O embaixador do Brasil na Palestina, Alessandro Candeas, contou à reportagem da Novabrasil que a fronteira de Rafah, que liga a Faixa de Gaza ao Egito, foi reaberta na manhã desta segunda-feira (horário de Brasília). O objetivo é continuar a retirada de cidadãos com passaporte estrangeiro. O embaixador também diz que o grupo de 34 brasileiros ainda aguarda pela permissão para deixar a região.
O Egito suspendeu por dois dias seguidos a saída de estrangeiros e palestinos feridos pela passagem. Desde a última quarta-feira (1), mais de 1.100 pessoas deixaram a região.
A decisão foi tomada após Israel ter bombardeado um comboio de ambulâncias no último sábado (4), o que causou a morte 15 pessoas e deixou 60 feridos. De acordo com o governo israelense, a van estava sendo usada para transportar integrantes do Hamas. Já o Ministério da Saúde de Gaza, chamou a acusação de “sem fundamento” e acusou Tel Aviv que descumprir o acordo, que permitia pessoas com passaportes estrangeiros e civis gravemente feridos atravessarem.
Hasan Rabee, comerciante de 30 anos, é um dos brasileiros que está na expectativa de sair da Faixa de Gaza. Em relato à rádio Nova Brasil, ele conta: “Não encontra gás, energia não existe mais, agua encanada não existe mais, o único jeito é o povo se salvando.”.
Em gravação, ele mostra fogões improvisados que a população arquitetou para ajudar na produção de alimentos no local.
Veja o vídeo enviado por Hasan à reportagem :
Hasan viajou a passeio para visitar parentes com a esposa e duas filhas no final de setembro deste ano e tenta deixar a região deste que começaram a intensivas de ataques, em 7 de outubro. O comerciante diz que espera ansiosamente retornar ao Brasil, para São Paulo, onde vivia com a família.
A guerra entre Israel e o Hamas entra hoje no 31º dia e já deixou quase 11 mil mortos. Mais de 9.500 palestinos morreram nos ataques das forças armadas de Israel à Faixa de Gaza, sendo que quatro mil são crianças.
Os números não foram verificados de maneira independente por organizações e pela imprensa internacional. Em Israel, os ataques do Hamas mataram 1.400 pessoas.
