Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) – Os novos xingamentos racistas ao jogador brasileiro Vinicius Junior, neste domingo (21), em Valencia, e, principalmente, uma publicação que o jogador brasileiro fez depois no Twitter –dizendo que “hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas” — dividiram a Espanha nesta segunda-feira.

Quase todos os partidos políticos, além do premiê Pedro Sánchez, vieram a público para condenar os atos e dizer que a Espanha não é um país racista. A televisão alternou o dia todo a notícia de Vinicius Junior com outros acontecimentos no país. No Twitter, quatro dos dez assuntos mais citados se referiam ao jogo entre Real Madrid e Valencia.

A ministra da Igualdade, Irene Montero, por exemplo, disse que “gritos racistas contra #ViniciusJr não podem ser banalizados ou normalizados. Basta de racismo no esporte e na nossa sociedade. Se sofrer um ataque racista pode ligar 021”.

Se a maioria do país apoia Vinicius Junior e condena de modo incondicional o racismo a que ele foi submetido, restou a alguns, em geral torcedores do Valencia, tentar justificar o ódio com um “mas”.

Um tuíte do porta-voz do partido Esquerda Republicana da Catalunha resume o tom geral. Gabriel Rufián repetiu a frase “nada justifica o racismo” em frente às bandeiras de sete países: Brasil, Alemanha, França, Itália, Portugal, Argentina e Reino Unido. À frente da bandeira espanhola, porém, ele escreveu “nada justifica o racismo, mas também não se pode sair provocando por aí”.

Esse é um argumento que tem sido usado pelos detratores de Vinicius Junior. Borja Sanjuán Roca, porta-voz do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) de Valência, o mesmo de Pedro Sánchez, mas torcedor do Valencia, teceu um raciocínio:

“Jamais defenderei qualquer insulto racista que possa ser dirigido a qualquer jogador, mas não é o que acontece com o Vinicius. Esse jogador é uma vergonha para o futebol.”

E depois: “Nenhum insulto racista pode ser tolerado, mas também Ancelotti [treinador do Real Madrid] não pode acusar todo o estádio de algo que não aconteceu. O Mestalla [estádio do Valencia] é muito mais do que Vinícius e as mentiras, mesmo que quem as diga se sinta apoiado por todos os poderes da mídia de Madrid”.

Em Valencia, alguns parecem mesmo achar que o problema é a mídia. O jornalista (e torcedor) Paco Polit, por exemplo, disse que, “se a imprensa nacional parece difícil para você, não leia a imprensa internacional”.

E ainda: “Erradicar o comportamento racista nos campos da Espanha é uma tarefa de toda a sociedade. O comportamento provocativo e antidesportivo de um jogador como Vinicius é uma questão de LaLiga. Ancelotti mostra, a cada jogo, que, por mais que tente, não consegue colocá-lo de volta nos trilhos.” Esse comportamento “antidesportivo” costuma ser a dança de Vinicius Junior após ele fazer gol.

Zimmermann publicou em seu Facebook um relato sobre a noite de domingo: “Escolhi a cidade de Valência para morar e quero ficar aqui para sempre. Aqui somos felizes, eu e minha família, nos sentimos acolhidos, gostamos das pessoas, das tradições, do ambiente. Mas durante a partida entre Valencia e Madrid, enquanto eu ouvia da minha casa, que fica ao lado do Mestalla, a torcida gritando “Mono, mono” para Vinicius Junior, isso me deu uma sensação muito ruim. Estávamos assistindo o jogo na TV, e meu filho de 5 anos me perguntou o que estava acontecendo, pois eles não estavam mais jogando futebol, e eu não sabia o que responder.”

Já o jornalista Polit viu o jogo assim: “Fim, 1-0. 40 pontos. Vitória merecida para o Valência. E o maior constrangimento protagonizado por um jogador de futebol visitante em 100 anos de estádio. La Liga, acorde: atitudes desse tipo são culpa sua. Você permitiu a ele TUDO e ele acreditou.”

Os 40 pontos a que Polit se refere em seu post são os pontos do time na tabela do campeonato espanhol, que corria, até o jogo deste domingo, grandes chances de cair para a segunda divisão. A vitória de 1 a 0 sobre o Real Madrid de Vinicius Junior afastou essa chance –ainda que haja possibilidade matemática de menos de 1% de queda.

Era, portanto, um jogo de vida ou morte para o Valencia. Mas…

IVAN FINOTTI / Folhapress

Caso de Vinicius Junior divide a Espanha e enfrenta ideia de que racismo é ‘injustificável, mas…’

MADRI, ESPANHA (FOLHAPRESS) – Os novos xingamentos racistas ao jogador brasileiro Vinicius Junior, neste domingo (21), em Valencia, e, principalmente, uma publicação que o jogador brasileiro fez depois no Twitter –dizendo que “hoje, no Brasil, a Espanha é conhecida como um país de racistas” — dividiram a Espanha nesta segunda-feira.

Quase todos os partidos políticos, além do premiê Pedro Sánchez, vieram a público para condenar os atos e dizer que a Espanha não é um país racista. A televisão alternou o dia todo a notícia de Vinicius Junior com outros acontecimentos no país. No Twitter, quatro dos dez assuntos mais citados se referiam ao jogo entre Real Madrid e Valencia.

- Advertisement -anuncio

A ministra da Igualdade, Irene Montero, por exemplo, disse que “gritos racistas contra #ViniciusJr não podem ser banalizados ou normalizados. Basta de racismo no esporte e na nossa sociedade. Se sofrer um ataque racista pode ligar 021”.

Se a maioria do país apoia Vinicius Junior e condena de modo incondicional o racismo a que ele foi submetido, restou a alguns, em geral torcedores do Valencia, tentar justificar o ódio com um “mas”.

Um tuíte do porta-voz do partido Esquerda Republicana da Catalunha resume o tom geral. Gabriel Rufián repetiu a frase “nada justifica o racismo” em frente às bandeiras de sete países: Brasil, Alemanha, França, Itália, Portugal, Argentina e Reino Unido. À frente da bandeira espanhola, porém, ele escreveu “nada justifica o racismo, mas também não se pode sair provocando por aí”.

Esse é um argumento que tem sido usado pelos detratores de Vinicius Junior. Borja Sanjuán Roca, porta-voz do PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) de Valência, o mesmo de Pedro Sánchez, mas torcedor do Valencia, teceu um raciocínio:

“Jamais defenderei qualquer insulto racista que possa ser dirigido a qualquer jogador, mas não é o que acontece com o Vinicius. Esse jogador é uma vergonha para o futebol.”

E depois: “Nenhum insulto racista pode ser tolerado, mas também Ancelotti [treinador do Real Madrid] não pode acusar todo o estádio de algo que não aconteceu. O Mestalla [estádio do Valencia] é muito mais do que Vinícius e as mentiras, mesmo que quem as diga se sinta apoiado por todos os poderes da mídia de Madrid”.

Em Valencia, alguns parecem mesmo achar que o problema é a mídia. O jornalista (e torcedor) Paco Polit, por exemplo, disse que, “se a imprensa nacional parece difícil para você, não leia a imprensa internacional”.

E ainda: “Erradicar o comportamento racista nos campos da Espanha é uma tarefa de toda a sociedade. O comportamento provocativo e antidesportivo de um jogador como Vinicius é uma questão de LaLiga. Ancelotti mostra, a cada jogo, que, por mais que tente, não consegue colocá-lo de volta nos trilhos.” Esse comportamento “antidesportivo” costuma ser a dança de Vinicius Junior após ele fazer gol.

Zimmermann publicou em seu Facebook um relato sobre a noite de domingo: “Escolhi a cidade de Valência para morar e quero ficar aqui para sempre. Aqui somos felizes, eu e minha família, nos sentimos acolhidos, gostamos das pessoas, das tradições, do ambiente. Mas durante a partida entre Valencia e Madrid, enquanto eu ouvia da minha casa, que fica ao lado do Mestalla, a torcida gritando “Mono, mono” para Vinicius Junior, isso me deu uma sensação muito ruim. Estávamos assistindo o jogo na TV, e meu filho de 5 anos me perguntou o que estava acontecendo, pois eles não estavam mais jogando futebol, e eu não sabia o que responder.”

Já o jornalista Polit viu o jogo assim: “Fim, 1-0. 40 pontos. Vitória merecida para o Valência. E o maior constrangimento protagonizado por um jogador de futebol visitante em 100 anos de estádio. La Liga, acorde: atitudes desse tipo são culpa sua. Você permitiu a ele TUDO e ele acreditou.”

Os 40 pontos a que Polit se refere em seu post são os pontos do time na tabela do campeonato espanhol, que corria, até o jogo deste domingo, grandes chances de cair para a segunda divisão. A vitória de 1 a 0 sobre o Real Madrid de Vinicius Junior afastou essa chance –ainda que haja possibilidade matemática de menos de 1% de queda.

Era, portanto, um jogo de vida ou morte para o Valencia. Mas…

IVAN FINOTTI / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.