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As vacinas contra a Covid-19 são seguras? Depois de tomar, a doença desaparecerá? Quantas doses devem ser aplicadas? Pandemias piores podem vir no futuro?

Mesmo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizando, por unanimidade, o uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford contra a Covid-19, muitas pessoas ainda têm dúvidas em relação aos imunizantes.

Pensando nisso, a farmacêutica, bioquímica e docente dos cursos de Medicina, Farmácia e Fisioterapia do Centro Universitário Barão de Mauá Dra. Vanessa Campo respondeu as principais dúvidas sobre o tema. Confira a seguir.

Após a aplicação da vacina, é possível dizer quanto tempo a pessoa ficará imunizada?

Ainda não se sabe a duração da resposta do sistema imunológico após a imunização das vacinas. De acordo com estudos recentes (Science, 2021), as células de memória de defesa produzidas a partir da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 permanecem no organismo cerca de oito meses após a infecção. Serão necessários estudos contínuos ao longo das imunizações para a compreensão da “memória imunológica” induzida pelas vacinas.

As vacinas contra a Covid-19, em especial a CoronaVac e a Oxford, são seguras?

Todas as vacinas já disponibilizadas para imunização, bem como outras que se encontram em fases avançadas de ensaios clínicos, são consideradas seguras.

O resultado de 50,38% de eficácia global da CoronaVac não a coloca em patamar inferior às demais (Oxford e Pfizer). Alguns parâmetros de testes clínicos de fase 3 foram distintos para estas vacinas, tendo sido a chinesa testada prevalentemente em profissionais da saúde, que são altamente expostos ao vírus, o que torna o resultado de eficácia bastante significativo.

Toda a população deve estar consciente de que qualquer uma destas vacinas é confiável e que todos devem ser vacinados, de acordo com a ordem de prioridades.

Quantas doses devem ser aplicadas?

A vacina de Oxford deverá ser aplicada em duas doses com um intervalo de 28 dias. A CoronaVac também deverá ser aplicada em duas doses, mas com um intervalo de 21 dias.

A possibilidade de reinfecção pelo vírus SARS-CoV-2 é um obstáculo para a eficácia da vacinação?

Em se tratando de vacinação, a reinfecção pode até ser que ajude porque dará uma espécie de reforço para a memória do sistema de defesa, lembrando-o de que é preciso produzir anticorpos porque há vírus em circulação. No entanto, se for uma variante diferente do vírus, pode representar um obstáculo para a vacinação.

Para efeitos de comparação, no caso da dengue, há quatro sorotipos. Quando alguém é infectado com um determinado sorotipo, fica imune durante toda a vida, mas quando é infectado por um sorotipo diferente, adoece de forma mais grave.

Isto pode acontecer com o vírus SARS-CoV-2. Ao imunizar um indivíduo com uma vacina baseada em uma determinada variante, pode-se fazer com que o mesmo reaja de forma mais grave frente a uma infecção por uma variante distinta.

Ainda não se sabe se isso poderá acontecer, mas caso se confirme, poderá ter implicações sérias ao nível de vacinação. Todavia, a confirmação da reinfecção só é possível mediante o resultado dos testes de sequenciamento do vírus.

O que uma boa vacina precisa ter?

Uma boa vacina apresenta, basicamente, um destes três graus de proteção:

– Prevenir totalmente a infecção pelo SARS-CoV-2, impedindo a entrada do vírus em nosso organismo, levando à chamada “imunidade esterilizante”;
– Não impedir a infecção ou não impedir a capacidade de transmitir o vírus para outras pessoas, mas impedir as pessoas infectadas de ficarem doentes. Neste caso, o vírus até consegue entrar no organismo, mas a vacina protegeria contra a manifestação dos sintomas;
– Não impedir nem a infecção pelo vírus e nem a Covid-19, mas impedir o desenvolvimento de um quadro mais grave da doença, evitando hospitalizações e mortes.

No caso da Covid-19, é possível dizer se a imunidade proporcionada pelas vacinas é melhor do que a oferecida pelas infecções naturais?

Inicialmente, uma vacina é constituída por um agente patogênico na forma atenuada, inativada (morta), por fragmentos ou componentes antigênicos deste patógeno. Esses tipos conseguem estimular as respostas imunológicas protetoras do hospedeiro para combater o patógeno invasor, porém, sem causar a doença.

No caso da Covid-19, esperamos que uma vacina possa induzir uma resposta imune equivalente ou ainda mais potente do que a produzida pela infecção natural, com um efeito mais duradouro do que os anticorpos de pessoas que se recuperam da doença. No entanto, a vacina não irá causar adoecimento e não irá colocar a pessoa imunizada sob o risco de sofrer as possíveis complicações da doença.

A Covid-19 ‘do futuro’ deverá ser sazonal como outros vírus respiratórios?

Sim. Estudos recentes (Frontiers in Public Health) indicam que, no futuro, o novo coronavírus também se tornará uma doença respiratória sazonal, possivelmente trazendo mais problemas no inverno. Mas isto apenas depois que a imunidade coletiva para a nova doença seja atingida por vias naturais ou por meio de uma vacina.

Poderemos passar por outras pandemias nos próximos anos?

Com certeza. As pandemias estão, de certa forma, relacionadas à destruição do meio ambiente. Vírus e outros micro-organismos vivem na natureza e quando acabamos com ela, diminuímos o seu espaço vital. Com isso, eles buscam alternativas para continuarem existindo e acabam saltando de um hospedeiro para outro. Não é à toa que tivemos gripe aviária, suína e outras.

Há um outro problema, não só estamos invadindo o espaço desses micro-organismos, como, em contrapartida, estamos proporcionando, ao mesmo tempo, muitos outros lugares para eles prosperarem, como a criação intensiva de gado, de porco e de frango.

A CoronaVac, por ser feita a partir de um vírus morto que não pode causar doença alguma, seria uma vacina mais segura do que as outras?

A CoronaVac utiliza a tecnologia de vírus inativado, que já é utilizada para outros imunizantes existentes e fabricados no Brasil, tais como gripe, hepatite A e raiva.

As outras vacinas para a Covid-19 fazem parte da chamada geração de “Vacinas Gênicas”, as quais utilizam tecnologias inovadoras, tais como vetor viral não replicante, como a vacina de Oxford/ Astrazeneca (ChAdOx1nCoV-19), ou mRNA (RNA mensageiro), como as vacinas da Pfizer (BNT162) e a da Moderna (mRNA-1273). Estas novas tecnologias devem representar o “futuro da vacinação”, não só para Covid-19, mas para outras doenças.

Covid-19 | Especialista responde as principais dúvidas sobre a vacinação contra a doença

Seringa utilizada para a aplicação de medicamentos - foto: Arquivo Grupo Thathi

As vacinas contra a Covid-19 são seguras? Depois de tomar, a doença desaparecerá? Quantas doses devem ser aplicadas? Pandemias piores podem vir no futuro?

Mesmo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizando, por unanimidade, o uso emergencial das vacinas Coronavac e da Universidade de Oxford contra a Covid-19, muitas pessoas ainda têm dúvidas em relação aos imunizantes.

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Pensando nisso, a farmacêutica, bioquímica e docente dos cursos de Medicina, Farmácia e Fisioterapia do Centro Universitário Barão de Mauá Dra. Vanessa Campo respondeu as principais dúvidas sobre o tema. Confira a seguir.

Após a aplicação da vacina, é possível dizer quanto tempo a pessoa ficará imunizada?

Ainda não se sabe a duração da resposta do sistema imunológico após a imunização das vacinas. De acordo com estudos recentes (Science, 2021), as células de memória de defesa produzidas a partir da infecção pelo vírus SARS-CoV-2 permanecem no organismo cerca de oito meses após a infecção. Serão necessários estudos contínuos ao longo das imunizações para a compreensão da “memória imunológica” induzida pelas vacinas.

As vacinas contra a Covid-19, em especial a CoronaVac e a Oxford, são seguras?

Todas as vacinas já disponibilizadas para imunização, bem como outras que se encontram em fases avançadas de ensaios clínicos, são consideradas seguras.

O resultado de 50,38% de eficácia global da CoronaVac não a coloca em patamar inferior às demais (Oxford e Pfizer). Alguns parâmetros de testes clínicos de fase 3 foram distintos para estas vacinas, tendo sido a chinesa testada prevalentemente em profissionais da saúde, que são altamente expostos ao vírus, o que torna o resultado de eficácia bastante significativo.

Toda a população deve estar consciente de que qualquer uma destas vacinas é confiável e que todos devem ser vacinados, de acordo com a ordem de prioridades.

Quantas doses devem ser aplicadas?

A vacina de Oxford deverá ser aplicada em duas doses com um intervalo de 28 dias. A CoronaVac também deverá ser aplicada em duas doses, mas com um intervalo de 21 dias.

A possibilidade de reinfecção pelo vírus SARS-CoV-2 é um obstáculo para a eficácia da vacinação?

Em se tratando de vacinação, a reinfecção pode até ser que ajude porque dará uma espécie de reforço para a memória do sistema de defesa, lembrando-o de que é preciso produzir anticorpos porque há vírus em circulação. No entanto, se for uma variante diferente do vírus, pode representar um obstáculo para a vacinação.

Para efeitos de comparação, no caso da dengue, há quatro sorotipos. Quando alguém é infectado com um determinado sorotipo, fica imune durante toda a vida, mas quando é infectado por um sorotipo diferente, adoece de forma mais grave.

Isto pode acontecer com o vírus SARS-CoV-2. Ao imunizar um indivíduo com uma vacina baseada em uma determinada variante, pode-se fazer com que o mesmo reaja de forma mais grave frente a uma infecção por uma variante distinta.

Ainda não se sabe se isso poderá acontecer, mas caso se confirme, poderá ter implicações sérias ao nível de vacinação. Todavia, a confirmação da reinfecção só é possível mediante o resultado dos testes de sequenciamento do vírus.

O que uma boa vacina precisa ter?

Uma boa vacina apresenta, basicamente, um destes três graus de proteção:

– Prevenir totalmente a infecção pelo SARS-CoV-2, impedindo a entrada do vírus em nosso organismo, levando à chamada “imunidade esterilizante”;
– Não impedir a infecção ou não impedir a capacidade de transmitir o vírus para outras pessoas, mas impedir as pessoas infectadas de ficarem doentes. Neste caso, o vírus até consegue entrar no organismo, mas a vacina protegeria contra a manifestação dos sintomas;
– Não impedir nem a infecção pelo vírus e nem a Covid-19, mas impedir o desenvolvimento de um quadro mais grave da doença, evitando hospitalizações e mortes.

No caso da Covid-19, é possível dizer se a imunidade proporcionada pelas vacinas é melhor do que a oferecida pelas infecções naturais?

Inicialmente, uma vacina é constituída por um agente patogênico na forma atenuada, inativada (morta), por fragmentos ou componentes antigênicos deste patógeno. Esses tipos conseguem estimular as respostas imunológicas protetoras do hospedeiro para combater o patógeno invasor, porém, sem causar a doença.

No caso da Covid-19, esperamos que uma vacina possa induzir uma resposta imune equivalente ou ainda mais potente do que a produzida pela infecção natural, com um efeito mais duradouro do que os anticorpos de pessoas que se recuperam da doença. No entanto, a vacina não irá causar adoecimento e não irá colocar a pessoa imunizada sob o risco de sofrer as possíveis complicações da doença.

A Covid-19 ‘do futuro’ deverá ser sazonal como outros vírus respiratórios?

Sim. Estudos recentes (Frontiers in Public Health) indicam que, no futuro, o novo coronavírus também se tornará uma doença respiratória sazonal, possivelmente trazendo mais problemas no inverno. Mas isto apenas depois que a imunidade coletiva para a nova doença seja atingida por vias naturais ou por meio de uma vacina.

Poderemos passar por outras pandemias nos próximos anos?

Com certeza. As pandemias estão, de certa forma, relacionadas à destruição do meio ambiente. Vírus e outros micro-organismos vivem na natureza e quando acabamos com ela, diminuímos o seu espaço vital. Com isso, eles buscam alternativas para continuarem existindo e acabam saltando de um hospedeiro para outro. Não é à toa que tivemos gripe aviária, suína e outras.

Há um outro problema, não só estamos invadindo o espaço desses micro-organismos, como, em contrapartida, estamos proporcionando, ao mesmo tempo, muitos outros lugares para eles prosperarem, como a criação intensiva de gado, de porco e de frango.

A CoronaVac, por ser feita a partir de um vírus morto que não pode causar doença alguma, seria uma vacina mais segura do que as outras?

A CoronaVac utiliza a tecnologia de vírus inativado, que já é utilizada para outros imunizantes existentes e fabricados no Brasil, tais como gripe, hepatite A e raiva.

As outras vacinas para a Covid-19 fazem parte da chamada geração de “Vacinas Gênicas”, as quais utilizam tecnologias inovadoras, tais como vetor viral não replicante, como a vacina de Oxford/ Astrazeneca (ChAdOx1nCoV-19), ou mRNA (RNA mensageiro), como as vacinas da Pfizer (BNT162) e a da Moderna (mRNA-1273). Estas novas tecnologias devem representar o “futuro da vacinação”, não só para Covid-19, mas para outras doenças.

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