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PUERTO IGUAZÚ, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Os presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, criticaram a exclusão de opositores nas eleições na Venezuela durante a cúpula do Mercosul nesta terça-feira (4) e cobraram uma posição clara do bloco em relação ao regime do ditador Nicolás Maduro, suspenso do grupo desde 2016.

“Todos aqui sabemos o que pensamos sobre o regime venezuelano, todos temos opinião clara. É preciso sermos objetivos”, discursou o líder uruguaio. “Está claro que a Venezuela não vai sair para uma democracia saudável, e quando há um indício de possibilidade de uma eleição, uma candidata como Maria Corina Machado, que tem um enorme potencial, é desqualificada por motivos políticos, e não jurídicos”.

Em oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não citou o assunto em seu discurso, ele continuou: “Alguém pode dizer: o que isso tem a ver com o Mercosul? Tem a ver porque os distintos blocos e associações do mundo alçaram sua voz a favor da democracia. […] Tem que haver um sinal claro para que o povo venezuelano possa encaminhar-se a uma democracia plena, o que ele hoje claramente não tem.”

Os principais nomes da oposição venezuelana foram inabilitados a exercer cargos públicos na última sexta (30) por decisão da Controladoria-Geral, o que na prática sepultou as perspectivas de eleições livres e democráticas que Maduro disse que faria em 2024.

A ex-deputada María Corina Machado, principal opositora atualmente, ficou inelegível por 15 anos. Henrique Capriles, duas vezes candidato à Presidência, e Juan Guaidó, que chegou a ser reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, também não poderão disputar o pleito no ano que vem.

Antes de Lacalle Pou, o paraguaio Abdo Benítez, que está de saída da presidência e colocou seu sucessor Santiago Peña ao seu lado na reunião do Mercosul, discursou na mesma linha. “O único limite razoável [para a integração dos países] deve ser o respeito à democracia e aos direitos humanos”, declarou.

“Com muita preocupação estamos vendo os últimos eventos na Venezuela. Sempre busquei dar voz ao sofrido povo venezuelano e desta vez não será uma exceção. A coerência não pode ser deixada de lado no último minuto. Quando surge um caminho de saída, uma esperança, com a realização de eleições com a oposição, vimos rapidamente apagada essa ilusão com a inabilitação de Maria Corina Machado”, afirmou.

“Este problema não é pela visão ou obsessão do presidente do Paraguai, esse é um feito que choca de frente e escandalosamente com os direitos humanos […] As garantias dos direitos humanos admitem que só os juízes penais, no marco de um processo, podem restringir as participações por meio de condenações”, complementou.

Nesta segunda (3), a União Europeia também havia expressado profunda preocupação com a inabilitação dos opositores no país e sugerido rever o papel da Controladoria-Geral venezuelana. A manifestação veio por meio de nota do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

Lula tem ouvido conselhos de pessoas próximas nos últimos dias para deixar de comentar a situação política da Venezuela, mas a tendência é que mantenha sua posição sobre o país vizinho e também a defesa de Maduro. A avaliação de interlocutores é de que a relação com Caracas se tornou a principal fonte de desgaste nesse início de terceiro mandato.

Esta foi a primeira vez que os quatro presidentes do bloco se sentaram juntos, após quatro anos sem que todos se reunissem presencialmente por causa da pandemia e por diferenças ideológicas de presidentes como Jair Bolsonaro (PL), que não foi à última cúpula semestral, em dezembro do ano passado.

O Mercosul hoje é formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai e tem como países associados os outros sete sul-americanos, com exceção da Venezuela, que foi suspensa em 2016 por violar as cláusulas do bloco. Já a Bolívia está desde 2012 em um processo de adesão que depende da aprovação do Congresso brasileiro -o chanceler Mauro Vieira afirmou que quer avançar nos trâmites nos próximos meses.

JÚLIA BARBON / Folhapress

Uruguai e Paraguai criticam Venezuela e cobram posição clara do Mercosul

PUERTO IGUAZÚ, ARGENTINA (FOLHAPRESS) – Os presidentes do Uruguai, Luis Lacalle Pou, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez, criticaram a exclusão de opositores nas eleições na Venezuela durante a cúpula do Mercosul nesta terça-feira (4) e cobraram uma posição clara do bloco em relação ao regime do ditador Nicolás Maduro, suspenso do grupo desde 2016.

“Todos aqui sabemos o que pensamos sobre o regime venezuelano, todos temos opinião clara. É preciso sermos objetivos”, discursou o líder uruguaio. “Está claro que a Venezuela não vai sair para uma democracia saudável, e quando há um indício de possibilidade de uma eleição, uma candidata como Maria Corina Machado, que tem um enorme potencial, é desqualificada por motivos políticos, e não jurídicos”.

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Em oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que não citou o assunto em seu discurso, ele continuou: “Alguém pode dizer: o que isso tem a ver com o Mercosul? Tem a ver porque os distintos blocos e associações do mundo alçaram sua voz a favor da democracia. […] Tem que haver um sinal claro para que o povo venezuelano possa encaminhar-se a uma democracia plena, o que ele hoje claramente não tem.”

Os principais nomes da oposição venezuelana foram inabilitados a exercer cargos públicos na última sexta (30) por decisão da Controladoria-Geral, o que na prática sepultou as perspectivas de eleições livres e democráticas que Maduro disse que faria em 2024.

A ex-deputada María Corina Machado, principal opositora atualmente, ficou inelegível por 15 anos. Henrique Capriles, duas vezes candidato à Presidência, e Juan Guaidó, que chegou a ser reconhecido como presidente interino por mais de 50 países, também não poderão disputar o pleito no ano que vem.

Antes de Lacalle Pou, o paraguaio Abdo Benítez, que está de saída da presidência e colocou seu sucessor Santiago Peña ao seu lado na reunião do Mercosul, discursou na mesma linha. “O único limite razoável [para a integração dos países] deve ser o respeito à democracia e aos direitos humanos”, declarou.

“Com muita preocupação estamos vendo os últimos eventos na Venezuela. Sempre busquei dar voz ao sofrido povo venezuelano e desta vez não será uma exceção. A coerência não pode ser deixada de lado no último minuto. Quando surge um caminho de saída, uma esperança, com a realização de eleições com a oposição, vimos rapidamente apagada essa ilusão com a inabilitação de Maria Corina Machado”, afirmou.

“Este problema não é pela visão ou obsessão do presidente do Paraguai, esse é um feito que choca de frente e escandalosamente com os direitos humanos […] As garantias dos direitos humanos admitem que só os juízes penais, no marco de um processo, podem restringir as participações por meio de condenações”, complementou.

Nesta segunda (3), a União Europeia também havia expressado profunda preocupação com a inabilitação dos opositores no país e sugerido rever o papel da Controladoria-Geral venezuelana. A manifestação veio por meio de nota do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

Lula tem ouvido conselhos de pessoas próximas nos últimos dias para deixar de comentar a situação política da Venezuela, mas a tendência é que mantenha sua posição sobre o país vizinho e também a defesa de Maduro. A avaliação de interlocutores é de que a relação com Caracas se tornou a principal fonte de desgaste nesse início de terceiro mandato.

Esta foi a primeira vez que os quatro presidentes do bloco se sentaram juntos, após quatro anos sem que todos se reunissem presencialmente por causa da pandemia e por diferenças ideológicas de presidentes como Jair Bolsonaro (PL), que não foi à última cúpula semestral, em dezembro do ano passado.

O Mercosul hoje é formado por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai e tem como países associados os outros sete sul-americanos, com exceção da Venezuela, que foi suspensa em 2016 por violar as cláusulas do bloco. Já a Bolívia está desde 2012 em um processo de adesão que depende da aprovação do Congresso brasileiro -o chanceler Mauro Vieira afirmou que quer avançar nos trâmites nos próximos meses.

JÚLIA BARBON / Folhapress

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