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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cidade de São Paulo registrou no primeiro trimestre do ano o maior número de mortes no trânsito desde 2016. Foram 209 vítimas, o que representa mais de dois óbitos por dia e alta de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A estatística mostra que a motocicleta é o meio de transporte mais perigoso na cidade. Entre janeiro e março, foram contabilizadas 83 mortes de motociclistas, representando quase 40% das fatalidades. Os pedestres vêm em seguida, com 70 registros ou 33% dos casos, segundo o Infosiga, sistema de monitoramento de acidentes de trânsito do governo estadual.

Considerando somente o mês de março, houve estabilidade em relação 2022, com o registro de 79 mortes na capital.

Na semana passada, o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) retirou do Programa de Metas de sua gestão o objetivo de “reduzir o índice de mortes no trânsito para 4,5 por 100 mil habitantes”. No lugar, instituiu 18 ações para promover maior segurança viária, entre elas a criação de campanhas educativas, a realização de intervenções em pontos críticos de acidentes e aumento da fiscalização eletrônica.

Para o diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) Dirceu Rodrigues Alves Júnior, outras ações deveriam ser incorporadas à lista de prioridades da prefeitura, entre elas o reforço na fiscalização ostensiva por agentes da CET. “Entre um radar e outro é que o motorista costuma abusar da velocidade”, disse o médico, acrescentando que nem todas as infrações são detectadas pela fiscalização eletrônica, como algumas ultrapassagens indevidas e uso do celular ao volante.

A opinião é endossada pelo engenheiro de tráfego Horácio Augusto Figueira, que defende ainda que os agentes façam a fiscalização de forma aleatória. “Isso garante que mais pontos da cidade sejam observados. Rotas preestabelecidas ou fiscalização em locais fixos não inibem todo tipo de infração”, disse o engenheiro.

Na avaliação dos dois especialistas, o aumento dos acidentes com morte nesse início de ano acompanha a retomada da circulação normal de veículos e pedestres nas ruas após restrições motivadas pela pandemia de Covid-19. O maior número de motocicletas na capital também pode ter impulsionado as ocorrências. Segundo o IBGE, a frota de motos na cidade saltou de 895 mil em 2016 para quase 1,2 milhão no ano passado, incremento de 30%.

O ano de início da pandemia também marcou uma inversão de tendência na série histórica do Infosiga, iniciada em 2015. Antes, a principal vítima do trânsito na capital era o pedestre. A partir de 2020, o motociclista passou a ocupar essa posição.

“Muitos desses motociclistas são jovens trabalhando para aplicativos de entrega. Seria importante criar uma legislação que obrigue as empresas a oferecer formação continuada aos colaboradores, pois é uma atividade de alto risco”, disse o diretor da Abramet.

Ele diz ainda que as plataformas estimulam o excesso de velocidade ao determinar, por exemplo, o tempo máximo de uma entrega —o que deveria ser proibido por lei na sua avaliação. O atual programa de metas da prefeitura prevê a criação de “regulamentação sobre a prestação de serviços de entregas com motocicleta e bicicleta por empresas que operam com aplicativos”, mas não traz detalhes sobre o regramento a ser criado.

Uma estratégia adotada pela prefeitura para reduzir a mortalidade entre motociclistas é a ampliação das faixas azuis em vias com alto índice de acidentes. O corredor para motos já foi implementado nas avenidas 23 de Maio e dos Bandeirantes, onde os óbitos caíram para zero.

A gestão Nunes promete agora outros 200 km de novas faixas até o final de 2024. Também está em estudo um projeto para a criação de ‘motovias’ e pontes exclusivas nas marginais Pinheiros e Tietê.

Questionada, a prefeitura de São Paulo disse que “permanece tendo o objetivo de tornar-se uma das cidades com o trânsito mais seguro do mundo”, apesar da alteração no Programa de Metas. A gestão municipal acrescentou ainda que pretende reduzir a mortalidade no trânsito com a expansão da malha cicloviária e promovendo melhorias nas calçadas no viário da cidade.

Procurada, a Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que representa empresas de entrega por aplicativo, disse que oferece capacitação e incentiva, por meio de campanhas e comunicações constantes, a importância do respeito às leis de trânsito. A associação disse ainda que “não há nenhum tipo de incentivo por longas jornadas ou pela prática de velocidades acima do permitido nas corridas”, e que desconhece estudos que relacionam o aumento no número de acidentes às entregas por aplicativo.

LEONARDO ZVARICK / Folhapress

SP tem primeiro trimestre com maior número de mortes no trânsito desde 2016

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A cidade de São Paulo registrou no primeiro trimestre do ano o maior número de mortes no trânsito desde 2016. Foram 209 vítimas, o que representa mais de dois óbitos por dia e alta de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado.

A estatística mostra que a motocicleta é o meio de transporte mais perigoso na cidade. Entre janeiro e março, foram contabilizadas 83 mortes de motociclistas, representando quase 40% das fatalidades. Os pedestres vêm em seguida, com 70 registros ou 33% dos casos, segundo o Infosiga, sistema de monitoramento de acidentes de trânsito do governo estadual.

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Considerando somente o mês de março, houve estabilidade em relação 2022, com o registro de 79 mortes na capital.

Na semana passada, o prefeito de São Paulo Ricardo Nunes (MDB) retirou do Programa de Metas de sua gestão o objetivo de “reduzir o índice de mortes no trânsito para 4,5 por 100 mil habitantes”. No lugar, instituiu 18 ações para promover maior segurança viária, entre elas a criação de campanhas educativas, a realização de intervenções em pontos críticos de acidentes e aumento da fiscalização eletrônica.

Para o diretor da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego) Dirceu Rodrigues Alves Júnior, outras ações deveriam ser incorporadas à lista de prioridades da prefeitura, entre elas o reforço na fiscalização ostensiva por agentes da CET. “Entre um radar e outro é que o motorista costuma abusar da velocidade”, disse o médico, acrescentando que nem todas as infrações são detectadas pela fiscalização eletrônica, como algumas ultrapassagens indevidas e uso do celular ao volante.

A opinião é endossada pelo engenheiro de tráfego Horácio Augusto Figueira, que defende ainda que os agentes façam a fiscalização de forma aleatória. “Isso garante que mais pontos da cidade sejam observados. Rotas preestabelecidas ou fiscalização em locais fixos não inibem todo tipo de infração”, disse o engenheiro.

Na avaliação dos dois especialistas, o aumento dos acidentes com morte nesse início de ano acompanha a retomada da circulação normal de veículos e pedestres nas ruas após restrições motivadas pela pandemia de Covid-19. O maior número de motocicletas na capital também pode ter impulsionado as ocorrências. Segundo o IBGE, a frota de motos na cidade saltou de 895 mil em 2016 para quase 1,2 milhão no ano passado, incremento de 30%.

O ano de início da pandemia também marcou uma inversão de tendência na série histórica do Infosiga, iniciada em 2015. Antes, a principal vítima do trânsito na capital era o pedestre. A partir de 2020, o motociclista passou a ocupar essa posição.

“Muitos desses motociclistas são jovens trabalhando para aplicativos de entrega. Seria importante criar uma legislação que obrigue as empresas a oferecer formação continuada aos colaboradores, pois é uma atividade de alto risco”, disse o diretor da Abramet.

Ele diz ainda que as plataformas estimulam o excesso de velocidade ao determinar, por exemplo, o tempo máximo de uma entrega —o que deveria ser proibido por lei na sua avaliação. O atual programa de metas da prefeitura prevê a criação de “regulamentação sobre a prestação de serviços de entregas com motocicleta e bicicleta por empresas que operam com aplicativos”, mas não traz detalhes sobre o regramento a ser criado.

Uma estratégia adotada pela prefeitura para reduzir a mortalidade entre motociclistas é a ampliação das faixas azuis em vias com alto índice de acidentes. O corredor para motos já foi implementado nas avenidas 23 de Maio e dos Bandeirantes, onde os óbitos caíram para zero.

A gestão Nunes promete agora outros 200 km de novas faixas até o final de 2024. Também está em estudo um projeto para a criação de ‘motovias’ e pontes exclusivas nas marginais Pinheiros e Tietê.

Questionada, a prefeitura de São Paulo disse que “permanece tendo o objetivo de tornar-se uma das cidades com o trânsito mais seguro do mundo”, apesar da alteração no Programa de Metas. A gestão municipal acrescentou ainda que pretende reduzir a mortalidade no trânsito com a expansão da malha cicloviária e promovendo melhorias nas calçadas no viário da cidade.

Procurada, a Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que representa empresas de entrega por aplicativo, disse que oferece capacitação e incentiva, por meio de campanhas e comunicações constantes, a importância do respeito às leis de trânsito. A associação disse ainda que “não há nenhum tipo de incentivo por longas jornadas ou pela prática de velocidades acima do permitido nas corridas”, e que desconhece estudos que relacionam o aumento no número de acidentes às entregas por aplicativo.

LEONARDO ZVARICK / Folhapress

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