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SÃO PAULO SP (FOLHAPRESS) – Aqueles que conhecem Eriberto Leão apenas por sua passagem pelas novelas da Globo nas últimas duas décadas, interpretando mocinhos heroicos e vilões cartunescos, dificilmente relacionariam o ator ao universo da contracultura ou mesmo da ficção científica -da qual não é apenas um fã, mas um estudioso.

Interessado por assuntos que vão desde a física quântica até os títulos menos conhecidos da obra de Stanley Kubrick, Leão deixou sua paixão pelos assuntos claros nas escolhas dos espetáculos que estrelou, desde a revisão da vida de Jesus sob a ótica de José Saramago em “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, até os caminhos que transformaram o ex-vocalista do The Doors Jim Morrison em um mito, no musical “Jim”.

É sintomática, portanto, a escolha de dar vida a um astronauta que, numa missão intergaláctica, busca por vida inteligente em outros planetas. Criado durante a pandemia, o solo “O Astronauta”, de Eduardo Nunes, chega ao palco do Teatro Nair Bello nesta sexta-feira (9) repleto de referências ao universo da ficção científica que tanto fascina o ator.

Está em cena, por exemplo, o que Leão considera a cena mais icônica da história do cinema, quando o Homo sapiens joga para o céu o fêmur que descobre ser uma arma em “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Kubrick, ou ainda citações a obra de David Bowie.

“Esse astronauta é um psiconauta. Todos são. Porque essa viagem intergaláctica acaba sendo uma viagem para dentro de si mesmo sempre. As pessoas voltam mudadas”, diz o ator. “Entender isso é, de certa forma, compreender os motivos de você ter o Bowie, que em ‘Starman’ diz que é um homem das estrelas que gostaria de nos encontrar, mas tem medo que nossa mente exploda.”

Na obra, a busca da personagem vai se tornando cada vez mais solitária à medida que ela se afasta da terra, tendo como única companheiro computador Hal, uma inteligência artificial que na montagem ganha a voz da atriz Luana Martau, e que ganha contornos vilanescos à medida que o espetáculo se desenvolve.

Se durante a pandemia, quando a obra foi gestada, ainda no isolamento e filmada para o digital, a discussão que sobressaía era a da solidão, do isolamento e das formas de lidar com essas questões, agora o foco está nos perigos a longo prazo que a inteligência artificial pode proporcionar.

Personagem e o espetáculo, contudo, precedem as discussões inflamadas com a carta assinada por nomes como Elon Musk e Steve Wozniak, alertando para um possível ato de dizimar a população por meio da tecnologia.

“Num dado momento, quando a Hal é considerada uma ameaça, ela é desativada com uma ferramenta simples, a chave de fenda, que é uma espécie de fêmur do Kubrick. É o medo que faz a gente usar as ferramentas para dominar o planeta. A gente precisa ficar seguro e a expansão da consciência humana é a grande questão”, diz o ator, que refuta a tese de que a inteligência artificial será a dominância.

“O astronauta pergunta para o computador: como eu vou explicar um sentimento para você? Se o artificial vai substituir em parte a nossa inteligência, se os estudantes vão acessar e fazer trabalhos sem ter que eles mesmos exercitar os músculos do cérebro, isso nos enfraquece de um lado. Mas é impossível substituir o humano, o biológico.”

Com exatos 60 minutos, “O Astronauta” retrata desde temas filosóficos como a solidão humana, até a questão ambiental e possíveis saídas para lidar com a crise climática e mesmo o papel das redes sociais no dia a dia de uma sociedade, uma vez que é uma big tech responsável por patrocinar e transmitir a viagem intergaláctica.

São essas temáticas que o ator responsabiliza por expandir o pensamento do público que, aposta, terá desde seus colegas interessados e estudiosos da contracultura e da ficção científica, até o público que se acostumou a vê-lo em diferentes horários na tela da Globo.

“Isso traz outro brilho para mim, porque estou levando uma mensagem que realmente acredito para os filhos de todos e para os pais desses filhos. É como dizia meu avô, citando a Bíblia: ‘Nós não estamos em evolução, nós somos a plena evolução’.”

BRUNO CAVALCANTI / Folhapress

Eriberto Leão ecoa Kubrick e Bowie e discute inteligência artificial em ‘O Astronauta’

SÃO PAULO SP (FOLHAPRESS) – Aqueles que conhecem Eriberto Leão apenas por sua passagem pelas novelas da Globo nas últimas duas décadas, interpretando mocinhos heroicos e vilões cartunescos, dificilmente relacionariam o ator ao universo da contracultura ou mesmo da ficção científica -da qual não é apenas um fã, mas um estudioso.

Interessado por assuntos que vão desde a física quântica até os títulos menos conhecidos da obra de Stanley Kubrick, Leão deixou sua paixão pelos assuntos claros nas escolhas dos espetáculos que estrelou, desde a revisão da vida de Jesus sob a ótica de José Saramago em “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, até os caminhos que transformaram o ex-vocalista do The Doors Jim Morrison em um mito, no musical “Jim”.

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É sintomática, portanto, a escolha de dar vida a um astronauta que, numa missão intergaláctica, busca por vida inteligente em outros planetas. Criado durante a pandemia, o solo “O Astronauta”, de Eduardo Nunes, chega ao palco do Teatro Nair Bello nesta sexta-feira (9) repleto de referências ao universo da ficção científica que tanto fascina o ator.

Está em cena, por exemplo, o que Leão considera a cena mais icônica da história do cinema, quando o Homo sapiens joga para o céu o fêmur que descobre ser uma arma em “2001: Uma Odisseia no Espaço”, de Kubrick, ou ainda citações a obra de David Bowie.

“Esse astronauta é um psiconauta. Todos são. Porque essa viagem intergaláctica acaba sendo uma viagem para dentro de si mesmo sempre. As pessoas voltam mudadas”, diz o ator. “Entender isso é, de certa forma, compreender os motivos de você ter o Bowie, que em ‘Starman’ diz que é um homem das estrelas que gostaria de nos encontrar, mas tem medo que nossa mente exploda.”

Na obra, a busca da personagem vai se tornando cada vez mais solitária à medida que ela se afasta da terra, tendo como única companheiro computador Hal, uma inteligência artificial que na montagem ganha a voz da atriz Luana Martau, e que ganha contornos vilanescos à medida que o espetáculo se desenvolve.

Se durante a pandemia, quando a obra foi gestada, ainda no isolamento e filmada para o digital, a discussão que sobressaía era a da solidão, do isolamento e das formas de lidar com essas questões, agora o foco está nos perigos a longo prazo que a inteligência artificial pode proporcionar.

Personagem e o espetáculo, contudo, precedem as discussões inflamadas com a carta assinada por nomes como Elon Musk e Steve Wozniak, alertando para um possível ato de dizimar a população por meio da tecnologia.

“Num dado momento, quando a Hal é considerada uma ameaça, ela é desativada com uma ferramenta simples, a chave de fenda, que é uma espécie de fêmur do Kubrick. É o medo que faz a gente usar as ferramentas para dominar o planeta. A gente precisa ficar seguro e a expansão da consciência humana é a grande questão”, diz o ator, que refuta a tese de que a inteligência artificial será a dominância.

“O astronauta pergunta para o computador: como eu vou explicar um sentimento para você? Se o artificial vai substituir em parte a nossa inteligência, se os estudantes vão acessar e fazer trabalhos sem ter que eles mesmos exercitar os músculos do cérebro, isso nos enfraquece de um lado. Mas é impossível substituir o humano, o biológico.”

Com exatos 60 minutos, “O Astronauta” retrata desde temas filosóficos como a solidão humana, até a questão ambiental e possíveis saídas para lidar com a crise climática e mesmo o papel das redes sociais no dia a dia de uma sociedade, uma vez que é uma big tech responsável por patrocinar e transmitir a viagem intergaláctica.

São essas temáticas que o ator responsabiliza por expandir o pensamento do público que, aposta, terá desde seus colegas interessados e estudiosos da contracultura e da ficção científica, até o público que se acostumou a vê-lo em diferentes horários na tela da Globo.

“Isso traz outro brilho para mim, porque estou levando uma mensagem que realmente acredito para os filhos de todos e para os pais desses filhos. É como dizia meu avô, citando a Bíblia: ‘Nós não estamos em evolução, nós somos a plena evolução’.”

BRUNO CAVALCANTI / Folhapress

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