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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os já históricos protestos de trabalhadores franceses durante o 1º de Maio foram turbinados neste ano pela indignação da maioria da população com a reforma da previdência promulgada pelo presidente do país, Emmanuel Macron. Nesta segunda-feira (1º), milhares de pessoas foram às ruas pedir maior distribuição de renda e, como de costume, manifestantes e policiais entraram em confronto.

Mas até a violência neste ano atingiu níveis maiores. De acordo com a polícia de Paris, 46 pessoas haviam sido presas na capital francesa até às 16h do horário local. O ministro do Interior, Gérald Darmanin, informou que um policial foi gravemente ferido em Paris. Segundo ele, o oficial foi queimado por um coquetel molotov lançado por um manifestante.

Cenas transmitidas pela imprensa local mostram centenas de pessoas em confronto com policiais, que revidam com bombas e spray de pimenta. Ainda em Paris, bicicletas foram incendiadas e pontos de ônibus destruídos próximo à Praça da República.

Grande parte dos registros evidencia que as hostilidades, geralmente, envolvem manifestantes com máscaras e bandeiras pretas –black blocs.

A participação deles incomoda alguns manifestantes. Em Lyon, por exemplo, a líder sindical Sonia Paccaud reclamou ao jornal Le Monde: “Nossa parada é instrumentalizada por grupos violentos que nada têm a ver com as lutas que estamos liderando”, disse. “Convocamos, organizamos com segurança e, no final, os incidentes assumem o controle. Aproveitaram e paralisaram o cortejo que criamos; é revoltante, é injusto com todos aqueles que se mobilizaram em grande número.”

Por lá, cerca de 45 mil trabalhadores participaram das manifestações; a prefeitura diz 17 mil. Já os confrontos, segundo o Le Monde, foram provocados por cerca de mil black blocs, que “assediavam a polícia durante todo o percurso”.

Por outro lado, ainda nesta segunda, vários países expressaram sua preocupação às Nações Unidas com a violência policial na França. A declaração foi feita por diplomatas da Suécia, Dinamarca, Liechtenstein, Noruega, Luxemburgo e Malásia. Rússia, Venezuela e Irã se juntaram a eles.

No mês passado, Macron promulgou a reforma da previdência que eleva a idade de aposentadoria para 64 anos. Ele se utilizou de um mecanismo que permite seu governo a aprovar projetos de lei sem o aval do Parlamento.

O presidente francês diz que a reforma é necessária para sustentar um dos sistemas previdenciários mais generosos da Europa. Mas a decisão contrariou a vontade da maioria da sociedade francesa, que organizou greves multissetoriais e lotou as ruas do país por várias semanas.

Seja como for, a reforma também cristalizou o descontentamento contra um presidente visto por muitos como distante e indiferente às suas dificuldades diárias. No início de abril, ainda antes da promulgação da lei, a administração de Macron era aprovada por apenas 30% da população.

“O executivo não pode governar sem o apoio de seu povo”, disse Sophie Binet, líder do sindicato CGT, antes do protesto em Paris, acrescentando que seu sindicato ainda não decidiu conversar com o governo sobre outros assuntos trabalhistas.

Laurent Berger, chefe do sindicato reformista CFDT, disse que o governo de Macron foi surdo às demandas de um dos movimentos sociais mais poderosos em décadas. “Devemos trazer outras propostas sobre salários e condições de trabalho para a mesa”, disse ele à BFM TV.

O descontentamento dos manifestantes também atingiu grandes empresas. Em Paris, ativistas do Extinction Rebellion jogaram tinta sobre a fachada da Fundação Louis Vuitton e pedras do lado de fora do Ritz Hotel.

Em Marselha, no sul do país, cerca de 200 manifestantes ocuparam o hotel de luxo InterContinental, segundo a agência de notícias AFP. Vasos de flores foram quebrados e poltronas danificadas no saguão do hotel. Uma etiqueta com a frase “Tem burguês no cardápio” foi colada na fachada do estabelecimento.

“A ideia desta ação simbólica é mostrar que a questão das pensões é um problema mais amplo da distribuição da riqueza”, explicou Sébastien Fournier, da central FSU, segundo quem “um dos acionistas do hotel é o fundo de pensão Black Rock, que assessorou Macron em questões previdenciárias”.

Em Nantes, onde um incêndio ocorreu em frente a um prédio da administração local, o metalúrgico aposentado Michel Maingy disse sentir que a batalha pelas pensões estava perdida. Mesmo assim, segundo ele, há lutas a serem vencidas nas negociações sobre as condições de trabalho. “Pouco a pouco, vamos voltar aos trilhos. Precisamos manter o queixo erguido”, disse.

Redação / Folhapress

França faz do 1º de Maio reprise de atos contra a Previdência, e violência se espalha

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Os já históricos protestos de trabalhadores franceses durante o 1º de Maio foram turbinados neste ano pela indignação da maioria da população com a reforma da previdência promulgada pelo presidente do país, Emmanuel Macron. Nesta segunda-feira (1º), milhares de pessoas foram às ruas pedir maior distribuição de renda e, como de costume, manifestantes e policiais entraram em confronto.

Mas até a violência neste ano atingiu níveis maiores. De acordo com a polícia de Paris, 46 pessoas haviam sido presas na capital francesa até às 16h do horário local. O ministro do Interior, Gérald Darmanin, informou que um policial foi gravemente ferido em Paris. Segundo ele, o oficial foi queimado por um coquetel molotov lançado por um manifestante.

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Cenas transmitidas pela imprensa local mostram centenas de pessoas em confronto com policiais, que revidam com bombas e spray de pimenta. Ainda em Paris, bicicletas foram incendiadas e pontos de ônibus destruídos próximo à Praça da República.

Grande parte dos registros evidencia que as hostilidades, geralmente, envolvem manifestantes com máscaras e bandeiras pretas –black blocs.

A participação deles incomoda alguns manifestantes. Em Lyon, por exemplo, a líder sindical Sonia Paccaud reclamou ao jornal Le Monde: “Nossa parada é instrumentalizada por grupos violentos que nada têm a ver com as lutas que estamos liderando”, disse. “Convocamos, organizamos com segurança e, no final, os incidentes assumem o controle. Aproveitaram e paralisaram o cortejo que criamos; é revoltante, é injusto com todos aqueles que se mobilizaram em grande número.”

Por lá, cerca de 45 mil trabalhadores participaram das manifestações; a prefeitura diz 17 mil. Já os confrontos, segundo o Le Monde, foram provocados por cerca de mil black blocs, que “assediavam a polícia durante todo o percurso”.

Por outro lado, ainda nesta segunda, vários países expressaram sua preocupação às Nações Unidas com a violência policial na França. A declaração foi feita por diplomatas da Suécia, Dinamarca, Liechtenstein, Noruega, Luxemburgo e Malásia. Rússia, Venezuela e Irã se juntaram a eles.

No mês passado, Macron promulgou a reforma da previdência que eleva a idade de aposentadoria para 64 anos. Ele se utilizou de um mecanismo que permite seu governo a aprovar projetos de lei sem o aval do Parlamento.

O presidente francês diz que a reforma é necessária para sustentar um dos sistemas previdenciários mais generosos da Europa. Mas a decisão contrariou a vontade da maioria da sociedade francesa, que organizou greves multissetoriais e lotou as ruas do país por várias semanas.

Seja como for, a reforma também cristalizou o descontentamento contra um presidente visto por muitos como distante e indiferente às suas dificuldades diárias. No início de abril, ainda antes da promulgação da lei, a administração de Macron era aprovada por apenas 30% da população.

“O executivo não pode governar sem o apoio de seu povo”, disse Sophie Binet, líder do sindicato CGT, antes do protesto em Paris, acrescentando que seu sindicato ainda não decidiu conversar com o governo sobre outros assuntos trabalhistas.

Laurent Berger, chefe do sindicato reformista CFDT, disse que o governo de Macron foi surdo às demandas de um dos movimentos sociais mais poderosos em décadas. “Devemos trazer outras propostas sobre salários e condições de trabalho para a mesa”, disse ele à BFM TV.

O descontentamento dos manifestantes também atingiu grandes empresas. Em Paris, ativistas do Extinction Rebellion jogaram tinta sobre a fachada da Fundação Louis Vuitton e pedras do lado de fora do Ritz Hotel.

Em Marselha, no sul do país, cerca de 200 manifestantes ocuparam o hotel de luxo InterContinental, segundo a agência de notícias AFP. Vasos de flores foram quebrados e poltronas danificadas no saguão do hotel. Uma etiqueta com a frase “Tem burguês no cardápio” foi colada na fachada do estabelecimento.

“A ideia desta ação simbólica é mostrar que a questão das pensões é um problema mais amplo da distribuição da riqueza”, explicou Sébastien Fournier, da central FSU, segundo quem “um dos acionistas do hotel é o fundo de pensão Black Rock, que assessorou Macron em questões previdenciárias”.

Em Nantes, onde um incêndio ocorreu em frente a um prédio da administração local, o metalúrgico aposentado Michel Maingy disse sentir que a batalha pelas pensões estava perdida. Mesmo assim, segundo ele, há lutas a serem vencidas nas negociações sobre as condições de trabalho. “Pouco a pouco, vamos voltar aos trilhos. Precisamos manter o queixo erguido”, disse.

Redação / Folhapress

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