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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Triângulos de metal são suspensos no ar por fios de nylon, mas não estão estáticos. Reproduzem movimentos bem calculados: giram lentamente, cada grupo em um ritmo, como se estivessem seguindo uma coreografia robotizada. No teto, os fios estão ligados a um dispositivo eletrônico, responsável por passar as informações de movimento pré-programadas às estruturas.

Essa é “Angulados Beta”, do venezuelano Elias Crespin, uma das obras expostas na coletiva da galeria Raquel Arnaud, em São Paulo. A exposição celebra os percursores da arte cinética —como Jesús Rafael Soto, Luis Tomasello, François Morellet e Carlos Cruz-Diez— junto dos artistas responsáveis pela sua continuação nos dias de hoje. “A arte cinética é muito silenciosa”, argumenta Raquel Arnaud, curadora da exposição.

O estilo, que iniciou em meados de 1950, explora a possibilidade de movimento na arte e suas dimensionalidades. “A ideia aqui é apresentar uma exposição que mostre o silêncio do cienetismo daquele tempo e o compare com o das obras atuais”, conclui Arnaud.

Crespin é responsável pelo trabalho permanente “L’Onde du Mindi”, de 2020, no museu do Louvre —que, em método semelhante, suspende 128 tubos de metal por cabos movidos a motor.

Quando menino, ele frequentou o ateliê de sua avó, Gertrud Goldschmidt, a Gego – importante artista germano-venezuelana e contemporânea a Carlos Cruz-Diez e Jesús Rafael Soto, que completariam cem anos em 2023 e têm quatro de suas obras disponíveis na exposição.

“Eu acredito que a tendência dos cinéticos no futuro será utilizar cada vez mais a tecnologia e o computador”, reflete Arnaud, referindo-se a “Angulados Beta” —que está exposta ao lado de “Physichromie”, de 1993, um relevo composto por finos laminados dispostos paralelamente e que, com o deslocamento do observador, parecem mudar de cor e forma.

O método, que não usa eletricidade, marcou a maioria dos trabalhos de Cruz-Diez —assim como este, de sua autoria.

Diez e Jesús Rafael Soto estudaram em Paris na década de 1950, quando a abstração geométrica, o concretismo e a arte ótica estavam em alta nos circuitos artísticos.

Em 1986, ambos vieram ao Brasil para participar da exposição “Esculturas Efêmeras”, em Fortaleza, a convite de Sérvulo Esmeraldo. Na ocasião, Diez criou uma passarela na Avenida Beira-Mar, através do desenho de linhas no asfalto que davam a ilusão de movimento.

Esmeraldo, importante representante do estilo no Brasil, também tem duas obras expostas em São Paulo. Entre elas, “O Escriba”, de 1962, constituída por uma caixa com uma tampa de vidro e alguns filetes de metal aparentes. Ao receber energia, o magnetismo do dispositivo provoca o movimento das estruturas metálicas.

Ao lado de Crespin, o alemão Wolfram Ullrich e o argentino Felipe Pantone expõem trabalhos representando a nova geração de artistas cinéticos. “Subtractive Variability Dimensional”, de 2023, uma esfera colorida e suspensa, é a primeira obra à vista de quem entra na galeria.

A estrutura está fatiada verticalmente em vários pedaços, dando ilusão de movimento. Pantone, autor da obra de 36 anos, divulga seu trabalho também no Instagram —onde já tem mais de meio milhão de seguidores.

ARTE CINÉTICA – PASSADO E PRESENTE

Quando Seg. a sex., das 11h às 19h; sáb., das 11h às 15h. Até 6/5

Onde Galeria Raquel Arnaud – r. Fidalga, 125, São Paulo

Preço Grátis

ALESSANDRA MONTERASTELLI / Folhapress

Exposição de arte cinética exibe obra do Louvre ao lado de nova geração

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Triângulos de metal são suspensos no ar por fios de nylon, mas não estão estáticos. Reproduzem movimentos bem calculados: giram lentamente, cada grupo em um ritmo, como se estivessem seguindo uma coreografia robotizada. No teto, os fios estão ligados a um dispositivo eletrônico, responsável por passar as informações de movimento pré-programadas às estruturas.

Essa é “Angulados Beta”, do venezuelano Elias Crespin, uma das obras expostas na coletiva da galeria Raquel Arnaud, em São Paulo. A exposição celebra os percursores da arte cinética —como Jesús Rafael Soto, Luis Tomasello, François Morellet e Carlos Cruz-Diez— junto dos artistas responsáveis pela sua continuação nos dias de hoje. “A arte cinética é muito silenciosa”, argumenta Raquel Arnaud, curadora da exposição.

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O estilo, que iniciou em meados de 1950, explora a possibilidade de movimento na arte e suas dimensionalidades. “A ideia aqui é apresentar uma exposição que mostre o silêncio do cienetismo daquele tempo e o compare com o das obras atuais”, conclui Arnaud.

Crespin é responsável pelo trabalho permanente “L’Onde du Mindi”, de 2020, no museu do Louvre —que, em método semelhante, suspende 128 tubos de metal por cabos movidos a motor.

Quando menino, ele frequentou o ateliê de sua avó, Gertrud Goldschmidt, a Gego – importante artista germano-venezuelana e contemporânea a Carlos Cruz-Diez e Jesús Rafael Soto, que completariam cem anos em 2023 e têm quatro de suas obras disponíveis na exposição.

“Eu acredito que a tendência dos cinéticos no futuro será utilizar cada vez mais a tecnologia e o computador”, reflete Arnaud, referindo-se a “Angulados Beta” —que está exposta ao lado de “Physichromie”, de 1993, um relevo composto por finos laminados dispostos paralelamente e que, com o deslocamento do observador, parecem mudar de cor e forma.

O método, que não usa eletricidade, marcou a maioria dos trabalhos de Cruz-Diez —assim como este, de sua autoria.

Diez e Jesús Rafael Soto estudaram em Paris na década de 1950, quando a abstração geométrica, o concretismo e a arte ótica estavam em alta nos circuitos artísticos.

Em 1986, ambos vieram ao Brasil para participar da exposição “Esculturas Efêmeras”, em Fortaleza, a convite de Sérvulo Esmeraldo. Na ocasião, Diez criou uma passarela na Avenida Beira-Mar, através do desenho de linhas no asfalto que davam a ilusão de movimento.

Esmeraldo, importante representante do estilo no Brasil, também tem duas obras expostas em São Paulo. Entre elas, “O Escriba”, de 1962, constituída por uma caixa com uma tampa de vidro e alguns filetes de metal aparentes. Ao receber energia, o magnetismo do dispositivo provoca o movimento das estruturas metálicas.

Ao lado de Crespin, o alemão Wolfram Ullrich e o argentino Felipe Pantone expõem trabalhos representando a nova geração de artistas cinéticos. “Subtractive Variability Dimensional”, de 2023, uma esfera colorida e suspensa, é a primeira obra à vista de quem entra na galeria.

A estrutura está fatiada verticalmente em vários pedaços, dando ilusão de movimento. Pantone, autor da obra de 36 anos, divulga seu trabalho também no Instagram —onde já tem mais de meio milhão de seguidores.

ARTE CINÉTICA – PASSADO E PRESENTE

Quando Seg. a sex., das 11h às 19h; sáb., das 11h às 15h. Até 6/5

Onde Galeria Raquel Arnaud – r. Fidalga, 125, São Paulo

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ALESSANDRA MONTERASTELLI / Folhapress

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