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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Embarcar em um dirigível no Campo de Marte lembra um pouco cenas de filme de guerra. A aeronave fica parada na grama, com quatro homens de cada lado segurando grandes cordas que a mantém no chão. Os passageiros fica em uma área demarcada, esperando um sinal para se aproximar.

Quando a autorização de embarque vem, é preciso andar pela grama alta, a passos apressados, desviando de buracos, até subir em uma escada que balança, pois o dirigível, mais leve que o ar, parece querer logo sair do chão.

A cabine do veículo lembra a de um helicóptero. A reportagem da Folha de S.Paulo senta ao lado do piloto Charles Chueiri, 64, coloca os fones e se prepara para a decolagem, feita na manhã desta segunda (24).

O dirigível une elementos de várias aeronaves. Voa na mesma altura dos helicópteros, a cerca de 900 metros do chão, mas decola e pousa como um avião. Na prática, é um balão, que sobe por ter bolsões de gás hélio na parte de cima, e pode ser dirigido mais facilmente por possuir flaps (asas com partes móveis) e um motor.

Os voos são uma ação publicitária, paga pela transportadora Braspress, iniciada em junho e que se repetiu em julho. As últimas exibições desta temporada ocorrem nesta segunda (24). Novas datas não foram divulgadas.

Com a liberação da torre de controle, os homens soltam as cordas, o piloto acelera os motores e decola. A subida é rápida, e o voo, suave. O dirigível sobrevoa a marginal Tietê, depois o centro de São Paulo e vira para o sul, rumo ao Ipiranga.

A rota é acordada com o controle aéreo de São Paulo. As mudanças de bairro e altitude são combinadas pelo rádio. Há mensagens como “vou sobrevoar a estação da Luz enquanto aguardo autorização para seguir para o Ipiranga”.

Do outro lado, alertas da torre de controle às demais aeronaves: “atenção, dirigível passando pela região”. Impossível não se lembrar do meme “Attenzione, pickpocket”.

O dirigível busca evitar as rotas de aproximação de aeroportos, como Congonhas e Guarulhos. Durante o voo, alguns helicópteros passam na mesma altura, mas a boa distância.

O voo costuma ser bastante estável e agradável. Em velocidade mais lenta, dá para ver a beleza de São Paulo do alto e ir identificando prédios conhecidos, como o Copan e o Mercado Municipal, e vias como a Radial Leste. Após 40 minutos de viagem, o dirigível retornou ao Campo de Marte e fez um pouso suave. Pouco após o veículo tocar a pista, mais de dez homens correm para agarrar as cordas e segurá-lo.

No entanto, nem todas as viagens são calmas. Na sexta (21) pela manhã, por exemplo, havia muito vento, e o dirigível teve de arremeter duas vezes antes de conseguir pousar. Os passageiros a bordo tiveram um susto, pois a aeronave pegou muita velocidade ao se aproximar da pista. A arremetida, no entanto, é um procedimento seguro e previsto desde a formação dos pilotos.

Após as arremetidas, o controle de tráfego aéreo não autorizou novos voos do dirigível naquela sexta (21), o que deixou Chueiri, o piloto, revoltado. No mesmo dia, haveria uma formatura de uma turma da Força Aérea, e a decolagem de voos de exibição foi apontada como razão para cancelar a agenda do dirigível.

Nesta segunda, Chueiri disse que as questões com o tráfego aéreo estavam resolvidas.

Antes do início das ações, o piloto diz ter procurado o CRCEA-SE (Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste) para explicar seus planos e como funcionam os dirigíveis, embora não tivesse obrigação de fazer isso. “Às vezes o pessoal confunde voo de dirigível com voo de balão, mas o dirigível é uma aeronave certificada, que pode voar em qualquer espaço aéreo”, diz.

O dirigível em uso é do modelo ADB-3-3, de propriedade da empresa Airship do Brasil. A aeronave foi fabricada no Brasil, a partir de um projeto desenvolvido no exterior.

O veículo tem capacidade para seis pessoas, incluindo o piloto. Na parte de cima, leva 3.908 m³ de gás hélio. Tem 49 metros de comprimento e pode voar a até 86 km/h, em altitude máxima de 2.7 km.

Entre 1998 e 2006, um dirigível com a marca da Goodyear costumava voar pelos céus paulistanos para divulgar a marca. Ele também foi usado para captar imagens de estádios em transmissões esportivas. Com isso, muita gente ainda tem lembranças do dirigível que via na infância, e postou fotos em redes sociais ao flagrarem o veículo no céu paulistano novamente.

RAFAEL BALAGO / Folhapress

Voos de dirigível em SP alternam arremetidas e momentos calmos

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Embarcar em um dirigível no Campo de Marte lembra um pouco cenas de filme de guerra. A aeronave fica parada na grama, com quatro homens de cada lado segurando grandes cordas que a mantém no chão. Os passageiros fica em uma área demarcada, esperando um sinal para se aproximar.

Quando a autorização de embarque vem, é preciso andar pela grama alta, a passos apressados, desviando de buracos, até subir em uma escada que balança, pois o dirigível, mais leve que o ar, parece querer logo sair do chão.

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A cabine do veículo lembra a de um helicóptero. A reportagem da Folha de S.Paulo senta ao lado do piloto Charles Chueiri, 64, coloca os fones e se prepara para a decolagem, feita na manhã desta segunda (24).

O dirigível une elementos de várias aeronaves. Voa na mesma altura dos helicópteros, a cerca de 900 metros do chão, mas decola e pousa como um avião. Na prática, é um balão, que sobe por ter bolsões de gás hélio na parte de cima, e pode ser dirigido mais facilmente por possuir flaps (asas com partes móveis) e um motor.

Os voos são uma ação publicitária, paga pela transportadora Braspress, iniciada em junho e que se repetiu em julho. As últimas exibições desta temporada ocorrem nesta segunda (24). Novas datas não foram divulgadas.

Com a liberação da torre de controle, os homens soltam as cordas, o piloto acelera os motores e decola. A subida é rápida, e o voo, suave. O dirigível sobrevoa a marginal Tietê, depois o centro de São Paulo e vira para o sul, rumo ao Ipiranga.

A rota é acordada com o controle aéreo de São Paulo. As mudanças de bairro e altitude são combinadas pelo rádio. Há mensagens como “vou sobrevoar a estação da Luz enquanto aguardo autorização para seguir para o Ipiranga”.

Do outro lado, alertas da torre de controle às demais aeronaves: “atenção, dirigível passando pela região”. Impossível não se lembrar do meme “Attenzione, pickpocket”.

O dirigível busca evitar as rotas de aproximação de aeroportos, como Congonhas e Guarulhos. Durante o voo, alguns helicópteros passam na mesma altura, mas a boa distância.

O voo costuma ser bastante estável e agradável. Em velocidade mais lenta, dá para ver a beleza de São Paulo do alto e ir identificando prédios conhecidos, como o Copan e o Mercado Municipal, e vias como a Radial Leste. Após 40 minutos de viagem, o dirigível retornou ao Campo de Marte e fez um pouso suave. Pouco após o veículo tocar a pista, mais de dez homens correm para agarrar as cordas e segurá-lo.

No entanto, nem todas as viagens são calmas. Na sexta (21) pela manhã, por exemplo, havia muito vento, e o dirigível teve de arremeter duas vezes antes de conseguir pousar. Os passageiros a bordo tiveram um susto, pois a aeronave pegou muita velocidade ao se aproximar da pista. A arremetida, no entanto, é um procedimento seguro e previsto desde a formação dos pilotos.

Após as arremetidas, o controle de tráfego aéreo não autorizou novos voos do dirigível naquela sexta (21), o que deixou Chueiri, o piloto, revoltado. No mesmo dia, haveria uma formatura de uma turma da Força Aérea, e a decolagem de voos de exibição foi apontada como razão para cancelar a agenda do dirigível.

Nesta segunda, Chueiri disse que as questões com o tráfego aéreo estavam resolvidas.

Antes do início das ações, o piloto diz ter procurado o CRCEA-SE (Centro Regional de Controle do Espaço Aéreo Sudeste) para explicar seus planos e como funcionam os dirigíveis, embora não tivesse obrigação de fazer isso. “Às vezes o pessoal confunde voo de dirigível com voo de balão, mas o dirigível é uma aeronave certificada, que pode voar em qualquer espaço aéreo”, diz.

O dirigível em uso é do modelo ADB-3-3, de propriedade da empresa Airship do Brasil. A aeronave foi fabricada no Brasil, a partir de um projeto desenvolvido no exterior.

O veículo tem capacidade para seis pessoas, incluindo o piloto. Na parte de cima, leva 3.908 m³ de gás hélio. Tem 49 metros de comprimento e pode voar a até 86 km/h, em altitude máxima de 2.7 km.

Entre 1998 e 2006, um dirigível com a marca da Goodyear costumava voar pelos céus paulistanos para divulgar a marca. Ele também foi usado para captar imagens de estádios em transmissões esportivas. Com isso, muita gente ainda tem lembranças do dirigível que via na infância, e postou fotos em redes sociais ao flagrarem o veículo no céu paulistano novamente.

RAFAEL BALAGO / Folhapress

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