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BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (28) a demarcação de seis terras indígenas, as primeiras desde 2018. A homologação é o último passo do governo para concluir processos que levaram até 27 anos, como é o caso da terra Avá-Canoeiro, em Goiás.

A assinatura dos documentos foi feita por Lula, junto com a ministra Sônia Guajajara e outras autoridades e lideranças no encerramento do Acampamento Terra Livre, em Brasília, na manhã desta sexta.

As TIs (Terras Indígenas) homologadas foram Arara do Rio Amônia, no Acre; Kariri-Xocó, em Alagoas; Rio dos Índios, no Rio Grande do Sul; Tremembé da Barra do Mundaú, no Ceará; Avá-Canoeiro, em Goiás; e TI Uneiuxi, no Amazonas.

Todas as terras indígenas já estavam no estágio final do processo de demarcação. Quatro delas tiveram a portaria declaratória do Ministério da Justiça emitida ainda nos governos anteriores de Lula. A TI Tremembé da Barra do Mundaú recebeu a determinação em 2015, sob Dilma Rousseff (PT) e a Avá-Canoeiro, ainda no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A área das terras varia entre 711 hectares, como a Rio dos Índios, do povo Kaingang, e 551,9 mil hectares, dimensão da Uneiuxi, dos Maku Nadëb.

Após a homologação, cada TI precisa ser registrada como patrimônio da União e, também, nos cartórios das cidades em que estão localizadas. Se a área abrange mais de uma cidade, como a da terra Kariri-Xocó, em Alagoas, precisa de um registro em cada município. No caso, Porto Real do Colégio e São Braz, a 173 km de Maceió.

Concluir a demarcação ajuda a dar segurança jurídica e física dos povos indígenas. É o caso da terra Avá-Canoeiro, que tem 31 mil hectares e apenas nove habitantes.

A população foi dizimada por sucessivos ataques, especialmente vindos de fazendas de gado. “Eram altamente nômades, tinham trânsito em um território bem maior do que a área hoje. Passaram por um processo de genocídio ao longo dos anos 1960 e 1970, até que a Funai fez contato em 1980 e fixou eles nessa região”, diz o antropólogo Tiago Moreira, do ISA (Instituto Socioambiental).

A terra indígena fica a cerca de 458 km da capital goiana. De acordo com Moreira, por transitarem por longas extensões, frequentemente caçavam gado de fazendeiros, que retaliavam matando integrantes e queimando aldeias inteiras.

Junto com a homologação das terras, Lula assinou decretos para recompor estruturas paralisadas no governo de Jair Bolsonaro (PL), que cumpriu a promessa de não demarcar um centímetro de Terra Indígena.

Uma delas é o comitê gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas (PNGATI). Segundo o antropólogo, o plano ajuda na segurança e na organização do uso da terra.

“Antes das primeiras invasões, os povos indígenas podiam fazer outro uso de recursos”, afirma Moreira sobre a quantidade maior de terra, comida e áreas para roçado. “Agora precisam ter um balanço de como usar o que está naquela parte de terra demarcada para a reprodução da população e da sua cultura.”

O comitê para desenvolver e gerir o plano, que precisa de recursos financeiros, tem participação da Funai, de representantes de ministérios e de movimentos indígenas.

“Os planos terão regras sobre a segurança do território, as áreas para o roçado, as atividades produtivas para manter a comunidade de forma sustentável e os locais para as bases de proteção”, diz o antropólogo.

VEJA CARACTERÍSTICAS DAS TERRAS INDÍGENAS HOMOLOGADAS NESTA SEXTA

TERRA INDÍGENA: ARARA DO RIO AMÔNIA

Povo: Aarara

Município: Marechal Taumaturgo

Estado: Acre

Área (ha): 20.534

População: 434 habitantes

Bioma: Amazônia

Data da portaria declaratória: 10 de setembro de 2009

TERRA INDÍGENA KARIRI-XOCÓ

Povo: Kariri-Xocó

Municípios: Porto Real do Colégio e São Braz

Estado: Alagoas

Área (ha): 4.694

População: 2.300 habitantes

Bioma: Caatinga e Mata Atlântica

Data da portaria declaratória: 18 de dezembro de 2005

TERRA INDÍGENA RIO DOS ÍNDIOS

Povo: Kaingang

Município: Vicente Dutra

Estado: Rio Grande do Sul

Área (ha): 711

População: 143 habitantes

Bioma: Mata Atlântica

Data da portaria declaratória: 24 de dezembro 2004

TERRA INDÍGENA TREMEMBÉ DA BARRA DO MUNDAÚ

Povo: Tremembé

Município: Itapipoca

Estado: Ceará

Área (ha): 3.511

População: 580 habitantes

Bioma: Caatinga

Data da portaria declaratória: 11 de agosto de 2015-

TERRA INDÍGENA UNEIUXI

Povo: Maku Nadëb

Municípios: Santa Isabel do Rio Negro e Japurá

Estado: Amazonas

Área (ha): 551.983

População: 249

Bioma: Amazônia

Data da portaria declaratória: 18 de dezembro de 2006

TERRA INDÍGENA AVÁ-CANOEIRO

Povo: Avá-Canoeiro

Municípios: Minaçu e Colinas do Sul

Estado: Goiás

Área (ha): 31.427

População: 9 habitantes

Bioma: Cerrado

Data da portaria declaratória: 4 de outubro de 1996

JOÃO GABRIEL E LUCAS LACERDA / Folhapress

Conheça as seis terras indígenas homologadas por Lula nesta sexta-feira

BRASÍLIA, DF, E SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta sexta-feira (28) a demarcação de seis terras indígenas, as primeiras desde 2018. A homologação é o último passo do governo para concluir processos que levaram até 27 anos, como é o caso da terra Avá-Canoeiro, em Goiás.

A assinatura dos documentos foi feita por Lula, junto com a ministra Sônia Guajajara e outras autoridades e lideranças no encerramento do Acampamento Terra Livre, em Brasília, na manhã desta sexta.

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As TIs (Terras Indígenas) homologadas foram Arara do Rio Amônia, no Acre; Kariri-Xocó, em Alagoas; Rio dos Índios, no Rio Grande do Sul; Tremembé da Barra do Mundaú, no Ceará; Avá-Canoeiro, em Goiás; e TI Uneiuxi, no Amazonas.

Todas as terras indígenas já estavam no estágio final do processo de demarcação. Quatro delas tiveram a portaria declaratória do Ministério da Justiça emitida ainda nos governos anteriores de Lula. A TI Tremembé da Barra do Mundaú recebeu a determinação em 2015, sob Dilma Rousseff (PT) e a Avá-Canoeiro, ainda no primeiro mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB).

A área das terras varia entre 711 hectares, como a Rio dos Índios, do povo Kaingang, e 551,9 mil hectares, dimensão da Uneiuxi, dos Maku Nadëb.

Após a homologação, cada TI precisa ser registrada como patrimônio da União e, também, nos cartórios das cidades em que estão localizadas. Se a área abrange mais de uma cidade, como a da terra Kariri-Xocó, em Alagoas, precisa de um registro em cada município. No caso, Porto Real do Colégio e São Braz, a 173 km de Maceió.

Concluir a demarcação ajuda a dar segurança jurídica e física dos povos indígenas. É o caso da terra Avá-Canoeiro, que tem 31 mil hectares e apenas nove habitantes.

A população foi dizimada por sucessivos ataques, especialmente vindos de fazendas de gado. “Eram altamente nômades, tinham trânsito em um território bem maior do que a área hoje. Passaram por um processo de genocídio ao longo dos anos 1960 e 1970, até que a Funai fez contato em 1980 e fixou eles nessa região”, diz o antropólogo Tiago Moreira, do ISA (Instituto Socioambiental).

A terra indígena fica a cerca de 458 km da capital goiana. De acordo com Moreira, por transitarem por longas extensões, frequentemente caçavam gado de fazendeiros, que retaliavam matando integrantes e queimando aldeias inteiras.

Junto com a homologação das terras, Lula assinou decretos para recompor estruturas paralisadas no governo de Jair Bolsonaro (PL), que cumpriu a promessa de não demarcar um centímetro de Terra Indígena.

Uma delas é o comitê gestor da Política Nacional de Gestão Territorial e Ambiental em Terras Indígenas (PNGATI). Segundo o antropólogo, o plano ajuda na segurança e na organização do uso da terra.

“Antes das primeiras invasões, os povos indígenas podiam fazer outro uso de recursos”, afirma Moreira sobre a quantidade maior de terra, comida e áreas para roçado. “Agora precisam ter um balanço de como usar o que está naquela parte de terra demarcada para a reprodução da população e da sua cultura.”

O comitê para desenvolver e gerir o plano, que precisa de recursos financeiros, tem participação da Funai, de representantes de ministérios e de movimentos indígenas.

“Os planos terão regras sobre a segurança do território, as áreas para o roçado, as atividades produtivas para manter a comunidade de forma sustentável e os locais para as bases de proteção”, diz o antropólogo.

VEJA CARACTERÍSTICAS DAS TERRAS INDÍGENAS HOMOLOGADAS NESTA SEXTA

TERRA INDÍGENA: ARARA DO RIO AMÔNIA

Povo: Aarara

Município: Marechal Taumaturgo

Estado: Acre

Área (ha): 20.534

População: 434 habitantes

Bioma: Amazônia

Data da portaria declaratória: 10 de setembro de 2009

TERRA INDÍGENA KARIRI-XOCÓ

Povo: Kariri-Xocó

Municípios: Porto Real do Colégio e São Braz

Estado: Alagoas

Área (ha): 4.694

População: 2.300 habitantes

Bioma: Caatinga e Mata Atlântica

Data da portaria declaratória: 18 de dezembro de 2005

TERRA INDÍGENA RIO DOS ÍNDIOS

Povo: Kaingang

Município: Vicente Dutra

Estado: Rio Grande do Sul

Área (ha): 711

População: 143 habitantes

Bioma: Mata Atlântica

Data da portaria declaratória: 24 de dezembro 2004

TERRA INDÍGENA TREMEMBÉ DA BARRA DO MUNDAÚ

Povo: Tremembé

Município: Itapipoca

Estado: Ceará

Área (ha): 3.511

População: 580 habitantes

Bioma: Caatinga

Data da portaria declaratória: 11 de agosto de 2015-

TERRA INDÍGENA UNEIUXI

Povo: Maku Nadëb

Municípios: Santa Isabel do Rio Negro e Japurá

Estado: Amazonas

Área (ha): 551.983

População: 249

Bioma: Amazônia

Data da portaria declaratória: 18 de dezembro de 2006

TERRA INDÍGENA AVÁ-CANOEIRO

Povo: Avá-Canoeiro

Municípios: Minaçu e Colinas do Sul

Estado: Goiás

Área (ha): 31.427

População: 9 habitantes

Bioma: Cerrado

Data da portaria declaratória: 4 de outubro de 1996

JOÃO GABRIEL E LUCAS LACERDA / Folhapress

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