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FOLHAPRESS – É noite em Paris, e um homem de meia idade sai para passear com seu cachorro em uma rua qualquer. De repente, um carro grande, preto, correndo muito, chama a sua atenção segundos antes de desaparecer em um túnel na beira do rio. Não se vê mais nada a partir daí, mas o barulho da batida que acontece logo depois soa preocupante.

Em seguida, um grupo de homens em motocicletas surgem também em alta velocidade e param na entrada do túnel com câmeras nas mãos. O homem que passeava com o cachorro, alarmado, liga para a polícia e avisa que houve um acidente, aparentemente grave, na Ponte de l’Alma.

É assim que começa o primeiro episódio da primeira parte da sexta temporada de “The Crown”, a última da série criada Peter Morgan em 2016, que conta a história do reinado de Elizabeth 2ª, a mais longeva da Grã-Bretanha, morta aos 96 anos em setembro de 2022. A segunda parte entra no ar em 14 de dezembro.

Sendo esta uma série realista, parece razoável apostar que, na última temporada, a trama se encerre com a morte da rainha, sua protagonista. Mas os primeiros quatro episódios são destinados a dar uma visão, uma hipótese, já que é impossível saber o que aconteceu de verdade, aos eventos que levaram à trágica morte da princesa Diana, em agosto de 1997, certamente um dos fatos mais inesperados, chocantes e reveladores dos 70 anos desse reinado.

“The Crown” retrata uma história real, mas com bom gosto e elegância, tudo que um carro que bate em uma coluna após o motorista perder o controle da direção, e que rodopia até parar, matando instantaneamente dois de seus passageiros e deixando os outros dois gravemente feridos, não é. Então, não espere que esta seja a série que vai ilustrar cena a cena a morte de Diana.

A trama volta oito semanas no tempo logo após lembrar o acidente fatal para contar como aquela tempestade perfeita se formou, em que circunstâncias a princesa Diana e Dodi Al-Fayed acabaram fazendo daquele 31 de agosto um pinga-pinga entre tantos endereços diversos em Paris.

Eles chegaram à capital francesa em um avião particular do pai de Dodi, o empresário egípcio bilionário Mohamed al-Fayed, que morreu este ano, aos 94 anos, e que é retratado como um vilão em “The Crown”.

Mohamed, segundo o criador da série, é 100% responsável pelos eventos que inflacionaram barbaramente o preço das fotos da princesa e de seu filho em momentos íntimos, e que, por consequência, provocaram a corrida maluca dos fotógrafos que, por sua vez, causaram o acidente fatal.

Monitorando de perto o romance que ele fez acontecer entre Diana e seu filho Dodi, que estava noivo de uma mulher que ele não aprovava, Mohamed teria contratado um paparazzo para ir até onde o casal estava, em alto mar, e estampar o romance proibido na capa de todos os tabloides.

A vida íntima de Diana, que sempre despertou enorme interesse no público, virou um negócio ultra lucrativo durante o romance com Dodi. Os paparazzi enlouqueciam quando viam uma possibilidade de fazer uma imagem escandalosa da princesa, que seria vendida por centenas de milhares de dólares.

Foi Mohamed, ainda, o culpado pelo casal fazer uma escala em Paris antes da princesa voltar a Londres. Os dois estavam na Riviera Francesa, onde Mohamed tinha uma casa imensa e um iate cinematográfico, aquele em que Diana foi fotografada sentada com as pernas balançando, de maiô azul turquesa. Mas ela já estava com saudade dos filhos e preocupada com o descontrole que sentia em relação ao namorico com o filho do magnata.

Al-Fayed teria insistido para que seu filho mostrasse à sua então namorada a Villa Windsor, uma mansão perto de Paris que ele havia comprado e reformado, e onde Edward, que abdicou do reino britânico, viveu com sua mulher, a americana Wallis Simpson. Quem sabe Dodi e Diana não se animariam com a ideia de morar ali, juntos?

É depois da morte da princesa que “The Crown” decepciona. Não pela reação lenta e equivocada da rainha, que demorou a perceber a dimensão do luto que tomou conta de quase todo o mundo —essa já tinha sido retratada no filme “The Queen”, de 2006, do mesmo Peter Morgan, dirigido por Stephen Frears e com Helen Mirren como Elizabeth 2a.

Na série, incomoda a aparição dos fantasmas de Diana e Dodi. Nada errado com o recurso se você é Shakespeare e está escrevendo “Hamlet”. Com Diana e Dodi, fantasmas mais, digamos, inofensivos que o rei dinamarquês morto, a coisa desanda.

Eles aparecem como “conselheiros” de seus familiares, todos passando por momentos bem complexos. O problema é que as aparições não ornam com nada no resto da trama, não servem à história, não esclarecem nenhum mistério.

Não dão nem susto. Então, para que?

THE CROWN

Avaliação Bom

Onde Disponível na Netflix

Classificação 16 anos

Elenco Imelda Staunton, Jonathan Pryce e Elizabeth Debicki

Produção Reino Unido, 2023

Criação Peter Morgan

TETÉ RIBEIRO / Folhapress

‘The Crown’ escorrega no fantástico na tentativa de humanizar fim de Diana

FOLHAPRESS – É noite em Paris, e um homem de meia idade sai para passear com seu cachorro em uma rua qualquer. De repente, um carro grande, preto, correndo muito, chama a sua atenção segundos antes de desaparecer em um túnel na beira do rio. Não se vê mais nada a partir daí, mas o barulho da batida que acontece logo depois soa preocupante.

Em seguida, um grupo de homens em motocicletas surgem também em alta velocidade e param na entrada do túnel com câmeras nas mãos. O homem que passeava com o cachorro, alarmado, liga para a polícia e avisa que houve um acidente, aparentemente grave, na Ponte de l’Alma.

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É assim que começa o primeiro episódio da primeira parte da sexta temporada de “The Crown”, a última da série criada Peter Morgan em 2016, que conta a história do reinado de Elizabeth 2ª, a mais longeva da Grã-Bretanha, morta aos 96 anos em setembro de 2022. A segunda parte entra no ar em 14 de dezembro.

Sendo esta uma série realista, parece razoável apostar que, na última temporada, a trama se encerre com a morte da rainha, sua protagonista. Mas os primeiros quatro episódios são destinados a dar uma visão, uma hipótese, já que é impossível saber o que aconteceu de verdade, aos eventos que levaram à trágica morte da princesa Diana, em agosto de 1997, certamente um dos fatos mais inesperados, chocantes e reveladores dos 70 anos desse reinado.

“The Crown” retrata uma história real, mas com bom gosto e elegância, tudo que um carro que bate em uma coluna após o motorista perder o controle da direção, e que rodopia até parar, matando instantaneamente dois de seus passageiros e deixando os outros dois gravemente feridos, não é. Então, não espere que esta seja a série que vai ilustrar cena a cena a morte de Diana.

A trama volta oito semanas no tempo logo após lembrar o acidente fatal para contar como aquela tempestade perfeita se formou, em que circunstâncias a princesa Diana e Dodi Al-Fayed acabaram fazendo daquele 31 de agosto um pinga-pinga entre tantos endereços diversos em Paris.

Eles chegaram à capital francesa em um avião particular do pai de Dodi, o empresário egípcio bilionário Mohamed al-Fayed, que morreu este ano, aos 94 anos, e que é retratado como um vilão em “The Crown”.

Mohamed, segundo o criador da série, é 100% responsável pelos eventos que inflacionaram barbaramente o preço das fotos da princesa e de seu filho em momentos íntimos, e que, por consequência, provocaram a corrida maluca dos fotógrafos que, por sua vez, causaram o acidente fatal.

Monitorando de perto o romance que ele fez acontecer entre Diana e seu filho Dodi, que estava noivo de uma mulher que ele não aprovava, Mohamed teria contratado um paparazzo para ir até onde o casal estava, em alto mar, e estampar o romance proibido na capa de todos os tabloides.

A vida íntima de Diana, que sempre despertou enorme interesse no público, virou um negócio ultra lucrativo durante o romance com Dodi. Os paparazzi enlouqueciam quando viam uma possibilidade de fazer uma imagem escandalosa da princesa, que seria vendida por centenas de milhares de dólares.

Foi Mohamed, ainda, o culpado pelo casal fazer uma escala em Paris antes da princesa voltar a Londres. Os dois estavam na Riviera Francesa, onde Mohamed tinha uma casa imensa e um iate cinematográfico, aquele em que Diana foi fotografada sentada com as pernas balançando, de maiô azul turquesa. Mas ela já estava com saudade dos filhos e preocupada com o descontrole que sentia em relação ao namorico com o filho do magnata.

Al-Fayed teria insistido para que seu filho mostrasse à sua então namorada a Villa Windsor, uma mansão perto de Paris que ele havia comprado e reformado, e onde Edward, que abdicou do reino britânico, viveu com sua mulher, a americana Wallis Simpson. Quem sabe Dodi e Diana não se animariam com a ideia de morar ali, juntos?

É depois da morte da princesa que “The Crown” decepciona. Não pela reação lenta e equivocada da rainha, que demorou a perceber a dimensão do luto que tomou conta de quase todo o mundo —essa já tinha sido retratada no filme “The Queen”, de 2006, do mesmo Peter Morgan, dirigido por Stephen Frears e com Helen Mirren como Elizabeth 2a.

Na série, incomoda a aparição dos fantasmas de Diana e Dodi. Nada errado com o recurso se você é Shakespeare e está escrevendo “Hamlet”. Com Diana e Dodi, fantasmas mais, digamos, inofensivos que o rei dinamarquês morto, a coisa desanda.

Eles aparecem como “conselheiros” de seus familiares, todos passando por momentos bem complexos. O problema é que as aparições não ornam com nada no resto da trama, não servem à história, não esclarecem nenhum mistério.

Não dão nem susto. Então, para que?

THE CROWN

Avaliação Bom

Onde Disponível na Netflix

Classificação 16 anos

Elenco Imelda Staunton, Jonathan Pryce e Elizabeth Debicki

Produção Reino Unido, 2023

Criação Peter Morgan

TETÉ RIBEIRO / Folhapress

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