até 2030 para que o objetivo de zerar as emissões de gases do efeito estufa até 2050 seja cumprido.

Desse valor, US$ 2 trilhões precisam ser direcionados a economias emergentes. Segundo o FMI, isso significa que a participação desses investimentos precisa subir dos atuais 3% para 12% do total.

Por isso, o FMI vê como fundamental o setor privado, uma vez que se a responsabilidade recair apenas sobre o público, haverá uma pressão fiscal ainda maior sobre países que já enfrentam problemas para equilibrar as contas públicas, especialmente após a pandemia.

Segundo estimativas do fundo, se o setor público absorver a tarefa sozinho, o endividamento pode disparar para percentuais entre 45% e 50% do PIB, considerando uma grande economia com alto volume de emissões.

No entanto, para atrair o capital privado, há uma série de desafios, que vão desde notas de crédito ruins a insegurança jurídica. O FMI também aponta problemas no alinhamento das políticas de bancos e seguradoras com os objetivos de redução de emissões.

Uma das saídas apontadas para o nó econômico é a precificação de carbono, como forma de incentivar investimentos em setores de baixa emissão. O fundo critica ainda agências de avaliação de crédito por não recompensarem países de renda média e baixa que aprimoram suas políticas climáticas.

De acordo com o FMI, 60% das economias emergentes e 8% das em desenvolvimento possuem grau de investimento –espécie de “selo” de recomendação dado pelas agências de rating.

O fundo também cobra os países para que fortaleçam seus mercados financeiros e estruturas de governança. Segundo o relatório, é necessário coletar e divulgar com transparência dados, melhorar a segurança jurídica e a previsibilidade econômica, de modo a permitir uma avaliação de riscos mais precisa por investidores.

Como forma de intermediar a parceria entre os setores público e privado, o FMI destaca o papel de bancos multilaterais, como o Banco Mundial, que compartilham os riscos com investidores. Para isso, no entanto, é necessário que esses organismos sejam capitalizados e melhor operacionalizados, diz o fundo.

Uma preocupação ressaltada pelo relatório é com o carvão –a produção de energia a partir do combustível é responsável por 20% das emissões de gases do efeito estufa, o que a coloca como a maior fonte de geração desses poluentes do mundo.

Segundo o FMI, mais de três quartos das 9.000 usinas a carvão estão em economias emergentes e em desenvolvimento. Os custos para desativá-las são altos, como reconhece o próprio fundo, e o investimento inicial é perdido se as atividades forem encerradas antes que a vida útil da planta seja alcançada.

Há ainda impactos sociais e econômicos na troca dessa fonte de energia por renováveis, uma vez que há um custo alto de investimento inicial para fazer a mudança –na compra de painéis solares, por exemplo. Por isso, o FMI recomenda a construção de políticas customizadas, específicas para cada país, para promover a transição com eficiência.

As finanças climáticas devem ser um dos principais assuntos da reunião anual do fundo, no Marrocos, na próxima semana.

FERNANDA PERRIN / Folhapress

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