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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A agenda antimigração da primeira-ministra Giorgia Meloni está no centro do mais recente mal-estar entre os governos da Itália e da França. E o imbróglio desta semana levou o chanceler italiano a cancelar uma visita oficial que faria a Paris nesta quinta-feira (4).

A rusga teve início na quarta (3), quando Gérald Darmanin, ministro do Interior do governo de Emmanuel Macron, disse durante entrevista a uma emissora de rádio local que Meloni foi “incapaz de resolver os problemas de migração pelos quais foi eleita primeira-ministra”.

Diversos aliados da líder de ultradireita se manifestaram, sendo o mais enfático Antonio Tajani, chanceler e um dos vice-premiês italianos. “As ofensas do ministro Gerald Darmanin contra o governo da Itália são inaceitáveis. Este não é o espírito com o qual os desafios europeus comuns devem ser enfrentados”, escreveu ele no Twitter.

Depois, ao jornal local Corriere della Sera, ele pressionou o francês a pedir desculpas. “Se alguém ofende de maneira gratuita, o mínimo que pode fazer é se desculpar”, disse. “Neste caso, ele [Darmanin] ofendeu todos os italianos, o governo e a primeira-ministra.”

Ainda durante a entrevista de quarta-feira, o ministro de Macron comparou Giorgia Meloni a Marine Le Pen, líder da direita francesa e principal opositora do presidente. “Meloni é como Le Pen, ela se elege com uma plataforma ‘espere só para ver’, e depois, o que vemos é que [o problema] não para; ele só cresce”, afirmou.

Darmanin não se manifestou, mas o governo francês já buscou colocar panos quentes. À emissora CNews o porta-voz do governo de Macron, Olivier Véran, disse que não há nenhuma vontade de “ostracizar a Itália”. “Prefiro falar da unidade europeia, a Itália é o nosso segundo principal parceiro econômico, e temos uma relação de fraternidade.”

A Itália vive um novo intensificar dos fluxos migratórios, em especial os que partem da África em direção à Europa pelo Mediterrâneo. Recente relatório da OIM, o braço da ONU para migrações, mostra que, somente no fim de semana da Páscoa, em abril, 3.000 migrantes chegaram ao país, elevando o número total deste ano para 32,2 mil.

O cenário desafia o governo de Meloni, e esta não é a primeira vez que uma rusga com a França gira em torno deste tema. Em novembro passado, também o ministro Gérald Darmanin chamou a Itália de “desumana” e suas autoridades de “nada profissionais”.

Isso ocorreu depois de Paris se ver forçada a deixar uma embarcação repleta de migrantes atracar no porto de Toulon após Roma, por dias, impedir que os migrantes descessem em território italiano.

A ação se somou a uma nova lei do governo de Meloni que obriga navios humanitários a fazerem apenas um resgate por saída ao mar, o que, segundo críticos, aumenta o risco de mortes no Mediterrâneo, área considerada a travessia mais perigosa do mundo para migrantes.

Para o pesquisador Bruno Cautres, da Sciences Po de Paris, o ministro Darminin, com atitudes como essas, mostra o papel que assumiu na gestão de Macron. “Macron gosta de ter alguém para bancar o ‘policial mau’ contra a direita para que ele possa bancar o bonzinho no palco europeu”, disse ele à agência de notícias Reuters.

As críticas ao governo italiano ocorrem ainda em um momento no qual o próprio governo francês enfrenta expressivos desafios domésticos em torno da insatisfação popular com a reforma da previdência imposta pelo presidente Macron.

Redação / Folhapress

Agenda antimigração de Meloni vira tema de nova rusga entre Itália e França

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A agenda antimigração da primeira-ministra Giorgia Meloni está no centro do mais recente mal-estar entre os governos da Itália e da França. E o imbróglio desta semana levou o chanceler italiano a cancelar uma visita oficial que faria a Paris nesta quinta-feira (4).

A rusga teve início na quarta (3), quando Gérald Darmanin, ministro do Interior do governo de Emmanuel Macron, disse durante entrevista a uma emissora de rádio local que Meloni foi “incapaz de resolver os problemas de migração pelos quais foi eleita primeira-ministra”.

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Diversos aliados da líder de ultradireita se manifestaram, sendo o mais enfático Antonio Tajani, chanceler e um dos vice-premiês italianos. “As ofensas do ministro Gerald Darmanin contra o governo da Itália são inaceitáveis. Este não é o espírito com o qual os desafios europeus comuns devem ser enfrentados”, escreveu ele no Twitter.

Depois, ao jornal local Corriere della Sera, ele pressionou o francês a pedir desculpas. “Se alguém ofende de maneira gratuita, o mínimo que pode fazer é se desculpar”, disse. “Neste caso, ele [Darmanin] ofendeu todos os italianos, o governo e a primeira-ministra.”

Ainda durante a entrevista de quarta-feira, o ministro de Macron comparou Giorgia Meloni a Marine Le Pen, líder da direita francesa e principal opositora do presidente. “Meloni é como Le Pen, ela se elege com uma plataforma ‘espere só para ver’, e depois, o que vemos é que [o problema] não para; ele só cresce”, afirmou.

Darmanin não se manifestou, mas o governo francês já buscou colocar panos quentes. À emissora CNews o porta-voz do governo de Macron, Olivier Véran, disse que não há nenhuma vontade de “ostracizar a Itália”. “Prefiro falar da unidade europeia, a Itália é o nosso segundo principal parceiro econômico, e temos uma relação de fraternidade.”

A Itália vive um novo intensificar dos fluxos migratórios, em especial os que partem da África em direção à Europa pelo Mediterrâneo. Recente relatório da OIM, o braço da ONU para migrações, mostra que, somente no fim de semana da Páscoa, em abril, 3.000 migrantes chegaram ao país, elevando o número total deste ano para 32,2 mil.

O cenário desafia o governo de Meloni, e esta não é a primeira vez que uma rusga com a França gira em torno deste tema. Em novembro passado, também o ministro Gérald Darmanin chamou a Itália de “desumana” e suas autoridades de “nada profissionais”.

Isso ocorreu depois de Paris se ver forçada a deixar uma embarcação repleta de migrantes atracar no porto de Toulon após Roma, por dias, impedir que os migrantes descessem em território italiano.

A ação se somou a uma nova lei do governo de Meloni que obriga navios humanitários a fazerem apenas um resgate por saída ao mar, o que, segundo críticos, aumenta o risco de mortes no Mediterrâneo, área considerada a travessia mais perigosa do mundo para migrantes.

Para o pesquisador Bruno Cautres, da Sciences Po de Paris, o ministro Darminin, com atitudes como essas, mostra o papel que assumiu na gestão de Macron. “Macron gosta de ter alguém para bancar o ‘policial mau’ contra a direita para que ele possa bancar o bonzinho no palco europeu”, disse ele à agência de notícias Reuters.

As críticas ao governo italiano ocorrem ainda em um momento no qual o próprio governo francês enfrenta expressivos desafios domésticos em torno da insatisfação popular com a reforma da previdência imposta pelo presidente Macron.

Redação / Folhapress

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