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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A editora Scholastic, uma das maiores dos Estados Unidos, conhecida por publicar “Harry Potter”, foi acusada de censura após sugerir que Maggie Tokuda-Hall, autora do livro infantil “Love in the Library”, removesse de sua obra um trecho que citava a palavra racismo.

O livro, para crianças de seis a nove anos, conta a história de como os avós da autora se conheceram e se apaixonaram em um campo de prisioneiros nipo-americanos durante a Segunda Guerra Mundial.

Takuda-Hall explica o contexto sob o qual viveram Tama e George Takuda e outros 120 mil prisioneiros de guerra. Ela se refere à ordem executiva 9066, assinada em 1942 pelo então presidente Franklin D. Roosevelt, que definiu áreas militares e autorizou o encarceramento em massa de americanos com ascendência japonesa.

Em um dos trechos questionados pela Scholastic, a autora associa a experiência dos avós a uma “tradição de racismo profundamente americana”. Diz ainda que a prática não ficou no passado e surge também quando crianças são mantidas em gaiolas na fronteira com o México e pessoas negras são mortas pela polícia.

O caso veio a público em 12 de abril, quando Tokuda-Hall publicou em seu blog um artigo sobre as alterações que a editora queria fazer. Segundo a autora, o convite da Scholastic para incluir o livro em uma coleção foi recebido com animação, dada sua relevância, mas, após ver as sugestões, ela decidiu recusar a proposta.

Após a reclamação de Tokuda-Hall, a editora contratou dois especialistas para analisar a edição de toda a coleção, batizada de “Rising Voices”, ou vozes em ascensão, que também tem obras sobre a comunidade latina nos EUA e garotas negras.

A obra havia sido mal avaliada por alguns leitores que julgaram a mensagem de Tokuda-Hall como política demais para ser direcionada às crianças. A própria Scholastic, porém, decidiu voltar atrás e desfazer as sugestões de alteração, proposta que também foi recusada pela autora.

“Por um momento, perguntei-me se havia uma maneira de editá-lo para que pudéssemos concordar [com as sugestões]”, escreveu a autora. “Mas então olhei para a edição proposta, e a remoção da palavra ‘racismo’ deixou tudo muito claro.”

O caso fez escritores debaterem a influência de sugestões de grandes editoras como a Scholastic sobre o trabalho de autores infantis e a maneira como os livros que chegam às crianças.

Na visão de Tokuda-Hall, houve uma tentativa de amenizar a “culpa branca com histórias que prometem torná-los pessoas melhores, sem nunca ameaçá-los, nem mesmo com desconforto”.

O diretor da Scholastic, Peter Warwick, disse que a empresa avaliará “todos os aspectos” da “abordagem curatorial” da editora. “A Scholastic publicou extensamente diversas vozes e histórias, e o fato de esse incidente ter acontecido no contexto das nossas diversas publicações é particularmente incômodo para todos”, disse Warwick.

BEATRIZ GATTI / Folhapress

Livro que retrata prisão em massa de japoneses nos EUA causa polêmica

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A editora Scholastic, uma das maiores dos Estados Unidos, conhecida por publicar “Harry Potter”, foi acusada de censura após sugerir que Maggie Tokuda-Hall, autora do livro infantil “Love in the Library”, removesse de sua obra um trecho que citava a palavra racismo.

O livro, para crianças de seis a nove anos, conta a história de como os avós da autora se conheceram e se apaixonaram em um campo de prisioneiros nipo-americanos durante a Segunda Guerra Mundial.

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Takuda-Hall explica o contexto sob o qual viveram Tama e George Takuda e outros 120 mil prisioneiros de guerra. Ela se refere à ordem executiva 9066, assinada em 1942 pelo então presidente Franklin D. Roosevelt, que definiu áreas militares e autorizou o encarceramento em massa de americanos com ascendência japonesa.

Em um dos trechos questionados pela Scholastic, a autora associa a experiência dos avós a uma “tradição de racismo profundamente americana”. Diz ainda que a prática não ficou no passado e surge também quando crianças são mantidas em gaiolas na fronteira com o México e pessoas negras são mortas pela polícia.

O caso veio a público em 12 de abril, quando Tokuda-Hall publicou em seu blog um artigo sobre as alterações que a editora queria fazer. Segundo a autora, o convite da Scholastic para incluir o livro em uma coleção foi recebido com animação, dada sua relevância, mas, após ver as sugestões, ela decidiu recusar a proposta.

Após a reclamação de Tokuda-Hall, a editora contratou dois especialistas para analisar a edição de toda a coleção, batizada de “Rising Voices”, ou vozes em ascensão, que também tem obras sobre a comunidade latina nos EUA e garotas negras.

A obra havia sido mal avaliada por alguns leitores que julgaram a mensagem de Tokuda-Hall como política demais para ser direcionada às crianças. A própria Scholastic, porém, decidiu voltar atrás e desfazer as sugestões de alteração, proposta que também foi recusada pela autora.

“Por um momento, perguntei-me se havia uma maneira de editá-lo para que pudéssemos concordar [com as sugestões]”, escreveu a autora. “Mas então olhei para a edição proposta, e a remoção da palavra ‘racismo’ deixou tudo muito claro.”

O caso fez escritores debaterem a influência de sugestões de grandes editoras como a Scholastic sobre o trabalho de autores infantis e a maneira como os livros que chegam às crianças.

Na visão de Tokuda-Hall, houve uma tentativa de amenizar a “culpa branca com histórias que prometem torná-los pessoas melhores, sem nunca ameaçá-los, nem mesmo com desconforto”.

O diretor da Scholastic, Peter Warwick, disse que a empresa avaliará “todos os aspectos” da “abordagem curatorial” da editora. “A Scholastic publicou extensamente diversas vozes e histórias, e o fato de esse incidente ter acontecido no contexto das nossas diversas publicações é particularmente incômodo para todos”, disse Warwick.

BEATRIZ GATTI / Folhapress

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