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NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) – Em 2008, Brian Chesky e seu colega de apartamento criaram um site para permitir que pessoas com um quarto vago em casa pudessem receber turistas e ganhar uma renda extra. Era o início do Airbnb.

Quase 15 anos depois, a companhia avaliada em mais de US$ 75 bilhões quer voltar às origens. Com menos gente disposta a pagar o preço de um imóvel inteiro na hora de viajar, e pressionada por uma série de regulações restringindo locações de curta temporada, a plataforma vai passar a dar mais enfoque ao aluguel de quartos.

A estratégia foi apresentada por Chesky nesta terça-feira (2), em Nova York, junto com outras novas funcionalidades.

Embora já fosse possível alugar cômodos individuais pela plataforma, o novo recurso, batizado de “Airbnb Quartos”, traz uma outra abordagem. A visualização no aplicativo será diferente, deixando mais fácil alternar entre espaços inteiros e quartos. Além disso, informações sobre privacidade terão maior destaque nessa categoria, assim como o currículo do anfitrião.

A ideia é estimular os hóspedes a considerarem esta opção na hora de viajar. De acordo com o CEO, o principal motivo para o novo enfoque é a inflação. Nos últimos meses, o custo de vida subiu significativamente em vários países, e disponibilizar opções mais baratas ficou mais importante que nunca.

“As pessoas querem economizar dinheiro, e esta é uma das formas mais acessíveis de viajar”, diz.

Em 2022, o preço médio de um quarto privativo no Airbnb foi US$ 67 por noite, bem abaixo do valor de um espaço inteiro e de alguns hotéis. No Brasil, a tarifa fica em torno de R$ 165.

Chesky lembra que o Airbnb começou como uma forma de se hospedar em um quarto na casa de outra pessoa. Resgatar essa experiência de viajar “disfarçado de um morador local” é o segundo motivo para a nova abordagem, diz.

No entanto, o CEO admite que a estratégia também pode ajudar a companhia a enfrentar desafios regulatórios.

Nos últimos anos, o Airbnb vem sendo pressionado por algumas cidades com a aprovação de leis que restringem aluguéis de curto prazo para casas e apartamentos.

Além de reclamações do setor hoteleiro, vizinhos se queixam sobre o aumento do tráfego de pedestres em comunidades locais e outros transtornos que acompanham a superutilização de espaços.

As regulamentações também buscam enfrentar a alta no preço dos aluguéis, sob o argumento de que a preferência por se tornar um anfitrião no Airbnb tem limitado a oferta de moradia.

Em Nova York, por exemplo, uma nova lei começou a valer neste ano para restringir os aluguéis de curto prazo —o que pode significar a remoção de até 10 mil anúncios do Airbnb só em 2023.

As novas regras limitam a locação de propriedades onde o anfitrião não reside, entre outras proibições, sob risco de multa de até US$ 5.000 para o dono do imóvel.

Santa Mônica, na Califórnia, também impôs regras rígidas para o aluguel de unidades inteiras, assim como San Francisco.

No ano passado, Lisboa suspendeu temporariamente autorizações para novas unidades de locação por temporada em meio à disparada de preços e à redução no número de imóveis no mercado.

“Acho que [o Airbnb Quartos] vai enfrentar esses desafios regulatórios, mas não tínhamos essa intenção”, afirma Chesky. “Agora, é verdade que quartos são provavelmente a menos controversa de nossas ofertas no maior número de mercados.”

Questionado se ele considera as regulações injustas, o CEO diz que depende de cada situação, destacando que, sejam elas justas ou não, os impactados são as pessoas que usam o serviços, não o Airbnb. “Somos uma plataforma, 85% do dinheiro vai para o anfitrião”, diz.

Segundo ele, a maioria das cidades tem sido bastante razoável e que é dever da empresa trabalhar para ter um relacionamento próximo com as autoridades, compartilhando dados, ajudando a entender os impactos nas atividades e tentar se adaptar. “Estamos em 100 mil cidades e sempre digo que são 100 mil relacionamentos únicos.”

Chesky diz que a companhia também está começando a divulgar os benefícios que traz para a cidade.

“Quando alguém fica em um Airbnb, muitas vezes não fica em um distrito hoteleiro, acaba patrocinando empresas locais, entende outras culturas. Há muitas vantagens”, afirma, destacando também que a maioria dos anfitriões nos EUA são mulheres e profissionais da saúde, estudantes e professores.

“Agora, se a cidade quer menos turismo, preferimos conduzir esse turismo para cidades que o queiram. Esse é o [nosso] tipo de visão”, acrescenta.

Sobre as críticas de que o Airbnb traz impactos negativos para comunidades locais e ajuda a aumentar o preço do aluguel, Chesky diz que uma parte é resultado de conclusões precipitadas.

“Temos casos de teste. Em São Francisco, onde viver é muito caro, muitas pessoas presumiram que o motivo era o Airbnb. Houve leis aprovadas na cidade que regulavam o Airbnb, que restringiam quem poderia colocar um imóvel [para alugar], que limitava o número de diárias e, presumivelmente, removia o incentivo financeiro para alguém ter um aluguel em tempo integral no Airbnb. Quando tudo isso aconteceu, o preço da moradia não baixou, continuou subindo”, argumenta.

“O Airbnb está em 100 mil cidades. Você pode ver o que acontece com o custo da moradia quando se criam leis e quando não. O que se percebe é que os preços continuam subindo”, acrescenta.

Os desafios regulatórios, contudo, não parecem ter impactado as finanças da empresa. Recentemente, a companhia surpreendeu investidores com os resultados de 2022.

O ano marcou um recorde para o Airbnb, com receita de US$ 8,4 bilhões, crescimento de 40% em relação ao ano anterior, e lucro líquido de US$ 1,9 bilhão.

Em 2023, a expectativa é que 300 milhões de pessoas viajem e disponibilizem seus espaços através da plataforma.

Chesky diz que ainda pretende trabalhar “em novas ideias bem malucas”, mas que antes de investir em novidades é preciso pôr a casa em ordem e melhorar o segmento que está na origem do Airbnb. Por isso o foco nos quartos.

Durante o evento, o CEO apresentou mais de 50 melhorias feitas na plataforma com base no feedback de usuários. O pacote inclui mudanças na interface e na navegabilidade do app, permitindo, por exemplo, que hóspedes personalizem as listas de favoritos e vejam o preço total do imóvel na página de busca (com as taxas já incluídas).

*

O repórter viajou a convite do Airbnb

THIAGO BETHÔNICO / Folhapress

Airbnb quer voltar às origens e focar aluguel de quartos

NOVA YORK, EUA (FOLHAPRESS) – Em 2008, Brian Chesky e seu colega de apartamento criaram um site para permitir que pessoas com um quarto vago em casa pudessem receber turistas e ganhar uma renda extra. Era o início do Airbnb.

Quase 15 anos depois, a companhia avaliada em mais de US$ 75 bilhões quer voltar às origens. Com menos gente disposta a pagar o preço de um imóvel inteiro na hora de viajar, e pressionada por uma série de regulações restringindo locações de curta temporada, a plataforma vai passar a dar mais enfoque ao aluguel de quartos.

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A estratégia foi apresentada por Chesky nesta terça-feira (2), em Nova York, junto com outras novas funcionalidades.

Embora já fosse possível alugar cômodos individuais pela plataforma, o novo recurso, batizado de “Airbnb Quartos”, traz uma outra abordagem. A visualização no aplicativo será diferente, deixando mais fácil alternar entre espaços inteiros e quartos. Além disso, informações sobre privacidade terão maior destaque nessa categoria, assim como o currículo do anfitrião.

A ideia é estimular os hóspedes a considerarem esta opção na hora de viajar. De acordo com o CEO, o principal motivo para o novo enfoque é a inflação. Nos últimos meses, o custo de vida subiu significativamente em vários países, e disponibilizar opções mais baratas ficou mais importante que nunca.

“As pessoas querem economizar dinheiro, e esta é uma das formas mais acessíveis de viajar”, diz.

Em 2022, o preço médio de um quarto privativo no Airbnb foi US$ 67 por noite, bem abaixo do valor de um espaço inteiro e de alguns hotéis. No Brasil, a tarifa fica em torno de R$ 165.

Chesky lembra que o Airbnb começou como uma forma de se hospedar em um quarto na casa de outra pessoa. Resgatar essa experiência de viajar “disfarçado de um morador local” é o segundo motivo para a nova abordagem, diz.

No entanto, o CEO admite que a estratégia também pode ajudar a companhia a enfrentar desafios regulatórios.

Nos últimos anos, o Airbnb vem sendo pressionado por algumas cidades com a aprovação de leis que restringem aluguéis de curto prazo para casas e apartamentos.

Além de reclamações do setor hoteleiro, vizinhos se queixam sobre o aumento do tráfego de pedestres em comunidades locais e outros transtornos que acompanham a superutilização de espaços.

As regulamentações também buscam enfrentar a alta no preço dos aluguéis, sob o argumento de que a preferência por se tornar um anfitrião no Airbnb tem limitado a oferta de moradia.

Em Nova York, por exemplo, uma nova lei começou a valer neste ano para restringir os aluguéis de curto prazo —o que pode significar a remoção de até 10 mil anúncios do Airbnb só em 2023.

As novas regras limitam a locação de propriedades onde o anfitrião não reside, entre outras proibições, sob risco de multa de até US$ 5.000 para o dono do imóvel.

Santa Mônica, na Califórnia, também impôs regras rígidas para o aluguel de unidades inteiras, assim como San Francisco.

No ano passado, Lisboa suspendeu temporariamente autorizações para novas unidades de locação por temporada em meio à disparada de preços e à redução no número de imóveis no mercado.

“Acho que [o Airbnb Quartos] vai enfrentar esses desafios regulatórios, mas não tínhamos essa intenção”, afirma Chesky. “Agora, é verdade que quartos são provavelmente a menos controversa de nossas ofertas no maior número de mercados.”

Questionado se ele considera as regulações injustas, o CEO diz que depende de cada situação, destacando que, sejam elas justas ou não, os impactados são as pessoas que usam o serviços, não o Airbnb. “Somos uma plataforma, 85% do dinheiro vai para o anfitrião”, diz.

Segundo ele, a maioria das cidades tem sido bastante razoável e que é dever da empresa trabalhar para ter um relacionamento próximo com as autoridades, compartilhando dados, ajudando a entender os impactos nas atividades e tentar se adaptar. “Estamos em 100 mil cidades e sempre digo que são 100 mil relacionamentos únicos.”

Chesky diz que a companhia também está começando a divulgar os benefícios que traz para a cidade.

“Quando alguém fica em um Airbnb, muitas vezes não fica em um distrito hoteleiro, acaba patrocinando empresas locais, entende outras culturas. Há muitas vantagens”, afirma, destacando também que a maioria dos anfitriões nos EUA são mulheres e profissionais da saúde, estudantes e professores.

“Agora, se a cidade quer menos turismo, preferimos conduzir esse turismo para cidades que o queiram. Esse é o [nosso] tipo de visão”, acrescenta.

Sobre as críticas de que o Airbnb traz impactos negativos para comunidades locais e ajuda a aumentar o preço do aluguel, Chesky diz que uma parte é resultado de conclusões precipitadas.

“Temos casos de teste. Em São Francisco, onde viver é muito caro, muitas pessoas presumiram que o motivo era o Airbnb. Houve leis aprovadas na cidade que regulavam o Airbnb, que restringiam quem poderia colocar um imóvel [para alugar], que limitava o número de diárias e, presumivelmente, removia o incentivo financeiro para alguém ter um aluguel em tempo integral no Airbnb. Quando tudo isso aconteceu, o preço da moradia não baixou, continuou subindo”, argumenta.

“O Airbnb está em 100 mil cidades. Você pode ver o que acontece com o custo da moradia quando se criam leis e quando não. O que se percebe é que os preços continuam subindo”, acrescenta.

Os desafios regulatórios, contudo, não parecem ter impactado as finanças da empresa. Recentemente, a companhia surpreendeu investidores com os resultados de 2022.

O ano marcou um recorde para o Airbnb, com receita de US$ 8,4 bilhões, crescimento de 40% em relação ao ano anterior, e lucro líquido de US$ 1,9 bilhão.

Em 2023, a expectativa é que 300 milhões de pessoas viajem e disponibilizem seus espaços através da plataforma.

Chesky diz que ainda pretende trabalhar “em novas ideias bem malucas”, mas que antes de investir em novidades é preciso pôr a casa em ordem e melhorar o segmento que está na origem do Airbnb. Por isso o foco nos quartos.

Durante o evento, o CEO apresentou mais de 50 melhorias feitas na plataforma com base no feedback de usuários. O pacote inclui mudanças na interface e na navegabilidade do app, permitindo, por exemplo, que hóspedes personalizem as listas de favoritos e vejam o preço total do imóvel na página de busca (com as taxas já incluídas).

*

O repórter viajou a convite do Airbnb

THIAGO BETHÔNICO / Folhapress

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