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BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Cinco meses depois de ir a Nova York lançar o projeto “Vale do Lítio”, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou em encontro de governadores do Sul e Sudeste em São Paulo que o carro elétrico é uma ameaça a empregos no Brasil. O lítio é o principal componente para baterias utilizadas nesses veículos.

O “Vale do Lítio” é como o governo chama projeto econômico-social que tem como objetivo atrair investimentos para o Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais carentes do Brasil, onde o metal começou a ser extraído e exportado este ano.

No Cosud (Consórcio de Integração Sul Sudeste), o encontro dos governadores das duas regiões, realizado em São Paulo na quinta (19), Zema defendeu o uso do etanol.

“Estamos em um período de transição energética. E o Brasil tem hoje condição de mostrar para o mundo que ele tem uma alternativa ao carro elétrico. O nosso carro a etanol, que muitas vezes é esquecido, é tão sustentável quanto o elétrico ou até melhor”, disse.

O governador afirmou também que a produção de carros elétricos envolve a destruição de milhões de postos de serviço. “O carro elétrico é uma ameaça aos nossos empregos aqui. Envolve nós destruirmos milhões de empregos em uma cadeia produtiva que não vai ter mais sentido, peças de motor à combustão, escapamentos, uma série de itens não utilizados no carro elétrico”, declarou.

A declaração de Zema guarda certa afinidade com os planos da Stellantis, uma das principais montadoras de veículos no Brasil, que tem planta em Betim, na Grande Belo Horizonte.

A montadora aposta no desenvolvimento de veículos híbridos abastecido com etanol, o chamado bioelétrico. Essa é uma das principais estratégias de descarbonização da companhia, enquanto várias concorrentes direcionam o foco para o carro puramente elétrico.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, em maio deste ano, o então presidente executivo da Stellantis América do Sul, Antonio Filosa, falou sobre a importância do etanol e disse que o Brasil está numa posição invejável e única no mundo, tendo em vista os muitos caminhos possíveis para a descarbonização.

“E há uma preocupação das montadoras em ocupar as fábricas. Eu te convido a pensar não somente nas fábricas das montadoras, mas nas milhares de fábricas de nossos fornecedores”, disse na ocasião.

A Stellantis é a montadora mundial criada com a fusão de 14 marcas, incluída a Fiat, que era a dona da unidade em Betim.

Em maio, durante apresentação para investidores em Nova York, Zema fez discurso em outra linha. “Queremos que o Vale do Jequitinhonha se transforme no vale da tecnologia para a produção de baterias e demais produtos de valor agregado”, disse.

Apenas uma empresa do setor já em operação no Vale do Jequitinhonha, a Sigma Lithium, confirmou investimentos de R$ 3 bilhões até o final de 2023, com expectativa de geração de 1.000 empregos diretos e 6.000 indiretos. A Sigma não comentou as declarações do governador.

QUEM DÁ MAIS?

A defesa do etanol por Zema tem endereço certo: a indústria sucroalcooleira em Minas Gerais, uma das mais fortes da economia mineira. Há um mês, o governador recebeu na Cidade Administrativa representantes da Siamig (Associação das Indústrias Sucroalcooleiras de Minas Gerais).

No encontro foi anunciado investimentos de R$ 11,3 bilhões de empresas do setor, com previsão de geração de 1.600 empregos diretos no Triângulo Mineiro. Os investimentos serão, por exemplo, para construção de terminal rodoferroviário, renovação de canavial e modernização da irrigação.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do governador para informações sobre possíveis impactos das declarações feitas durante o encontro de governadores em São Paulo, mas não houve retorno.

LEONARDO AUGUSTO / Folhapress

Zema diz que carro elétrico é ameaça a empregos mesmo com lítio no Jequitinhonha

BELO HORIZONTE, MG (FOLHAPRESS) – Cinco meses depois de ir a Nova York lançar o projeto “Vale do Lítio”, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou em encontro de governadores do Sul e Sudeste em São Paulo que o carro elétrico é uma ameaça a empregos no Brasil. O lítio é o principal componente para baterias utilizadas nesses veículos.

O “Vale do Lítio” é como o governo chama projeto econômico-social que tem como objetivo atrair investimentos para o Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais carentes do Brasil, onde o metal começou a ser extraído e exportado este ano.

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No Cosud (Consórcio de Integração Sul Sudeste), o encontro dos governadores das duas regiões, realizado em São Paulo na quinta (19), Zema defendeu o uso do etanol.

“Estamos em um período de transição energética. E o Brasil tem hoje condição de mostrar para o mundo que ele tem uma alternativa ao carro elétrico. O nosso carro a etanol, que muitas vezes é esquecido, é tão sustentável quanto o elétrico ou até melhor”, disse.

O governador afirmou também que a produção de carros elétricos envolve a destruição de milhões de postos de serviço. “O carro elétrico é uma ameaça aos nossos empregos aqui. Envolve nós destruirmos milhões de empregos em uma cadeia produtiva que não vai ter mais sentido, peças de motor à combustão, escapamentos, uma série de itens não utilizados no carro elétrico”, declarou.

A declaração de Zema guarda certa afinidade com os planos da Stellantis, uma das principais montadoras de veículos no Brasil, que tem planta em Betim, na Grande Belo Horizonte.

A montadora aposta no desenvolvimento de veículos híbridos abastecido com etanol, o chamado bioelétrico. Essa é uma das principais estratégias de descarbonização da companhia, enquanto várias concorrentes direcionam o foco para o carro puramente elétrico.

Em entrevista à Folha de S.Paulo, em maio deste ano, o então presidente executivo da Stellantis América do Sul, Antonio Filosa, falou sobre a importância do etanol e disse que o Brasil está numa posição invejável e única no mundo, tendo em vista os muitos caminhos possíveis para a descarbonização.

“E há uma preocupação das montadoras em ocupar as fábricas. Eu te convido a pensar não somente nas fábricas das montadoras, mas nas milhares de fábricas de nossos fornecedores”, disse na ocasião.

A Stellantis é a montadora mundial criada com a fusão de 14 marcas, incluída a Fiat, que era a dona da unidade em Betim.

Em maio, durante apresentação para investidores em Nova York, Zema fez discurso em outra linha. “Queremos que o Vale do Jequitinhonha se transforme no vale da tecnologia para a produção de baterias e demais produtos de valor agregado”, disse.

Apenas uma empresa do setor já em operação no Vale do Jequitinhonha, a Sigma Lithium, confirmou investimentos de R$ 3 bilhões até o final de 2023, com expectativa de geração de 1.000 empregos diretos e 6.000 indiretos. A Sigma não comentou as declarações do governador.

QUEM DÁ MAIS?

A defesa do etanol por Zema tem endereço certo: a indústria sucroalcooleira em Minas Gerais, uma das mais fortes da economia mineira. Há um mês, o governador recebeu na Cidade Administrativa representantes da Siamig (Associação das Indústrias Sucroalcooleiras de Minas Gerais).

No encontro foi anunciado investimentos de R$ 11,3 bilhões de empresas do setor, com previsão de geração de 1.600 empregos diretos no Triângulo Mineiro. Os investimentos serão, por exemplo, para construção de terminal rodoferroviário, renovação de canavial e modernização da irrigação.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do governador para informações sobre possíveis impactos das declarações feitas durante o encontro de governadores em São Paulo, mas não houve retorno.

LEONARDO AUGUSTO / Folhapress

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