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Não mais do que 15% dos brasileiros fizeram isolamento rigoroso, e 60% permaneceram a maior parte do tempo em casa, só saindo para atividades essenciais. Mais da metade da população acusou perda de renda durante a pandemia, e outros 40% relataram dificuldades moderadas ou intensas para se adaptarem à nova rotina.

Esses são alguns resultados do projeto CoVid – Pesquisa de comportamento, divulgados na sexta-feira (29) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), UFMG e Unicamp. O objetivo da pesquisa era verificar como a pandemia do novo coronavírus e o isolamento social afetaram a vida da população brasileira. O estudo, que ouviu 44.062 pessoas de 24 de abril a 8 de maio, também procurou identificar a relação da quarentena com fatores como estado de ânimo, consumo de álcool, cigarro e alimentos e prática de exercícios físicos.

A amostra foi calibrada por meio dos dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD, 2019), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para obter a mesma distribuição por unidade da federação, sexo, faixa etária, raça/cor e grau de escolaridade da população.

O trabalho foi coordenado pela professora Deborah Carvalho Malta, da Escola de Enfermagem da UFMG, Celia Landmann, da Fiocruz, e Marilisa Barros, da Unicamp. “A chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil resultou em uma série de iniciativas e recomendações para a proteção das pessoas, que incluiu o isolamento social. As pesquisas de comportamento são fundamentais para entendermos o contexto em que os brasileiros estão vivendo e promovermos ações para ajudá-los a desenvolver bons hábitos neste momento”, justifica a professora Deborah Malta.

Leia a seguir um resumo dos principais resultados da pesquisa. O levantamento garantiu sigilo aos autores das respostas.

Isolamento social

De acordo com os dados obtidos, apenas 15% da população ficou rigorosamente em casa. Entre os idosos, o percentual alcançou 31%. A maioria da população brasileira (60%) ficou em casa, só saindo para atividades essenciais (compras em supermercados e farmácia). Entre as pessoas que continuaram saindo e tomaram apenas certos cuidados, como não visitar idosos e manter distância de outras pessoas, o maior percentual (35%) foi registrado entre pessoas nas faixas de idade de 30-39 e 40-49 anos.

Sintomas relacionados à infecção

O percentual de pessoas que tiveram ao menos um sintoma de gripe após o início da pandemia no Brasil foi de 28%, variando de 16%, entre idosos, a 36%, entre os mais jovens (18-29 anos). Entre as pessoas que tiveram pelo menos um sintoma de gripe, apenas 4% realizaram o teste para saber se estavam infectadas pelo novo coronavírus. Dessas, 51% tiveram o resultado negativo, 33% tiveram resultado positivo, e 16% não receberam o resultado.

Impacto socioeconômico

Em relação aos rendimentos, 55% das pessoas relataram diminuição da renda familiar, e 7% ficaram sem rendimento. As perdas se agravaram na população mais pobre, ou seja, com renda per capita inferior a meio salário mínimo. Em relação à situação de trabalho, 3% perderam o emprego e 21% ficaram sem trabalhar.

Dificuldades nas atividades de rotina e trabalho

Cerca de 40% das pessoas entrevistadas relataram dificuldades em grau moderado e intenso para realização das atividades de rotina e de trabalho. Em relação ao trabalho doméstico, mais 26% das mulheres relataram aumento intenso.

Quanto ao trabalho em domicílio com idosos que precisam de ajuda para realizar atividades cotidianas, quase 30% dos indivíduos relataram expressivo crescimento das dificuldades. Quanto àqueles que tinham cuidador contratado antes da pandemia e que não continuou trabalhando durante esse período, 60% relataram que os cuidados dispensados à pessoa idosa aumentaram intensamente.

Efeito no estado de saúde e acesso aos serviços de saúde

Vinte e nove por cento avaliaram que a sua saúde piorou durante a pandemia. Entre os indivíduos com diagnóstico de depressão, 47% informaram que a sua saúde piorou. O percentual de pessoas com risco de agravamento de Covid-19 por ter uma doença crônica (diabetes, hipertensão, asma/doença do pulmão, doença do coração) é de 34%, alcançando 59% entre os idosos. Para os indivíduos com algum problema crônico de coluna, 50% relataram aumento da dor. No caso daqueles que não tinham problema de coluna antes da pandemia, mais de 40% passaram a sentir dores devido às mudanças nas atividades cotidianas.

Durante a pandemia do novo coronavírus, 22% procuraram atendimento com um médico, dentista ou outro profissional de saúde. Desses, 86% conseguiram atendimento. As maiores dificuldades relacionadas aos cuidados à saúde foram marcação de consulta (19%), cancelamento de consulta (15%) e realização de exames (12%).

Estado de ânimo

Grande parte do grupo entrevistado apresentou problemas no estado de ânimo: 40% sentiram-se tristes/deprimidos, e 54% estiveram ansiosos/nervosos com frequência. Entre os adultos jovens (18-29 anos), os percentuais alcançaram 54% e 70%, respectivamente.

As mulheres relataram problemas com maior frequência que os homens: o percentual de mulheres que se sentem tristes/deprimidas frequentemente durante a pandemia foi de 50%, enquanto entre os homens foi de 30%. Já o percentual que se sentiu ansioso/nervoso frequentemente foi de 60%, entre as mulheres, e de 43%, entre os homens.

Quanto à qualidade do sono, 29% passaram a ter problemas, e 16% relataram piora nos problemas no sono durante a pandemia.

Hábito de fumar

Das pessoas entrevistadas, 12% são fumantes. Entre eles, quase 23% aumentaram em cerca de 10 cigarros o consumo diário, e 5% passaram a fumar mais de 20 cigarros por dia. Entre as mulheres, o percentual daquelas que passaram a fumar mais 10 cigarros por dia (29%) foi maior que entre os homens (17%). Entre os indivíduos de menor escolaridade, 25% aumentaram cerca de 10 cigarros por dia, e 10%, mais de 20 cigarros por dia.

Atividade física

A atividade física foi muito afetada pela pandemia: 62% dos entrevistados não estão se exercitando. Entre as pessoas que faziam atividade física três ou mais dias por semana, 46% deixaram de fazê-la. Entre as que se exercitavam cinco dias ou mais por semana, 33% abandonaram o hábito.

Antes da pandemia, 30% faziam atividade física por mais de 150 minutos (tempo recomendado pela OMS). Durante a pandemia, o percentual passou a ser de apenas 13%.

Sedentarismo

O tempo médio diário diante da televisão foi de três horas entre os entrevistados, crescimento de uma hora e 20 minutos em relação a antes da epidemia. Além disso, 22,5% relataram usar tablet/computador por nove horas ou mais. O tempo médio de uso dessas tecnologias foi superior a cinco horas, representando um aumento de 1 hora e trinta minutos em relação ao tempo de uso antes da pandemia. Entre os jovens de 18 a 29 anos, o tempo médio de uso de computador ou tablet foi de sete horas e 15 minutos, quase três horas a mais do que no período anterior à pandemia.

Alimentação

O consumo de alimentos saudáveis diminuiu durante a pandemia. A ingestão de frutas, legumes e verduras em cinco dias ou mais por semana foi relatada por apenas 13% entre os adultos jovens (18-29 anos). Na população de baixa renda, esse índice foi de 16%.

Por outro lado, o consumo de alimentos não saudáveis em dois dias ou mais por semana aumentou 5% (embutidos e hambúrgueres), 4% (congelados) e 6% (chocolates e doces). Quase metade das mulheres está consumindo chocolates e doces em dois dias ou mais por semana durante a pandemia, o que representa aumento de 7% em relação ao consumo anterior à pandemia. Entre os adultos jovens (18-29 anos), 63% estão consumindo chocolates e doces em dois dias ou mais por semana.

Consumo de bebida alcoólica

Dezoito por cento relataram aumento no uso de bebidas alcoólicas durante a pandemia, índice similar entre homens e mulheres. O maior aumento (26%) no uso de bebidas alcoólicas ocorreu entre as pessoas de 30 a 39 anos de idade, e o menor (11%), entre os idosos. O aumento do consumo de álcool também está associado aos sentimentos de tristeza e depressão e foi relatado por 24% das pessoas com esse estado de ânimo.

Fonte: UFMG

Pesquisa aponta que só 15% dos brasileiros fizeram isolamento rigoroso, e 55% perderam renda durante a pandemia

UFMG, Fiocruz e Unicamp divulgaram resultados de pesquisa sobre as mudanças de hábitos provocadas pela Covid-19

Pixabay

Não mais do que 15% dos brasileiros fizeram isolamento rigoroso, e 60% permaneceram a maior parte do tempo em casa, só saindo para atividades essenciais. Mais da metade da população acusou perda de renda durante a pandemia, e outros 40% relataram dificuldades moderadas ou intensas para se adaptarem à nova rotina.

Esses são alguns resultados do projeto CoVid – Pesquisa de comportamento, divulgados na sexta-feira (29) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), UFMG e Unicamp. O objetivo da pesquisa era verificar como a pandemia do novo coronavírus e o isolamento social afetaram a vida da população brasileira. O estudo, que ouviu 44.062 pessoas de 24 de abril a 8 de maio, também procurou identificar a relação da quarentena com fatores como estado de ânimo, consumo de álcool, cigarro e alimentos e prática de exercícios físicos.

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A amostra foi calibrada por meio dos dados da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílios (PNAD, 2019), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para obter a mesma distribuição por unidade da federação, sexo, faixa etária, raça/cor e grau de escolaridade da população.

O trabalho foi coordenado pela professora Deborah Carvalho Malta, da Escola de Enfermagem da UFMG, Celia Landmann, da Fiocruz, e Marilisa Barros, da Unicamp. “A chegada da pandemia do novo coronavírus ao Brasil resultou em uma série de iniciativas e recomendações para a proteção das pessoas, que incluiu o isolamento social. As pesquisas de comportamento são fundamentais para entendermos o contexto em que os brasileiros estão vivendo e promovermos ações para ajudá-los a desenvolver bons hábitos neste momento”, justifica a professora Deborah Malta.

Leia a seguir um resumo dos principais resultados da pesquisa. O levantamento garantiu sigilo aos autores das respostas.

Isolamento social

De acordo com os dados obtidos, apenas 15% da população ficou rigorosamente em casa. Entre os idosos, o percentual alcançou 31%. A maioria da população brasileira (60%) ficou em casa, só saindo para atividades essenciais (compras em supermercados e farmácia). Entre as pessoas que continuaram saindo e tomaram apenas certos cuidados, como não visitar idosos e manter distância de outras pessoas, o maior percentual (35%) foi registrado entre pessoas nas faixas de idade de 30-39 e 40-49 anos.

Sintomas relacionados à infecção

O percentual de pessoas que tiveram ao menos um sintoma de gripe após o início da pandemia no Brasil foi de 28%, variando de 16%, entre idosos, a 36%, entre os mais jovens (18-29 anos). Entre as pessoas que tiveram pelo menos um sintoma de gripe, apenas 4% realizaram o teste para saber se estavam infectadas pelo novo coronavírus. Dessas, 51% tiveram o resultado negativo, 33% tiveram resultado positivo, e 16% não receberam o resultado.

Impacto socioeconômico

Em relação aos rendimentos, 55% das pessoas relataram diminuição da renda familiar, e 7% ficaram sem rendimento. As perdas se agravaram na população mais pobre, ou seja, com renda per capita inferior a meio salário mínimo. Em relação à situação de trabalho, 3% perderam o emprego e 21% ficaram sem trabalhar.

Dificuldades nas atividades de rotina e trabalho

Cerca de 40% das pessoas entrevistadas relataram dificuldades em grau moderado e intenso para realização das atividades de rotina e de trabalho. Em relação ao trabalho doméstico, mais 26% das mulheres relataram aumento intenso.

Quanto ao trabalho em domicílio com idosos que precisam de ajuda para realizar atividades cotidianas, quase 30% dos indivíduos relataram expressivo crescimento das dificuldades. Quanto àqueles que tinham cuidador contratado antes da pandemia e que não continuou trabalhando durante esse período, 60% relataram que os cuidados dispensados à pessoa idosa aumentaram intensamente.

Efeito no estado de saúde e acesso aos serviços de saúde

Vinte e nove por cento avaliaram que a sua saúde piorou durante a pandemia. Entre os indivíduos com diagnóstico de depressão, 47% informaram que a sua saúde piorou. O percentual de pessoas com risco de agravamento de Covid-19 por ter uma doença crônica (diabetes, hipertensão, asma/doença do pulmão, doença do coração) é de 34%, alcançando 59% entre os idosos. Para os indivíduos com algum problema crônico de coluna, 50% relataram aumento da dor. No caso daqueles que não tinham problema de coluna antes da pandemia, mais de 40% passaram a sentir dores devido às mudanças nas atividades cotidianas.

Durante a pandemia do novo coronavírus, 22% procuraram atendimento com um médico, dentista ou outro profissional de saúde. Desses, 86% conseguiram atendimento. As maiores dificuldades relacionadas aos cuidados à saúde foram marcação de consulta (19%), cancelamento de consulta (15%) e realização de exames (12%).

Estado de ânimo

Grande parte do grupo entrevistado apresentou problemas no estado de ânimo: 40% sentiram-se tristes/deprimidos, e 54% estiveram ansiosos/nervosos com frequência. Entre os adultos jovens (18-29 anos), os percentuais alcançaram 54% e 70%, respectivamente.

As mulheres relataram problemas com maior frequência que os homens: o percentual de mulheres que se sentem tristes/deprimidas frequentemente durante a pandemia foi de 50%, enquanto entre os homens foi de 30%. Já o percentual que se sentiu ansioso/nervoso frequentemente foi de 60%, entre as mulheres, e de 43%, entre os homens.

Quanto à qualidade do sono, 29% passaram a ter problemas, e 16% relataram piora nos problemas no sono durante a pandemia.

Hábito de fumar

Das pessoas entrevistadas, 12% são fumantes. Entre eles, quase 23% aumentaram em cerca de 10 cigarros o consumo diário, e 5% passaram a fumar mais de 20 cigarros por dia. Entre as mulheres, o percentual daquelas que passaram a fumar mais 10 cigarros por dia (29%) foi maior que entre os homens (17%). Entre os indivíduos de menor escolaridade, 25% aumentaram cerca de 10 cigarros por dia, e 10%, mais de 20 cigarros por dia.

Atividade física

A atividade física foi muito afetada pela pandemia: 62% dos entrevistados não estão se exercitando. Entre as pessoas que faziam atividade física três ou mais dias por semana, 46% deixaram de fazê-la. Entre as que se exercitavam cinco dias ou mais por semana, 33% abandonaram o hábito.

Antes da pandemia, 30% faziam atividade física por mais de 150 minutos (tempo recomendado pela OMS). Durante a pandemia, o percentual passou a ser de apenas 13%.

Sedentarismo

O tempo médio diário diante da televisão foi de três horas entre os entrevistados, crescimento de uma hora e 20 minutos em relação a antes da epidemia. Além disso, 22,5% relataram usar tablet/computador por nove horas ou mais. O tempo médio de uso dessas tecnologias foi superior a cinco horas, representando um aumento de 1 hora e trinta minutos em relação ao tempo de uso antes da pandemia. Entre os jovens de 18 a 29 anos, o tempo médio de uso de computador ou tablet foi de sete horas e 15 minutos, quase três horas a mais do que no período anterior à pandemia.

Alimentação

O consumo de alimentos saudáveis diminuiu durante a pandemia. A ingestão de frutas, legumes e verduras em cinco dias ou mais por semana foi relatada por apenas 13% entre os adultos jovens (18-29 anos). Na população de baixa renda, esse índice foi de 16%.

Por outro lado, o consumo de alimentos não saudáveis em dois dias ou mais por semana aumentou 5% (embutidos e hambúrgueres), 4% (congelados) e 6% (chocolates e doces). Quase metade das mulheres está consumindo chocolates e doces em dois dias ou mais por semana durante a pandemia, o que representa aumento de 7% em relação ao consumo anterior à pandemia. Entre os adultos jovens (18-29 anos), 63% estão consumindo chocolates e doces em dois dias ou mais por semana.

Consumo de bebida alcoólica

Dezoito por cento relataram aumento no uso de bebidas alcoólicas durante a pandemia, índice similar entre homens e mulheres. O maior aumento (26%) no uso de bebidas alcoólicas ocorreu entre as pessoas de 30 a 39 anos de idade, e o menor (11%), entre os idosos. O aumento do consumo de álcool também está associado aos sentimentos de tristeza e depressão e foi relatado por 24% das pessoas com esse estado de ânimo.

Fonte: UFMG

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