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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bolsa de Valores argentina dispara cerca de 20% após a vitória do candidato ultraliberal Javier Milei, e desperta a dúvida em investidores: vale a pena investir na Argentina?

De acordo com analistas, se o foco for o longo prazo, vale a pena. Especialmente nas empresas de energia elétrica, petróleo e gás natural. Segundo Alberto Amparo, analista da Suno Research, o governo federal barra a correção de tarifas do setor, levando a uma defasagem no caixa dessas companhias. Com Milei, os entraves podem ser retirados, o que as levaria a gerar mais receita.

“Na geração de energia, os reajustes estão atrasados. A YPF não tem paridade internacional”, diz Amparo, que recomenda a compra das ações da estatal. Segundo ele, a YPF (sigla para Yacimientos Petrolíferos Fiscales) é equivalente a um quinto da Petrobras, mas tem gerado prejuízos por conta das restrições na política de preços, que visam conter a inflação de cerca de 140% no país.

Amparo recomenda ainda as privadas Pampa Energía, Tecpetrol, Vista e Central Puerto.

Outro ponto favorável ao setor é a conclusão das obras no campo petrolífero Vaca Muerta, o segundo maior depósito de gás de xisto do mundo. Com ele, a previsão é que a Argentina tenha um superávit de energia em 2024.

Também de olho na normalização dos preços, Thiago Guedes, diretor da fintech Bridgewis, recomenda os setores financeiro, com ações do Grupo Supervielle e do banco Macro —que comprou a operação do Itaú na Argentina— e de telecomunicações, citando Telecom Argentina e Cablevisión. “A euforia [na Bolsa argentina] é sobre a desregulamentação do mercado, com a expectativa de que Milei derrube regras, deixando-o livre. Há muita esperança movendo o mercado”, diz.

O especialista também recomenda o setor agrícola, especialmente a Ledesma, que tem uma produção que varia de boi à etanol.

Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos, cita o Grupo Financiero Galicia, o Banco Macro e a Telecom como empresas atrativas, mas diz que o ideal é esperar que a situação macroecônomica do país melhore.

“Vejo a alta da Bolsa como exagerada. A Argentina tem um problema fiscal crônico, e grande parte da população na linha da pobreza. Os desafios do Milei são enormes. Macri também tinha um discurso de restaurar a Argentina e não aconteceu. Milei vai precisar de jogo de cintura para aprovar seus projetos, algo que Macri não conseguiu”, diz Bertotti.

A Empiricus, por sua vez, não vê necessidade para o investidor brasileiro diversificar a carteira com ativos argentinos.

COMO COMPRAR AÇÕES ARGENTINAS

Para adquirir ações argentinas o caminho mais fácil e seguro é via Wall Street. Para isso, é preciso ter uma conta internacional, a partir da qual se pode adquirir os ADRs (recibos depositários de ações) de empresas da Argentina negociadas na Nyse (Bolsa de Nova York) e na Nasdaq.

Segundo analistas, comprar ADRs evita o risco cambial do peso argentino, já que eles são negociados em dólares. Outro ponto é que apenas as maiores e mais líquidas empresas do país têm ADRs.

Há ainda o ETF (fundo de índice) ARGT, que reúne as principais ações argentinas. O maior peso do índice (26%) é o Mercado Livre, cuja receita depende mais de Brasil e México do que da Argentina.

JÚLIA MOURA / Folhapress

Vale tentar surfar a onda da Bolsa de Valores argentina?

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Bolsa de Valores argentina dispara cerca de 20% após a vitória do candidato ultraliberal Javier Milei, e desperta a dúvida em investidores: vale a pena investir na Argentina?

De acordo com analistas, se o foco for o longo prazo, vale a pena. Especialmente nas empresas de energia elétrica, petróleo e gás natural. Segundo Alberto Amparo, analista da Suno Research, o governo federal barra a correção de tarifas do setor, levando a uma defasagem no caixa dessas companhias. Com Milei, os entraves podem ser retirados, o que as levaria a gerar mais receita.

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“Na geração de energia, os reajustes estão atrasados. A YPF não tem paridade internacional”, diz Amparo, que recomenda a compra das ações da estatal. Segundo ele, a YPF (sigla para Yacimientos Petrolíferos Fiscales) é equivalente a um quinto da Petrobras, mas tem gerado prejuízos por conta das restrições na política de preços, que visam conter a inflação de cerca de 140% no país.

Amparo recomenda ainda as privadas Pampa Energía, Tecpetrol, Vista e Central Puerto.

Outro ponto favorável ao setor é a conclusão das obras no campo petrolífero Vaca Muerta, o segundo maior depósito de gás de xisto do mundo. Com ele, a previsão é que a Argentina tenha um superávit de energia em 2024.

Também de olho na normalização dos preços, Thiago Guedes, diretor da fintech Bridgewis, recomenda os setores financeiro, com ações do Grupo Supervielle e do banco Macro —que comprou a operação do Itaú na Argentina— e de telecomunicações, citando Telecom Argentina e Cablevisión. “A euforia [na Bolsa argentina] é sobre a desregulamentação do mercado, com a expectativa de que Milei derrube regras, deixando-o livre. Há muita esperança movendo o mercado”, diz.

O especialista também recomenda o setor agrícola, especialmente a Ledesma, que tem uma produção que varia de boi à etanol.

Gustavo Bertotti, economista-chefe da Messem Investimentos, cita o Grupo Financiero Galicia, o Banco Macro e a Telecom como empresas atrativas, mas diz que o ideal é esperar que a situação macroecônomica do país melhore.

“Vejo a alta da Bolsa como exagerada. A Argentina tem um problema fiscal crônico, e grande parte da população na linha da pobreza. Os desafios do Milei são enormes. Macri também tinha um discurso de restaurar a Argentina e não aconteceu. Milei vai precisar de jogo de cintura para aprovar seus projetos, algo que Macri não conseguiu”, diz Bertotti.

A Empiricus, por sua vez, não vê necessidade para o investidor brasileiro diversificar a carteira com ativos argentinos.

COMO COMPRAR AÇÕES ARGENTINAS

Para adquirir ações argentinas o caminho mais fácil e seguro é via Wall Street. Para isso, é preciso ter uma conta internacional, a partir da qual se pode adquirir os ADRs (recibos depositários de ações) de empresas da Argentina negociadas na Nyse (Bolsa de Nova York) e na Nasdaq.

Segundo analistas, comprar ADRs evita o risco cambial do peso argentino, já que eles são negociados em dólares. Outro ponto é que apenas as maiores e mais líquidas empresas do país têm ADRs.

Há ainda o ETF (fundo de índice) ARGT, que reúne as principais ações argentinas. O maior peso do índice (26%) é o Mercado Livre, cuja receita depende mais de Brasil e México do que da Argentina.

JÚLIA MOURA / Folhapress

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