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BLUMENAU, SC (FOLHAPRESS) – Na última terça-feira (2), Enzo Marchesini Barbosa, uma das quatro vítimas do ataque à creche em Blumenau (SC), completaria 5 anos. Na casa da família dele, o casal Carina e Samira fizeram um bolinho na data. “Não tem muito para onde correr: ou vai para o fundo do poço ou levanta da cama e enfrenta”, diz a pedagoga Carina Marchesini, um mês após os crimes na escola infantil Cantinho Bom Pastor.

O quarto de Enzo vai aos poucos sendo modificado. Algumas memórias são preservadas, mas as roupas, por exemplo, foram doadas. “Quem passa por isso sabe que é muito doloroso ver o quartinho dele igual”, diz ela.

Carina conta que o filho chegou à casa com 3 anos de idade, e o primeiro desafio depois da adoção foi explicar que nem todas as pessoas eram “mães”: “Ele chamava todo mundo de mãe. Porque ele não tinha referência de mãe. Então a tia, a avó, quem passava na rua, todo mundo era mãe”, lembra ela.

“E a gente começou a trabalhar com ele primeiro isso, e depois explicando que ele tinha duas mães, que existem vários tipos de família. E aí, depois de um mês, ele começou a entender e chamar só a gente de mãe.”

Ao se apresentar para as pessoas, Enzo também tinha o costume de falar seu nome completo, orgulhoso da família que conquistou: “Ele falava que era o Enzo Marchesini Barbosa, o nome todinho, sempre. Era uma criança apaixonante.”

Marchesini vem da família de Carina e Barbosa é de Samira. “Nos últimos meses, a família encaixou, ele estava adaptado com a gente e a gente com ele, a rotina já estava funcionando”, diz Carina.

Na escola infantil Cantinho Bom Pastor Enzo tinha sido matriculado em fevereiro. Na manhã do dia 5 de abril, assim como outros pais, Carina e Samira estavam no grupo de WhatsApp da própria creche quando souberam que “entrou alguém aqui e tem crianças feridas”. Elas correram para lá, sem saber direito o que tinha acontecido.

“Agora a gente está só vivendo mesmo, respirando. Mas a gente sabe que a vida não para, que a gente tem batalhas pela frente e que o Enzo não queria ver a gente triste”, diz a mãe.

Uma das batalhas tem ligação com o tratamento de um novo câncer que Samira descobriu recentemente. Ela já havia se recuperado de um primeiro tumor, descoberto pouco tempo depois de o Enzo ser adotado. No final do mês, ela deve passar por uma cirurgia.

Junto com o tratamento, elas voltaram a pensar na possibilidade de uma nova adoção. Carina conta que a ideia sempre foi “dar um irmãozinho para Enzo” e que isso segue nos planos. “A gente não quer substituir o Enzo. O Enzo sempre vai estar com a gente. Mas a gente tem amor para dar e tem criança esperando para receber”, afirma a pedagoga.

Além de Enzo, outras três crianças foram vítimas do ataque. Bernardo Pabst da Cunha, 4, Larissa Maia Toldo, 7, e Bernardo Cunha Machado, 5.

A Prefeitura de Blumenau anunciou que fará um memorial em homenagem às crianças. O local ainda não foi definido.

O homem de 25 anos que cometeu os crimes e assumiu a autoria deles segue preso. Ele está na Unidade de Segurança Máxima de São Cristovão do Sul.

O Tribunal de Justiça informou à reportagem que, até o momento, o réu está sendo assistido pela Defensoria Pública do Estado. A reportagem fez contatos com a assessoria de imprensa da Defensoria Pública ao longo do mês, mas não obteve retorno.

CATARINA SCORTECCI / Folhapress

‘Enzo não queria ver a gente triste’, diz mãe 1 mês após ataque a creche em SC

BLUMENAU, SC (FOLHAPRESS) – Na última terça-feira (2), Enzo Marchesini Barbosa, uma das quatro vítimas do ataque à creche em Blumenau (SC), completaria 5 anos. Na casa da família dele, o casal Carina e Samira fizeram um bolinho na data. “Não tem muito para onde correr: ou vai para o fundo do poço ou levanta da cama e enfrenta”, diz a pedagoga Carina Marchesini, um mês após os crimes na escola infantil Cantinho Bom Pastor.

O quarto de Enzo vai aos poucos sendo modificado. Algumas memórias são preservadas, mas as roupas, por exemplo, foram doadas. “Quem passa por isso sabe que é muito doloroso ver o quartinho dele igual”, diz ela.

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Carina conta que o filho chegou à casa com 3 anos de idade, e o primeiro desafio depois da adoção foi explicar que nem todas as pessoas eram “mães”: “Ele chamava todo mundo de mãe. Porque ele não tinha referência de mãe. Então a tia, a avó, quem passava na rua, todo mundo era mãe”, lembra ela.

“E a gente começou a trabalhar com ele primeiro isso, e depois explicando que ele tinha duas mães, que existem vários tipos de família. E aí, depois de um mês, ele começou a entender e chamar só a gente de mãe.”

Ao se apresentar para as pessoas, Enzo também tinha o costume de falar seu nome completo, orgulhoso da família que conquistou: “Ele falava que era o Enzo Marchesini Barbosa, o nome todinho, sempre. Era uma criança apaixonante.”

Marchesini vem da família de Carina e Barbosa é de Samira. “Nos últimos meses, a família encaixou, ele estava adaptado com a gente e a gente com ele, a rotina já estava funcionando”, diz Carina.

Na escola infantil Cantinho Bom Pastor Enzo tinha sido matriculado em fevereiro. Na manhã do dia 5 de abril, assim como outros pais, Carina e Samira estavam no grupo de WhatsApp da própria creche quando souberam que “entrou alguém aqui e tem crianças feridas”. Elas correram para lá, sem saber direito o que tinha acontecido.

“Agora a gente está só vivendo mesmo, respirando. Mas a gente sabe que a vida não para, que a gente tem batalhas pela frente e que o Enzo não queria ver a gente triste”, diz a mãe.

Uma das batalhas tem ligação com o tratamento de um novo câncer que Samira descobriu recentemente. Ela já havia se recuperado de um primeiro tumor, descoberto pouco tempo depois de o Enzo ser adotado. No final do mês, ela deve passar por uma cirurgia.

Junto com o tratamento, elas voltaram a pensar na possibilidade de uma nova adoção. Carina conta que a ideia sempre foi “dar um irmãozinho para Enzo” e que isso segue nos planos. “A gente não quer substituir o Enzo. O Enzo sempre vai estar com a gente. Mas a gente tem amor para dar e tem criança esperando para receber”, afirma a pedagoga.

Além de Enzo, outras três crianças foram vítimas do ataque. Bernardo Pabst da Cunha, 4, Larissa Maia Toldo, 7, e Bernardo Cunha Machado, 5.

A Prefeitura de Blumenau anunciou que fará um memorial em homenagem às crianças. O local ainda não foi definido.

O homem de 25 anos que cometeu os crimes e assumiu a autoria deles segue preso. Ele está na Unidade de Segurança Máxima de São Cristovão do Sul.

O Tribunal de Justiça informou à reportagem que, até o momento, o réu está sendo assistido pela Defensoria Pública do Estado. A reportagem fez contatos com a assessoria de imprensa da Defensoria Pública ao longo do mês, mas não obteve retorno.

CATARINA SCORTECCI / Folhapress

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