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CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Da medicina oriental para a cosmética mainstream, a centella asiática virou uma das plantas queridinhas do mercado da beleza. As marcas Sallve, Oceáne e O Boticário, por exemplo, já têm cremes ou máscaras que levam componentes da planta. São também comuns em cosméticos coreanos. Podem ser encontrados em cremes, cápsulas, chás e fórmulas utilizadas para potencializar procedimentos anti-celulite em clínicas de estética. Mas quais benefícios são realmente comprovados quando o assunto é skincare?

Cientistas se dedicam a essa questão há décadas e os efeitos mais significativos encontrados até agora vêm de dois integrantes da planta: o madecassoside e o asiaticoside (esse compõe em torno de 40% do vegetal). Segundo uma revisão publicada em 2012 pela Revista Internacional de Farmácia e Ciências Farmacêuticas, o asiaticoside tem potencial para induzir a síntese de colágeno tipo I, que, entre outras funções, ajuda a dar firmeza à pele.

Outra análise de artigos, publicada em fevereiro deste ano, na Revista de Medicina Celular e Molecular, aponta que o uso tópico do princípio ativo pode melhorar a hiperpigmentação cutânea, o fotoenvelhecimento e a aparência de celulites, estrias e rugas ao redor dos olhos. O estudo também menciona benefícios para o controle da dermatite atópica devido a propriedades antialérgicas e antiinflamatórias do componente.

O madecassoside, por sua vez, se mostrou eficiente contra a inflamação de acne, por inibir a produção de citocinas comuns a esse quadro. Além disso, foi capaz de aumentar a hidratação da pele, tanto em testes in vitro quanto in vivo.

Outro benefício identificado na planta é seu potencial antioxidante, acrescenta a bióloga Ana Carolina Roque Cardoso, mestre em produção vegetal pela Unesp (Universidade Estadual Paulista). Os ácidos fenólicos, que protegem a centella de insetos, fungos e outros fatores externos, podem trazer ganhos aos humanos, ajudando a combater radicais livres.

A notícia não tão boa é que a maioria desses estudos ainda são pequenos em amostragem, diz a dermatologista Anna Karoline Spagnol de Moura Tomazini, do Hospital São Marcelino Champagnat, de Curitiba. A especialista relata que vê bons resultados com a centella na prática, especialmente no tratamento da celulite. “Só usando ela, é possível ver uma melhora de até 30% em um ano”, diz a médica.

Ainda assim, Anna lembra que mais pesquisas precisam ser realizadas para explicar o funcionamento e os efeitos do fitoterápico. Um estudo publicado na Revista de Medicina Complementar e Alternativa Baseada em Evidências também menciona a demanda de estudos clínicos extensos, sobretudo para verificar o mecanismo de cicatrização em indivíduos com feridas graves, acne, queimaduras e dermatite atópica.

Outro ponto citado pela dermatologista diz respeito ao modo de utilização: o uso tópico é o mais eficiente, embora nenhum produto aplicado sobre a pele, como cremes e pomadas, renda melhoras superiores a 30% do quadro. “O ideal é que o item seja combinado com outros ativos ou procedimentos”, diz.

Além disso, a médica alerta que é preciso ter cuidado com chás, pela toxicidade que a planta apresenta caso seja utilizada em porções concentradas. Também por esse fator, Anna não recomenda o uso para grávidas, lactantes, pacientes com insuficiência renal, hepática ou que tratam gastrite. “Muita gente pensa que porque algo é natural, é sempre seguro, mas é preciso ter cautela”.

O dermatologista José Roberto Fraga Filho, da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), acrescenta que doses exageradas podem levar a sonolência, hipotensão e sedação, além de causar irritações na pele. “A diferença entre o remédio e o veneno é a dose utilizada. É fundamental se lembrar disso”, pontua.

LIVIA INÁCIO / Folhapress

Centella asiática tem bons resultados na pele, mas demanda estudos conclusivos

CURITIBA, PR (FOLHAPRESS) – Da medicina oriental para a cosmética mainstream, a centella asiática virou uma das plantas queridinhas do mercado da beleza. As marcas Sallve, Oceáne e O Boticário, por exemplo, já têm cremes ou máscaras que levam componentes da planta. São também comuns em cosméticos coreanos. Podem ser encontrados em cremes, cápsulas, chás e fórmulas utilizadas para potencializar procedimentos anti-celulite em clínicas de estética. Mas quais benefícios são realmente comprovados quando o assunto é skincare?

Cientistas se dedicam a essa questão há décadas e os efeitos mais significativos encontrados até agora vêm de dois integrantes da planta: o madecassoside e o asiaticoside (esse compõe em torno de 40% do vegetal). Segundo uma revisão publicada em 2012 pela Revista Internacional de Farmácia e Ciências Farmacêuticas, o asiaticoside tem potencial para induzir a síntese de colágeno tipo I, que, entre outras funções, ajuda a dar firmeza à pele.

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Outra análise de artigos, publicada em fevereiro deste ano, na Revista de Medicina Celular e Molecular, aponta que o uso tópico do princípio ativo pode melhorar a hiperpigmentação cutânea, o fotoenvelhecimento e a aparência de celulites, estrias e rugas ao redor dos olhos. O estudo também menciona benefícios para o controle da dermatite atópica devido a propriedades antialérgicas e antiinflamatórias do componente.

O madecassoside, por sua vez, se mostrou eficiente contra a inflamação de acne, por inibir a produção de citocinas comuns a esse quadro. Além disso, foi capaz de aumentar a hidratação da pele, tanto em testes in vitro quanto in vivo.

Outro benefício identificado na planta é seu potencial antioxidante, acrescenta a bióloga Ana Carolina Roque Cardoso, mestre em produção vegetal pela Unesp (Universidade Estadual Paulista). Os ácidos fenólicos, que protegem a centella de insetos, fungos e outros fatores externos, podem trazer ganhos aos humanos, ajudando a combater radicais livres.

A notícia não tão boa é que a maioria desses estudos ainda são pequenos em amostragem, diz a dermatologista Anna Karoline Spagnol de Moura Tomazini, do Hospital São Marcelino Champagnat, de Curitiba. A especialista relata que vê bons resultados com a centella na prática, especialmente no tratamento da celulite. “Só usando ela, é possível ver uma melhora de até 30% em um ano”, diz a médica.

Ainda assim, Anna lembra que mais pesquisas precisam ser realizadas para explicar o funcionamento e os efeitos do fitoterápico. Um estudo publicado na Revista de Medicina Complementar e Alternativa Baseada em Evidências também menciona a demanda de estudos clínicos extensos, sobretudo para verificar o mecanismo de cicatrização em indivíduos com feridas graves, acne, queimaduras e dermatite atópica.

Outro ponto citado pela dermatologista diz respeito ao modo de utilização: o uso tópico é o mais eficiente, embora nenhum produto aplicado sobre a pele, como cremes e pomadas, renda melhoras superiores a 30% do quadro. “O ideal é que o item seja combinado com outros ativos ou procedimentos”, diz.

Além disso, a médica alerta que é preciso ter cuidado com chás, pela toxicidade que a planta apresenta caso seja utilizada em porções concentradas. Também por esse fator, Anna não recomenda o uso para grávidas, lactantes, pacientes com insuficiência renal, hepática ou que tratam gastrite. “Muita gente pensa que porque algo é natural, é sempre seguro, mas é preciso ter cautela”.

O dermatologista José Roberto Fraga Filho, da SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), acrescenta que doses exageradas podem levar a sonolência, hipotensão e sedação, além de causar irritações na pele. “A diferença entre o remédio e o veneno é a dose utilizada. É fundamental se lembrar disso”, pontua.

LIVIA INÁCIO / Folhapress

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