Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690

Warning: Undefined array key 0 in /var/www/vhosts/4x4dev.com.br/httpdocs/thmais/wp-content/themes/Newspaper-child/functions.php on line 690
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio
spot_img

compartilhar:

Sindicato é sinônimo de greve. As organizações sindicais no Brasil se fortalecem. Há uma evidente confrontação entre os empresários e os operários, principalmente no setor industrial.

A organização dos trabalhadores é mais densa com o desenvolvimento de setores que usam mão de obra intensiva. Um deles é o setor automobilístico. Setores do empresariado pressionam o Congresso para mudanças na legislação trabalhista, que apontam como ultrapassada, não responde aos novos meios de produção em larga escala que se espalham pelo mundo.

Mesmo nos países onde o movimento sindical é mais forte, como na Europa, as novas leis aprovadas derrubam alguns direitos trabalhistas que vêm do século passado. Ao invés de confrontos, muitos deles violentos, com repressão policial e morte, os novos tempos apontam para uma negociação em que tanto empresas como empregados possam sobreviver na economia capitalista.

Esta, por sua vez, se desenvolve com a aplicação de recursos no mercado financeiro e exportação de capitais onde serão mais bem remunerados. Em outras palavras, darão mais lucro.

No Brasil, a maior parte das leis trabalhistas são herdeiras do período da ditadura de Vargas. Os direitos básicos são assegurados pelo Estado.

Os sindicatos são manipulados para que não ultrapassem a linha de reivindicação que o empresariado considera prejudicial para os seus negócios.

O mercado consumidor está em crescimento com o processo de ajuntamento da população brasileira nos centros urbanos. Especialmente no Sudeste, que sedia novas indústrias de bens de capital e de consumo.

O governo segue os passos do movimento sindical que assume atitude mais aguerrida em busca de melhores condições de trabalho e salário. O objetivo é que todos os trabalhadores tenham a carteira de trabalho assinada e recolhidos os encargos sociais, como o da Previdência Social.

Contudo, o governo faz vistas grossas às reivindicações e os sindicatos são percebidos pela população como um braço complementar do Estado. Desenvolvem ações, como assistência médica, jurídica, odontológica, e mantêm as colônias de férias, principalmente no litoral.

Uma forma de garantir aos operários férias e passeios que sua condição econômica não consegue arcar. Ao lado da luta política e reivindicatória, há uma ação assistencialista.

Um dos entraves, segundo lideranças empresariais, é o que consideram a velha legislação getulista. Um deles é a estabilidade no emprego, que o empregado adquire ao completar dez anos de trabalho em uma mesma empresa.

O trabalhador só pode ser demitido por justa causa e receber de indenização um mês para cada ano trabalhado. É uma pedra no sapato das indústrias que querem o direito de demitir e contratar de acordo com o resultado de suas contas.

Muitos perdem o emprego quando chegam próximos aos dez anos, ainda que a Justiça do Trabalho, também herança do getulismo, reconheça estabilidade a quem tem mais de nove anos de emprego na mesma empresa.

O governo anuncia uma mudança na regra. Consegue aprovar, por decurso de prazo no Congresso, a lei que institui o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS. Os sindicatos são contra, mas estão enfraquecidos. A lei diz que a adesão ao Fundo de Garantia é voluntária, mas, na prática, se o admitido não concordasse não seria contratado.

Cada mês a empresa é obrigada a depositar em uma conta na Caixa Econômica 8% do salário de cada trabalhador. Esse pecúlio só pode ser usado em casos excepcionais, como demissão, aposentadoria, doença grave etc.

Os volumes arrecadados são destinados a obras de saneamento, habitação e infraestrutura. Em 1965, a estabilidade dá lugar à rotatividade de mão de obra.

*Heródoto Barbeiro é jornalista, R7 e Nova Brasil às 7h30min (89.7), além de autor de vários livros de sucesso, tanto destinados ao ensino de História, como para as áreas de jornalismo, mídia training e budismo. Apresentou o Roda Viva da TV Cultura e o Jornal da CBN. Mestre em História pela USP e inscrito na OAB. Acompanhe-o por seu canal no YouTube “Por dentro da Máquina”, clicando no link

Coluna do Heródoto: Parem as máquinas

Heródoto Barbeiro
Heródoto Barbeirohttps://herodoto.com.br/
Heródoto foi o primeiro transmídia da TV brasileira. Jornalista, também é historiador, advogado e professor universitário da Universidade de São Paulo. Possui mais de 50 livros publicados, alguns deles utilizados como referência básica no curso de jornalismo. Já foi âncora de grandes jornais televisivos e apresentou o Roda Viva, da TV Cultura,. Atualmente é apresentador do Jornal Nova Brasil.

Sindicato é sinônimo de greve. As organizações sindicais no Brasil se fortalecem. Há uma evidente confrontação entre os empresários e os operários, principalmente no setor industrial.

A organização dos trabalhadores é mais densa com o desenvolvimento de setores que usam mão de obra intensiva. Um deles é o setor automobilístico. Setores do empresariado pressionam o Congresso para mudanças na legislação trabalhista, que apontam como ultrapassada, não responde aos novos meios de produção em larga escala que se espalham pelo mundo.

- Advertisement -anuncio

Mesmo nos países onde o movimento sindical é mais forte, como na Europa, as novas leis aprovadas derrubam alguns direitos trabalhistas que vêm do século passado. Ao invés de confrontos, muitos deles violentos, com repressão policial e morte, os novos tempos apontam para uma negociação em que tanto empresas como empregados possam sobreviver na economia capitalista.

Esta, por sua vez, se desenvolve com a aplicação de recursos no mercado financeiro e exportação de capitais onde serão mais bem remunerados. Em outras palavras, darão mais lucro.

No Brasil, a maior parte das leis trabalhistas são herdeiras do período da ditadura de Vargas. Os direitos básicos são assegurados pelo Estado.

Os sindicatos são manipulados para que não ultrapassem a linha de reivindicação que o empresariado considera prejudicial para os seus negócios.

O mercado consumidor está em crescimento com o processo de ajuntamento da população brasileira nos centros urbanos. Especialmente no Sudeste, que sedia novas indústrias de bens de capital e de consumo.

O governo segue os passos do movimento sindical que assume atitude mais aguerrida em busca de melhores condições de trabalho e salário. O objetivo é que todos os trabalhadores tenham a carteira de trabalho assinada e recolhidos os encargos sociais, como o da Previdência Social.

Contudo, o governo faz vistas grossas às reivindicações e os sindicatos são percebidos pela população como um braço complementar do Estado. Desenvolvem ações, como assistência médica, jurídica, odontológica, e mantêm as colônias de férias, principalmente no litoral.

Uma forma de garantir aos operários férias e passeios que sua condição econômica não consegue arcar. Ao lado da luta política e reivindicatória, há uma ação assistencialista.

Um dos entraves, segundo lideranças empresariais, é o que consideram a velha legislação getulista. Um deles é a estabilidade no emprego, que o empregado adquire ao completar dez anos de trabalho em uma mesma empresa.

O trabalhador só pode ser demitido por justa causa e receber de indenização um mês para cada ano trabalhado. É uma pedra no sapato das indústrias que querem o direito de demitir e contratar de acordo com o resultado de suas contas.

Muitos perdem o emprego quando chegam próximos aos dez anos, ainda que a Justiça do Trabalho, também herança do getulismo, reconheça estabilidade a quem tem mais de nove anos de emprego na mesma empresa.

O governo anuncia uma mudança na regra. Consegue aprovar, por decurso de prazo no Congresso, a lei que institui o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, o FGTS. Os sindicatos são contra, mas estão enfraquecidos. A lei diz que a adesão ao Fundo de Garantia é voluntária, mas, na prática, se o admitido não concordasse não seria contratado.

Cada mês a empresa é obrigada a depositar em uma conta na Caixa Econômica 8% do salário de cada trabalhador. Esse pecúlio só pode ser usado em casos excepcionais, como demissão, aposentadoria, doença grave etc.

Os volumes arrecadados são destinados a obras de saneamento, habitação e infraestrutura. Em 1965, a estabilidade dá lugar à rotatividade de mão de obra.

*Heródoto Barbeiro é jornalista, R7 e Nova Brasil às 7h30min (89.7), além de autor de vários livros de sucesso, tanto destinados ao ensino de História, como para as áreas de jornalismo, mídia training e budismo. Apresentou o Roda Viva da TV Cultura e o Jornal da CBN. Mestre em História pela USP e inscrito na OAB. Acompanhe-o por seu canal no YouTube “Por dentro da Máquina”, clicando no link

COMPARTILHAR:

spot_img
spot_img

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTICIAS RELACIONADAS

Thmais
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.