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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um tapete colorido é o pretexto perfeito para espalhar brinquedos no chão. Tecidos de várias cores são capas de super-heróis e de princesas –vai da imaginação de cada um. Um sofá claro, repleto de almofadas multicoloridas, vira lugar para dar cambalhotas. Bonecos de pano pretos e brancos, de cabelos longos e curtos, expressam a diversidade das crianças. Caixotes e escorregadores de madeira viram o playground.

Esse é o cenário da primeira bebeteca municipal de São Paulo, inaugurada no fim de setembro dentro do CEU (Centro Educacional Unificado) Barro Branco, em Cidade Tiradentes, na zona leste. O espaço, aberto ao público em geral, é destinado ao desenvolvimento integral de crianças com até 3 anos e 11 meses, enfatizando a relação com adultos, cuidadores e familiares, que acompanham o bebê no lugar.

Não há regras, mas os chamados mediadores incentivam a interação e a exploração dos brinquedos, de acordo com Shirley da Silva Santos, professora de educação infantil e formadora na Divisão de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação.

“Os mobiliários e materiais da bebeteca são escolhidos com o objetivo de provocar a curiosidade, a experimentação e a investigação. O desenvolvimento cognitivo ocorre por meio desses processos, enquanto a criança aprende livremente.”

Servidora municipal há 15 anos, Shirley explicou que a diferença entre a bebeteca e a creche está na abordagem educacional. A primeira segue um currículo educacional, com foco na aprendizagem formal, enquanto a outra oferece um ambiente de convivência, onde pais, cuidadores e responsáveis participam das atividades junto com as crianças.

A auxiliar de vendas Joyce Gomes da Silva, 35, costumava levar sua filha mais nova com ela para buscar a mais velha no CEU Barro Branco. Enquanto Lívia, 10, fazia aulas gratuitas de teatro, balé e natação, Laura, 2, e sua mãe esperavam sentadas na biblioteca da unidade. Com a inauguração da bebeteca ali, logo em frente às prateleiras de livros infanto-juvenis, o tempo de espera virou diversão.

“É um espaço pensado em todos os detalhes para crianças, com brinquedos feitos de acordo com a idade”, afirmou Joyce, enquanto observava as duas filhas brincando juntas no espaço.

Para Adriana Alvarenga, chefe do Unicef em São Paulo, órgão de defesa e proteção dos direitos de crianças e adolescentes, a primeira infância, que vai da gestação até os seis anos, é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças.

“Investir nesse período tem impactos significativos na educação futura das crianças. A iniciativa das bebetecas é uma maneira de fornecer um ambiente propício para o brincar e interagir nessa faixa etária. Outros municípios, como Recife [PE] e Jundiaí [SP], também têm investido na primeira infância por meio de espaços e abordagens similares.”

Adriana explicou que o brincar na primeira infância auxilia no desenvolvimento saudável das crianças. Isso permite, segundo ela, que os pequenos explorem o espaço, desenvolvam coordenação motora e aprendam a interagir com objetos e pessoas.

“Esse equipamento estimula a criatividade, a expressão livre e a experimentação, formando crianças mais observadoras.”

Os espaços também ajudam a eliminar preconceitos de gênero, segundo Adriana, permitindo que meninos e meninas brinquem com a mesma variedade de brinquedos e atividades.

“As crianças não nascem racistas ou preconceituosas. Elas vão desenvolvendo [o preconceito] ao longo da vida pelas suas experiências. Mas se eles têm a oportunidade de brincar de boneca, de cozinha ou de carrinho, sendo menino ou menina, provavelmente serão adultos melhores porque vão compreender que não existe isso de ‘cozinha é coisa de mulher'”.

Aos 2 anos, Pedro Henrique Ferreira Trindade não se intimida em pegar utensílios de cozinha de brinquedo, preparar um caldo imaginário e oferecer a quem estiver ali na bebeteca do CEU Barro Branco. Vestido de Batman, ele acredita que é um super-herói que sabe cozinhar.

“Em casa ele gosta de brincar de cozinhar, acho que é porque me observa cozinhando e quer imitar. Aí, na bebeteca, ele mistura essas paixões, comida e desenhos. Esse espaço estimulou brincadeiras mais criativas e ele até esqueceu a tela. São também brinquedos mais seguros porque não têm fiapos”, afirmou Bruna, que passou a levar o filho no novo espaço ao menos três vezes por semana.

A bebeteca do CEU Barro Branco foi uma doação da Fundação Bernard Van Leer. Para as outras 11 unidades que serão inauguradas ainda em 2023, o secretário municipal de Educação de São Paulo, Fernando Padula Novaes, afirma que a verba de R$ 1,3 milhão (R$ 120 mil por unidade) já está garantida.

As futuras bebetecas, no mesmo padrão, segundo o município, estarão dentro de CEUs sob gestão do Instituto Baccarelli, que afirma promover ensino de excelência a jovens em situação de vulnerabilidade.

São elas Parque Novo Mundo, Tremembé, Taipas, Pinheirinho, Freguesia do Ó, Arthur Alvim, Carrão, Vila Alpina, São Miguel, São Pedro/José Bonifácio e Parque do Carmo. A previsão é inaugurar 38 unidades até 2024, informou a pasta.

BEBETECA DO CEU BARRO BRANCO

Quando de seg. a sex., das 8h às 20h; sab., dom. e feriados, das 8h às 17h

Onde r. Numa Pompilio, s/nº, Conj. Hab. Barro Branco 2 – Cidade Tiradentes – para crianças de 0 a 3 anos e 11 meses e seus acompanhantes

Telefone (11) 5990-3368

Preço Gratuito, aberto à comunidade

TATIANA CAVALCANTI / Folhapress

SP ganha primeira bebeteca pública e outras 11 devem ser abertas até o final deste ano

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Um tapete colorido é o pretexto perfeito para espalhar brinquedos no chão. Tecidos de várias cores são capas de super-heróis e de princesas –vai da imaginação de cada um. Um sofá claro, repleto de almofadas multicoloridas, vira lugar para dar cambalhotas. Bonecos de pano pretos e brancos, de cabelos longos e curtos, expressam a diversidade das crianças. Caixotes e escorregadores de madeira viram o playground.

Esse é o cenário da primeira bebeteca municipal de São Paulo, inaugurada no fim de setembro dentro do CEU (Centro Educacional Unificado) Barro Branco, em Cidade Tiradentes, na zona leste. O espaço, aberto ao público em geral, é destinado ao desenvolvimento integral de crianças com até 3 anos e 11 meses, enfatizando a relação com adultos, cuidadores e familiares, que acompanham o bebê no lugar.

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Não há regras, mas os chamados mediadores incentivam a interação e a exploração dos brinquedos, de acordo com Shirley da Silva Santos, professora de educação infantil e formadora na Divisão de Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação.

“Os mobiliários e materiais da bebeteca são escolhidos com o objetivo de provocar a curiosidade, a experimentação e a investigação. O desenvolvimento cognitivo ocorre por meio desses processos, enquanto a criança aprende livremente.”

Servidora municipal há 15 anos, Shirley explicou que a diferença entre a bebeteca e a creche está na abordagem educacional. A primeira segue um currículo educacional, com foco na aprendizagem formal, enquanto a outra oferece um ambiente de convivência, onde pais, cuidadores e responsáveis participam das atividades junto com as crianças.

A auxiliar de vendas Joyce Gomes da Silva, 35, costumava levar sua filha mais nova com ela para buscar a mais velha no CEU Barro Branco. Enquanto Lívia, 10, fazia aulas gratuitas de teatro, balé e natação, Laura, 2, e sua mãe esperavam sentadas na biblioteca da unidade. Com a inauguração da bebeteca ali, logo em frente às prateleiras de livros infanto-juvenis, o tempo de espera virou diversão.

“É um espaço pensado em todos os detalhes para crianças, com brinquedos feitos de acordo com a idade”, afirmou Joyce, enquanto observava as duas filhas brincando juntas no espaço.

Para Adriana Alvarenga, chefe do Unicef em São Paulo, órgão de defesa e proteção dos direitos de crianças e adolescentes, a primeira infância, que vai da gestação até os seis anos, é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças.

“Investir nesse período tem impactos significativos na educação futura das crianças. A iniciativa das bebetecas é uma maneira de fornecer um ambiente propício para o brincar e interagir nessa faixa etária. Outros municípios, como Recife [PE] e Jundiaí [SP], também têm investido na primeira infância por meio de espaços e abordagens similares.”

Adriana explicou que o brincar na primeira infância auxilia no desenvolvimento saudável das crianças. Isso permite, segundo ela, que os pequenos explorem o espaço, desenvolvam coordenação motora e aprendam a interagir com objetos e pessoas.

“Esse equipamento estimula a criatividade, a expressão livre e a experimentação, formando crianças mais observadoras.”

Os espaços também ajudam a eliminar preconceitos de gênero, segundo Adriana, permitindo que meninos e meninas brinquem com a mesma variedade de brinquedos e atividades.

“As crianças não nascem racistas ou preconceituosas. Elas vão desenvolvendo [o preconceito] ao longo da vida pelas suas experiências. Mas se eles têm a oportunidade de brincar de boneca, de cozinha ou de carrinho, sendo menino ou menina, provavelmente serão adultos melhores porque vão compreender que não existe isso de ‘cozinha é coisa de mulher'”.

Aos 2 anos, Pedro Henrique Ferreira Trindade não se intimida em pegar utensílios de cozinha de brinquedo, preparar um caldo imaginário e oferecer a quem estiver ali na bebeteca do CEU Barro Branco. Vestido de Batman, ele acredita que é um super-herói que sabe cozinhar.

“Em casa ele gosta de brincar de cozinhar, acho que é porque me observa cozinhando e quer imitar. Aí, na bebeteca, ele mistura essas paixões, comida e desenhos. Esse espaço estimulou brincadeiras mais criativas e ele até esqueceu a tela. São também brinquedos mais seguros porque não têm fiapos”, afirmou Bruna, que passou a levar o filho no novo espaço ao menos três vezes por semana.

A bebeteca do CEU Barro Branco foi uma doação da Fundação Bernard Van Leer. Para as outras 11 unidades que serão inauguradas ainda em 2023, o secretário municipal de Educação de São Paulo, Fernando Padula Novaes, afirma que a verba de R$ 1,3 milhão (R$ 120 mil por unidade) já está garantida.

As futuras bebetecas, no mesmo padrão, segundo o município, estarão dentro de CEUs sob gestão do Instituto Baccarelli, que afirma promover ensino de excelência a jovens em situação de vulnerabilidade.

São elas Parque Novo Mundo, Tremembé, Taipas, Pinheirinho, Freguesia do Ó, Arthur Alvim, Carrão, Vila Alpina, São Miguel, São Pedro/José Bonifácio e Parque do Carmo. A previsão é inaugurar 38 unidades até 2024, informou a pasta.

BEBETECA DO CEU BARRO BRANCO

Quando de seg. a sex., das 8h às 20h; sab., dom. e feriados, das 8h às 17h

Onde r. Numa Pompilio, s/nº, Conj. Hab. Barro Branco 2 – Cidade Tiradentes – para crianças de 0 a 3 anos e 11 meses e seus acompanhantes

Telefone (11) 5990-3368

Preço Gratuito, aberto à comunidade

TATIANA CAVALCANTI / Folhapress

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