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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A fabricante de aviões europeia Airbus anunciou nesta segunda (19) a maior venda do setor em número de aeronaves da história. A companhia de baixo custo indiana IndiGo irá comprar 500 modelos A320neo, consolidando a posição do país asiático como grande potência emergente na aviação comercial.

No começo deste ano, a Air India, que é gerida pelo megagrupo industrial Tata, havia feito a maior compra até então do mercado, com 470 aparelhos divididos entre Airbus e sua arquirrival americana Boeing.

O anúncio desta segunda foi feito na abertura do Paris Air Show, que alterna com o britânico Farnborough o papel de principal vitrine aeroespacial do mundo. O evento bienal havia sido cancelado em 2021 devido à pandemia da Covid-19, e retornou em grande estilo.

Há nuances geopolíticas. O premiê indiano, Narendra Modi, fará uma visita de Estado aos EUA no fim desta semana. Vários negócios, principalmente na área de defesa, serão anunciados —mas aparentemente o presidente francês, Emmanuel Macron, sorriu por último em relação ao colega Joe Biden.

A França é, com a Alemanha, a maior acionista do consórcio europeu que comanda a Airbus, com 10,9% do total de ações ordinárias (com direito a voto). Há uma ligeira vingança também: os EUA fecharam neste ano um pacto militar com a Austrália que tirou dos franceses um contrato multibilionário para o fornecimento de submarinos de ataque.

A fabricante europeia havia dominado o mercado mundial 2022, entregando 661 aviões, ante 480 da Boeing. Mas os americanos vêm em uma forte recuperação após a grave crise de seu novo modelo 737 MAX, que ficou 20 meses no chão devido a problemas técnicos que causaram dois acidentes fatais.

No ano passado, a Boeing vendeu 40% a mais do que em 2021, enquanto a Airbus teve um crescimento de 8%. Ambos os resultados também são decorrentes da recuperação gradual do mercado de aviação comercial após o auge da pandemia, de 2020 a 2021, que derrubou as viagens no mundo todo.

O papel da Índia, país mais populoso do mundo, parece central no futuro do negócio. O acordo da Air India era maior em termos de valores envolvidos, embora ninguém os divulgue oficialmente, pois incluía diversos modelos de aviões para voos mais longos, maiores e mais caros, como o Airbus-A350, o Boeing-787 e o Boeing-777X.

As estimativas de mercado são de que aquele negócio rendeu US$ 70 bilhões (R$ 334 bilhões hoje) para os fabricantes, enquanto o anunciado hoje possa ficar acima de US$ 50 bilhões (R$ 239 bilhões) —com a diferença de que agora só os europeus faturaram. O preço das ações da Airbus teve um salto no início do pregão europeu, mas acabou o dia em leve alta, de 0,44%.

A IndiGo é uma empresa privada, fundada em 2006, e em maio dominou 61,4% das rotas domésticas indianas —1.600 voos diários. A segunda colocada é a Air India, com distantes 9,4% do mercado, mas que quer mudar isso.

Em 2022, sua longa privatização foi completada, e o controle passou para o Tata —cujo fundador havia criado a Air India há 90 anos, para vê-la nacionalizada após a independência da Índia do Império Britânico, no fim dos anos 1940. Agora, com a encomenda gigante do começo do ano, o plano é de expansão.

Segundo analistas de mercado, a demanda pós-Covid é de cerca de 2.000 aviões no curto prazo. No Paris Air Show, a Airbus colocou como estrela sua nova versão do A321, que tem capacidade para voos intercontinentais mantendo a configuração de um avião com um só corredor —e barateando sua operação.

A empresa também deve anunciar negócios com a Saudi, empresa da Arábia Saudita, e com a austrialiana Qantas, que quer modelos A220 para seu mercado regional —o avião, desenvolvido pela antiga canadense Bombardier antes de ser comprada pelos europeus, é rival direto das aeronaves regionais da brasileira Embraer, a terceira maior fabricante do mundo.

A empresa paulista terá como estrela o usual E-195E2, que tem enfrentado dificuldade de achar nicho de mercado, mas principalmente dois aviões militares. Um é o cargueiro KC-390, que está entrando aos poucos no concorrido e vital arsenal da Otan, e outro é uma versão especial do clássico A-29 Super Tucano, já preparada para operar com os sistemas da aliança militar que une EUA, Canadá e 29 países europeus.

IGOR GIELOW / Folhapress

Airbus fecha a maior venda de aviões comerciais da história

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A fabricante de aviões europeia Airbus anunciou nesta segunda (19) a maior venda do setor em número de aeronaves da história. A companhia de baixo custo indiana IndiGo irá comprar 500 modelos A320neo, consolidando a posição do país asiático como grande potência emergente na aviação comercial.

No começo deste ano, a Air India, que é gerida pelo megagrupo industrial Tata, havia feito a maior compra até então do mercado, com 470 aparelhos divididos entre Airbus e sua arquirrival americana Boeing.

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O anúncio desta segunda foi feito na abertura do Paris Air Show, que alterna com o britânico Farnborough o papel de principal vitrine aeroespacial do mundo. O evento bienal havia sido cancelado em 2021 devido à pandemia da Covid-19, e retornou em grande estilo.

Há nuances geopolíticas. O premiê indiano, Narendra Modi, fará uma visita de Estado aos EUA no fim desta semana. Vários negócios, principalmente na área de defesa, serão anunciados —mas aparentemente o presidente francês, Emmanuel Macron, sorriu por último em relação ao colega Joe Biden.

A França é, com a Alemanha, a maior acionista do consórcio europeu que comanda a Airbus, com 10,9% do total de ações ordinárias (com direito a voto). Há uma ligeira vingança também: os EUA fecharam neste ano um pacto militar com a Austrália que tirou dos franceses um contrato multibilionário para o fornecimento de submarinos de ataque.

A fabricante europeia havia dominado o mercado mundial 2022, entregando 661 aviões, ante 480 da Boeing. Mas os americanos vêm em uma forte recuperação após a grave crise de seu novo modelo 737 MAX, que ficou 20 meses no chão devido a problemas técnicos que causaram dois acidentes fatais.

No ano passado, a Boeing vendeu 40% a mais do que em 2021, enquanto a Airbus teve um crescimento de 8%. Ambos os resultados também são decorrentes da recuperação gradual do mercado de aviação comercial após o auge da pandemia, de 2020 a 2021, que derrubou as viagens no mundo todo.

O papel da Índia, país mais populoso do mundo, parece central no futuro do negócio. O acordo da Air India era maior em termos de valores envolvidos, embora ninguém os divulgue oficialmente, pois incluía diversos modelos de aviões para voos mais longos, maiores e mais caros, como o Airbus-A350, o Boeing-787 e o Boeing-777X.

As estimativas de mercado são de que aquele negócio rendeu US$ 70 bilhões (R$ 334 bilhões hoje) para os fabricantes, enquanto o anunciado hoje possa ficar acima de US$ 50 bilhões (R$ 239 bilhões) —com a diferença de que agora só os europeus faturaram. O preço das ações da Airbus teve um salto no início do pregão europeu, mas acabou o dia em leve alta, de 0,44%.

A IndiGo é uma empresa privada, fundada em 2006, e em maio dominou 61,4% das rotas domésticas indianas —1.600 voos diários. A segunda colocada é a Air India, com distantes 9,4% do mercado, mas que quer mudar isso.

Em 2022, sua longa privatização foi completada, e o controle passou para o Tata —cujo fundador havia criado a Air India há 90 anos, para vê-la nacionalizada após a independência da Índia do Império Britânico, no fim dos anos 1940. Agora, com a encomenda gigante do começo do ano, o plano é de expansão.

Segundo analistas de mercado, a demanda pós-Covid é de cerca de 2.000 aviões no curto prazo. No Paris Air Show, a Airbus colocou como estrela sua nova versão do A321, que tem capacidade para voos intercontinentais mantendo a configuração de um avião com um só corredor —e barateando sua operação.

A empresa também deve anunciar negócios com a Saudi, empresa da Arábia Saudita, e com a austrialiana Qantas, que quer modelos A220 para seu mercado regional —o avião, desenvolvido pela antiga canadense Bombardier antes de ser comprada pelos europeus, é rival direto das aeronaves regionais da brasileira Embraer, a terceira maior fabricante do mundo.

A empresa paulista terá como estrela o usual E-195E2, que tem enfrentado dificuldade de achar nicho de mercado, mas principalmente dois aviões militares. Um é o cargueiro KC-390, que está entrando aos poucos no concorrido e vital arsenal da Otan, e outro é uma versão especial do clássico A-29 Super Tucano, já preparada para operar com os sistemas da aliança militar que une EUA, Canadá e 29 países europeus.

IGOR GIELOW / Folhapress

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