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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Oralda Andrade Rosa nasceu no dia 7 de dezembro de 1923, em Lagoa Dourada, região central de Minas Gerais. Aos 15 anos, foi para a cidade vizinha, São João del Rei, onde trabalhou de empregada doméstica na casa dos pais de Tancredo Neves (1910-1985). Mas o que ela mais se orgulhava era da época dos desfiles de Carnaval.

Aos 20 anos, conheceu Antônio Venâncio, o Nonô. Casaram-se e mudaram-se para Divinópolis (MG), onde fundaram, em 1946, a Escola de Samba Tupy. Durante décadas, ela desfilou como porta-bandeira da agremiação, ao lado de seu companheiro.

A casa da foliã virava abrigo durante o Carnaval. Ela recebia pessoas de fora da cidade que, se deixassem, ficavam até o Natal. “Era tão boa que não tinha coragem de colocar o pessoal para fora”, contou a amiga, Iara Eugênio, 62.

Em 1994, Oralda perdeu duas paixões: seu marido e a escola de samba. Após a morte de Nonô, não conseguiu dar continuidade ao grupo sozinha e teve de desistir, fechando a agremiação.

O Carnaval da cidade de Divinópolis nunca mais foi o mesmo. Tanto que ela foi homenageada, em 2022, pelo município com o título de “Orgulho Divinopolitano”, um tributo por seu trabalho na divulgação da folia da cidade.

“Ela é um exemplo de superação, mulher guerreira, mãe e esposa que deu a vida pela família e amigos, e que traz beleza e luz a todos que a rodeiam, com um coração gigante, olhar terno de doçura e encanto de viver”, elogiou a prefeitura em comunicado no dia da homenagem.

Frequentadora de igrejas católicas e evangélicas, Oralda também era benzedeira. “Era um dom que ela tinha. Ela benzia tudo que precisavam e nunca recebeu nem 10 centavos para isso”, contou a filha mais velha, Rosa, 72. A fé em Deus, aliás, era usada por ela como justificativa de sua longevidade.

Nos últimos anos, a quase centenária se dedicou a fortalecer amizades. Ela mantinha uma rotina em que visitava amigas todos os domingos, depois da igreja, para bater papo e presenteá-las com flores.

Oralda desenvolveu sintomas de chikungunya, embora a doença não tenha sido diagnosticada. Ficou internada por três semanas e morreu no dia 12 de abril. Deixa os filhos Afrânio Venâncio, Rosa Maria, Maria de Nazaré e Maria Mercês, além de 12 netos e 10 bisnetos.

Ela adorava comemorar cada aniversário e convidava as mesmas pessoas para a celebração seguinte. No ano de seu centenário, o velório de Oralda virou festa, com uma apresentação de samba promovida por amigos e familiares.

JONAS SANTANA / Folhapress

Morre benzedeira ícone do Carnaval de Divinópolis (MG)

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Oralda Andrade Rosa nasceu no dia 7 de dezembro de 1923, em Lagoa Dourada, região central de Minas Gerais. Aos 15 anos, foi para a cidade vizinha, São João del Rei, onde trabalhou de empregada doméstica na casa dos pais de Tancredo Neves (1910-1985). Mas o que ela mais se orgulhava era da época dos desfiles de Carnaval.

Aos 20 anos, conheceu Antônio Venâncio, o Nonô. Casaram-se e mudaram-se para Divinópolis (MG), onde fundaram, em 1946, a Escola de Samba Tupy. Durante décadas, ela desfilou como porta-bandeira da agremiação, ao lado de seu companheiro.

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A casa da foliã virava abrigo durante o Carnaval. Ela recebia pessoas de fora da cidade que, se deixassem, ficavam até o Natal. “Era tão boa que não tinha coragem de colocar o pessoal para fora”, contou a amiga, Iara Eugênio, 62.

Em 1994, Oralda perdeu duas paixões: seu marido e a escola de samba. Após a morte de Nonô, não conseguiu dar continuidade ao grupo sozinha e teve de desistir, fechando a agremiação.

O Carnaval da cidade de Divinópolis nunca mais foi o mesmo. Tanto que ela foi homenageada, em 2022, pelo município com o título de “Orgulho Divinopolitano”, um tributo por seu trabalho na divulgação da folia da cidade.

“Ela é um exemplo de superação, mulher guerreira, mãe e esposa que deu a vida pela família e amigos, e que traz beleza e luz a todos que a rodeiam, com um coração gigante, olhar terno de doçura e encanto de viver”, elogiou a prefeitura em comunicado no dia da homenagem.

Frequentadora de igrejas católicas e evangélicas, Oralda também era benzedeira. “Era um dom que ela tinha. Ela benzia tudo que precisavam e nunca recebeu nem 10 centavos para isso”, contou a filha mais velha, Rosa, 72. A fé em Deus, aliás, era usada por ela como justificativa de sua longevidade.

Nos últimos anos, a quase centenária se dedicou a fortalecer amizades. Ela mantinha uma rotina em que visitava amigas todos os domingos, depois da igreja, para bater papo e presenteá-las com flores.

Oralda desenvolveu sintomas de chikungunya, embora a doença não tenha sido diagnosticada. Ficou internada por três semanas e morreu no dia 12 de abril. Deixa os filhos Afrânio Venâncio, Rosa Maria, Maria de Nazaré e Maria Mercês, além de 12 netos e 10 bisnetos.

Ela adorava comemorar cada aniversário e convidava as mesmas pessoas para a celebração seguinte. No ano de seu centenário, o velório de Oralda virou festa, com uma apresentação de samba promovida por amigos e familiares.

JONAS SANTANA / Folhapress

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