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RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Não é de hoje que Carlos Saldanha vem apresentando seu Rio de Janeiro natal aos estrangeiros. Mesmo morando nos Estados Unidos desde o início dos anos 1990, o cineasta sempre voltou ao Brasil em projetos como a animação “Rio”, o longa “Rio, Eu Te Amo” e a série “Cidade Invisível”.

Mas não era fácil transpor a alma carioca para obras em que boa parte da equipe era estrangeira, muitas vezes sem o carimbo do Brasil no passaporte. Por isso, Saldanha distribuía, nos bastidores de “Rio”, o guia turístico “How to Be a Carioca”.

Popular também nos anos 1990, o manual extrapolava a obviedade dos pontos turísticos para apresentar o jeitinho carioca aos leitores, dando um panorama de como era viver na cidade vigiada pelo Cristo Redentor.

Curiosamente, a nova carta de amor de Saldanha à cidade, que acaba de ser exibida no Festival do Rio e agora integra o catálogo do Star+, é uma espécie de adaptação de “How to Be a Carioca”, o livro, escrito por Priscilla Ann Goslin.

Saldanha, no entanto, não buscou gravar o material por conta própria. Foi por acaso que ele acabou escrevendo e dirigindo a série. Por meio de uma amiga em comum, a produtora Joana Mariani chegou até ele –sem muita convicção de que ele aceitaria a empreitada, mas surpreendida por um “sim” sem pestanejar.

“Eu li e usei o livro como forma de passar a cultura carioca para quem nunca teve a oportunidade de vir ao Rio”, disse Saldanha após a estreia da série no festival. “Lá fora há muitos trabalhos sendo feitos sobre outros lugares, outras culturas, que eu não acho tão interessantes, então por que não o Rio de Janeiro?”

Quem teve a ideia inicial para a série foi Diogo Dahl, que também assina os roteiros. Ele conta que, originalmente, a ideia era transformar o livro num longa-metragem. Mas o guia não se convertia numa história com sustância para isso, e então veio a ideia de fazer uma série, em que cada episódio contasse uma anedota sobre a cidade.

Todas são amarradas por Seu Jorge, que, a cada capítulo, esbarra num estrangeiro de passagem pela cidade. Assim, cada personagem gringo serve de vetor para que a série discuta um aspecto do Rio de Janeiro e do povo brasileiro em geral, como sua relação com a fé, a gastronomia ou as raízes africanas.

Os países foram escolhidos a partir da busca pela possibilidade de aproximação ou conflito com os cariocas vividos por atores como Débora Nascimento, Douglas Silva e Mart’nália. No episódio com um argentino, por exemplo, é a rivalidade histórica dos países que está em jogo.

O da Alemanha contrasta a relação do país europeu e do Brasil com a música –lá, a tradição erudita, e aqui, o samba. Um israelense e um sírio dão abertura para discutir divisão e diáspora, enquanto um angolano explora o papel dos africanos na construção de uma identidade nacional.

“A gente girava o globo e apontava o dedo”, brinca Mariani sobre a escolha dos países. A partir delas, a série ressalta estereótipos do carioca e do brasileiro, mas sem futilidade. “Num longa talvez isso ficasse mais estereotipado, mas o formato de série permite que você desenvolva melhor os temas, fuja do raso”, diz a produtora.

“Eu via as pessoas lá fora falando do Brasil em seus projetos e caindo no estereótipo. Você não pode fugir dele, porque sempre há um fundo de verdade, mas brincamos com isso de forma orgânica. Fugimos do óbvio. Não há como não mostrar o Cristo Redentor, porque é muito marcante, mas o filmamos e criamos uma história ao seu redor que soa original”, completa Saldanha.

O jornalista viajou a convite do Festival do Rio

LEONARDO SANCHEZ / Folhapress

Seu Jorge e Carlos Saldanha guiam gringos pelo Rio na série ‘How to Be a Carioca’

RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS) – Não é de hoje que Carlos Saldanha vem apresentando seu Rio de Janeiro natal aos estrangeiros. Mesmo morando nos Estados Unidos desde o início dos anos 1990, o cineasta sempre voltou ao Brasil em projetos como a animação “Rio”, o longa “Rio, Eu Te Amo” e a série “Cidade Invisível”.

Mas não era fácil transpor a alma carioca para obras em que boa parte da equipe era estrangeira, muitas vezes sem o carimbo do Brasil no passaporte. Por isso, Saldanha distribuía, nos bastidores de “Rio”, o guia turístico “How to Be a Carioca”.

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Popular também nos anos 1990, o manual extrapolava a obviedade dos pontos turísticos para apresentar o jeitinho carioca aos leitores, dando um panorama de como era viver na cidade vigiada pelo Cristo Redentor.

Curiosamente, a nova carta de amor de Saldanha à cidade, que acaba de ser exibida no Festival do Rio e agora integra o catálogo do Star+, é uma espécie de adaptação de “How to Be a Carioca”, o livro, escrito por Priscilla Ann Goslin.

Saldanha, no entanto, não buscou gravar o material por conta própria. Foi por acaso que ele acabou escrevendo e dirigindo a série. Por meio de uma amiga em comum, a produtora Joana Mariani chegou até ele –sem muita convicção de que ele aceitaria a empreitada, mas surpreendida por um “sim” sem pestanejar.

“Eu li e usei o livro como forma de passar a cultura carioca para quem nunca teve a oportunidade de vir ao Rio”, disse Saldanha após a estreia da série no festival. “Lá fora há muitos trabalhos sendo feitos sobre outros lugares, outras culturas, que eu não acho tão interessantes, então por que não o Rio de Janeiro?”

Quem teve a ideia inicial para a série foi Diogo Dahl, que também assina os roteiros. Ele conta que, originalmente, a ideia era transformar o livro num longa-metragem. Mas o guia não se convertia numa história com sustância para isso, e então veio a ideia de fazer uma série, em que cada episódio contasse uma anedota sobre a cidade.

Todas são amarradas por Seu Jorge, que, a cada capítulo, esbarra num estrangeiro de passagem pela cidade. Assim, cada personagem gringo serve de vetor para que a série discuta um aspecto do Rio de Janeiro e do povo brasileiro em geral, como sua relação com a fé, a gastronomia ou as raízes africanas.

Os países foram escolhidos a partir da busca pela possibilidade de aproximação ou conflito com os cariocas vividos por atores como Débora Nascimento, Douglas Silva e Mart’nália. No episódio com um argentino, por exemplo, é a rivalidade histórica dos países que está em jogo.

O da Alemanha contrasta a relação do país europeu e do Brasil com a música –lá, a tradição erudita, e aqui, o samba. Um israelense e um sírio dão abertura para discutir divisão e diáspora, enquanto um angolano explora o papel dos africanos na construção de uma identidade nacional.

“A gente girava o globo e apontava o dedo”, brinca Mariani sobre a escolha dos países. A partir delas, a série ressalta estereótipos do carioca e do brasileiro, mas sem futilidade. “Num longa talvez isso ficasse mais estereotipado, mas o formato de série permite que você desenvolva melhor os temas, fuja do raso”, diz a produtora.

“Eu via as pessoas lá fora falando do Brasil em seus projetos e caindo no estereótipo. Você não pode fugir dele, porque sempre há um fundo de verdade, mas brincamos com isso de forma orgânica. Fugimos do óbvio. Não há como não mostrar o Cristo Redentor, porque é muito marcante, mas o filmamos e criamos uma história ao seu redor que soa original”, completa Saldanha.

O jornalista viajou a convite do Festival do Rio

LEONARDO SANCHEZ / Folhapress

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