Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O escritório de advocacia PodhurstOrseck mandou carta para seus cerca de 40 clientes no Brasil. Com data de 19 de abril, a correspondência informa uma mudança de estratégia: abrir um novo processo nos Estados Unidos contra a resseguradora Tokio Marine e iniciar o processo de execução de US$ 844 milhões (R$ 4,2 bilhões).

As ações na Justiça norte-americana são hoje em dia a única esperança de parte dos sobreviventes e familiares das vítimas da tragédia da Chapecoense receberem o seguro da aeronave.

A Tokio Marine era a resseguradora do avião da LaMia que caiu nos arredores de Medellín, na Colômbia, em 28 de novembro de 2016. Foram 71 mortos. O voo levava a equipe da Chapecoense, dirigentes, torcedores e jornalistas para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana daquele ano, contra o Atlético Nacional-COL.

“O efeito dessa ação em separado será que a Tokio Marine já não poderá apresentar muitos dos argumentos técnicos alegados em oposição aos nossos esforços para adicioná-los como demandadas na ação original. Em outras palavras, acreditamos que dessa forma seremos capazes de evitar muitas das táticas diversionistas da Tokio Marine e proceder de forma mais eficiente em sua ação contra eles”, afirma o texto da carta, ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso.

A reportagem enviou e-mail para a assessoria da Tokio Marine em Londres na última segunda-feira (24) e, até a publicação deste texto, não obteve resposta.

No Brasil, as ações indenizatórias referentes ao seguro estariam fadadas ao fracasso porque a Aon (corretora) e a Tokio Marine (resseguradora) alegariam que a apólice estava em atraso e que a LaMia desrespeitara os termos do acordo, que a proibia de voar para a Colômbia.

A seguradora original do voo, a boliviana Bisa, não tem capacidade financeira para fazer o pagamento, embora tivesse se comprometido a fazê-lo. Nunca cumpriu.

Pelas leis nos Estados Unidos, a ação é possível porque Aon e Tokio Marine não teriam cumprido o protocolo para o cancelamento da apólice. Ela não poderia ser considerada nula apenas por estar em atraso ou porque a LaMia desrespeitou a cláusula de territorialidade. Segundo os argumentos da PodhurstOrseck, em nome das vítimas, isso só poderia acontecer após a empresa aérea boliviana ter sido notificada formalmente do fato. Isso nunca teria acontecido.

Em setembro de 2020, o juiz Martin Zilber, da corte estadual da Flórida, deu procedência à causa e estipulou a sentença em US$ 844 milhões. É este valor que o escritório de advocacia quer começar a executar e, como dito na carta, o novo processo driblaria os argumentos já apresentados pela Tokio Marine. O valor seria acrescido ainda de juros.

A resseguradora havia criado o que batizou de “fundo humanitário”, no Brasil, para as vítimas. Quem estivesse disposto a recebê-lo teria, como condição, de abrir mão de entrar com qualquer ação contra a Tokio Marine em qualquer país. O valor pago era de US$ 225 mil (R$ 1,1 milhão hoje em dia) por família.

No texto do documento que selava o acordo, a empresa chamava a queda do avião de “incidente”. Pela definição da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), incidente “é uma ocorrência, que não um acidente, associada à operação de uma aeronave, que possa afetar a segurança da aeronave”. Acidente é toda ocorrência relacionada à operação de uma aeronave em que qualquer pessoa tenha sofrido lesões graves ou morrido.

A Tokio Marine e a Aon conseguiram uma liminar em Londres para paralisar o processo nos Estados Unidos. A decisão com relação à resseguradora foi revertida. A referente à corretora, ainda não.

“Embora possamos certamente contra-argumentar as alegações da Tokio Marine, crendo firmemente que não possuem fundamento algum em suas alegações, tomamos a decisão estratégica de proceder de modo que virá a negar diversas das alegações técnicas da Tokio Marine”, completa a correspondência da PodhurstOrseck.

A ação nos Estados Unidos foi possível porque há e-mails trocados entre empresas americanas e a LaMia antes do voo que levaria os jogadores da Chapecoense a Medellín.

ALEX SABINO / Folhapress

Novo processo quer executar R$ 4,2 bilhões de seguro do voo da Chape

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O escritório de advocacia PodhurstOrseck mandou carta para seus cerca de 40 clientes no Brasil. Com data de 19 de abril, a correspondência informa uma mudança de estratégia: abrir um novo processo nos Estados Unidos contra a resseguradora Tokio Marine e iniciar o processo de execução de US$ 844 milhões (R$ 4,2 bilhões).

As ações na Justiça norte-americana são hoje em dia a única esperança de parte dos sobreviventes e familiares das vítimas da tragédia da Chapecoense receberem o seguro da aeronave.

- Advertisement -anuncio

A Tokio Marine era a resseguradora do avião da LaMia que caiu nos arredores de Medellín, na Colômbia, em 28 de novembro de 2016. Foram 71 mortos. O voo levava a equipe da Chapecoense, dirigentes, torcedores e jornalistas para a primeira partida da final da Copa Sul-Americana daquele ano, contra o Atlético Nacional-COL.

“O efeito dessa ação em separado será que a Tokio Marine já não poderá apresentar muitos dos argumentos técnicos alegados em oposição aos nossos esforços para adicioná-los como demandadas na ação original. Em outras palavras, acreditamos que dessa forma seremos capazes de evitar muitas das táticas diversionistas da Tokio Marine e proceder de forma mais eficiente em sua ação contra eles”, afirma o texto da carta, ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso.

A reportagem enviou e-mail para a assessoria da Tokio Marine em Londres na última segunda-feira (24) e, até a publicação deste texto, não obteve resposta.

No Brasil, as ações indenizatórias referentes ao seguro estariam fadadas ao fracasso porque a Aon (corretora) e a Tokio Marine (resseguradora) alegariam que a apólice estava em atraso e que a LaMia desrespeitara os termos do acordo, que a proibia de voar para a Colômbia.

A seguradora original do voo, a boliviana Bisa, não tem capacidade financeira para fazer o pagamento, embora tivesse se comprometido a fazê-lo. Nunca cumpriu.

Pelas leis nos Estados Unidos, a ação é possível porque Aon e Tokio Marine não teriam cumprido o protocolo para o cancelamento da apólice. Ela não poderia ser considerada nula apenas por estar em atraso ou porque a LaMia desrespeitou a cláusula de territorialidade. Segundo os argumentos da PodhurstOrseck, em nome das vítimas, isso só poderia acontecer após a empresa aérea boliviana ter sido notificada formalmente do fato. Isso nunca teria acontecido.

Em setembro de 2020, o juiz Martin Zilber, da corte estadual da Flórida, deu procedência à causa e estipulou a sentença em US$ 844 milhões. É este valor que o escritório de advocacia quer começar a executar e, como dito na carta, o novo processo driblaria os argumentos já apresentados pela Tokio Marine. O valor seria acrescido ainda de juros.

A resseguradora havia criado o que batizou de “fundo humanitário”, no Brasil, para as vítimas. Quem estivesse disposto a recebê-lo teria, como condição, de abrir mão de entrar com qualquer ação contra a Tokio Marine em qualquer país. O valor pago era de US$ 225 mil (R$ 1,1 milhão hoje em dia) por família.

No texto do documento que selava o acordo, a empresa chamava a queda do avião de “incidente”. Pela definição da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), incidente “é uma ocorrência, que não um acidente, associada à operação de uma aeronave, que possa afetar a segurança da aeronave”. Acidente é toda ocorrência relacionada à operação de uma aeronave em que qualquer pessoa tenha sofrido lesões graves ou morrido.

A Tokio Marine e a Aon conseguiram uma liminar em Londres para paralisar o processo nos Estados Unidos. A decisão com relação à resseguradora foi revertida. A referente à corretora, ainda não.

“Embora possamos certamente contra-argumentar as alegações da Tokio Marine, crendo firmemente que não possuem fundamento algum em suas alegações, tomamos a decisão estratégica de proceder de modo que virá a negar diversas das alegações técnicas da Tokio Marine”, completa a correspondência da PodhurstOrseck.

A ação nos Estados Unidos foi possível porque há e-mails trocados entre empresas americanas e a LaMia antes do voo que levaria os jogadores da Chapecoense a Medellín.

ALEX SABINO / Folhapress

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.