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LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) – Sob ameaças de protestos da ultradireita e em meio à repercussão negativa de suas falas sobre a Guerra na Ucrânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca em Lisboa na manhã desta sexta-feira (20) para sua primeira viagem oficial à Europa no terceiro mandato.

O petista antecipou a chegada a Portugal, inicialmente prevista para a noite, mas não anunciou compromissos adicionais no país. A agenda oficial começa no sábado (22) e vai até a terça-feira (25).

O dia final da visita, contudo, quando Lula fará um discurso em uma sessão especial no Parlamento português, é o momento de maior tensão.

O partido de ultradireita Chega, comandado por um apoiador declarado de Jair Bolsonaro (PL), prometeu um grande protesto contra a presença do brasileiro na Assembleia durante as comemorações da Revolução dos Cravos. Feriado nacional que assinala o fim da ditadura em Portugal, o 25 de abril é uma das principais datas do calendário político local.

Com a terceira maior bancada na Casa, os deputados do Chega podem tumultuar a fala do presidente. A confusão tem ainda potencial para ultrapassar as paredes da Assembleia da República, uma vez que o partido também prometeu mobilizar sua militância, que inclui imigrantes brasileiros e membros de igrejas evangélicas, para uma manifestação nas ruas.

Atentos à movimentação da ultradireita, grupos ligados a esquerda, tanto portugueses quanto brasileiros, articularam suas próprias ações públicas de apoio a Lula.

Os cartazes convocando os críticos ao presidente brasileiro trazem frases como “lugar de ladrão é na prisão”, enquanto a manifestação de apoiadores traz o slogan “democracia sempre, fascismo nunca mais” junto de uma imagem de Lula segurando cravos vermelhos -em referência à data histórica.

Anunciada pelo Planalto como uma oportunidade para “relançar a relação bilateral”, que andou em baixa durante os anos do governo Bolsonaro, a viagem a Portugal começa também ofuscada pela repercussão negativa entre os portugueses das falas de Lula sobre a guerra no Leste Europeu.

Na semana passada, o presidente brasileiro voltou a afirmar que a Ucrânia também pode ser responsabilizada pelo conflito, além de acusar a União Europeia e os EUA de não agirem pela paz.

Membro do bloco europeu e da Otan, a aliança militar do ocidente, Portugal tem declarado apoio ativo à Ucrânia. Não por acaso, diversos políticos e membros da sociedade civil lusa condenaram as falas do petista. A Associação de Ucranianos no país preparou uma carta aberta de repúdio, que será entregue por seus representantes na embaixada brasileira em Lisboa.

A agenda oficial de Lula na capital portuguesa começa no sábado (22), com encontros com o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente, Marcelo Rebelo de Sousa.

O petista se encontra ainda com ministros e participa da Cúpula Luso-Brasileira, reunião bilateral que deveria acontecer a cada dois anos, mas não é realizada desde 2016. Há previsão de assinatura de pelo menos dez acordos entre Portugal e Brasil em áreas como turismo, educação e tecnologia.

Reportagens na imprensa portuguesa chamam a atenção para a ausência de ministros como Fernando Haddad (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente) em um momento em que se tenta destravar o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul.

No domingo (23), não estão previstos compromissos públicos para Lula. A programação será retomada na segunda-feira (24), com uma ida ao Porto, no norte do país. O presidente deve se encontrar com empresários e visitar a OGMA, que tem participação acionária da Embraer.

De volta a Lisboa, Lula participa ainda da entrega do prêmio Camões de literatura a Chico Buarque. O cantor e escritor venceu a láurea em 2019, mas Bolsonaro se recusou a assinar o diploma da premiação, organizada em conjunto pelos governos de Portugal e Brasil.

Depois de discursar no Parlamento português na terça-feira (25), Lula segue em direção à Espanha. A agenda final ainda não foi divulgada, mas estão previstos encontros com o rei e com o primeiro-ministro.

GIULIANA MIRANDA / Folhapress

Lula vai a Portugal sob protestos da ultradireita e repercussão negativa de falas sobre Guerra da Ucrânia

LISBOA, PORTUGAL (FOLHAPRESS) – Sob ameaças de protestos da ultradireita e em meio à repercussão negativa de suas falas sobre a Guerra na Ucrânia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desembarca em Lisboa na manhã desta sexta-feira (20) para sua primeira viagem oficial à Europa no terceiro mandato.

O petista antecipou a chegada a Portugal, inicialmente prevista para a noite, mas não anunciou compromissos adicionais no país. A agenda oficial começa no sábado (22) e vai até a terça-feira (25).

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O dia final da visita, contudo, quando Lula fará um discurso em uma sessão especial no Parlamento português, é o momento de maior tensão.

O partido de ultradireita Chega, comandado por um apoiador declarado de Jair Bolsonaro (PL), prometeu um grande protesto contra a presença do brasileiro na Assembleia durante as comemorações da Revolução dos Cravos. Feriado nacional que assinala o fim da ditadura em Portugal, o 25 de abril é uma das principais datas do calendário político local.

Com a terceira maior bancada na Casa, os deputados do Chega podem tumultuar a fala do presidente. A confusão tem ainda potencial para ultrapassar as paredes da Assembleia da República, uma vez que o partido também prometeu mobilizar sua militância, que inclui imigrantes brasileiros e membros de igrejas evangélicas, para uma manifestação nas ruas.

Atentos à movimentação da ultradireita, grupos ligados a esquerda, tanto portugueses quanto brasileiros, articularam suas próprias ações públicas de apoio a Lula.

Os cartazes convocando os críticos ao presidente brasileiro trazem frases como “lugar de ladrão é na prisão”, enquanto a manifestação de apoiadores traz o slogan “democracia sempre, fascismo nunca mais” junto de uma imagem de Lula segurando cravos vermelhos -em referência à data histórica.

Anunciada pelo Planalto como uma oportunidade para “relançar a relação bilateral”, que andou em baixa durante os anos do governo Bolsonaro, a viagem a Portugal começa também ofuscada pela repercussão negativa entre os portugueses das falas de Lula sobre a guerra no Leste Europeu.

Na semana passada, o presidente brasileiro voltou a afirmar que a Ucrânia também pode ser responsabilizada pelo conflito, além de acusar a União Europeia e os EUA de não agirem pela paz.

Membro do bloco europeu e da Otan, a aliança militar do ocidente, Portugal tem declarado apoio ativo à Ucrânia. Não por acaso, diversos políticos e membros da sociedade civil lusa condenaram as falas do petista. A Associação de Ucranianos no país preparou uma carta aberta de repúdio, que será entregue por seus representantes na embaixada brasileira em Lisboa.

A agenda oficial de Lula na capital portuguesa começa no sábado (22), com encontros com o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente, Marcelo Rebelo de Sousa.

O petista se encontra ainda com ministros e participa da Cúpula Luso-Brasileira, reunião bilateral que deveria acontecer a cada dois anos, mas não é realizada desde 2016. Há previsão de assinatura de pelo menos dez acordos entre Portugal e Brasil em áreas como turismo, educação e tecnologia.

Reportagens na imprensa portuguesa chamam a atenção para a ausência de ministros como Fernando Haddad (Fazenda) e Marina Silva (Meio Ambiente) em um momento em que se tenta destravar o acordo comercial entre União Europeia e Mercosul.

No domingo (23), não estão previstos compromissos públicos para Lula. A programação será retomada na segunda-feira (24), com uma ida ao Porto, no norte do país. O presidente deve se encontrar com empresários e visitar a OGMA, que tem participação acionária da Embraer.

De volta a Lisboa, Lula participa ainda da entrega do prêmio Camões de literatura a Chico Buarque. O cantor e escritor venceu a láurea em 2019, mas Bolsonaro se recusou a assinar o diploma da premiação, organizada em conjunto pelos governos de Portugal e Brasil.

Depois de discursar no Parlamento português na terça-feira (25), Lula segue em direção à Espanha. A agenda final ainda não foi divulgada, mas estão previstos encontros com o rei e com o primeiro-ministro.

GIULIANA MIRANDA / Folhapress

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