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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os Estados Unidos e a Coreia do Sul celebraram nesta quarta (26) um acordo expandindo a cooperação militar entre os países, reafirmando o guarda-chuva nuclear para proteger Seul e criando um grupo para lidar em conjunto com a eventualidade de uma guerra atômica contra a ditadura de Kim Jong-un no Norte.

A Declaração de Washington revisita uma aliança iniciada há 70 anos, com o armistício da guerra na península coreana que opôs o Sul capitalista apoiado pelos EUA ao Norte comunista apoiado por China e União Soviética, um conflito congelado até hoje.

O presidente Joe Biden ofereceu recepção de Estado, a segunda em seu mandato, ao colega sul-coreano Yoon Suk-yeol. “Hoje celebramos uma aliança férrea, a visão compartilhada de futuro e uma amizade profunda”, disse o americano.

O evento marca uma nova e perigosa era, consonante com o clima beligerante do mundo atual, no qual a Guerra da Ucrânia se mostra a face aguda do confronto geopolítico maior entre EUA e China. No caso coreano, é o fim da tentativa dos EUA de desnuclearizar a península, iniciada com a diplomacia personalista do instável Donald Trump. De 2017 a 2019, o então presidente americano primeiro pressionou o “homem-foguete” Kim, ameaçando usar “fogo e fúria” contra o ditador, mas depois abriu as portas a ele.

Ambos tiveram três encontros pessoais, um deles na famosa Zona Desmilitarizada na fronteira das duas Coreias. No último, as negociações desandaram em Hanói (Vietnã), e desde então houve uma escalada na atividade nuclear do Norte.

Desde o ano passado, testes de mísseis com capacidades nucleares passaram a ser quase semanais, com novas armas sendo apresentadas. Ninguém sabe quantas ogivas o regime de Kim tem, talvez 30 na estimativa da Federação dos Cientistas Americanos, mas o fato é que hoje Pyongyang é uma potência nuclear reconhecida.

O plano conjunto prevê o estabelecimento de um Grupo de Consulta Nuclear, que irá supervisionar a reação de ambos os países em caso de um confronto com o Norte. Segundo o Pentágono informou a repórteres, os EUA não irão estacionar ogivas atômicas no Sul, como ocorria na primeira Guerra Fria, e Seul se comprometerá a não desenvolver armas do tipo.

A medida visa dar um caráter defensivo à iniciativa, embora passos agressivos estejam previstos. O primeiro será tornar a Coreia do Sul um porto frequentes para submarinos de propulsão nuclear lançadores de mísseis balísticos dos EUA, algo que não acontece desde a Guerra Fria.

A ideia é deixar claro a Kim que os americanos irão empregar armas de destruição em massa caso o ditador faça o mesmo. Dissuasão à moda antiga, em resumo: os EUA têm o maior arsenal nuclear do mundo, ao lado da Rússia. Os EUA têm 28 mil soldados na Coreia do Sul.

Desde que Pyongyang acelerou seu regime de testes de mísseis, a rivalidade histórica entre os aliados americanos Coreia do Sul e Japão murchou, com Seul reconhecendo Tóquio como parceira comercial prioritária e com uma série de exercícios militares conjuntos dos países asiáticos com Washington.

Na semana passada, as três nações fizeram um exercício naval de abate de mísseis adversários. A Coreia do Norte chamou a iniciativa de provocação. No Indo-Pacífico, os EUA também têm investido em alianças contra a China como o Quad (com Japão, Índia e Austrália) e o pacto militar Aukus (com Austrália e Reino Unido).

Segundo o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, “nós acreditamos que [o acordo] irá sublinhar a aliança férrea entre os EUA e a Coreia do Sul, algo que claramente vai além da península em si”.

A frase é a senha da inserção da questão no embate global com a China, que é com sua aliada Rússia o principal país a apoiar a Coreia do Norte. É uma aliança instável, dado o caráter mercurial do misto de imperador absolutista e ditador stalinista que é Kim, mas tem sido renovada no contexto da Guerra Fria 2.0.

Os chineses têm aumentado seu investimento em armas nucleares, puxando o aumento do estoque global de ogivas operacionais. Segundo o Pentágono, o plano de Pequim é passar das atuais 410 bombas para 1.500, mesmo nível de armas prontas para uso dos americanos e dos russos.

Kirby afirmou que haverá também uma ampliação na cooperação em outras áreas, como segurança cibernática, mudança climática e tecnologias sensíveis de armamentos.

A Coreia do Sul é ator central no estratégico mercado de semicondutores, em que Washington e Pequim estão em uma disputa acirrada. Empresas sul-coreanas estão entre as que produzem chips avançados, assim como as de Taiwan, a partir de patentes americanas.

A Ucrânia também será discutida, já que Yoon tem demonstrado interesse em fornecer armamentos para Kiev se defender da invasão russa.

IGOR GIELOW / Folhapress

EUA e Coreia do Sul criam grupo para enfrentar Norte em guerra nuclear

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os Estados Unidos e a Coreia do Sul celebraram nesta quarta (26) um acordo expandindo a cooperação militar entre os países, reafirmando o guarda-chuva nuclear para proteger Seul e criando um grupo para lidar em conjunto com a eventualidade de uma guerra atômica contra a ditadura de Kim Jong-un no Norte.

A Declaração de Washington revisita uma aliança iniciada há 70 anos, com o armistício da guerra na península coreana que opôs o Sul capitalista apoiado pelos EUA ao Norte comunista apoiado por China e União Soviética, um conflito congelado até hoje.

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O presidente Joe Biden ofereceu recepção de Estado, a segunda em seu mandato, ao colega sul-coreano Yoon Suk-yeol. “Hoje celebramos uma aliança férrea, a visão compartilhada de futuro e uma amizade profunda”, disse o americano.

O evento marca uma nova e perigosa era, consonante com o clima beligerante do mundo atual, no qual a Guerra da Ucrânia se mostra a face aguda do confronto geopolítico maior entre EUA e China. No caso coreano, é o fim da tentativa dos EUA de desnuclearizar a península, iniciada com a diplomacia personalista do instável Donald Trump. De 2017 a 2019, o então presidente americano primeiro pressionou o “homem-foguete” Kim, ameaçando usar “fogo e fúria” contra o ditador, mas depois abriu as portas a ele.

Ambos tiveram três encontros pessoais, um deles na famosa Zona Desmilitarizada na fronteira das duas Coreias. No último, as negociações desandaram em Hanói (Vietnã), e desde então houve uma escalada na atividade nuclear do Norte.

Desde o ano passado, testes de mísseis com capacidades nucleares passaram a ser quase semanais, com novas armas sendo apresentadas. Ninguém sabe quantas ogivas o regime de Kim tem, talvez 30 na estimativa da Federação dos Cientistas Americanos, mas o fato é que hoje Pyongyang é uma potência nuclear reconhecida.

O plano conjunto prevê o estabelecimento de um Grupo de Consulta Nuclear, que irá supervisionar a reação de ambos os países em caso de um confronto com o Norte. Segundo o Pentágono informou a repórteres, os EUA não irão estacionar ogivas atômicas no Sul, como ocorria na primeira Guerra Fria, e Seul se comprometerá a não desenvolver armas do tipo.

A medida visa dar um caráter defensivo à iniciativa, embora passos agressivos estejam previstos. O primeiro será tornar a Coreia do Sul um porto frequentes para submarinos de propulsão nuclear lançadores de mísseis balísticos dos EUA, algo que não acontece desde a Guerra Fria.

A ideia é deixar claro a Kim que os americanos irão empregar armas de destruição em massa caso o ditador faça o mesmo. Dissuasão à moda antiga, em resumo: os EUA têm o maior arsenal nuclear do mundo, ao lado da Rússia. Os EUA têm 28 mil soldados na Coreia do Sul.

Desde que Pyongyang acelerou seu regime de testes de mísseis, a rivalidade histórica entre os aliados americanos Coreia do Sul e Japão murchou, com Seul reconhecendo Tóquio como parceira comercial prioritária e com uma série de exercícios militares conjuntos dos países asiáticos com Washington.

Na semana passada, as três nações fizeram um exercício naval de abate de mísseis adversários. A Coreia do Norte chamou a iniciativa de provocação. No Indo-Pacífico, os EUA também têm investido em alianças contra a China como o Quad (com Japão, Índia e Austrália) e o pacto militar Aukus (com Austrália e Reino Unido).

Segundo o porta-voz de segurança nacional da Casa Branca, John Kirby, “nós acreditamos que [o acordo] irá sublinhar a aliança férrea entre os EUA e a Coreia do Sul, algo que claramente vai além da península em si”.

A frase é a senha da inserção da questão no embate global com a China, que é com sua aliada Rússia o principal país a apoiar a Coreia do Norte. É uma aliança instável, dado o caráter mercurial do misto de imperador absolutista e ditador stalinista que é Kim, mas tem sido renovada no contexto da Guerra Fria 2.0.

Os chineses têm aumentado seu investimento em armas nucleares, puxando o aumento do estoque global de ogivas operacionais. Segundo o Pentágono, o plano de Pequim é passar das atuais 410 bombas para 1.500, mesmo nível de armas prontas para uso dos americanos e dos russos.

Kirby afirmou que haverá também uma ampliação na cooperação em outras áreas, como segurança cibernática, mudança climática e tecnologias sensíveis de armamentos.

A Coreia do Sul é ator central no estratégico mercado de semicondutores, em que Washington e Pequim estão em uma disputa acirrada. Empresas sul-coreanas estão entre as que produzem chips avançados, assim como as de Taiwan, a partir de patentes americanas.

A Ucrânia também será discutida, já que Yoon tem demonstrado interesse em fornecer armamentos para Kiev se defender da invasão russa.

IGOR GIELOW / Folhapress

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