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SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – Em um casarão colonial no coração do Centro Histórico de Salvador, uma das cidades com maior população negra fora da África, o escritor, poeta e dramaturgo nigeriano Wole Soyinka, 89, fez um chamado.

Em palestra para uma plateia majoritariamente negra na sede do Muncab, o Museu Nacional de Cultura Afro Brasileira, defendeu um diálogo mais intenso e sem intermediários entre a África e as comunidades afrodiaspóricas.

“Apesar de todas as negatividades, alguns dos melhores escritores estão vindo do continente africano. Artistas fantásticos estão surgindo na geração nova. Precisamos criar essa comunicação entre o continente africano e diáspora. Até então, essa visão tem sido filtrada pelas lentes do europeu.”

Wole Soyinka, o primeiro escritor negro a vencer o Prêmio Nobel de Literatura, em 1986, participou nesta segunda-feira (6) de uma palestra de encerramento do Festival Liberatum, evento internacional focado em cultura e diversidade que acontece pela primeira vez na capital baiana.

Na palestra, Soyinka disse que evitaria pintar uma figura idílica da situação da África, mas defendeu que é preciso evitar visões obscuras sobre os países da região. Destacou ainda que um de seus projetos é levar a população da diáspora ao continente africano.

“É uma volta simbólica, é o que eu chamo de uma viagem de volta. Isso não quer dizer que é uma volta ao paraíso. Não quer dizer nem que é uma volta ao continente porque, se você é dono desse território, você tem que reclamá-lo. A ideia é transmitir conhecimento sobre esse continente” afirmou.

Em rápida conversa com a reportagem após o evento, Soyinka disse classificou o Nobel como um prêmio fundado por uma academia europeia e que isso se reflete em um histórico de poucos escritores africanos laureados.

“De vez em quando eles se lembram que existem outros mundos. O asiático, o japonês, por exemplo. O indiano, o mundo árabe. Isso é um privilégio deles. O importante é continuarmos a escrever e narrar nossa própria experiência e visão de mundo”, afirmou.

Ele ainda afirmou não ver prêmios como uma espécie de coroação, mas um como um reconhecimento de uma atividade, não importa qual ela seja.

Soyinka foi o primeiro negro da história a receber a maior distinção literária do mundo, há 37 anos. Depois dele, também foram premiados aa americana Toni Morrison, o santa-lucense Derek Walcott e tanzaniano Abdulrazak Gurna -este último foi premiado em 2021.

O festival Liberatum reuniu em Salvador artistas internacionais como as atrizes Viola Davis, Angela Bassett e Rossy de Palma, além de personalidades brasileiras, como Alcione, Taís Araújo, Seu Jorge, a deputada federal Erika Hilton (PSOL), e a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Além da premiação, a homenagem incluiu shows com apresentações de Lazzo Matumbi com Ground Zero Blues, Ilê Ayê e a Orquestra Afrosinfônica com Luedji Luna e Márcio Vitor.

JOÃO PEDRO PITOMBO / Folhapress

Wole Soyinka, prêmio Nobel, defende elo entre África e diáspora sem europeus

SALVADOR, BA (FOLHAPRESS) – Em um casarão colonial no coração do Centro Histórico de Salvador, uma das cidades com maior população negra fora da África, o escritor, poeta e dramaturgo nigeriano Wole Soyinka, 89, fez um chamado.

Em palestra para uma plateia majoritariamente negra na sede do Muncab, o Museu Nacional de Cultura Afro Brasileira, defendeu um diálogo mais intenso e sem intermediários entre a África e as comunidades afrodiaspóricas.

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“Apesar de todas as negatividades, alguns dos melhores escritores estão vindo do continente africano. Artistas fantásticos estão surgindo na geração nova. Precisamos criar essa comunicação entre o continente africano e diáspora. Até então, essa visão tem sido filtrada pelas lentes do europeu.”

Wole Soyinka, o primeiro escritor negro a vencer o Prêmio Nobel de Literatura, em 1986, participou nesta segunda-feira (6) de uma palestra de encerramento do Festival Liberatum, evento internacional focado em cultura e diversidade que acontece pela primeira vez na capital baiana.

Na palestra, Soyinka disse que evitaria pintar uma figura idílica da situação da África, mas defendeu que é preciso evitar visões obscuras sobre os países da região. Destacou ainda que um de seus projetos é levar a população da diáspora ao continente africano.

“É uma volta simbólica, é o que eu chamo de uma viagem de volta. Isso não quer dizer que é uma volta ao paraíso. Não quer dizer nem que é uma volta ao continente porque, se você é dono desse território, você tem que reclamá-lo. A ideia é transmitir conhecimento sobre esse continente” afirmou.

Em rápida conversa com a reportagem após o evento, Soyinka disse classificou o Nobel como um prêmio fundado por uma academia europeia e que isso se reflete em um histórico de poucos escritores africanos laureados.

“De vez em quando eles se lembram que existem outros mundos. O asiático, o japonês, por exemplo. O indiano, o mundo árabe. Isso é um privilégio deles. O importante é continuarmos a escrever e narrar nossa própria experiência e visão de mundo”, afirmou.

Ele ainda afirmou não ver prêmios como uma espécie de coroação, mas um como um reconhecimento de uma atividade, não importa qual ela seja.

Soyinka foi o primeiro negro da história a receber a maior distinção literária do mundo, há 37 anos. Depois dele, também foram premiados aa americana Toni Morrison, o santa-lucense Derek Walcott e tanzaniano Abdulrazak Gurna -este último foi premiado em 2021.

O festival Liberatum reuniu em Salvador artistas internacionais como as atrizes Viola Davis, Angela Bassett e Rossy de Palma, além de personalidades brasileiras, como Alcione, Taís Araújo, Seu Jorge, a deputada federal Erika Hilton (PSOL), e a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Além da premiação, a homenagem incluiu shows com apresentações de Lazzo Matumbi com Ground Zero Blues, Ilê Ayê e a Orquestra Afrosinfônica com Luedji Luna e Márcio Vitor.

JOÃO PEDRO PITOMBO / Folhapress

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