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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em um mês de campanha, 4,5 milhões de pessoas tomaram a vacina contra a gripe no estado de São Paulo, de um total de 18,4 milhões elegíveis para receber a dose, segundo dados do Ministério da Saúde até a tarde desta sexta (12).

A campanha de vacinação contra o vírus influenza começou no dia 10 de abril. Neste ano, diferentemente dos anteriores, não houve escalonamento do público-alvo. A ação se estenderá até 31 de maio.

Se considerados apenas os grupos estipulados pelo ministério para o cálculo da cobertura vacinal -crianças, gestantes, puérperas, os trabalhadores da saúde, idosos, povos indígenas vivendo ou não em terras indígenas e professores- cerca de 3,6 milhões foram vacinados, o equivalente a 27,7% dessa população-alvo. No ano passado, o índice ficou em 69% e desde 2021 não atinge a meta de 90%.

O cenário de baixa cobertura se repete no país e levou o governo federal a autorizar a liberação da imunização contra para todos os brasileiros com mais de seis meses de idade. A medida vale a partir da próxima segunda (15).

No Brasil, até a tarde desta sexta, a cobertura vacinal para influenza estava em 30,3%, considerando os grupos estipulados para o cálculo. A adesão à vacina vem caindo ano a ano e chegou a apenas 68% em 2022 e a 72% em 2021. Em 2019 e 2020, a cobertura ultrapassou a meta de 90% e atingiu 91% e 95%, respectivamente.

Para Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, é preciso vacinar mais.

“A vacina deixa o sistema imunológico mais bem preparado para enfrentar o vírus. A baixa cobertura vacinal, em algum momento, vai se refletir na morbimortalidade, ou seja, casos mais graves e mais mortes por influenza”, explica.

Ele critica a conduta de quem adia a vacinação por medo de efeitos colaterais. “As pessoas deixam de tomar uma vacina porque sentem, no dia em que se vacinaram ou um dia depois, mal-estar, febre ou dor. Comportamento infantil e perigoso. Qualquer um que tem bom senso sabe que, por mais que você tenha um breve período de eventos adversos corriqueiros para qualquer vacina, ficar doente é muito pior”, afirma Araújo.

Em São Paulo, a prefeitura da capital confirmou a ampliação da vacinação a partir desta segunda. Na cidade, de 10 de abril a 12 de maio, pouco mais de 965,3 mil pessoas do público-alvo foram vacinados, o equivalente a 26,7% -no primeiro mês da campanha de 2022, a taxa foi de 36%. O dado refere-se ao grupo considerado pelo ministério para o cálculo da cobertura vacinal. A Secretaria Estadual da Saúde afirmou que não recebeu nenhum comunicado oficial do ministério sobre o assunto.

De 1º de janeiro a 10 de maio deste ano, a gripe já matou 58 pessoas em 37 dos 645 municípios paulistas. Foram registrados 889 casos da doença em 167 cidades. No mesmo período de 2022, ocorreram 1.633 casos de influenza e 247 mortes -a comparação, no entanto, é prejudicada porque os dados deste ano ainda são provisórios e sujeitos a alteração.

A capital paulista registrou, até 9 de maio, 228 casos de gripe, com 14 óbitos. Em todo ano de 2022, houve 842 casos e 75 mortes por influenza.

De acordo com o Ministério da Saúde, até 29 de abril, o país registrou 2.983 casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por influenza e 243 mortes.

A Secretaria Municipal da Saúde afirma que monitora o cenário epidemiológico dos casos e orienta a população a usar a etiqueta da tosse -cobrir a boca com a parte interna do braço quando for tossir ou espirrar- e higienizar as mãos. Além disso, divulga em seus canais informações oficiais relacionadas à segurança e eficácia dos imunizantes.

ACRE TEM A COBERTURA MAIS BAIXA DO PAÍS

Em todo o país, o Acre tem a cobertura mais baixa, 11,6%. Roraima, Rondônia e Rio de Janeiro também estão abaixo de 20%, com 16,1%, 17,8% e 19,9%, respectivamente. Em Goiás, chegou a 43%; na Paraíba, 42,9%; no Paraná, 35,3%; em Santa Catarina, 31%; e no Rio Grande do Sul, 34,8%.

Álvaro Furtado da Costa, médico da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia) e do Hospital das Clínicas, alerta para o risco de subestimar a gripe.

“Ainda há uma visão fantasiosa sobre o influenza, como se fosse algo muito leve, que nunca pudesse complicar”, diz Costa, que lembra que a doença é uma infecção do sistema respiratório que pode ser grave, principalmente para crianças, idosos, doentes crônicos e imunossuprimidos.

Os sintomas mais comuns são tosse, falta de ar, febre, dor de cabeça, de garganta e no corpo, mal-estar, calafrios, secreção nasal excessiva, fadiga e diarreia. Segundo Costa, febre alta e dificuldade para respirar são sinais de agravamento. A principal complicação é a pneumonia, mas o paciente pode ter piora das doenças crônicas, otite, sinusite e desidratação.

“As vacinas são parte da nossa vida, assim como atividade física e boa alimentação. Faz parte do cuidado com a saúde. A carteira de vacinação deve ser atualizada, não só contra o influenza. Todas as vacinas protegem contra a gravidade. É preciso retomar a cultura de vacina no nosso país, de forma definitiva”, orienta.

Para o especialista da SPI, falta uma comunicação mais direta e explicativa com a população por parte dos governos, do Ministério da Saúde e da comunidade médica.

Além da cobertura vacinal, Araújo aponta outro aspecto que deve ser observado: a necessidade de uma nova política de vigilância para os vírus respiratórios.

“Está na hora de estudarmos outra composição de vacina que reflita melhor as cepas virais em circulação no país. A vacina que usamos é muito mais representada da Austrália do que do Brasil. O Brasil é grande demais, sofremos muito com a Covid, a população é complexa e está envelhecendo”, afirma Araújo.

PATRÍCIA PASQUINI / Folhapress

Em um mês, vacinação contra gripe em SP atinge menos de 1/3 do público-alvo

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Em um mês de campanha, 4,5 milhões de pessoas tomaram a vacina contra a gripe no estado de São Paulo, de um total de 18,4 milhões elegíveis para receber a dose, segundo dados do Ministério da Saúde até a tarde desta sexta (12).

A campanha de vacinação contra o vírus influenza começou no dia 10 de abril. Neste ano, diferentemente dos anteriores, não houve escalonamento do público-alvo. A ação se estenderá até 31 de maio.

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Se considerados apenas os grupos estipulados pelo ministério para o cálculo da cobertura vacinal -crianças, gestantes, puérperas, os trabalhadores da saúde, idosos, povos indígenas vivendo ou não em terras indígenas e professores- cerca de 3,6 milhões foram vacinados, o equivalente a 27,7% dessa população-alvo. No ano passado, o índice ficou em 69% e desde 2021 não atinge a meta de 90%.

O cenário de baixa cobertura se repete no país e levou o governo federal a autorizar a liberação da imunização contra para todos os brasileiros com mais de seis meses de idade. A medida vale a partir da próxima segunda (15).

No Brasil, até a tarde desta sexta, a cobertura vacinal para influenza estava em 30,3%, considerando os grupos estipulados para o cálculo. A adesão à vacina vem caindo ano a ano e chegou a apenas 68% em 2022 e a 72% em 2021. Em 2019 e 2020, a cobertura ultrapassou a meta de 90% e atingiu 91% e 95%, respectivamente.

Para Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, é preciso vacinar mais.

“A vacina deixa o sistema imunológico mais bem preparado para enfrentar o vírus. A baixa cobertura vacinal, em algum momento, vai se refletir na morbimortalidade, ou seja, casos mais graves e mais mortes por influenza”, explica.

Ele critica a conduta de quem adia a vacinação por medo de efeitos colaterais. “As pessoas deixam de tomar uma vacina porque sentem, no dia em que se vacinaram ou um dia depois, mal-estar, febre ou dor. Comportamento infantil e perigoso. Qualquer um que tem bom senso sabe que, por mais que você tenha um breve período de eventos adversos corriqueiros para qualquer vacina, ficar doente é muito pior”, afirma Araújo.

Em São Paulo, a prefeitura da capital confirmou a ampliação da vacinação a partir desta segunda. Na cidade, de 10 de abril a 12 de maio, pouco mais de 965,3 mil pessoas do público-alvo foram vacinados, o equivalente a 26,7% -no primeiro mês da campanha de 2022, a taxa foi de 36%. O dado refere-se ao grupo considerado pelo ministério para o cálculo da cobertura vacinal. A Secretaria Estadual da Saúde afirmou que não recebeu nenhum comunicado oficial do ministério sobre o assunto.

De 1º de janeiro a 10 de maio deste ano, a gripe já matou 58 pessoas em 37 dos 645 municípios paulistas. Foram registrados 889 casos da doença em 167 cidades. No mesmo período de 2022, ocorreram 1.633 casos de influenza e 247 mortes -a comparação, no entanto, é prejudicada porque os dados deste ano ainda são provisórios e sujeitos a alteração.

A capital paulista registrou, até 9 de maio, 228 casos de gripe, com 14 óbitos. Em todo ano de 2022, houve 842 casos e 75 mortes por influenza.

De acordo com o Ministério da Saúde, até 29 de abril, o país registrou 2.983 casos de Srag (Síndrome Respiratória Aguda Grave) por influenza e 243 mortes.

A Secretaria Municipal da Saúde afirma que monitora o cenário epidemiológico dos casos e orienta a população a usar a etiqueta da tosse -cobrir a boca com a parte interna do braço quando for tossir ou espirrar- e higienizar as mãos. Além disso, divulga em seus canais informações oficiais relacionadas à segurança e eficácia dos imunizantes.

ACRE TEM A COBERTURA MAIS BAIXA DO PAÍS

Em todo o país, o Acre tem a cobertura mais baixa, 11,6%. Roraima, Rondônia e Rio de Janeiro também estão abaixo de 20%, com 16,1%, 17,8% e 19,9%, respectivamente. Em Goiás, chegou a 43%; na Paraíba, 42,9%; no Paraná, 35,3%; em Santa Catarina, 31%; e no Rio Grande do Sul, 34,8%.

Álvaro Furtado da Costa, médico da SPI (Sociedade Paulista de Infectologia) e do Hospital das Clínicas, alerta para o risco de subestimar a gripe.

“Ainda há uma visão fantasiosa sobre o influenza, como se fosse algo muito leve, que nunca pudesse complicar”, diz Costa, que lembra que a doença é uma infecção do sistema respiratório que pode ser grave, principalmente para crianças, idosos, doentes crônicos e imunossuprimidos.

Os sintomas mais comuns são tosse, falta de ar, febre, dor de cabeça, de garganta e no corpo, mal-estar, calafrios, secreção nasal excessiva, fadiga e diarreia. Segundo Costa, febre alta e dificuldade para respirar são sinais de agravamento. A principal complicação é a pneumonia, mas o paciente pode ter piora das doenças crônicas, otite, sinusite e desidratação.

“As vacinas são parte da nossa vida, assim como atividade física e boa alimentação. Faz parte do cuidado com a saúde. A carteira de vacinação deve ser atualizada, não só contra o influenza. Todas as vacinas protegem contra a gravidade. É preciso retomar a cultura de vacina no nosso país, de forma definitiva”, orienta.

Para o especialista da SPI, falta uma comunicação mais direta e explicativa com a população por parte dos governos, do Ministério da Saúde e da comunidade médica.

Além da cobertura vacinal, Araújo aponta outro aspecto que deve ser observado: a necessidade de uma nova política de vigilância para os vírus respiratórios.

“Está na hora de estudarmos outra composição de vacina que reflita melhor as cepas virais em circulação no país. A vacina que usamos é muito mais representada da Austrália do que do Brasil. O Brasil é grande demais, sofremos muito com a Covid, a população é complexa e está envelhecendo”, afirma Araújo.

PATRÍCIA PASQUINI / Folhapress

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